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TUTORIA P5
2023.2
SITUAÇÃO PROBLEMA 01
H1: Manchas arroxeadas vistas durante a inspeção cutânea são consideradas lesões elementares da pele que são causadas por
uma disfunção medular levando a uma alteração na fisiologia da hematopoiese.
1. Coloração: As principais alterações da coloração da pele são: palidez, vermelhidão ou eritrose, cianose, icterícia, albinismo,
bronzeamento, dermatografismo e fenômeno de Raynaud.
2. Continuidade ou integridade: A perda de continuidade ou integridade da pele ocorre na erosão ou exulceração, ulceração,
fissura ou rágade.
3. Umidade: A verificação da umidade inicia-se pela inspeção, mas o método adequado é a palpação, por meio das polpas digitais e
da palma da mão. Pela sensação tátil, pode-se avaliar a umidade da pele com razoável precisão.
a. Umidade normal: geralmente a pele tem certo grau de umidade que pode ser percebido ao se examinarem indivíduos
hígidos
b. Pele seca: a pele seca confere ao tato uma sensação especial. É observada em pessoas idosas, em algumas dermatopatias
crônicas (esclerodermia, ictiose), no mixedema, na avitaminose A, na intoxicação pela atropina, na insuficiência renal crônica
e na desidratação.
c. Umidade aumentada ou pele sudorenta: pode ser observada em alguns indivíduos normais ou pode estar associada a febre,
ansiedade, hipertireoidismo e neoplasias malignas. Em mulheres na menopausa, a umidade excessiva da pele (sudorese)
está relacionada às ondas de calor.
4. Textura: A textura da pele é avaliada deslizando-se as polpas digitais sobre a superfície cutânea:
a. Textura normal: desperta uma sensação própria que a prática vai proporcionando, e é encontrada em condições normais.
b. Pele lisa ou fina: observada nas pessoas idosas, em indivíduos com hipertireoidismo e em áreas recentemente edemaciadas.
c. Pele áspera: observada nos indivíduos expostos às intempéries e que trabalham em atividades rudes, tais como lavradores,
pescadores, garis e foguistas, e em algumas afecções como mixedema e dermatopatias crônicas.
d. Pele enrugada: percebida nas pessoas idosas, após emagrecimento rápido, ou quando se elimina o edema.
5. Temperatura: Antes de tudo, deve-se esclarecer a diferença entre temperatura corporal e temperatura da pele, embora com
certa frequência estejam intimamente relacionadas. Para avaliação da temperatura da pele, usa-se a palpação com a face dorsal
das mãos ou dos dedos, comparando-se com o lado homólogo de cada segmento examinado.
6. Elasticidade e Mobilidade: Essas duas características devem ser analisadas e interpretadas simultaneamente.
a. Elasticidade é a propriedade de o tegumento cutâneo se estender quando tracionado; mobilidade refere-se à sua
capacidade de se movimentar sobre os planos profundos subjacentes.
7. Turgor: Avalia-se o turgor, pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele que abranja o tecido subcutâneo.
a. O turgor diferencia-se em:
i. Normal: quando o examinador tem a sensação de pele suculenta em que, ao ser solta, a prega se desfaz rapidamente.
Indica conteúdo normal de água, ou seja, a pele está hidratada.
ii. Diminuído: sensação de pele murcha e observação de lento desfazimento de prega. Turgor diminuído indica
desidratação.
8. Sensibilidade:
a. Sensibilidade dolorosa: a perda da sensibilidade dolorosa é chamada hipoalgesia ou analgesia, e o aumento da sensibilidade
dolorosa denomina-se hiperestesia.
b. Sensibilidade tátil: tem como receptores os corpúsculos de Meissner, os de Merkel e as terminações nervosas dos folículos
pilosos. Para pesquisá-la, fricciona-se levemente o local com uma mecha de algodão. Anestesia ou hipoestesia refere-se a
perda ou diminuição da sensibilidade tátil.
c. Sensibilidade térmica: os receptores específicos são os bulbos terminais de Krause, para as temperaturas frias, e os
corpúsculos de Ruffini, para as quentes.
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H1: Manchas arroxeadas vistas durante a inspeção cutânea são consideradas lesões elementares da pele que são causadas por
uma disfunção medular levando a uma alteração na fisiologia da hematopoiese.
1. Alteração de cor (mancha ou mácula): Compreende toda e qualquer alteração da cor da pele, sem que haja elevação ou
depressão. As manchas ou máculas dividem-se em: pigmentares, vasculares, hemorrágicas e depósito de pigmentos orgânicos e
exógenos.
a. Pigmentares: São pigmentares quando decorrem de alterações do pigmento melânico. Subdividem-se em três tipos:
i. Hipocrômicas (A) e/ou acrômicas (B): resultam da diminuição e/ou ausência de melanina. Podem ser observadas no
vitiligo, pitiríase alba, hanseníase; algumas vezes são congênitas, como no nevo acrômico e no albinismo.
ii. Hipercrômicas: dependem do aumento de pigmento melânico. Exemplos: pelagra, melasma ou cloasma, manchas
hipercrômicas dos processos de cicatrização, manchas hipercrômicas da estase venosa crônica dos membros inferiores,
nevos pigmentados, melanose senil.
a. Vasculares: Decorrem de distúrbios da microcirculação da pele. São diferenciadas das manchas hemorrágicas por
desaparecerem após digitopressão (compressão da região com a polpa digital; vitropressão, quando a compressão é feita
com uma lâmina de vidro transparente; e puntipressão, quando se emprega um objeto pontiagudo). As manchas vasculares
subdividem-se em: telangiectasias e manchas eritematosas ou hiperêmicas.
i. Telangiectasias: Dilatações dos vasos terminais, ou seja, arteríolas, vênulas e capilares. As telangiectasias venocapilares
são comuns nas pernas e nas coxas das pessoas do sexo feminino e se denominam varículas ou microvarizes. Podem ser
vistas, também, no tórax de pessoas idosas (Figura 12.8). Outro tipo de telangiectasia são as chamadas aranhas
vasculares, que têm este nome porque seu formato lembra o desses aracnídeos (um corpo central do qual emergem
várias pernas em diferentes direções). Localizam-se no tronco, e para fazê-las desaparecer basta fazer uma puntipressão
exatamente sobre seu ponto mais central. Desaparecem porque esta manobra oclui a arteríola central, alimentadora
dos vasos ectasiados. São observadas na cirrose hepática,
i. Mancha eritematosa ou hiperêmica: Decorre de vasodilatação, tem cor rósea ou tom vermelho-vivo e desaparece à
digitopressão ou à vitropressão. Podem ser simples, ou seja, sem outra alteração da pele ou, ao contrário, ocorrer
juntamente com outras lesões: pápula, vesícula, bolha. Costumam ter variados tamanhos; ora são esparsas, ora
confluentes, ou seja, fundem-se por estarem muito próximas umas das outras. Surgem nas doenças exantemáticas
(sarampo, varicela, rubéola), na escarlatina, na sífilis, na doença reumática, nas septicemias, nas alergias cutâneas e em
muitas outras afecções.
a. Hemorrágicas: São também chamadas “sufusões hemorrágicas” e, como foi mencionado, não desaparecem pela
compressão, diferentemente dos eritemas. Não desaparecem por se tratar de sangue extravasado. De acordo com a forma e
o tamanho, subdividem-se em três tipos:
i. Petéquias: quando puntiformes e com até 1 cm de diâmetro.
ii. Víbices: quando formam uma linha. Esse termo também é empregado para lesão atrófica linear.
iii. Equimoses: quando são em placas, maiores que 1 cm de diâmetro.
a. Depósito de pigmentos orgânicos e exógenos: Pode ser por deposição de hemossiderina, bilirrubina (icterícia), pigmento
carotênico (ingestão exagerada de mamão, cenoura), corpos estranhos (tatuagem) e pigmentos metálicos (prata, bismuto).
1. Formação sólidas: As formações sólidas abrangem pápulas, tubérculos, nódulos, nodosidades e gomas e vegetações.
a. Pápulas: Elevações sólidas da pele, de pequeno tamanho (até 1,0 cm de diâmetro), superficiais, bem delimitadas, com
bordas facilmente percebidas quando se desliza a polpa digital sobre a lesão. Podem ser puntiformes, um pouco maiores ou
lenticuladas, planas ou acuminadas, isoladas ou coalescentes, da cor da pele normal ou de cor rósea, castanha ou arroxeada.
Inúmeras dermatoses se evidenciam por lesões papulares; exemplos: picada de inseto, leishmaniose, blastomicose, verruga,
erupções medicamentosas, acne, hanseníase.
a. Tubérculos: Elevações sólidas, circunscritas, de diâmetro maior que 1,0 cm, situadas na derme. A consistência pode ser
mole ou firme. A pele circunjacente tem cor normal ou pode estar eritematosa, acastanhada ou amarelada (Figura 12.15);
geralmente desenvolvem cicatriz. São observadas em sífilis, tuberculose, hanseníase, esporotricose, sarcoidose e tumores.
a. nódulos, nodosidades e gomas e vegetações: Formações sólidas localizadas na hipoderme, mais perceptíveis pela
palpação do que pela inspeção (Figura 12.16). Quando de pequeno tamanho – grão de ervilha, por exemplo – são
denominadas nódulos. Se mais volumosas, são nodosidades. Gomas são nodosidades que tendem ao amolecimento e
ulceração com eliminação de substância semissólida. Os limites dessas lesões em geral são imprecisos, e a consistência
pode ser firme, elástica ou mole. Ora estão isoladas, ora agrupadas ou mesmo coalescentes. Podem ser dolorosas ou não.
A pele circundante pode ser normal, eritematosa ou arroxeada. São muitas as dermatoses com nódulo ou nodosidade;
exemplos: furúnculo, eritema nodoso, hanseníase, cistos, epiteliomas, sífilis, bouba, cisticercose. As gomas aparecem na
sífilis, na tuberculose e nas micoses profundas.
a. Vegetações: Lesões sólidas, salientes, lobulares, filiformes ou em couve-flor, de consistência mole e agrupadas em maior
ou menor quantidade. Muitas dermatoses se caracterizam por vegetações: verrugas, bouba, sífilis, leishmaniose,
blastomicose, condiloma acuminado, tuberculose, granuloma venéreo, neoplasias (Figura 12.17) e dermatites
medicamentosas. Quando a camada córnea é mais espessa, a lesão apresenta consistência endurecida e recebe o nome de
verrucosidade; exemplos: verrugas vulgares, cromomicose.
1. Coleções Líquidas: As coleções líquidas incluem vesícula, bolha, pústula, abscesso e hematoma.
a. Vesícula: Elevação circunscrita da pele que contém líquido em seu interior (Figura 12.18) com diâmetro limitado a 1,0 cm.
A diferença fundamental entre pápula e vesícula é que aquela é uma lesão sólida, e esta é constituída por uma coleção
líquida. Às vezes, para se dirimir dúvida punciona-se a lesão. O encontro de substância líquida caracteriza a existência de
vesícula. É observada nos seguintes casos: varicela, herpes-zóster, queimaduras, eczema e pênfigo foliáceo.
b. Bolha: Também é uma elevação da pele contendo substância líquida em seu interior. Diferencia-se da vesícula pelo
tamanho: seu diâmetro é superior a 1,0 cm. É encontrada nas queimaduras, no pênfigo foliáceo, em algumas piodermites e
em alergias medicamentosas (ver Figura 12.18). As bolhas podem ter conteúdo claro, turvo amarelado (bolha purulenta) ou
vermelho-escuro (bolha hemorrágica).
c. Pústula: Vesícula de conteúdo purulento. Surge na varicela, no herpes-zóster, nas queimaduras, nas piodermites, na acne
pustulosa (Figura 12.18).
a. Abcessos: Coleção purulenta, mais ou menos proeminente e circunscrita, de proporções variáveis, flutuantes, de
localização dermo-hipodérmica ou subcutânea. Quando há sinais inflamatórios, são chamados abscessos quentes. A
ausência de sinais flogísticos caracteriza os abscessos frios. Exemplos: furunculose, hidradenite, blastomicose, abscesso
tuberculoso (Figura 12.19).
b. Hematoma: Formação circunscrita, de tamanho variado, decorrente de derrame de sangue na pele ou nos tecidos
subjacentes.
a. Liquenificação: Espessamento da pele com acentuação das estrias, resultando em um quadriculado em rede como se a
pele estivesse sendo vista através de uma lupa. A pele circundante torna-se, em geral, de cor castanho-escura (Figura
12.22). É encontrada nos eczemas liquenificados ou em qualquer área sujeita a coçaduras constantes.
a. Esclerose: Aumento da consistência da pele, que se torna mais firme, aderente aos planos profundos e difícil de ser
pregueada entre os dedos. O exemplo típico é a esclerodermia.
b. Edema: Acúmulo de líquido no espaço intersticial. A pele torna-se lisa e brilhante.
c. Atrofia: Adelgaçamento da pele, que se torna fina, lisa, translúcida e pregueada. Podem ser fisiológicas, como na atrofia
senil, ou provocadas por agentes mecânicos ou físicos (estrias atróficas, radiodermite)
1. Perdas e Lesões Teciduais: Lesões provocadas por eliminação ou destruição patológica e reparações dos tecidos cutâneos.
Abrangem: escama, erosão ou exulceração, úlcera ou ulceração, fissura ou rágade, crosta, escara e cicatriz.
a. Escama: Lâminas epidérmicas secas que tendem a desprender-se da superfície cutânea. Se apresentarem o aspecto de
farelo são denominadas furfuráceas, e, quando em tiras, laminares ou foliáceas.
a. Erosão: Simples desaparecimento da parte mais superficial da pele, atingindo apenas a epiderme (Figura 12.26). Pode ser
traumática, quando recebe o nome de escoriação, ou não traumática. Neste caso, são secundárias à ruptura de vesículas,
bolhas e pústulas. Ao regenerarem-se, não deixam cicatrizes.
a. Úlcera: Perda delimitada das estruturas que constituem a pele, atingindo a derme. Tal fato a diferencia da escoriação.
Outra diferença entre essas duas lesões é que a ulceração deixa cicatriz. Exemplos: úlcera crônica, lesões malignas da pele,
leishmaniose.
a. Fissura: Perda de substância linear, superficial ou profunda não causada por instrumento cortante. Compromete a
epiderme e a derme e situa-se mais frequentemente no fundo de dobras cutâneas ou ao redor de orifícios naturais.
a. Crosta: Formação proveniente do ressecamento de secreção serosa, sanguínea, purulenta ou mista que recobre área
cutânea previamente lesada. Algumas vezes é de remoção fácil e em outras está firmemente aderida aos tecidos
subjacentes. Encontram-se crostas na fase final dos processos de cicatrização, impetigo, pênfigo foliáceo e nos eczemas.
a. Escara: Porção de tecido cutâneo necrosado, resultante de pressão isolada ou combinada com fricção e/ou cisalhamento. A
área mortificada torna-se insensível, de cor escura e é separada do tecido sadio por um sulco. O tamanho é muito variável,
desde o da cabeça de alfinete até o de placas. Ocorre principalmente em idosos e imobilizados.
a. Cicatriz: Reposição de tecido destruído pela proliferação do tecido fibroso circunjacente. Os tamanhos e os formatos das
cicatrizes são os mais variados. As cicatrizes podem ser róseo-claras, avermelhadas, ou adquirir uma pigmentação mais
escura do que a pele ao seu redor. Podem ser deprimidas ou exuberantes. As exuberantes são representadas pela cicatriz
hipertrófica e pelo queloide (Figura 12.31). Resultam de traumatismos ou de qualquer lesão cutânea que evolui para a
cura. Queloide é uma formação fibrosa rica em colágeno saliente, de consistência firme, róseo-avermelhada, bordas
nítidas, frequentemente com ramificações curtas (Figura 12.32). Pode ser espontâneo ou, o que é mais frequente,
secundário a qualquer agressão à pele (intervenção cirúrgica, queimadura e ferimentos).
A classificação mais útil baseia-se nos índices hematimétri- cos (valores de referência na Tabela 2.4) e divide as anemias em
microcíticas, normocíticas e macrocíticas (Tabela 2.5). Além de sugerir a natureza do defeito primário, a observação dos índices
pode inclusive indicar uma anomalia subjacente antes de o desenvolvimento da anemia decorrente se tornar significativo.
P3: Qual a fisiologia da vitamina B12 e B9 (fonte, absorção, metabolismo, função e armazenamento)?
1. Fonte: A vitamina é encontrada em alimentos de origem animal, como fígado, carnes em geral, peixe e laticínios, mas não
ocorre em frutas, cereais e verduras.
2. Absorção: A B12 é liberada das proteínas às quais vem ligada nos alimentos e se combina com a glicoproteína fator intrínseco
(FI), sintetizada pelas células parietais gástricas. O complexo FI-B12 liga-se, então, a um receptor de superfície específico para
FI, a cubilina. Esta se liga, a seguir, com uma segunda proteína, amnionless*, que promove endocitose do complexo
cubilina/FI-B12 nas células do íleo, onde a B12 é absorvida e o FI é destruído.
3. Transporte: A vitamina B12 é absorvida no sangue portal, onde se liga à proteína plasmática transcobalamina (TC, também
chamada de transcobalamina II), que entrega B12 à medula óssea e a outros tecidos. Embora a TC seja a proteína plasmática
essencial para transferência de B12 para as células do organismo, a quantidade de B12 na TC, em geral, é muito baixa (< 5
ng/dL). A deficiência de TC causa anemia megaloblástica, uma vez que a B12 não entra na medula óssea (e em outras células)
a partir do plasma, porém o nível sérico de B12 na deficiência de TC é normal.
4. Função Biológica: A vitamina B12 é uma coenzima de duas reações bioquímicas: na primeira, como metil-B12, é cofator da
metionina-sintase, a enzima responsável pela metilação da homocisteína em me- tionina, usando metiltetra-hidrofolato (metil-
THF) como doador de metila (Figura 5.3); na segunda, como desoxiadenosil B12 (ado-B12), auxilia na conversão de metilmalonil- -
coenzima A (CoA) em succinil-CoA (Figura 5.3).
B9
1. Fonte: O folato (vitamina B9) é encontrado em alimentos como feijões, vegetais verde escuros, frutas cítricas como a laranja,
ovos, fígado, carnes, frutos do mar, entre outros.
2. Absorção: O folato alimentar (uma mistura complexa de folatos varia- velmente reduzidos) é convertido em metiltetra-
hidrofolato (metil-THF), uma forma reduzida de monoglutamato que circula no plasma. Após entrar nas células, essa forma é
convertida em folato poliglutamato, pela adição de 4 a 6 metades glutamato.
3. Função: Os folatos são necessários em várias reações bioquímicas envolvendo transferência de unidades de um carbono, em
interconversões de aminoácidos, como na conversão de homocisteína em metionina (Figuras 5.3 e 5.5) e na de serina em
glicina, bem como na síntese de precursores purínicos de DNA.
H2: Hemoglobina e leucócitos abaixo dos valores de referência fecha diagnóstico de anemia, que necessita de abordagem
terapêutica.
P1: Como se dá o diagnóstico de anemia macrocítica?
Hemograma completo, índices de eritrócitos, contagem de reticulócitos e esfregaço periférico
Níveis de B12 e folato
Se a deficiência de vitamina B12 for confirmada, deve-se testar a existência de autoanticorpos ao fator intrínseco. Também
deve-se realizar testes para determinar a causa da deficiência de vitamina.
1- Análise do hemograma, acharemos um VCM aumentado, característico da megaloblastose, além de pancitopenia leve a
moderada, devido a um defeito da produção de todas as células hematopoiéticas;
2- Esfregaço do sangue periférico, que terá como principal achado a hipersegmentação dos núcleos dos neutrófilos;
3- Realização do mielograma, o exame padrão ouro para diagnosticar anemia megaloblástica e que vai indicar uma medula óssea
hipercelular e alterações morfológicas nucleares, como eritroblastos grandes com núcleos imaturos;
4- Dosagem de cobalamina sérica, que quando muito reduzida sugere fortemente o diagnóstico;
5- Dosagem sérica de folato, apesar de não muito confiável, pode ser solicitada e, para casos duvidosos, o folato eritrocitário pode
ser dosado. É importante lembrar que a deficiência de B12 pode ocasionar um acúmulo de folato sérico e mascarar uma deficiência
concomitante deste;
6- Dosagem de ácido metilmalônico, que mostrará índices elevados quando há deficiência de cobalamina;
7- Dosagem de homocisteína, que indicará tanto a falta de B12 quanto de ácido fólico.
P4: Quais as abordagens terapêuticas de anemia macrocítica?
A maioria dos casos necessita somente de tratamento com a vitamina apropriada (Tabela 5.9). Doses terapêuticas de ácido fólico
(p. ex., 5 mg/dia) dadas a um paciente com deficiência de B12 provocam resposta terapêutica da anemia, porém podem agravar a
neuropatia. Não devem ser prescritas isoladamente, salvo se a deficiência de B12 tiver sido excluída com segurança. Em pacientes
com anemia grave que necessitam de tratamento urgente, pode ser mais seguro iniciar o tratamento com ambas as vitaminas, mas
de- pois da coleta de sangue para as dosagens de B12 e de folato. O tratamento com B12 oral pode ser utilizado; em hemofílicos
sempre deve ser preferido, mas inicialmente é difícil suprir as reservas. Altas doses orais diárias são necessárias para garantir
absorção o suficiente e para contornar a falta de adesão com o tratamento a longo prazo. O tratamento oral pode ser preferível
para pacientes com graus leves de deficiência (p. ex., os que têm má absorção da B12 dos alimentos). Em idosos, a presença de
insuficiência cardíaca deve ser controlada com diuréticos. Transfusões de sangue devem ser evita- das, se possível, pois podem
causar sobrecarga circulatória.
O paciente sente-se melhor depois de 24 a 48 horas do tra- tamento com a vitamina correta, com notável aumento de apetite e
bem-estar eufórico. A hemoglobina deve aumentar em 2 a 3 g/dL a cada 2 semanas. As contagens de leucócitos e de plaquetas
normalizam-se em 7 a 10 dias (Figura 5.13) e a medula perde o aspecto megaloblástico, torna-se normoblás- tica, em cerca de 48
horas – embora persistam metamielócitos gigantes durante até 12 dias.
A vitamina B12 deve ser administrada periodicamente em pa- cientes com gastrectomia total, cirurgia bariátrica ou ressec- ção
ileal. Na gestação, o ácido fólico é administrado na dose de 400 mg diários, e recomenda-se que todas as mulheres em idade fértil
ingiram pelo menos 400 mg de ácido fólico por dia (aumentando a ingestão de alimentos ricos em folatos ou suplementados com
folato ou recebendo ácido fólico), para evitar uma primeira ocorrência de DTN no feto.
O ácido fólico também é administrado em pacientes em diálise crônica, com anemia hemolítica grave e com mielofibrose primária e
em crianças prematuras. A fortificação de ali- mentos com ácido fólico (p. ex., farinhas ou grãos) é praticada em mais de 70 países,
incluindo os Estados Unidos e o Brasil, para diminuir a incidência de DTNs; não é feita no Reino Unido nem no resto da Europa
H3: Asma, dermatite atopica, lesões pruriginosas recorrentes no pescoço e nos cotovelos, sugere quadro típico de marcha
atópica, sendo tratado com metotrexato.
P1: O que é marcha atópica e suas causas?
Entende-se por marcha atópica a progressao sequencial de condiçoes alérgicas diferentes observada a partir dos primeiros anos de
vida. Em geral, a dermatite atópica (DA) é a primeira manifestaçao clínica da marcha atópica, seguida de asma e/ou rinite alérgica.
1. A dermatite atópica é uma doença inflamatória crónica e recidivante da pele que afecta até 20% das crianças e 10% dos
adultos.
2. Está associada à asma, rinite alérgica, alergia alimentar, depressão e ideação suicida.
Etiologia: postulado como resultado da interação de fatores de risco genéticos, imunológicos e ambientais que fundamentam
mecanismos patológicos de anormalidades da barreira epidérmica e inflamação da pele causada por células T.
Patogênese: Disfunção na barreira epidérmica x inflamação cutânea desencadeada por resposta imune inadequadas.
Disfunção na barreira: FOTO