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Sistema Tegumentar

Profª Ms. Ana Carolina Botto Paulino


• A pele, cútis ou tegumento representa 15% do peso
corpóreo, constitui o revestimento do organismo e
protege contra agentes nocivos físicos, químicos ou
biológicos.

• Podemos observer mutações do nascimento à velhice


em razões das condições ambientais, dos hábitos e do
modo de vida.

• A pele é um orgão em perfeita sintonia com todo o


organismo e reflete o estado de saúde do indivíduo.
• É constituida por três camadas:
• Epiderme
• Derme ou córion
• Hipoderme ou tecido celular subcutâneo.
• EXAME FÍSICO SISTEMA TEGUMENTAR

• Para avaliar a pele, pêlos e unhas aplicará técnicas de


Inspeção e Palpação

• As condições básicas para o exame da pele são:


• Iluminação adequada (luz natural é a melhor), luvas,
lanterna, lupa, régua.
• Exponha a parte do corpo a ser inspecionada (limpe a
pele se necessário).
• Procura por variações na cor, na irrigação sanguínea, no
padrão, na distribuição das lesões cutâneas.
• Devem ser investigados os seguintes elementos:

• Coloração
• Umidade
• Textura
• Espessura
• Temperatura
• Elasticidade e Mobilidade
• Turgor
• Sensibilidade
• Lesões elementares
• COLORAÇÃO

• O primeiro passo consiste em registrar a cor da pele no


momento da identificação do paciente.

As principais alterações da coloração da pele são:


• Palidez
• Vermelhidão
• Cianose
• Icterícia
• Albinismo
• Bronzeamento
• PALIDEZ

• Significa atenuação ou desaparecimento da cor rósea da


pele.

• Por isso a importância de uma iluminação adequada, de


preferência luz natural.

• Deve ser pesquisada em toda a extensão da superfície


cutânea, inclusive nas regiões palmoplantares.

• Nos pardos e negros só se consegue identificar palidez


nas palmas mãos e plantas dos pés.
• Distingue-se dois tipos de palidez:

• Palidez generalizada: observada em toda a pele, revelando


diminuição das hemácias circulantes nas microcirculações
cutânea e subcutânea.

• Pode ocorrer por 2 mecanismos:


• Vasoconstrição: no caso de sustos, forte emoções entre
outros.

• Redução real das hemácias: hemoglobina- que é em última


instancia a responsável pela coloração rosada da pele.
• Palidez localizada ou segmentar: constatada em áreas
restritas dos segmentos corporais, sendo a isquemia a
principal causa.

• Assim a obstrução de uma artéria femoral manifesta-se por


palidez no membro inferior respectivo, notável quando
comparado um lado com o outro.

• Por isso a importância da comparação de regiões


homologas para reconhecer diferenças segmentares de
coloração.
• Avaliação clínica do fluxo sanguíneo no nível
cutâneo.

A semiotécnica consiste em:

• Pressionar a polpa do polegar de encontro ao esterno


durante alguns segundos, com o objetivo de expulsar o
sangue que flui naquela área.
• Retirar o dedo rapidamente e observar o local que
esteve comprimido.
• Em condições normais, o tempo necessário para que
seja recuperada a cor rósea, indicadora do retorno do
fluxo sanguíneo é inferior a 1 segundo.
VERMELHIDÃO OU ERITOSE

•Significa exagero na coloração rósea da pele e indica


aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea,
podendo decorrer de vasodilatação.

•Vermelhidão compreende os seguintes tipos:

•Generalizada: observada em pacientes febris, nos


indivíduos expostos ao sol e em algumas afecções que
comprometem toda a pele (psoríase).
• VERMELHIDÃO OU ERITOSE

• Localizada: ou Segmentar: pode ter caráter fugaz


quando depende de um fenômeno vasomotor
(ruborização do rosto por emoção).

• Sinais cardiais do processo inflamatório


• A vermelhidão é um dos cinco sinais cardinais que
caracterizam um processo inflamatório: eritema, dor,
calor, rubor (vermelhidão) e tumor (significando
intumescimento da área).
• CIANOSE

• Significa cor azulada da pele e mucosas. Manifesta-se


quando a hemoglobina reduzida alcança no sangue
valores superiores a 5 g/100m.

• A cianose deve ser pesquisada no rosto, especialmente


ao redor dos lábios, na ponta do nariz, nos lobos das
orelhas e nas extremidades das mãos e dos pés.
• Quanto a localização, a cianose diferencia-se em:

• Generalizada: observa-se em toda a pele, embora


predomina-se em algumas áreas.

• Localizada ou segmentar: Apenas segmentos


corporais adquirem coloração anormal, significando
obstrução de uma veia que drena uma região, enquanto
a cianose generalizada pode ser causado por diversos
fatores.
• Cianose generalizada ou Segmentar?

Quanto a intensidade, a cianose é classificada em três graus:

• Leve
• Moderada
• Intensa

• Não há parâmetros quantitativos para caracterizar os


vários graus de cianose.
• Somente a experiência capacita o examinador para
afirmar o grau da cianose.
• Há quatro tipos de cianose:

• Cianose central: Há instauração arterial excessiva,


permanecendo normal o consumo de oxigênio nos
capilares.

Ocorre principalmente nas seguintes situações:

• Diminuição da tensão do oxigênio no ar inspirado, cujo


exemplo é observado nas grandes altitudes.
• Hipoventilação Pulmonar: não há ar atmosférico em
quantidades suficientes para que faça a hematose, por
obstrução das vias respiratórias, diminuição da expansibilidade
troncopulmonar, aumento exagerado da frequência respiratória
ou por diminuição da superfície respiratória (pneumotórax).

• Curto circuito (shunt) venoarterial como se observa em


algumas cardiopatias congênitas.

• Cianose periférica: ocorre em consequência da perda


exagerada de oxigênio na rede capilar devido a estase venosa
ou diminuição funcional ou orgânica do calibre do calibre dos
vasos.
• Cianose mista: associação de mecanismos responsáveis
por cianose central e periférica.

• Exemplo: cianose que se observa na insuficiência cardíaca


congestiva grave, no qual ocorre grave congestão
pulmonar, impedindo adequada oxigenação do sangue, e
estase venosa periférica com perda exagerada de oxigênio.
• Cianose por alteração da hemoglobina: alterações
bioquímicas da hemoglobina podem impedir a fixação do
oxigênio neste pigmento.

• O nível de instauração eleva-se até alcançar valores


capazes de ocasionar cianose.
• ICTERÍCIA

• Coloração amarelada da pele, das mucosas visíveis e


da esclerótica, resultante de acúmulo de bilirrubina no
sangue.

• A coloração ictérica pode ser desde amarelo claro ate


amarelo-esverdeada.

• As principais causas são: hepatite infeciosa, hepatopatia


alcoólica, hepatopatia por medicamento, leptospirose,
malária, lesões obstrutivas das vias biliares etc...
• Esquema prático para diferenciar os tipos de cianose:

• A cianose segmentar é sempre periférica.


• A cianose universal pode ser periférica por alteração da
hemoglobina ou por alteração pulmonar e cardíaca.
• A oxigenoterapia é eficaz no tratamento da cianose central
e não influi na periférica, melhora também a cianose do
tipo mista.
• A cianose periférica diminui ou desaparece quando a área
é aquecida.
• A cianose das unhas concomitantemente com calor nas
mãos sugere cianose central.
• ALBINISMO

• Coloração branco-leite da pele em decorrência de uma


área defeituosa da melanina.
• Pode afetar os olhos, a pele e os pelos (albinismo
ocolucutâneo) ou apenas os olhos (albinismo ocular).
• CONTINUIDADE OU INTEGRIDADE

• A perda da continuidade ou integridade da pele ocorre


na erosão, ulceração, fissura (ver nas lesões
elementares).
• UMIDADE

• A verificação da umidade inicia-se pela inspeção, mas o


método adequado é palpação, por meio das polpas digitais
e da palma da mão.

• Pela sensação tátil, pode-se avaliar a umidade da pele


com razoável precisão.

• Umidade normal: geralmente pele tem um certo grau de


umidade que pode ser percebido ao se examinarem
indivíduos hígidos.
• Pele seca: É observada em pessoas idosas e em
algumas patologias.

• Umidade aumentada: pode ser observada em alguns


indivíduos normais ou pode estar associada a febre,
ansiedade, em mulheres na menopausa (ondas de
calor).
• TEXTURA

• Textura significa trama ou disposição dos elementos que


constituem um tecido.

• A textura da pele é avaliada deslizando-se as polpas


digitais sobre a superfície cutânea.

• Textura normal: desperta uma sensação própria que a


prática vai proporcionando, é encontrada em condições
normais.
• Pele lisa ou fina observada nas pessoas idosas e em
áreas recentemente edemaciadas.

• Pele áspera observada nos individuas expostos que


trabalham em atividades rudes, tais como lavradores,
pescadores, garis e em algumas afecções como mixedema
e dermatopatias crônicas.

• Pele enrugada percebida nas pessoas idosas, após


emagrecimento rápido ou quando se elimina o edema.
• ESPESSURA

• Para avaliar a espessura da pele faz-se o pinçamento


de uma dobra cutânea, usando o polegar e o indicador.

• Pinçam-se apenas epiderme e derme.


•Pele de espessura normal: observada em indivíduos
hígidos seu reconhecimento depende do aprendizado prático.

•Pele atrófica: tem alguma translucidez que possibilita a


visualização da rede venosa superficial.
•Observa-se em pessoas idosas e prematuros

•Pele hipertrófica ou espessa notada nos indivíduos que


trabalham exposto ao sol.
• TEMPERATURA

• Existe uma diferença de temperatura corporal e


temperatura da pele embora estejam relacionadas.

• Para avaliação da temperatura da pele usa-se a palpação


com a face dorsal das mãos ou dos dedos, comparando
um lado homólogo de cada segmento examinado.
• Na extremidade essas variações são mais acentuadas.

• É muito influenciada pela temperatura do meio


ambiente, emoção, ingestão de alimentos, sono e outros
fatores.

• Adquirem significado semiológico diferenças de


temperatura em regiões homólogas, pois discrepâncias
de até 2° C podem ser detectadas pela palpação e
indicam transtornos da irrigação sanguínea (a área
isquêmica é mais fria).
• Podem ser relatadas:

• Temperatura normal
• Temperatura aumentada
• Temperatura diminuída

• O aumento da temperatura em áreas restritas ou em


segmentos corporais está relacionado com processos
inflamatórios.
• O calor e o rubor são também indicativos de um
processo inflamatório.
• A hipotermia localizada ou segmentar revela quase
sempre redução do fluxo sanguíneo naquela área.

• Isso decorre, muitas vezes de oclusão arterial.

• O registro exato da temperatura da pele é feito pela


termometria cutânea, que não é utilizada na pratica
clínica.
• ELASTICIDADE E MOBILIDADE

• Essas duas características devem ser analisadas e


interpretadas simultaneamente.

• Elasticidade é a propriedade do tegumento cutâneo se


estender quando tracionado.

• Mobilidade refere-se a sua capacidade de movimentar


sobre planos profundos subjacentes.
• Para avaliar elasticidade, pinça-se a prega cutânea com
o polegar e o indicador fazendo em seguida certa tração,
ao fim da qual se solta a pele.

• Elasticidade pode ser:


• Normal: observada na pele de indivíduos hígidos.
• Aumento da elasticidade ou pele hiperelástica:
característica semelhante as da borracha. Ao se efetuar
uma leve tração, a pele se distende 2 ou 3 vezes mais que
a pele normal.
• Diminuição da elasticidade ou hipoelasticidade: a pele
ao ser tracionada volta vagarosamente à posição primitiva.
• A diminuição da elasticidade é observada :

• Pessoas idosas;
• Desnutridos;
• Abdome de multíparas;
• Desidratação.
• Para a pesquisa da mobilidade, emprega-se a seguinte
manobra:

• Pousa-se firmemente a palma da mão sobre a superfície


que se quer examinar e movimenta-se a mão para todos
os lados fazendo-a deslizar sobre as estruturas
subjacentes (ossos, articulações, tendões).
• Quanto a mobilidade pode-se verificar:

• Mobilidade normal: a pele normal apresenta certa


mobilidade com relação as estruturas mais profundas
com as quais se relaciona.

• Mobilidade diminuída ou ausente: Está diminuída


quando não se consegue deslizar a pele sobre as
estruturas vizinhas. Isso ocorre em área de processo
cicatricial, na esclerodermia, neoplasias malignas de
glândulas mamárias.

• Mobilidade aumentada: é observada na pele de


pessoas idosas.
• TURGOR
• Avalia-se o turgor pinçando com o polegar e o indicador
uma prega de pele que abranja o tecido subcutâneo.

• O turgor diferencia-se:

• Normal: quando o examinador tem a sensação de pele


suculenta em que, ao ser solta a prega se desfaz
rapidamente. Indica conteúdo normal de agua ou seja a
pele está hidratada.

• Diminuído: sensação de pele murcha e observação de


lento desfazimento de prega. Indica desidratação.
• SENSIBILIDADE
• Podem ser analisados os seguintes tipos de
sensibilidade:

• Sensibilidade dolorosa a perda da sensibilidade dolorosa


é chamada de hipoalgesia ou analgesia. O aumento é
chamado de hiperestesia.

• Hipoalgesia ou analgesia: pode ser percebido pelo


paciente que nota ausência de dor ao contato com algo
aquecido ou ao se ferir.
• É pesquisado tocando-se a pele com a ponta de uma
agulha.
• Hiperestesia: é a sensação contrária ou seja até os
toques mais leves e suaves despertam nítida dor.
• LESÕES ELEMENTARES

• Para avaliação de lesões elementares, empregam-se a


inspeção e palpação.

• Classificação das lesões elementares


• Alteração da cor
• Formações sólidas
• Coleções liquidas
• Alterações espessura
• Perda e reparações teciduais
• Alterações de cor (mancha ou mácula)

• A mancha ou mácula corresponde a área circunscrita de


coloração diferente da pele normal, no mesmo plano de
tegumento e sem alterações na superfície.

• Reconhecimento de uma mácula se faz não apenas pela


inspeção mas também pela palpação, deslizando-se as
polpas digitais dos dedos indicador médio e anular
sobre área alterada e suas adjacências que melhor se
pode verificar qualquer elevação de pele.
• As manchas ou máculas de dividem em:

• Pigmentares;
• Vasculares;
• Hemorrágicas;
• Deposito de pigmentos orgânicos e exógenos.
• PIGMENTARES
• São pigmentares quando decorrem de alteração do
pigmento melânico.
• Subdividem-se em três tipos:

• Hipocrômicas resultam da diminuição ou ausência de


melanina. Pode ser observada em vitiligo, hanseníase.
• Hipercrômicas dependem do aumento de pigmento
melânico. Exemplos: melasma

• Os nevos são muito frequentes, tem aspecto variável e


aparecem em qualquer idade. O nevo tuberoso ou
verruga mole é uma pequena saliência roxa, geralmente
pilosa, localizada na maioria das vezes no rosto.
• VASCULARES

• Decorrem de distúrbios da microcirculação da pele.


• São diferenciadas das manchas hemorrágicas por
desaparecerem após a digitação (compressão da região
com a polpa digital).

• As manchas vasculares subdividem-se em:


• Telangiectasias;

• Manchas eritematosas ou hiperêmicas.


• Telangiectasias

• Dilatações dos vasos ou seja arteríolas, vênulas e


capilares.
• São comuns nas pernas e nas coxas das pessoas do
sexo feminino e de denominam microvarizes.
• Telangiectasias

• Outro tipo são as chamadas de aranhas vasculares


que tem esse nome porque seu formato lembra
aracnídeos (um corpo central que emergem varias
pernas em diferentes direções).
• Localizam se no tronco e para faze-la desaparecer basta
fazer uma puntipressão exatamente sobre o ponto mais
central.
• Mancha eritematosa ou hiperêmica

• Decorre de vasodilatação, tem cor rósea ou tom vermelho- vivo e


desaparece a digito pressão.

• É uma das lesões mais encontradas na prática médica.

• Podem ser simples, ou seja sem outra alteração de pele.

• Costumam ter variados tamanhos, ora são esparsas, ora confluentes


ou seja fundem-se por estarem muito próxima uma das outras.

• Surgem nas doenças exantemáticas (sarampo, varicela).


• Mancha eritematosa ou hiperêmica
• Hemorrágicas

• São também chamadas de sufusões hemorrágicas.

• Não desaparecem pela compressão, diferente do eritema.

• De acordo com a forma e o tamanho subdividem-se em:


• PETEQUIAS: quando puntiformes e com até 1cm de
diâmetro.

• VIBICES: quando forma uma linha. Esse termo também


é empregado para lesão atrófica linear.
• Equimoses: quando são em placas, maiores que 1cm de
diâmetro .
• A coloração das manchas hemorrágicas varia de vermelho
arroxeado a amarela, dependendo do tempo de evolução.
• Nas grandes e médias equimoses, a mudança de
coloração acontecem nos seguintes períodos:

• Até 48 horas são avermelhadas


• De 48 a 96 horas tornam-se arroxeadas
• Do 5° ao 6° dia ficam azuladas
• Do 6° ao 8° dia passam a ser amarelas
• Após 9° dia a pele volta a coloração normal
• As manchas hemorrágicas são causadas por traumatismos,
alterações capilares.

• Se o extravasamento sanguíneo for suficiente para produzir


elevação da pele, é designado HEMATOMA
• Depósito de pigmentos orgânicos e exógenos

• Pode ser por deposição de bilirrubina (icterícia)


pigmento carotênico (ingestão exagerada de cenoura)
corpos estranhos como a tatuagem.
• FORMAÇÕES SÓLIDAS

• As formações sólidas abrangem:

• Pápulas;
• Tubérculos;
• Nódulos;
• Nodosidade e gomas;
• Vegetações.
• Pápulas

• Elevações sólidas da pele, de pequeno tamanho (até 1,0


cm de diâmetro), superficiais, bem delimitadas, com
bordas facilmente percebidas quando se desliza a polpa
digital sobre a lesão.
• Exemplo: picada de inseto, verruga, erupções
medicamentosas.
Pápulas eritematosas. Pápula verrucosa
Pápulas agrupadas (esclerose tuberosa).
• Tubérculos

• Elevações sólidas, de diâmetro maior que 1,0 cm situada


na derme.
• A consistência pode ser mole ou firme.
• A pele circunjacente tem cor normal ou pode estar
eritematosa, acastanhada ou amarela, geralmente
desenvolvem cicatriz.
• São observadas em sífilis, hanseníase e tumores

Tubérculo (fibroma)
• Nódulos e nodosidades

• Formações sólidas, localizadas na hipoderme, mais


perceptíveis pela palpação do que pela inspeção.
• Quando de pequeno tamanho- grão de ervilha, por exemplo
são denominados nódulos.
• Se mais volumosas, são nodosidades.

Nódulo eritematoso em região nasal.


• Gomas
• Gomas são nodosidades que tendem ao amolecimento e
ulceração com eliminação de substância semissólida.

• Os limites dessas lesões em geral são imprecisos e a


consistência firme, elástica ou mole.

• Ora estão isoladas, ora agrupadas , podem ser dolorosas


ou não.

• A pele circundante pode ser normal, eritematosa ou


arroxeada.
• Vegetações

• Lesões sólidas, salientes, filiformes ou couve-flor de


consistência mole e agrupadas em maior ou menor
quantidade.
• Muitas dermatoses se caracterizam por vegetações:
verrugas, sífilis, condiloma acuminado, granuloma
venéreo
 

Carcinoma espinocelular
• COLEÇÕES LÍQUIDAS

• As coleções líquidas incluem:

• Vesícula;
• Bolha;
• Pústula;
• Abcesso;
• Hematoma.
• Vesícula
• Elevação circunscrita da pele que contem líquido no seu
interior com diâmetro limitado a 1,0 cm.
• A diferença fundamental entre pápula e vesícula é que
aquela é uma lesão sólida e esta é constituída por uma
coleção líquida.
• Observado nos seguinte casos: varicela, queimadura,
herpes zoster.
• Bolha
• Também é uma elevação da pele contendo substância
líquida no seu interior.
• Diferencia-se da vesícula pelo tamanho.
• Seu diâmetro é superior a 1cm.
• É encontrada nas queimaduras.
• As bolhas podem ter conteúdo claro, turvo amarelado (bolha
purulenta) ou vermelho escuro (bolha hemorrágica).
• Pústula

• Vesícula de conteúdo purulento.


• Surge na varicela, na herpes zoster, nas queimaduras.
• Abscessos

• Coleção purulenta, mais ou menos proeminentes e


circunscrita, de proporções variáveis, flutuantes de
localização hipodérmica ou subcutânea.
• Quando há sinais inflamatórios são chamados abscessos
quentes.
• A ausência de sinais flogísticos caracterizam abscessos
frios.
• Exemplo: furunculose
• Os fâneros compreendem: cabelo, pelos e unha

• Cabelo

• Deve ser analisado quanto as seguintes características:

• Tipo e implantação;
• Distribuição;
• Quantidade;
• Coloração;
• Brilho, espessura e consistência.
• TIPO DE IMPLANTAÇÃO

• Varia de acordo com o sexo.


• Na mulher tem uma implantação mais baixa e forma
uma linha de implantação característica, enquanto
homens é mais alta e existem entradas nas laterais.

• DISTRIBUIÇÃO
• É uniforme, e quando a áreas sem pelos é denominada
ALOPECIA cujas causas são múltiplas.
• Uma alteração comum é a calvície que pode ser parcial
ou total.
• QUANTIDADE

• A quantidade varia de um individuo para outro e com o


avançar da idade os cabelos se tornam mais escassos
• Do ponto de vista semiologia a constatação de queda de
cabelos é um dado interessante.

• COLORAÇÃO
• A coloração varia com a etnia e em função de
características geneticamente transmitidas. As cores
básicas são: pretos, castanhos, loiros e ruivos. As
modificações da coloração podem ser artificiais ou
consequências de enfermidades.
• BRILHO, ESPESSURA E CONSISTÊNCIA

• Muitas vezes os cabelos podem perder o brilho e tornar-se


quebradiços e secos.
• Essas alterações ocorrem no mixedema, nos estados
carenciais e em outras várias afecções.
• PELOS
• Até a puberdade os pelos são finos, escassos e de cor
castanho- claro ou mesmo amarelos.

• Com a puberdade por ação dos hormônios sexuais os pelos


adquirem as características e a distribuição do adulto próprias
de cada sexo.

• No homem aparece barba, pelos nos troncos e pelos


pubianos formam um losango.

• Na mulher os pelos pubianos tem forma de um triangulo de


vértice voltado para baixo.
• Os principais achados clínicos são:
• Hipertricose: consiste no aumento exagerado de pelos

• Hirsutismo: é o aumento exagerado de pelos sexuais


masculinos na mulher.
• UNHAS
• Formadas de células queratinizadas que se originam na
matriz, são constituídas de epiderme com suas diversas
camadas, exceto granular.

• As seguintes características devem ser analisadas:


• Forma ou configuração;
• Tipo implantação;
• Espessura;
• Superfície;
• Consistência;
• Brilho;
• Coloração.
• A unha normal:

• forma um ângulo menor que 160°;


• apresenta apenas uma curvatura lateral nítida;
• a superfície é lisa,brilhante;
• tem cor róseo-avermelhada;
• a espessura e a consistência são firmes.

• No hipocratismo digital, o ângulo de implantação é de


aproximadamente 180°.
• As unhas dos pés tem configurações variadas.

• Quanto a coloração podem ser pálidas, ou adquirir uma


tonalidade azulada ou seja cianótica.

• A ocorrência de manchas brancas é comum em pessoas sadias e


são chamadas de leuconíquias.

• A superfície pode tornar-se irregular, as espessuras aumentar ou


diminuir, o brilho pode desaparecer e a consistência pode estar
diminuída.
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