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HAM 1

Inspeção do tórax

Esternal - delimitada pelas linhas


esternais de cada lado (1)

Supraesternal - (2)

Supraclavicular - (3)

Infraclavicular - (4)

Mamária - (5)

Inframamária - (6)
TIPOS DE TÓRAX

Pectus
carinatum

Pectus
excarvatum
Circulação colateral - proveniente de obstrução crônica
Ingurgitamento da jugular ( turgência da jugular )
“aumento de pressão na veia jugular” – estase jugular
Ictus Cordis: Corresponde a ponta do ventrículo esquerdo,
ao nível do 5 espaço intercostal a esquerda e da linha
hemiclavicular.

Ausculta Cardíaca
Sistema Hemolinfopoietico
• Composição:

• Sangue

• Órgãos responsáveis pela hemofinfopoiese


• Medula óssea
• Baço
• Linfonodos
• Timo
• Composição Sangue:

• Elementos figurados:
• Eritrócitos, Leucócitos e Plaquetas

• Plasma (água, proteínas, glicose, etc...)


Plaquetas
• Trombocitose: Aumento do n° de plaquetas -
(leucemia)
• Consequências: Trombose

• Trombocitopenia: Diminuição do n° de plaquetas


Causas
• Infecciosa:
• Coagulopatias:
Diminuição da produção: Aplasia da medula óssea
• Policitemia (eritrocitose) - aumento do número de
eritrócitos.
• Relativa: desidratação
• Absoluta: Hipóxia tecidual (eritropoetina ) e Neoplasias
Renais

• Policitemia (eritrocitose)
• Consequências :
• Aumento da viscosidade
• Cianose
• Predisposição à formação de trombos
• Congestão generalizada
• Trombos em vasos principais
• Hiperplasia da medula óssea
• Diminuição do número de eritrócitos:
• Causas:
• Diminuição da produção
• Aumento da destruição (hemólise)
• Perda de sangue total (hemorragia)
Sistema Hemolinfopoietico
• Função:
• Manutenção do volume do fluido corporal
• Controle térmico do organismo
• Transporte de hormônios
• Proteção através de células e de anticorpos
• Transporte de gases e nutrição
Sistema Hemolinfopoiético
• ECTOSCOPIA
1. Mucosas
• Conjuntival/oral: se coradas, se icterícia, se petéquias 
2. Fâneros
• Unhas: se quebradiças, se estrias longitudinais, se unhas em
forma de colher (coloníquia)
• Cabelo: se quebradiços, escassos 
3. Cavidade oral
• Língua: se lisa, ulcerações, glossite
• Gengivas: se sangramentos, se hipertrofia
• Lábio: se queilite 
4. Pele
• Úlceras
• Petéquias, equimoses,   
• EXAME DOS LINFONODOS 

Grupo ganglionar da cabeça e pescoço: auriculares anteriores e


posteriores, occipitais, amigdalianos, parotídeos, submandibulares,
submentonianos, cervicais superiores, cervicais posteriores,
supraclaviculares, jugulodigástrico, juguloomoióideo     

Grupo ganglionar das axilas: supraclaviculares, infraclaviculares, axilares,


epitrocleares 
    
Grupo ganglionar das virilhas: inguinal superficial, inguinal profundo,
poplíteos 

1. Localização: utilizando termos anatômicos próximos


2. Tamanho: se possível estimar em cm
3. Bordas: se nítidas, se irregulares
4. Consistência: endurecido, fibroelástico, mole
5. Mobilidade: verificar deslizamento, se móvel, aderido
6. Sensibilidade: se doloroso ou não.
7. Cor e lesões na pele local  
◗ Localização:

◗ Tamanho ou volume: descreve-se esta característica


estimando o seu diâmetro em centímetros. Normalmente,
os linfonodos variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro.

◗ Coalescência: é a junção de dois ou mais linfonodos,


formando massa de limites imprecisos. A coalescência é
determinada por processo inflamatório ou neoplásico...

◗ Consistência: o linfonodo pode estar endurecido


( neoplasias/inflamação com fibroses ) ou amolecido
( inflamação ou infecção com purulência ).

◗ Sensibilidade: o linfonodo pode estar doloroso ou não.


Petéquias
• São pequenas manchas ou pontos vermelhos, roxos ou marrom que
surgem geralmente aglomeradas, como resultado do sangramento
sob a pele ou mucosas, sendo mais frequente nos braços, pernas ou
barriga, podendo também surgir na boca ou nos olhos.
Equimoses
• Extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos da pele que se
rompem formando uma área de cor roxa e, normalmente, está
relacionada a traumas, contusões ou efeito colateral de alguns
medicamentos
Púrpura
• problema raro caracterizado pelo surgimento de manchas
vermelhas ou roxas na pele e que não desaparecem quando
pressionadas, sendo causadas pelo acúmulo de sangue debaixo
da pele devido à inflamação dos vasos sanguíneos
Hematomas
• é um acúmulo de sangue fora dos vasos sanguíneos, podendo
acontecer em qualquer lugar do corpo
Edema
• Inchaço causado pelo acúmulo de líquidos entre os diversos tecidos
e cavidades que compõem o corpo humano
• Temperatura corporal
A temperatura do interior do corpo permanece quase
constante, com uma variação de no máximo 0,6°C,
mesmo quando se fica exposto a extremos de frio ou de
calor, graças ao aparelho termorregulador.

• Locais de verificação da temperatura e valores normais

• A temperatura corporal é verificada por intermédio do


termômetro clínico, que no Brasil é graduado em graus
Celsius(°C).

• Os termômetros clínicos registram temperaturas entre


35°C e 42°C. Os termômetros eletrônicos têm como
limites 32°C e 43°C.
• A temperatura corporal pode apresentar variações na
dependência do local em que seja procedida sua mensuração.

• Pode ser: axilar, oral, retal, timpânico, arterial pulmonar,


esofágico, nasofaringiano e vesical.

• No Brasil, o local habitual é o oco axilar. Para utilização correta


desse método é necessária a higiene da axila e do termômetro,
evitando-se a presença de umidade no local.

• A mensuração da temperatura na cavidade oral, bastante comum


em outros países, é feita pela colocação do termômetro na região
sublingual. Para isso, são necessários termômetros individuais.

• A temperatura retal é feita pela aplicação do termômetro na


ampola retal. Nesse caso, além do uso de termômetros
individuais, há uma diferença no modelo de termômetro, visto
que seu bulbo é redondo.
• ◗ Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com
média de 36 a 36,5°C
• ◗ Temperatura bucal: 36 a 37,4°C
• ◗ Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C
maior que a axilar.
• Febre
• Significa temperatura corporal acima da faixa da normalidade.

• Muitas proteínas ou seus produtos de hidrólise, além de


outras substâncias tóxicas, como toxinas bacterianas, podem
provocar elevação do ponto de ajuste do termostato
hipotalâmico.

• A regulação da temperatura corporal requer um equilíbrio


entre produção e perda de calor, cabendo ao hipotálamo
regular o nível em que a temperatura deve ser mantida.

• Na febre, este ponto está elevado.


• A febre pode ser resultado de infecções, lesões teciduais,
processos inflamatórios e neoplasias malignas, além de
outras condições.
• Sintomas subjetivos da febre

• Varia muito entre as pessoas a percepção do


estado febril. Muitos pacientes são capazes de
avaliar com precisão as elevações térmicas de
seu organismo, enquanto outros, com
temperaturas elevadas, nada sentem.

• Quando a temperatura se eleva subitamente, o


paciente pode mesmo sentir frio ou, mais
frequentemente, calafrios. Por vezes, ele não se
dá conta de que está febril porque outros
sintomas dominam o quadro clínico.
• Sindrome febril

• A febre não é apenas um sinal, constitui-se, na


verdade, parte de uma síndrome (sindrome febril)
na qual, além de elevação da temperatura,
ocorrem vários outros sintomas e sinais:

• astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia,


taquipnéia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo,
calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio,
confusão mental e até convulsões,
principalmente em recém-nascidos e crianças.
• Características semiológicas da febre
• ◗ Início: súbito ou gradual
• ◗ Intensidade: aplica-se a seguinte classificação, tomando
por referência o nível da temperatura axilar:
◗ Febre leve ou febrícula: até 37,5°C
◗ Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C
◗ Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C.

◗ Duração: prolongada... Irregular... Intermitente...


◗ Modo de evolução: ver quadro térmico...
◗ Término:
Crise: quando a febre desaparece subitamente.
Lise: significa que a hipertermia vai desaparecendo
gradualmente
• Hipotermia

• Consiste na diminuição da temperatura corporal


abaixo de 35,5°C na região axilar ou de 36°C no
reto.

• Pode ser induzida artificialmente quando se vai


submeter o paciente a determinados tipos de
cirurgia ou pode ser consequente a
congelamento acidental, choque, sincope,
doenças consuntivas, hemorragias graves e
súbitas, coma diabético e nos estágios terminais
de muitas doenças.
• Ritmo respiratório
• Para a análise do ritmo da respiração, é
necessário observar durante dois minutos... a
forma e a amplitude das incursões respiratórias.

• O ritmo da respiração é determinado pela


sucessão regular de movimentos respiratórios,
de profundidade mais ou menos igual. Recebe a
designação de ritmo respiratório normal.

• Alterações na sequência, na forma ou na


amplitude dos movimentos respiratórios
ocasionam os ritmos respiratórios anormais.
Respiração dispneica: Caracteriza-se pela sucessão regular
de movimentos respiratórios amplos e quase sempre
desconfortáveis para o paciente.

• Em alguns casos, o paciente não tem a sensação subjetiva


de dificuldade para respirar...

Platipnéia: é a dificuldade para respirar em posição ereta,


que se alivia na posição deitada.
Ortopnéia: é a dificuldade para respirar na posição deitada
Trepopnéia: é a dificuldade para respirar em decúbito lateral.

Respiração de Cheyne Stokes: incursões respiratórias que


vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma
amplitude máxima; neste momento, os movimentos
começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer
apneia.
Respiração de Biot: caracteriza-se pela ocorrência de
períodos de apnéia que interrompem a sequência das
incursões respiratórias.

Respiração de Kussmaul: a principal característica deste


ritmo respiratório são as amplas e rápidas inspirações
interrompidas por curtos períodos de apnéia após as quais
ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, por sua vez,
são sucedidas por pequenas pausas de apnéia.

Respiração suspirosa: é aquela na qual, vez por outra,


interrompendo a sequência regular das incursões
respiratórias, surge uma inspiração mais profunda seguida
de uma expiração mais demorada. Em outras palavras,
suspiros passam a interromper o ritmo respiratório normal.
Frequência respiratória
Tiragem: nas regiões axilares e infraaxilares, os
espaços intercostais apresentam ligeira depressão
durante a inspiração.

Expansibilidade dos pulmões: a expansibilidade


dos pulmões pode ser avaliada pela inspeção.

Palpação
• Durante a palpação, investigam-se três
parâmetros: estrutura da parede torácica
• expansibilidade ou mobilidade
• frêmitotoracovocal.
• Expansibilidade ou mobilidade
• Avaliam-se separadamente a expansibilidade dos
ápices e das bases.

A diminuição da expansibilidade pode ser:

Unilateral: ex. derrame pleural, pneumotórax,


atelectasia e no traumatismo torácico.

Bilateral: ex. gravidez, ascite, obesidade grave e


derrame pleural bilateral, enfisema pulmonar e
senilidade.
• Frêmito toracovocal

• As vibrações percebidas na parede torácica pela mão do


examinador quando o paciente emite algum som
denominam-se frêmito tóracovocal.

• Semiotécnica:

O examinador pousa a mão


sobre as regiões do tórax,
ao mesmo tempo que o
paciente pronuncia,
seguidamente, as palavras
“trinta e três”.
As modificações possíveis de serem encontradas
são: hipersonoridade pulmonar, submacicez,
macicez e som timpânico.

Hipersonoridade pulmonar: significa que a nota de


percussão está mais clara e mais intensa. Não
confundi-la com som timpânico.

Hipersonoridade: indica aumento de ar nos


alvéolos pulmonares...
Percussão:

Tórax normal  vibrações lentas, com baixa tonalidade


“som claro pulmonar” (Timpanismo)
Hipersonoridade  DPOC, pneumotórax (hipertimpanismo)
Hiposonoridade  derrame pleural e pneumonias
(Macicez ou submacicez)
Alterações na percussão do tórax:
• Excetuadas as áreas de projeção do fígado,
coração, baço e fundo do estômago, no resto do
tórax encontra-se sonoridade pulmonar ou som
claro pulmonar.
Ausculta
Traqueal: audível na região de projeção da traquéia, no
pescoço e na região esternal, origina-se na passagem do ar
através da fenda glótica e na própria traquéia.

Respiração brônquica: corresponde ao som traqueal audível


na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face
anterior do tórax, nas proximidades do esterno.

Murmúrio vesicular. Os ruídos respiratórios são produzidos


pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as
saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por
cavidades de tamanhos diferentes...

Respiração broncovesicular: Neste tipo de respiração,


somam-se as características da respiração brônquica com as
do murmúrio vesicular.
• Sons ou ruídos anormais descontínuos: São
representados pelos estertores que podem ser
audíveis na inspiração ou na expiração.

• Os estertores finos ocorrem no final da


inspiração, têm frequência alta, são agudos e
tem duração curta. não se modificam com a
tosse e são comparados ao ruído pelo atrito de
um punhado de cabelos.

• Os estertores finos são produzidos pela


presença de líquido ou exsudato no parênquima
pulmonar...
• Os estertores grossos têm frequência menor e
duração maior que os finos.

• Sofrem alteração com a tosse e podem ser


ouvidos em todas as regiões do tórax e são
audíveis no início da inspiração e durante toda a
expiração.

• São comuns nas bronquites e nas


bronquiectasias.
Sons ou ruídos anormais contínuos. Os sons
anormais contínuos são representados pelos
roncos, sibilos e estridor.
• Roncos : Os roncos são constituídos por sons
graves, de baixa frequência

• Os roncos originam-se nas vibrações das paredes


brônquicas e do conteúdo gasoso quando há
estreitamento desses ductos, seja por espasmo ou
edema da parede ou presença de secreção aderida a
ela, como ocorre na asma brônquica, nas bronquites,
nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas.

• Ocorrem tanto na inspiração quanto na expiração


Sons ou ruídos anormais contínuos. Os sons
anormais contínuos são representados pelos
roncos, sibilos e estridor.

• Sibilos : os sibilos por sons agudos de alta frequência.

• Os sibilos também se originam de vibrações das paredes


bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, ocorrendo na
inspiração e na expiração.

• São múltiplos e disseminados por todo o tórax quando


provocados por enfermidades que comprometem a árvore
brônquica toda, como acontece na asma e na bronquite.

• Quando os sibilos são localizados em uma determinada região,


indicam a presença de uma obstrução por neoplasia ou corpo
estranho.
Sons ou ruídos anormais contínuos. Os sons anormais
contínuos são representados pelos roncos, sibilos e estridor.

• Estridor: É um ruído inspiratório produzido pela


obstrução da laringe ou da traqueia, fato que pode ser
provocado por laringite aguda, câncer da laringe e
estenose da traqueia.
• Som anormal de origem pleural
• Atrito pleural: Em condições normais, os folhetos
visceral e parietal da pleura deslizam um sobre o outro
durante os movimentos respiratórios sem produzir
qualquer ruído.
• Nos casos de pleurite, por se recobrirem de exsudato,
passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais
intenso na inspiração, com frequência comparado ao
ranger de couro atritado.
Avaliação Antropométrica:

Existem várias medidas antropométricas de


utilidade prática:

Altura ou estatura
Peso
Circunferências
Dobras cutâneas
Índice de massa corporal (IMC).
• Altura/estatura
• Posição ortostática, a altura deve ser aferida em balança
com estadiômetro ou com fita métrica inextensível com
precisão de 0,1 cm.

• Para uma medida precisa é importante que cinco pontos


anatômicos estejam próximos à parede ou ao
estadiômetro: calcanhares, panturrilha, glúteos,
escápulas e ombros.

• Em crianças até 2 anos de idade, recomenda-se medir a


altura (comprimento) com ela deitada, utilizando uma
régua antropométrica que possui uma base fixa no zero e
um cursor.

“mede-se a altura (estatura) da criança em pé, comparando-se a


altura obtida com tabelas pediátricas para a idade e sexo”
Medida da altura do idoso
• Há algumas equações para estimar a altura a partir de
medidas de segmentos corporais, tais como altura do
joelho, da envergadura ou semi envergadura.

Para a envergadura,
mede-se toda a extensão
de uma ponta a outra da
falange distal.

A medida da envergadura
é similar à altura real.
• Peso

• O peso corporal é a soma de todos os componentes da


composição corporal: água e tecidos adiposo, muscular
e ósseo.

• Sua avaliação é útil para determinar e monitorar o estado


nutricional.

• Peso atual. Utiliza-se uma balança mecânica tipo


plataforma ou digital.
• Peso ideal/desejável/teórico.

É o peso definido de acordo com alguns parâmetros, tais


como idade, biótipo, sexo e altura.

Devido a variações individuais no adulto, o peso ideal pode


variar 10% para abaixo ou para cima do peso teórico

Em relação à criança...
◗ A linha verde significa a média

◗ Se a criança estiver entre a linha vermelha e a preta


abaixo da média, está com baixo peso

◗ Se estiver entre a linha vermelha e a preta acima da


média, está com sobrepeso
• Índice de massa corporal

• O índice de massa corporal (IMC) é amplamente utilizado


como indicador do estado nutricional, por ser obtido de
forma rápida e de fácil interpretação

É expresso pela fórmula: IMC = peso atual (kg)/altura2 (m).

Exemplo: se uma pessoa pesa 70Kg e mede 1.60m,


seu IMC será: IMC = 70 Kg / (1,60)² = 70 / 2,56 = 27,3.
• Circunferência da cintura

• A circunferência da cintura (CC) é utilizada para o


diagnóstico de obesidade abdominal e reflete o conteúdo
de gordura visceral, ou seja, aquela aderida aos órgãos
internos, como intestinos e fígado.

• Essa gordura apresenta grande associação com a


gordura corporal total, sendo o tipo de obesidade mais
comumente associada à síndrome metabólica e às
doenças cardiovasculares.

• Semiotécnica. A medida da CC é determinada com uma


fita métrica inextensível, em centímetros, posicionada no
ponto entre a última costela e a crista ilíaca.
• Perímetro cefálico
• O perímetro cefálico (PC) é outra importante medida
antropométrica, realizada logo após o nascimento, e
importante para acompanhamento da criança até 2 anos
de idade.
• É um dado importante para o diagnóstico de algumas
condições clínicas (microcefalia e macrocefalia).

• Para diagnóstico da microcefalia, o valor do PC deve ser


inferior a 33 cm na criança a termo.
À inspeção abdominal, os seguintes parâmetros devem ser
investigados: forma e volume do abdome, cicatriz umbilical,
abaulamentos ou retrações localizadas, veias superficiais,
cicatrizes da parede abdominal e movimentos.

Diástase muscular

Hérnia umbilical
O abaulamento ou a retração, em uma determinada região,
torna o abdome assimétrico e irregular, indicando alguma
anormalidade cuja identificação depende dos dados
fornecidos pela inspeção, que se somam aos da palpação
(localização, forma, tamanho, mobilidade e pulsatilidade).

As principais causas são: hepatomegalia, esplenomegalia,


útero grávido, tumores do ovário e do útero, retenção
urinária, tumores renais, tumores pancreáticos, linfomas...
Movimentos respiratórios
Em condições normais, observam-se movimentos
respiratórios no andar superior do abdome, caracterizando
a respiração toracoabdominal.

Pulsações
Podem ser observadas (e palpadas) no abdome de pessoas
magras e quase sempre refletem as pulsações da aorta
abdominal.

Quando há hipertrofia do ventrículo direito, podem surgir


pulsações na região epigástrica. Os aneurismas da aorta
abdominal provocam pulsações na área correspondente à
dilatação.
Movimentos peristálticos visíveis

São também designados “ondas peristálticas”

Faz-se a diferenciação entre peristaltismo normal e ondas


peristálticas anormais correlacionando-se o achado com o
quadro clínico do paciente

Movimentos peristálticos visíveis indicam obstrução em


algum segmento do tubo digestivo
Como norma básica, efetua-se a palpação do abdome com o
paciente em decúbito dorsal, usando-se a técnica da
palpação com a mão espalmada.

Nas pessoas magras, se a parede abdominal estiver bem


relaxada, é possível reconhecer o fígado, os rins, a aorta
abdominal, o ceco, o cólon transverso e o sigmoide.

A palpação do abdome compreende quatro etapas:


palpação superficial
palpação profunda
palpação do fígado
palpação do baço e de outros órgãos, além de manobras
especiais.
O ponto xifoidiano : a presença da dor é observada na cólica
biliar e nas afecções do esôfago, do estômago e do duodeno
que incluem esofagites, as úlceras e as neoplasias.
O ponto epigástrico : é sensível nos processos inflamatórios do
estômago (gastrite), nos processos ulcerosos e tumorais.
O ponto biliar ou ponto cístico: situa-se no ângulo formado pela
reborda costal direita e a borda externa do músculo reto
abdominal.
O ponto apendicular : situa-se na extremidade dos dois terços
da linha que une a espinha ilíaca anterossuperior direita ao
umbigo. ponto apendicular denominase, também, ponto de
McBurney.

O ponto esplênico: infarto do baço

Os pontos uretrais: litíases renais


O ponto apendicular
situa-se na extremidade
dos dois terços da linha
que une a espinha ilíaca
anterossuperior direita
ao umbigo.

Denomina-se também,
ponto de McBurney.
Na percussão do abdome, a posição fundamental do
paciente é o decúbito dorsal

Tipos de sons no abdome: timpanismo, hipertimpanismo,


submacicez e macicez.

O som timpânico indica a presença de ar dentro de uma


víscera oca.

A ausência de ar origina o som maciço, como se observa


nas áreas de projeção do fígado, baço e útero gravídico.

Ascite, tumores e cistos contendo líquido originam som


maciço.
A ausculta do abdome fornece informações importantes da
movimentação de gases e líquidos no trato intestinal.

Deve-se auscultar o abdome antes de se realizar a percussão e a


palpação, pois estas podem estimular o peristaltismo e encobrir
uma hipoatividade dos ruídos hidroaéreos.

Em condições normais, ocorrem mais ou menos a cada 5 a 10s


ruídos de timbre agudo decorrentes da movimentação dos
líquidos e gases contidos no trato gastrintestinal.

Nos casos de diarreia e de oclusão intestinal, os ruídos


hidroaéreos tornam-se mais intensos em função do aumento do
peristaltismo e são denominados borborigmos.

O contrário ocorre no íleo paralítico, síndrome caracterizada pelo


desaparecimento do peristaltismo intestinal.
HAM 2
Aspectos Fundamentais do SBV no Adulto

• Incluem: reconhecimento imediato da PCR,


contato com o sistema de emergência, início da
RCP de alta qualidade e uso do DEA, assim que
disponível.

Ver o vídeo:
AHA para leigos
https://www.youtube.com/watch?v=3MDp487I7h4
AHA para profissionais da saúde
https://www.youtube.com/watch?v=WvS-aE71zEE
105
Epidemiologia da Parada
Cardiorrespiratória

 A parada cardiorrespiratória (PCR) permanece como


uma das emergências cardiovasculares de grande
prevalência e com morbidade e mortalidade elevadas...

 O reconhecimento precoce das causas


desencadeantes, orientando a intervenção para cada
cenário clínico, com ênfase nos cuidados após o
retorno à circulação espontânea, trouxe melhorias nos
resultados, contribuído ao prognóstico dos pacientes.
 O principal ritmo de PCR em ambiente
extra-hospitalar é a Fibrilação Ventricular (FV) e a
Taquicardia Ventricular (TV), chegando a quase
80% dos eventos, com bom índice de sucesso na
reversão, se prontamente tratados.
 Quando a desfibrilação é realizada
precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da
PCR, a taxa de sobrevida é em torno de 50% a
70%.

 Em contrapartida, em ambiente intra-hospitalar, o


ritmo de PCR mais frequente é Atividade Elétrica
Sem Pulso (AESP) ou assistolia, com pior
prognóstico e baixas taxas de sobrevida,
inferiores a 17%.
Suporte Básico de Vida no Adulto
• Compressões Torácicas:
Os aspectos principais a serem observados nas
compressões são:
frequência, profundidade, retorno do tórax a cada
compressão e interrupção mínima.

• Para a oxigenação adequada dos tecidos, é


essencial minimizar as interrupções das
compressões torácicas e maximizar a quantidade
de tempo em que as compressões torácicas
geram fluxo de sangue...
• Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus
joelhos com certa distância um do outro, para
que tenha melhor estabilidade.

• Afaste ou corte a roupa da vítima, para deixar o


tórax desnudo.

• Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a


metade inferior do esterno da vítima e a outra
mão sobre a primeira, entrelaçando-a

• Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º


acima da vítima.
 Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/
minuto.

 Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (evitando


compressões com profundidade maior que 6 cm).

 Permita o retorno completo do tórax após cada


compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima.

 Minimize interrupções das compressões, pause no máximo


10 segundos para realização de duas ventilações.

 Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar


o cansaço e compressões de má qualidade.
Ventilações:
 As ventilações são aplicadas após 30
compressões torácicas durante a RCP, seguindo
a sequência C-A-B.

 A prioridade para as compressões torácicas


deve-se ao fato da necessidade em gerar fluxo
de sangue e também evitar os atrasos práticos
inerentes às tentativas de ventilações
adequadas.

 Além disso, se a vítima possui uma via aérea


patente, ocorre a chamada ventilação passiva
durante as compressões torácicas.
Abertura das Vias Aéreas

Independentemente da técnica utilizada para aplicar


ventilações, é necessária a abertura de via aérea, que pode
ser realizada com a manobra da inclinação da cabeça e
elevação do queixo e, se houver suspeita de trauma, a
manobra de elevação do ângulo da mandíbula.
Realização de Ventilações
 Devem ser realizadas 30 compressões para duas ventilações,
com duração de apenas 1 segundo cada, fornecendo
quantidade de ar suficiente para promover a elevação do tórax.

 A hiperventilação é contraindicada, pois pode aumentar a


pressão intra-torácica, diminuindo a pré-carga e o Débito
Cardíaco (DC), e comprometendo a sobrevida.

 Há ainda o risco de hiperinsuflação gástrica, podendo


desencadear vômitos, broncoaspiração e limitação da
mobilidade do diafragma.

 Evidências de contaminação com a realização de ventilação


boca a boca são mínimas, mas é indicado que o socorrista
utilize mecanismos de barreira por exemplo, máscara de bolso
(pocket mask)
Ventilação com a Máscara de Bolso:
a Pocket Mask
Ventilação com Bolsa-Válvula-Máscara
Ventilação com Via Aérea Avançada
• Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação
endotraqueal, Combitube®, Máscara Laríngea) estiver
instalada, o primeiro socorrista deve administrar
compressões torácicas contínuas e o segundo socorrista,
aplicar uma ventilação a cada 6 segundos − cerca de 10
ventilações por minuto.
RCP EM PEDIATRIA BLS
Classe de Recomendação e Nível de Evidência
Suporte básico e avançado de vida pediátrico (SBVP) e SAVP
Resumo dos principais pontos de discussão e alterações


Tx de sobrevivência em PCRIH > PCREH

Causas de PCR em crianças difere de adultos

1 ventilação a cada 2-3 seg (20 a 30 min)

Sugestão de TETs para reduzir o vazamento

Uso rotineiro de pressão cricóide na intubação não é mais recomendado

Epinefrina pose ser administrada em até 5 min pós PCR não chocável (assistolia e AESP) maximiza bons
resultados

Melhora a qualidade da RCP em crianças com acesso arterial

Depois da RCE (restauração da circulação espontânea) avaliar e tratar convulsões/epilepsia

Avaliação e suporte formais para as necessidades físicas, cognitivas e psicossociais após a
RCP/hospitalização

Na ressuscitação de choque séptico utilizar ou não epinefrina e vasopressores para controle de fluidos

A ressuscitação com derivados de sangue é aceitável de forma equilibrada em crianças e bebês com
choque hemorrágico

O tratamento da overdose de opióides (ex: codeína, tramadol, fentanil, morfina, heroína) inclui RCP e
naloxona (narcan) por socorristas leigos ou treinados

Crianças com miocardite aguda acompanhadas de arritmias, bloqueios, alterações no ST ou baixo débito
tem maior chance de PCR o que demanda transferência rápida para a UTI, suporte circulatório mecânico
ou suporte de vida extracorpórea (SVE)

Crianças e bebês com cardiopatia congênita ou ventrículo único em estadiamento para reconstrução
requerem considerações especiais no SAVP

O tratamento da HAP pode incluir o uso de óxido nítrico inalatório, prostaciclina (vasodilatador e inibidor
da agregação plaquetária), analgesia, sedação, BNM, alcalemia e SVE.

Criação de uma NOVA cadeia de sobrevivência pediátrica para PCRIH em bebês, crianças e
adolescentes

Um sexto elo (RECUPERAÇÃO), foi adicionado à cadeia de sobrevivência em PCREH
pediátrica e está incluído na nova PCRIH
Algoritmo de PCR em
PEDIATRIA
Algoritmo de bradicardia
com pulso em PEDIATRIA
Algoritmo de
taquicardia com
pulso em
PEDIATRIA
Lista de verificação
de cuidados pós-
PCR pediátrica
Novas principais recomendações atualizadas BLS
NOVAS principais recomendações ATUALIZADAS

MÚSICAS UTILIZADAS EM RCP



https://www.youtube.com/watch?v=rY0WxgSXdEE


https://www.youtube.com/watch?v=I_izvAbhExY


https://www.youtube.com/watch?v=ru0K8uYEZWw


https://www.youtube.com/watch?v=1yeXA2eJjUo


https://www.youtube.com/watch?v=OPf0YbXqDm0


https://www.youtube.com/watch?v=bESGLojNYSo

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