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CLÍNICA MÉ DICA

Masters Gold Cursos Técnicos


Professora: Marielly Silva
Enfermeira Mestranda pela UFCG
INTRODUÇÃ O Saú de X Doença
• Levando em considerações esses dois conceitos, pode-se
observar que a maioria dos indivíduos apresenta algum tipo
de patologia, seja ela de origem orgânica/fisiológica ou
mesmo psicológica/social.
• Por tanto, nos como profissionais de saúde, deveremos estar
preparados para atender nossos clientes em todos os campos,
seja ele físico, psicológico ou social.
• O profissional de enfermagem se sobressai, devido a sua
formação de observador, sempre visualizando seu cliente
como um todo e não apenas a doença que o acomete.
• Tipos de doenças:
• Doença Aguda - Doenças agudas são processos de
perturbação da força vital que determinam moléstias que
completam sua evolução pela cura ou pela morte num
intervalo de tempo determinado e rápido.
• Doença Crônica – São as doenças com um tempo de instalação
maior que, em via de regra, não leva o paciente a morte em
um espaço curto de tempo, porem o incapacita (parcial ou
totalmente) e pode ser agravada levando o paciente ao óbito.
Sistema Respiratório 1.
CONCEITO:
• É um conjunto de órgãos responsáveis pela ventilação, difusão
e perfusão dos gases do nosso organismo
• 2. FUNÇÃO:
• a). Ventilação: Compreende a entrada e saída de ar nos
pulmões.
• b). Difusão: Troca dos gases a nível dos alvéolos
• c). Perfusão: Mistura dos gases na circulação sanguínea.
Sistema Respirató rio –
Anatomia
• Parte Superior:
• Nariz, nasofaringe, faringe laringe, traqueia.
• Parte Inferior:
• Pulmões, brônquios , bronquíolos, alvéolos.
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NAS
AFECÇÕ ES DO SISTEMA RESPIRATÓ RIO

• Resfriado comum e gripe


• Conceito – É uma inflamação que acomete a membrana que
reveste internamente as fossas nasais e a faringe.
• Epidemiologia – É causado por, aproximadamente 100 tipo de
vírus. O aparecimento está relacionado aos locais de clima frio
ou mesmo com variações drásticas de temperatura.
• Fisiopatologia – Os micro-organismos inflamam a mucosa
nasal e provocam a dilatação de pequenas artérias fazendo
com que a mucosa torne-se fina e permeável, deixando passar
uma secreção aquosa chamada de coriza, sendo este o
sintoma mas comum do resfriado.
• Resfriado comum e gripe
• Sintomas – Coriza, congestão das vias nasais, mal-estar geral,
dor de garganta, cefaleia (dor de cabeça), espirros, febre. A
gripe apresenta sinais mais graves como: calafrios, tosse (seca
e produtiva) acompanhada de dores musculares.
• Transmissão – É ocasionada por contato pessoal ou com
materiais contaminados com as secreções orais e nasais
expelidas pelo paciente.
• Tratamento – Por se tratar de um doença viral, seu tratamento
foca apenas nos sintomas, ou seja, a medicação visa apenas o
desaparecimento dos sintomas.
• Pneumonia
• Conceito – É uma inflamação que acomete o tecido
(parênquima) pulmonar causada por diversos tipos de micro-
organismos e agentes químicos. Podendo ser bactérias,
micobactérias, clamídia, micoplasma, fungos, parasitas, vírus.
Sendo classificado, segundo etiologia, como: BACTERIAMA,
VIROTICA OU DE OUTROS AGENTES.
• Fisiopatologia - As características das vias aéreas superiores
impedem que partículas potencialmente infecciosas alcancem
o trato inferior (normalmente estéril). Surge a partir da flora
normal presente em um paciente cuja resistência foi alterada,
ou é resultante da aspiração da flora presente na orofaringe.
• Pneumonia
• Sintomas - Febre (40°), dor torácica, dispneia, calafrios,
cianose, tosse dolorosa e produtiva, escarro ferruginoso,
cefaleia, náuseas, vômitos, mialgia, artralgia, lábios e língua
ressecadas.
• Tratamento – Clinico, atibioticoterápia, analgésicos e sedativos
para a tosse.
• Cuidados de enfermagem: manter o paciente em repouso, em
quarto arejado, evitando correntes de ar;
• Manter o ambiente tranquilo, calmo e que proporcione
conforto ao paciente;
• Pneumonia
• Cuidados de enfermagem-
• - fazer a higiene oral e corporal, mantendo o paciente limpo;
• - verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4 h;
• - oferecer dieta hipercalórica e hiperprotéica;
• - estimular a ingestão de líquidos;
• - cuidados com a oxigenoterapia;
• - orientar o paciente a utilizar lenços de papel e descartá-los
corretamente.
• Insuficiência Respiratória
• Sintomas - Aumento da frequência cardíaca, elevação da
Freqüência respiratória, hipóxia (dispneia, taquipnéia,
hipotensão, taquicardia, bradicardia, arritmias, cianose),
Desorientação, queda do nível de consciência, agitação
psicomotora, Uso de músculos acessórios da respiração,
Sudorese
• Tratamento – Monitorização por oxímetro de pulso e monitor
cardíaco, oxigeno terapia (administração de oxigênio quando o
paciente está com hipóxia), uso de broncodilatadores,
tranquilizantes e corticosteroides.
• Insuficiência Respiratória
• Cuidados de Enfermagem –
• Repouso em ambiente limpo e arejado
• Incentivar a ingestão de líquidos
• Verificar e anotar a temperatura de 4/4 hs
• Orientar o paciente quanto ao fumo
• Umidificar o ambiente com vapor de agua
• Oferecer e incentivar a ingestão de uma dieta nutritiva
• Administra as nebulizações distantes das refeições
• Administrar oxigeno terapia
• Insuficiência Respiratória
• Métodos de administração de oxigeno terapia
• 1- Cateter nasal simples ou tipo óculos: introdução de um cateter
na narina ligado a um sistema de oxigênio umidificado – fluxo de
3 a 6 litros/min.
• 2- Máscaras faciais: (Venturi) máscaras que cobrem a boca e o
nariz, de plástico, com orifício lateral, transparente e fornecem
concentração de oxigênio de acordo com as válvulas que as
acompanha ligado a um sistema de umidificação.
• 3- Bolsa autoinflável: (ambú) máscara que é comprimida na face
do paciente, podendo ser conectado ao oxigênio umidificado.
• 4- Tenda facial de oxigênio: uso limitado pela dificuldade de
manuseio, sendo mais utilizado para crianças; fornecem baixa
concentração de oxigênio.
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NAS
AFECÇÕ ES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
• ANATOMIA
• O Coração – É um órgão oco, localizado do centro do tórax,
ocupando os espaço entre os pulmões e se apoiando sobre o
diafragma.
• É formado por quatro câmaras divididas em, ÁTRIO direito e
VENTRÍCULO direito e em ÁTRIO esquerdo e VENTRICULO
esquerdo.
• A comunicação entre os átrios e ventrículos são feitas através
das válvulas ATRIOVENTRICULARES, do lado direito encontra-
se a válvula TRICUSPIDE e do esquerdo a MITRAL ou
BICUSPIDE
• Angina
• Conceito – É uma síndrome caracterizada por dor e uma
sensação de aperto na região anterior do tórax, que surge
como consequência de um fluxo sanguíneo coronariano
insuficiente ou de um suprimento inadequado de oxigênio no
tecido do miocárdio. Em geral é causado por obstrução de
uma artéria coronariana importante.
• Sintomas - A isquemia do miocárdio provoca ataques de DOR
de gravidade variável, desde a sensação de pressão
subesternal, até a dor agonizante com sensação de morte
iminente. Essa dor pode irradiar para o ombro esquerdo,
braço esquerdo, cotovelo esquerdo, mandíbula e peito
• Angina
• Tratamento – O tratamento é iniciado com medidas para se
evitar a doença arterial coronariana, retardar sua progressão
ou revertê-la através do tratamento das causas conhecidas
(fatores de risco). Os principais fatores de risco, como a
hipertensão arterial e os elevados níveis de colesterol, são
tratados imediatamente. O tabagismo é o fator de risco
evitável mais importante da doença arterial coronariana.
• Angina
• Cuidados de enfermagem – Os cuidados de enfermagem
devem ser direcionados ao alivio da dor e prevenção do IAM.
• Reduzir a atividade física do paciente a nível abaixo do que
ocorreu a angina
• evitar expor o paciente a situações de stress e ansiedade.
• Oferecer dieta leve e fracionada, atentando para que não
ocorra esse alimentar.
• Evitar que o paciente se exponha ao frio e, quando o fizer,
fazer com que esteja devidamente agasalhado.
• Proporcionar repouso.
• Verificar sinais vitais de 6/6 horas ou conforme o prescrito
Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS

• Conceito - A pressão arterial alta (hipertensão) é geralmente um


distúrbio assintomático no qual a elevação anormal da pressão nas
artérias aumenta o risco de distúrbios como o acidente vascular
cerebral, ruptura de um aneurisma, insuficiência cardíaca, infarto
do miocárdio e lesão renal.
• A hipertensão arterial é definida pela pressão sistólica média em
repouso de 140 mmHg ou mais e/ou pela pressão diastólica em
repouso média de 90 mmHg ou mais. Nos casos de hipertensão
arterial, é comum tanto a pressão sistólica quanto a pressão
diastólica estarem elevadas.
• Classificação da HAS
• HAS primária ou essencial: corresponde a 90% dos casos. Não há
causa específica identificável. Caracteriza-se por uma lenta
progressão na elevação da PA ao longo de um período de anos.
• HAS secundária: corresponde a 10% dos casos. Decorre de outras
doenças orgânicas definidas. Este tipo de hipertensão é remitente
desde que afaste a causa.
• Sintomas – Varias dependendo de cada fase da doença, sendo: Fase
pré hipertensiva: Elevação da pressão para 200 mm Hg da sistólica e
100 mm Hg da diastólica (20x10) juntamente com cefaleia,
vertigem, irritabilidade e hemorragia nasal.
• Sintomas
• Fase moderadamente grave: Elevação da pressão para níveis acima
de 200 mm Hg e diastólica acima de 100 mm Hg, podendo ser
acompanhado de convulsão, cefaleia occipital intensa e edema
pulmonar.
• Fase maligna: elevação rápida da pressão arterial com danos graves
aos órgãos vitais: acidente vascular encefálico (AVE), cefaleia,
convulsão, diminuição da visão, hemorragia ocular, náuseas e
vomito.
• Tratamento - A hipertensão arterial sistêmica não tem cura, mas
pode ser tratada para impedir complicações. As alterações
dietéticas dos indivíduos diabéticos, obesos ou com nível sanguíneo
de colesterol elevado também são importantes para a saúde
cardiovascular geral e podem tornar desnecessário o tratamento
medicamentoso da hipertensão arterial.
• A prática moderada de exercícios aeróbios é útil. Desde que a
pressão arterial esteja sob controle, os indivíduos com hipertensão
arterial essencial não precisam restringir suas atividades. Os
tabagistas devem deixar de fumar.
• Cuidados de Enfermagem:
• Avaliar pressão arterial a cada 30 minutos ou quando necessário,
até estabilização da mesma;
• Avaliar pulsação periférica
• Observar sinais de insuficiência cardíaca (taquicardia, agitação,
cianose, dispneia, extremidades frias).
• Identificar as características da dor, como localização, tipo,
intensidade, duração, etc.
• Orientar o paciente quanto à necessidade de repouso durante a
dor;
• Oferecer ambiente tranquilo e organizar o atendimento, de modo a
oferecer períodos de descanso.
• Observar a ocorrência de epistaxe e realizar as medidas de controle.
• Evitar excesso de atividade física;
• Atentar para sinais de confusão mental, irritabilidade,
desorientação, cefaléia, náuseas e vômito;
• Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS
• Cuidados de Enfermagem –
• Instruir o paciente para auto verificação da pressão arterial
diariamente;
• Explicar a importância de aderir a um programa de exercícios;
• Orientar o cliente e a família sobre:
• Programas educacionais de aconselhamento;
• Importância da consulta médica e de enfermagem;
• Importância da dieta alimentar;
• Informar sobre os recursos da comunidade para o atendimento ao
hipertenso.
Diabetes Mellitus
• O diabetes caracteriza-se pela produção ineficiente ou pela
resistência à ação da insulina. Esse hormônio produzido pelo
pâncreas é responsável por facilitar a entrada da glicose nas
células para produção de energia. A deficiência de insulina
eleva a concentração de glicose presente no sangue
(hiperglicemia).
Diabetes Mellitus
• Diabetes tipo 1: é caracterizado pela produção insuficiente de
insulina, por isso o tratamento inclui a reposição do hormônio.
Tem origem autoimune, geralmente durante a infância ou
adolescência, mas a causa e a prevenção são desconhecidas.

• Diabetes tipo 2: neste caso, o organismo se torna resistente à


ação da insulina, sendo necessário manter o nível de glicose
no sangue controlado por meio da alimentação e/ou de
medicamentos.
Diabetes Mellitus
• Entre os principais tipos, há também o diabetes gestacional,
condição exclusiva da gravidez causada por alterações
hormonais durante este período. O diagnóstico é realizado
durante a rotina do pré-natal, pois os sintomas de diabetes
gestacional podem ser imperceptíveis. A doença deve ser
tratada para evitar complicações para gestante e bebê.
Infarto Agudo do Miocárdio - IAM
• Conceito - O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma situação grave
causado pelo estreitamento de uma artéria coronária pela
aterosclerose, ou pela obstrução total de uma coronária por
êmbolo ou trombo, ocasionando a necrose de áreas do miocárdio.
Vale lembrar que na angina o suprimento de sangue é reduzido
temporariamente, provocando a dor, enquanto no IAM ocorre uma
interrupção abrupta do fluxo de sangue para o miocárdio.
• Sintomas - Em geral, a aterosclerose não causa sintomas até haver
produzido um estreitamento importante da artéria ou até provocar
uma obstrução súbita. Os sintomas dependem do local de
desenvolvimento da aterosclerose. Por essa razão, eles podem
refletir problemas no coração, no cérebro, nos membros inferiores
ou em praticamente qualquer região do corpo.
• A dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM. É descrita
como uma dor súbita, subesternal, constante e constritiva, que
pode ou não se irradiar para várias partes do corpo, como a
mandíbula, costas, pescoço e membros superiores (especialmente a
face interna do membro superior esquerdo).
• Assistência de Enfermagem:
• Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;
• Fornecer oxigênio e administrar analgésico, sedativo e ansiolíticos
prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade;
• Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de
consciência, alimentação adequada, eliminações urinária e intestinal
e administração de trombolíticos prescritos;
• Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma,
dosagem das enzimas no sangue, eco-cardiograma, dentre outros;
• Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente
possa dar continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os
fatores de risco, facilitando, assim, o ajuste interpessoal,
minimizando seus medos e ansiedades;
• Repassar tais informações também à família
Sistema renal
• FUNÇÕES DO SISTEMA RENAL
• O sistema excretor tem papel fundamental na manutenção da
estabilidade dos fluídos corporais:

• Elimina certas substâncias indesejadas (amônia, uréia ácido


úrico) ao organismo;

• Retém aquelas que ainda possam ser aproveitadas (água, sais,


aminoácidos).
REFERÊ NCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e Saúde da
Pessoa Idosa. Cadernos de Atenção Básica, n.19. Ministério da
Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica: Brasília,2006. Disponível em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/documentos/cardernos_ab/
doumcentos/abcad19.pdf Acessado em 20 de fevereiro de
2024.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Diabetes. Cadernos de
Atenção Básica, n.16. Ministério da Saúde. Secretaria de
atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica: Brasília,
2006.

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