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Avaliação em paciente

pneumopata

Fisioterapia
Unidade Curricular - Fisioterapia Cardiorrespiratória e hospitalar
Semiologia do Sistema Respiratório
• Do grego Semeion, sinal e Logos, estudo.
– Método ou maneira de examinar uma pessoa doente para
verificar seus sintomas.

• Hipócrates - sistematizou uma maneira racional de


analisar as queixas relatadas pelos doentes, dando à
anamnese e ao exame físico uma estruturação que
pouco difere do que se faz hoje.
Semiologia do Sistema Respiratório
• Mesmo com a utilização de novos recursos
laboratoriais e com os aparelhos modernos, a base
principal continua sendo o exame clínico.

• O método clínico, pela sua própria natureza, é o


único que permite uma visão humana dos
problemas do paciente.
Semiologia do Sistema Respiratório
• Algumas técnicas e manobras do exame físico podem
ser substituídas por algum aparelho, mas a anamnese
continua insubstituível nas seguintes condições:

– 1 formular hipóteses diagnósticas;


– 2 estabelecer uma boa relação médico-paciente;
– 3 tomar decisões .
Componentes do exame clínico
• Engloba a anamnese e o exame físico.

• A anamnese inclui os seguintes elementos:


■ Identificação
■ Queixa principal
■ História da doença atual
■ Interrogatório sintomatológico
■ Antecedentes pessoais e familiares
■ Hábitos de vida
■ Condições socioeconômicas e culturais.
Componentes do exame clínico
• O exame físico, por sua vez, pode ser subdividido
em:
■ Exame físico geral
■ Exame dos órgãos ou sistemas.
Anamnese
• Do grego aná –trazer de novo + mnesis –memória
– Significa trazer de volta à mente todos os fatos relacionados
com a doença e o paciente.

• Culmina em decisões diagnósticas e terapêuticas


corretas.

• Em essência, a anamnese é uma entrevista, e o


instrumento de que nos valemos é a palavra falada.
Anamnese
• A anamnese pode ser conduzida das seguintes maneiras:
– Deixar o paciente relatar, livre e espontaneamente, suas queixas
sem nenhuma interferência, limitando-se a ouvi-lo.
– Anamnese dirigida, o terapeuta, tendo em mente um esquema
básico, conduz a entrevista mais objetivamente.
– Outra maneira é o terapeuta deixar, inicialmente, o paciente
relatar de maneira espontânea suas queixas, para depois conduzir
a entrevista de modo mais objetivo.
Anamnese
• Identificação
– Nome

– Idade
• Existem doenças que guardam relação com a idade.
– Asma/ Sind. Membrana Hialina/ Fibrose Cística – crianças
– DPOC e Carcinoma brônquico – incide entre 40-60 anos
Anamnese
• Identificação
– Nome
– Idade
– Sexo
• DPOC e Carcinoma brônquico – atinge mais homens (tabagismo)
– Etnia
• Sarcoidose/ Tuberculose – mais negros acometidos
• Colagenose – mais brancos
– Ocupação
• Silicose/ Asbestose /Pneumoconiose do minerador de carvão
Anamnese
• Identificação
• Historia familiar (HF)
– Asma/ TBC/ Rinite alérgica/ Fibrose Cística/ Deficiência de
alfa -1antitripsina.
• Historia pregressa (HP)
– Sarampo/ Coqueluche/ TBC
– Passado alérgico
– Uso de drogas imunossupressoras/ corticoides
Anamnese
• Hábitos de vida
– Tabagismo – DPOC/ Carcinoma
– Alcoolismo – PNM aspirativa

• História epidemiológica
– Visita a minas, cavernas, galinheiros - Histoplasmose
– Limpeza de áreas pós enchente - Leptospirose
Anamnese
• Historia da doença atual – HDA
– “Ouça o que o paciente diz e ele lhe dirá o diagnóstico.”
William Osler
Anamnese – sinais e sintomas
• Os principais sintomas e sinais das afecções do aparelho
respiratório são:
– Dor torácica
– Tosse,
– Expectoração,
– Hemoptise,
– Dispneia,
– Sibilância e
– Rouquidão.
Anamnese – sinais e sintomas
• 1 - Dor torácica - de inúmeras causas.
– Angina - IAM
– Pleurites – PNMtx espontâneo, PNM
– Alterações muscoesqueléticas
– Disfunções do esôfago - esofagite
– Afecções pericárdicas - neoplasias
Anamnese – sinais e sintomas
• 2 - Tosse - Resulta de estimulação dos receptores
da mucosa das vias respiratórias.
– Os estímulos podem ser de natureza inflamatória
(hiperemia, edema, secreções e ulcerações), mecânica
(poeira, corpo estranho, aumento ou diminuição da
pressão pleural como ocorre nos derrames e nas
atelectasias), química (gases irritantes) e térmica (frio
ou calor excessivo).
Anamnese – sinais e sintomas
• Fases da Tosse
a) Fase nervosa: compreende a estimulação dos
receptores.
Anamnese – sinais e sintomas
• Fases da Tosse
b) Fase inspiratória: compreende a ativação dos mm INSP
levando a um aumento de volume do tórax e aumento da
força retrátil do componente elástico pulmonar.
Anamnese – sinais e sintomas
• Fases da Tosse
c) Fase compressiva: compreende a fase de fechamento da
glote com a ativação da contração dos mm EXP.
Anamnese – sinais e sintomas
• Fases da Tosse
d) Fase explosiva: compreende a fase de abertura rápida da
glote com manutenção do esforço EXP resultando em um
ruído característico .
Anamnese – sinais e sintomas
• Fatores que diminuem a eficiência da Tosse:
• Fase Nervosa
– Fármacos e anestésicos, antitussígenos, voluntariamente em estados dolorosos.
• Fase INSP
– Dor, rigidez excessiva do tórax (cifoescoliose).
• Fase Compressiva
– Paralisia das pregas vocais, TOT e TQT (o esforço EXP pode garantir a tosse).
• Fase Explosiva
– Doenças que cursam com obstrução do fluxo aéreo
• DPOC, bronquiectasias, asma, fibrose cística.
Anamnese – sinais e sintomas
• Classificação da Tosse
• A) Tosse seca: ausência de secreção, normalmente associada
a irritação de VA.
• B) Tosse úmida: presença de secreção associada ou não a
expectoração.
– Improdutiva: mobiliza mas não consegue exteriorizar a secreção.
– Produtiva: mobiliza e consegue exteriorizar a secreção.
Anamnese – sinais e sintomas
• Classificação da Tosse
• C) Tosse quintosa: caracteriza-se por surgir em acessos,
geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de
acalmia, acompanhada de vômitos e sensação de
asfixia.
Anamnese – sinais e sintomas
• Classificação da Tosse
• D) Tosse síncope: aquela que, após crise intensa, resulta
na perda de consciência.
• E) Tosse laríngea: característica em casos de
laringoespasos pós extubação e em pacientes que
apresentam rouquidão.
• F) Tosse reprimida: é aquela que o paciente evita, em
razão da dor torácica ou abdominal.
Anamnese – sinais e sintomas
• A tosse é um mecanismo de defesa das vias
respiratórias.
– Reação ao irritante com o objetivo de se manterem
permeáveis.
• Sua investigação clínica inclui as seguintes
características:
– frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de
expectoração, relações com o decúbito, período do dia em
que é maior sua intensidade.
Anamnese – sinais e sintomas
• 3 – Expectoração – é a mistura de secreções
eliminadas pela boca, cuja composição inclui
material proveniente do trato respiratório inferior,
boca e nasofaringe.
Anamnese – sinais e sintomas
• As características do escarro dependem de sua
composição:
• Seroso - contém água, eletrólitos, proteínas e é pobre
em células
– Descamação normal do Sist Respiratório
• Mucoide - embora contenha muita água,
proteínas, inclusive muco-proteínas, eletrólitos,
apresenta celularidade baixa.
Anamnese – sinais e sintomas
• As características do escarro dependem de sua
composição:
• Seroso
• Mucoide
• Mucopurulento e Purulento - é rico em piócitos e tem
celularidade alta.
– PNM, DPOC, TBC, Fibrose cística
• Hemoptoico – observam-se “rajas
de sangue”.
Anamnese – sinais e sintomas
• 4 – Hemoptise - é a eliminação de sangue pela
boca, passando através da glote.
• As hemoptises podem ser devidas a
hemorragias brônquicas ou alveolares.
Hemoptise, epistaxe e hematêmese
Diagnostico diferencial!!!

Epistaxe - Hemorragias nasais devidas a traumatismos, manipulações e espirros. Antes


de ser eliminado, o sangue, ao descer pela laringe provoca tosse, com sensação de
asfixia, o que pode confundir o examinador.

Hematêmese - saída pela boca de sangue com origem no sistema gastro-intestinal,


habitualmente do esófago ou do estômago.
• o sangue eliminado tem aspecto de borra de café, podendo conter ou não restos
alimentares, de odor ácido, e não é arejado.
• Na história pregressa desses pacientes, na maioria das vezes, há referência a úlcera
gastroduodenal, esofagite ou melena.
Anamnese – sinais e sintomas
• 5 – Dispneia - é a dificuldade para respirar,
podendo o paciente ter ou não consciência desse
estado.
Anamnese – sinais e sintomas
• 5 – Dispneia
• Mecanismos:
Demanda Ventilatória
Distúrbio Ventilatório
aumentada
• Gravidez • Doença obstrutiva
• Exercício • Doença restritiva
• Altitude • Doenças
• Anemia neuromusculares
• Ansiedade • Distúrbios mistos
Anamnese – sinais e sintomas
• 6 – Sibilância ou cheira - é como o paciente se
refere a um ruído que ele pode perceber,
predominantemente na fase expiratória da
respiração, quase sempre acompanhado de
dispneia.
Anamnese – sinais e sintomas
• 6 – Sibilância ou cheira
• Resulta da redução do calibre da árvore brônquica,
podendo ser o prenúncio de crise asmática.
• As principais causas brônquicas e pulmonares são:
– asma, bronquite aguda e crônica, infiltrados eosinofílicos,
TBC brônquica, neoplasias malignas e benignas, embolias
pulmonares, alguns fármacos, inalantes químicos, vegetais
e animais
Anamnese – sinais e sintomas
• 7 – Rouquidão ou disfonia - mudança do timbre da
voz traduz alteração na dinâmica das pregas vocais.
• As lesões das pregas vocais podem ser:
– Laríngeas
• TBC, pólipos e as neoplasias benignas e malignas.

– Extralaríngeas.
• Tumores localizados no mediastino médio inferior,
aneurisma do arco aórtico e a estenose mitral.
Anamnese – sinais e sintomas
• 8 – Cianose - coloração azulada da pele, leitos ungueais
e mucosa atribuída a um aumento na quantidades de
hemoglobinas não saturadas de oxigênio (hemoglobina
reduzida).
– Hemoglobina reduzida – desoxi-hemoglobina com valores
iguais ou superiores a 5g/100ml
• Valor normal – 2,6g/100ml.
Anamnese – sinais e sintomas
• 8 – Cianose
• Sangue arterial saturado em 97%.
• Sangue venoso saturado em 75%

• A cianose é uma resposta tardia a hipoxemia.


– Saturação arterial < 88%.
Anamnese – sinais e sintomas
• 8 – Cianose Central
• Insaturação arterial excessiva
– Diminuição da tensão do oxigênio no ar inspirado
(grandes altitudes).
– Hipoventilação pulmonar
– Shunt venoarterial
Oxigenoterapia é eficaz no tratamento.
Anamnese – sinais e sintomas
• 8 – Cianose Periférica
• Aumento da hemoglobina reduzida no sangue
venoso decorrente de um fluxo de sangue
reduzido para os tecidos.
– O fluxo pode ser reduzido de maneira generalizada –
choque e baixo DC.
– Diminuição do calibre dos vasos - arteriosclerose
Não há boa resposta a oxigenoterapia.
Anamnese – sinais e sintomas
• 8 – Cianose Mista
• Associação dos mecanismos responsáveis pela
cianose central e periférica.
– Insuficiência cardíaca congestiva grave
• Congestão pulmonar
• Estase venosa periférica
Manifestações Clínicas Secundárias
• Febre: Também chamada pirexia é o aumento da
temperatura do corpo acima do limite normal em
resposta a uma doença ou perturbação orgânica.

• Astenia: Também chamada fadiga física é caracterizada


por uma fraqueza generalizada e prolongada do
organismo, além de uma diminuição da potencia
funcional. E um estado de exaustão que não ocorre apos
um esforço e não desaparece com o repouso.
Manifestações Clínicas Secundárias
• Anorexia: Distúrbio alimentar caracterizado por
peso abaixo do normal, receio de ganhar peso,
uma vontade intensa de ser magro e restrições
alimentares.

• Emagrecimento
Exame Físico
• A inspeção, a palpação, a percussão, a ausculta e o uso
de alguns instrumentos e aparelhos simples são
designados conjuntamente com o exame físico.

• Aspecto psicológico.

• Respeito mútuo, seriedade e segurança.


Exame Físico
• Inspeção – observa-se o tórax do paciente, tanto
sentado como deitado.
– Inspeção estática
• Forma do tórax e suas anomalias estruturais, congênita ou
adquiridas, localizadas ou difusas, simétricas ou não.
– Inspeção dinâmica
• Movimentos respiratórios e suas alterações.
Exame Físico
• Inspeção
– A) Inspeção geral: postura, consciência, face, nutrição, pele e
dedos.
– B) Inspeção estática
• Via Entrada de Ar (VEA)
– Nasal
– Oral
– Mista
• Arquitetura do tórax
– Simetria
– Espaços IC
– Esforço respiratório
Exame Físico
• Baqueteamento ou Hipocratismo digital
– Sinal caracterizado pelo aumento (hipertrofia) das
falanges distais dos dedos e unhas da mão que esta
associada a diversas doenças, a maioria cardíacas e
pulmonares.
Exame Físico
• Baqueteamento ou Hipocratismo digital
Exame Físico
• Dependendo das alterações ósseas da coluna
vertebral, costelas e esterno, teremos os vários
tipos de tórax.
Exame Físico
• O tórax chato ou plano é o que perde
a convexidade normal da parede
anterior, havendo por isso redução
do diâmetro anteroposterior.
– As costelas aumentam sua inclinação,
os espaços intercostais se reduzem e o
ângulo de Louis torna-se mais nítido.
– As clavículas são mais oblíquas e
salientes, e as fossas supra e
infraclaviculares, mais profundas.
Exame Físico
• O tórax em tonel ou globoso caracteriza
-se pelo aumento exagerado do
diâmetro anteroposterior,
horizontalização dos arcos costais e
abaulamento da coluna torácica, o que
torna o tórax mais curto.
– É observado nos enfisematosos do tipo
PP (soprador rosado).
Exame Físico
• O tórax infundibuliforme (pectus
excavatum) caracteriza-se por
uma depressão na parte inferior
do esterno e região epigástrica.
– Em geral, essa deformidade é de
natureza congênita.
Exame Físico
• No tórax cariniforme (pectus
carinatum), o esterno é
proeminente e as costelas
horizontalizadas, resultando em
um tórax que se assemelha ao
das aves (tórax de pombo).
– Pode ser de origem congênita ou
adquirida.
• Neste último caso, devido a
raquitismo na infância.
Exame Físico
• Tórax cônico ou em sino é
aquele que tem sua parte
inferior exageradamente
alargada, lembrando um
tronco de cone ou um sino.
–É encontrado nas
hepatoesplenomegalias e ascites
volumosas.
Exame Físico
• O tórax cifótico tem como
característica principal a curvatura da
coluna torácica, formando uma
gibosidade.
– Pode ser de origem congênita ou
resultar de postura defeituosa.
– Também a tuberculose óssea (mal de
Pott), a osteomielite ou as neoplasias
podem ser responsáveis por essa
deformidade.
Exame Físico
• O tórax cifoescoliótico apresen
ta, além da cifose, um desvio
da coluna para o lado
(escoliose).
Exame Físico Dinâmico
• Tipo respiratório - observar a movimentação do tórax e
do abdome, com o objetivo de reconhecer em que
regiões os movimentos são mais amplos.
– Na posição de pé ou na sentada, predomina a respiração
torácica ou costal.
• Movimentação predominantemente da caixa torácica.
– Em decúbito dorsal, a respiração é predominantemente
diafragmática.
• Prevalece a movimentação da metade inferior do tórax e do andar
superior do abdome.
Exame Físico Dinâmico
• Ritmo respiratório – Em repouso a INSP dura quase o
mesmo tempo que a EXP, sucedendo-se os dois
movimentos com a mesma amplitude, intercalados por
leve pausa.
PRTA
• Quando uma dessas características modifica-se, surgem
os ritmos respiratórios anormais.
– Respiração de Cheyne-Stokes, respiração de Biot,
respiração de Kussmaul, respiração suspirosa.
Exame Físico Dinâmico

• Tiragem - Durante a INSP, em


condições fisiológicas, os espaços
intercostais deprimem-se ligeiramente
- resultando do aumento da pressão
negativa, na cavidade pleural, durante
a fase inspiratória.
Exame Físico Dinâmico
• Tiragem
– Mediante obstrução brônquica, o parênquima entra em
colapso e a pressão negativa torna-se ainda maior,
provocando assim a retração dos espaços intercostais.
– Pode ser difusa ou localizada, isto é, supra clavicular,
infraclavicular, intercostal ou epigástrica.
Exame Físico Dinâmico
• Palpação - complementa a inspeção, avaliando a
mobilidade da caixa torácica além de permitir
exame de lesões superficiais.
– Sensibilidade superficial e profunda
– Temperatura cutânea
– Expansibilidade
– Frêmito toracovocal
Exame Físico Dinâmico - Palpação
• Expansibilidade: avaliação
– Expansibilidade dos ápices pulmonares: ambas as mãos
espalmadas, de modo que as bordas internas toquem a
base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna
vertebral e os demais dedos nas fossas supra
claviculares.
Exame Físico Dinâmico - Palpação
• Expansibilidade: avaliação
– Expansibilidade das bases pulmonares: apoiam-se os
polegares nas linhas para vertebrais, enquanto os
outros dedos recobrem os últimos arcos costais.
Exame Físico Dinâmico - Palpação
• Frêmito toracovocal (FTV) - corresponde às vibrações
das cordas vocais transmitidas à parede torácica.
– são mais perceptíveis nos indivíduos cuja voz é de
tonalidade grave.
– deve-se fazer com que o paciente pronuncie palavras ricas
em consoantes.
Exame Físico Dinâmico - Palpação
• Frêmito toracovocal (FTV)
– Afecções pleurais diminuem o FTV.
– Afecções do parênquima fazem FTV mais nítido.
Exame Físico Dinâmico
• Percussão - consiste em produzir vibrações na
parede torácica que transmitem aos órgãos e
tecidos subjacentes.
– Deve ocorrer de cima para baixo e percutindo
separadamente cada hemitórax.
– Em uma segunda etapa, percutir comparativa e
simetricamente as várias regiões.
• Percussão
– A mão esquerda, com os dedos
ligeiramente separados, apoia-se
suavemente sobre a parede, e o
dedo médio, sobre o qual se
percute, exerce apenas uma leve
pressão sobre o tórax.
– O movimento da mão que
percute é de flexão e extensão
sobre o punho.
• Golpes de mesma intensidade com um
pequeno intervalo.
Exame Físico Dinâmico - Percussão
• Quatro tonalidades de som são
obtidas:
– Som claro pulmonar nas áreas de
projeção dos pulmões;
– Som timpânico no espaço de Traube;
– Som maciço na região inferior do
esterno e na região infra mamária
direita (macicez hepática);
– Som submaciço na região precordial.
Exame Físico Dinâmico
• Ausculta - é o método semiológico mais
importante no exame físico dos pulmões.
• Para sua realização exige-se, além de máximo
silêncio, posição cômoda do paciente e do
terapeuta.
– O examinador coloca-se atrás do paciente, que deve
estar com o tórax despido e respirar pausada e
profundamente, com a boca aberta, sem fazer ruído.
A ausculta dos pulmões é
realizada com auxílio do
diafragma do estetoscópio,
de maneira simétrica nas
faces posterior, laterais e
anterior do tórax.
• Os sons pleuropulmonares podem ser assim
classificados:
Sons normais Sons anormais
• Som traqueal • Descontínuos
• Som brônquico • estertores finos e
• Murmúrio vesicular grossos
• Som broncovesicular • Contínuos
• roncos, sibilos e
estridor
• Sopros
• Atrito pleural
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Som traqueal
– Audível na região de projeção da traqueia, pescoço e região
esternal.
– Origina-se na passagem do ar pela fenda glótica e na
traqueia.
– Componente INSP sopro menos rude
– Componente EXP sopro mais forte e prolongado
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Som brônquico
– Corresponde ao som traqueal audível na zona de
projeção dos brônquios de maior calibre, na face
anterior do tórax, nas proximidades do esterno.
– Diferenciando apenas por ter o componente EXP
menos intenso.
• Áreas de condensação pulmonar, atelectasias ou em
cavitações o som brônquico substitui o murmúrio vesicular.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Murmúrio vesicular
– Ouvidos na maior parte do pulmão, produzidos pela
turbulência do ar circulante chocando-se com as
bifurcações brônquicas.
– Componente INSP mais intenso, duradouro e alto tom.
– Componente EXP mais fraco, curto e de baixa tonalidade.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Murmúrio vesicular
– Sua diminuição se deve a numerosas causas:
• Pneumotórax), líquido (hidrotórax) ou tecido sólido
(espessamento pleural) na cavidade pleural
• Enfisema pulmonar, dor torácica de qualquer etiologia que
impeça ou diminua a movimentação do tórax
• Obstrução das vias respiratórias superiores (espasmo ou
edema da glote, obstrução da traqueia), oclusão parcial ou
total de brônquios ou bronquíolos.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Som boncovesicular
– Somam-se as características do som brônquico com as do
murmúrio vesicular
– Intensidade e duração da INSP e EXP são iguais.
– É auscultado na região esternal superior, interescapulovertebral
superior e no nível da 3ª e 4ª vertebras torácicas.
• Em outras regiões indica condensação pulmonar, atelectasias ou em
cavitações.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Sons ou ruídos anormais
➢ Estertores – ruídos ouvidos na INSP ou EXP
sobrepostos aos sons normais.
– Estertores finos ou crepitantes ocorrem no final da INSP,
são altos e de curta duração
• Não se modificam com a tosse
• Comparados ao atritar um punhado de cabelo
• São produzidos pela abertura sequencial de vias respiratórias
anteriormente fechadas.
• PNM, congestão pulmonar.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Sons ou ruídos anormais
➢ Estertores – ruídos ouvidos na INSP ou EXP
sobrepostos aos sons normais.
– Estertores grossos ou bolhosos têm frequência menor e
maior duração e audíveis no início da INSP e durante toda a
EXP.
• Sofrem nítida alteração com a tosse
• Parecem ter origem na abertura e fechamento de vias respiratórias
contendo secreção viscosa e espessa.
• Bronquite crônica e bronquiectasias
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Sons ou ruídos anormais
➢ Roncos – sons graves, de baixa frequência devido as
vibrações das paredes brônquicas e do gás mediante a
estreitamentos – espasmo, edema ou secreção.
– Audíveis tanto na INSP e na EXP.
– Asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas
obstruções localizadas
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Sons ou ruídos anormais
➢ Sibilos – sons agudos, de alta frequência devido as
vibrações das paredes brônquicas e do gás
mediante a estreitamentos.
– Audíveis tanto na INSP e na EXP.
– Em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax
– Asma brônquica, bronquite.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Sons ou ruídos anormais
➢ Estridor – sons produzido pela semiobstrução da
laringe ou da traqueia
– Na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar
provoca significativa intensificação deste som.
– Laringites agudas, câncer da laringe e estenose da
traqueia.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• Sons ou ruídos anormais
➢ Atrito pleural
• Em condições normais, os folhetos visceral e parietal da
pleura deslizam um sobre o outro, durante os
movimentos respiratórios, sem produzir qualquer
ruído.
Exame Físico Dinâmico - Ausculta
• https://www.youtube.com/watch?v=e8TjdcUQVRo

• https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4

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