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Identificação: IFJO, 42 anos, feminina, casada, parda, católica, jornalista, natural e procedente de Salvador.
HMA: Paciente regulada via CER da UPA de Brotas com história de odinofagia intensa e disfagia há cerca de 01
semana. Refere que o quadro iniciou há 2 meses com tosse produtiva com expectoração amarelada e febre
vespertina não mensurada, evoluindo com dispneia progressiva há cerca de 02 dias.
Interrogatório Sistemático:
Geral: Refere astenia, inapetência e perda de peso 15kg, febre com sudorese noturna nos últimos 2 meses.
Segmento cefálico: Nega cefaléia e nega tontura
Pele e fâneros: Nega surgimento de lesões de pele, nega alterações em pelos e unhas.
Aparelho gastrointestinal: Nega alterações de ritmo intestinal, nega alterações nas fezes.
Geniturinário: Nega disúria ou alterações na cor da urina. Refere ciclo menstrual regular.
Neurológico: Nega perda de força muscular, alteração de sensibilidade, convulsões, vertigem, sincopes, crise
convulsiva, modificação do ciclo sono-vigília, alterações de humor ou de memória.
Antecedentes Médicos Pessoais: Refere cirurgia bariátrica há cerca de 14 anos. Nega demais comorbidades
conhecidas ou alergia medicamentosas Nega patologias prévias, ou uso regular de medicamentos. Nega
hemotransfusão.
Antecedentes Médicos Familiares: A mãe da paciente tinha hipertensão e seu pai morrera de valvopatia.
Uma de suas irmãs havia recebido tratamento para tuberculose pulmonar 1 ano antes, e uma segunda irmã
tinha tuberculose latente; uma terceira irmã tinha diabetes.
Hábitos de Vida: Epidemiologia negativa para Chagas e esquistossomose, nega tabagismo, etilismo ou uso
de drogas ilícitas. Refere alimentação variada, mas nos últimos meses seu apetite diminuiu. Nāo realiza
exercícios físicos de forma regular. Sem animais domésticos, vacinação em dia.
HPS: A paciente trabalha como jornalista. Não possui animais de estimação. Ela é casada e reside com
esposo. Quatro anos antes, a paciente havia residido no nordeste da Índia por 1 ano para compromissos de
trabalho. A casa possui água filtrada e rede de esgoto. o Refere bom relacionamento com o esposo e colegas
de trabalho.
Exame Físico
Geral: Paciente em regular estado geral e nutricional, fácies atípica, febril ao toque, mucosas hipocrômicas
(II/IV), anictérica.
Sinai vitais: PA 110x70 mmHg; FC: 102 bpm; FR: 24 ipm; SatO2: 94% em ar ambiente; Temperatura axilar 38,5°C.
Cabeça: crânio simétrico e indolor à palpação. Reflexos oculares fotomotor e consensual normais. Orofaringe:
Púrpura observada na mucosa oral. Placas esbranquiçadas em orofaringe.
Pescoço: tireóide tópica com consistência fibroelástica, superfície lisa, indolor, sem nódulos. Presença de
linfonodos palpáveis em cadeias cervicais superficiais e posterior e profundas bilateralmente, móveis,
consistência fibroelástica, não dolorosos. Ausência de estase de jugular.
Pele e fâneros: Pele com turgor e elasticidade preservados, pelos com distribuição compatível com idade e
sexo, unhas sem alterações . Petéquias difusas nas pernas e algumas petéquias no tronco, flancos e
antebraços.
Aparelho respiratório: tórax simétrico, indolor à palpação. Expansibilidade preservada. Som claro pulmonar.
Frêmito toracovocal preservado. Murmúrio vesicular bem distribuído com roncos difusos.
Aparelho cardiovascular: precórdio calmo, ictus visível e palpável no 5º EICE na LMC, impulsivo, abrangendo
1,5 polpa digital. Bulhas rítmicas e normofoneticas, sem sopros ou bulhas extras, ausência de estase jugular a
45˚. Pulsos cheios, rítmicos e simétricos.
Abdome: plano, cicatriz umbilical intrusa, sem cicatrizes ou circulação colateral, RHA presentes, flácido,
hepatimetria 4 cm na linha esternal média e 8 cm na linha clavicular média direita, indolor à palpação
superficial, sem sinais de irritação peritoneal. Espaço de Traube livre.
Objetivos do caso:
Estudar os principais exames laboratoriais e de imagem que possam auxiliar no diagnóstico diferencial de
tosse / dispnéia / hemoptise
Questão 1
Suspeitas Diagnósticas:
P1 e P3- Sindrome da imunedeficiência adquirida ssecundário à infecção por HIV
P2- Tuberculose Pulmonar
P4-? (não sei o que poderia ter causado as petéquias.)
Questão 2
Paciente do caso pode ter duas principais formas de fisiopatologia para a dispneia. A primeira e menos
provável é atráves das obstruções geradas pelas secreções e acumulos de escarra em região de
brônquios, por exemplo. Nessa situção, existe a diminuição de ventilação em algumas zonas pulmonares,
por consequência gerando menos fluxo de gases para o sangue, gerando o sintoma da dispneia.
A outra principal forma, é através do estabelecimento de granulações em tecido pulmonar, isso devido ao
processo crônico de desenvolvimento da Mycobateria tuberculosis, dentro dos macrófagos, que leva a
uma necrose do tipo caseoso. Através dessa necrose, o pulmão com parte de seu parênquima destruído,
estará prejudicado e haverá dificuldade de trocas gasosas que retornam as concentrações de O2 e CO2,
estabelecendo a dispneia.
Questão 3
A paciente tem algo na história/exame físico que pode ser suspeitar de HIV? Quais critérios de AIDS?
Questão 5
Discuta sobre os principais sinais e sintomas de tuberculose pulmonar e como se faz o diagnóstico.
Realização da suspeita clínica através desses sintomas e confirmação laboratorial e com exames de
imagem
Questão 6
A febre de origem indeterminada (FOI) é um quadro febril de duração superior a três semanas e de
diagnóstico difícil. Qual seriam as causas para esta condição clínica apresentada pela paciente?
Questão 7
Com base na suspeita de tuberculose, deve-se realizar uma Baciloscopia, Cultura ou Teste rapido
molecular, conforme disponibilidade, indicação e gravidade para o caso da paciente, visando confimar a
presença da Mycobateria
Realização de testes para identificação da HIV, atráves de testes de triagem ou sorologia para HIV. No
mesmo contexto do HIV, realizar contagem de lecócitos, atráves da solicitação de um hemograma.
Realização de exames complementares como a Radiografia, além de confirmar a tuberculose, diferenciar
a apresentação da tuberculose; PET-TC, avaliar a funcionalidade pulmonar.
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