Você está na página 1de 4

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI


CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS – CSHNB
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II
DOCENTE: DRª. CINARA MARIA FEITOSA BELEZA

CAMILA DE SOUSA COSTA


EDUARDA NICOLLY DOS SANTOS SOUSA

DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO

PICOS-PI
2024
ORIENTAÇÕES

Período: o estudo de caso ficará disponível para ser enviado até o dia 12/04.
Dinâmica: o trabalho será feito em dupla.
Nota: o estudo de caso I valerá até 1 ponto que deve ser somado à nota do segundo
estudo de caso que será realizado adiante, como consta no plano de ensino. As duplas
que apresentarem trabalhos com as respostas idênticas receberão nota ZERO na
atividade.

Apresentação do caso I

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica


Perfil do paciente. H.M., uma cozinheira aposentada de 75 anos de idade, branca e
casada, permanece no hospital há três dias com exacerbação da DPOC.
Dados subjetivos

● Queixas de fraqueza, tremores, dispneia, dor torácica, dor e edema em


membros inferiores (MMII), febre. Apresenta escarro pulmonar em grande
quantidade.
● Devido ao clima da região onde vive, fica exposta a poeira, consome comida
cozida no fogão a lenha.
● Cardiopata; há mais ou menos dois anos iniciaram os sintomas da DPOC, faz
uso oxigenoterapia constante.
● História da doença na família, filho e esposos são fumantes passivos.

● Ansiedade devido à falta de ar.

● Sofreu três ou quatro ataques de bronquite no ano passado, que tratou em


casa.
● Tem um histórico de 40 anos de fumo de cigarros; atualmente, fuma meio
maço por dia para “limpar os pulmões” pela manhã.
● Acorda duas ou três vezes por noite por causa de tosse e falta de ar.

Dados objetivos

● Pesa 58kg, mede 1,52m e seu IMC é de 20 kg/m2

● Sua PAS é de 136/76 mmHg, pulso 86, frequência respiratória 28.

● Tem um aumento do diâmetro anteroposterior do tórax (em forma de barril).


● Demonstra leve utilização dos músculos acessórios (pescoço) com respiração.

● Apresenta sons respiratórios distantes com roncos ocasionais.

● Radiografia de tórax nota presença de enfisema nos lóbulos superiores.

● Tomografia computadorizada do tórax apresenta bronquiectasia.

Questões de discussão

1. Quais manifestações clássicas indicam que a paciente teve uma exacerbação de


DPOC?
Tórax em barril; pode-se observar o uso dos músculos acessórios durante a inspiração,
dor torácica, edema em MMII (possivelmente, devido a hipertensão nas artérias
pulmonares e ventrículo direito), dispneia intensa, expectoração em grande quantidade e
tosse.

2. Quais são algumas das prováveis causas da sua DPOC?


O histórico longo de tabagismo (mais de 40 anos), a exposição frequente à poeira e à
fumaça advinda do cozimento dos alimentos, além do fator genético pelo histórico de
DPOC na família.
3. Quais são os sinais que indicam gravidade da doença e afetam as decisões de
controle para H.M. continuar o tratamento no hospital ou em casa?
A gravidade da doença está relacionada a sinais como o aumento acentuado da dispneia,
uso dos músculos acessórios, edema periférico, bronquiectasia, enfisema pulmonar,
taquipneia (28 rpm), cardiopatia, necessidade de suporte ventilatório constante e dor
torácica.
4. Qual a única maneira possível de H.M. interromper a progressão de sua doença
pulmonar?
A cessação do tabagismo, bem como a diminuição da exposição à poeira e à fumaça
constituem a única intervenção eficaz para interromper a sua progressão.
5. Quais são as prioridades de enfermagem para o plano de alta e orientação?
● Reabilitação pulmonar: melhorar a capacidade de exercício, reduzir a
intensidade percebida de dispneia (estabilizar frequência respiratória).
● Reduzir a quantidade de dias internados e dias no hospital, assim como reduzir a
ansiedade associada à DPOC.
● Avaliar o estado atual de tabagismo, ensinar estratégias de cessação do
tabagismo e facilitar os esforços para parar de fumar.
● Administrar medicamentos, conforme prescrição médica, para controle da febre.
● Administrar broncodilatadores, conforme prescrição.
● Administrar oxigênio pelo método prescrito.
● Instruir o paciente a evitar irritantes brônquicos, como fumaça de cigarro,
aerossóis, extremos de temperatura e vapores.
6. Com base na avaliação dos dados apresentados, quais são os diagnósticos de
enfermagem prioritários?
● Ansiedade, caracterizada por ciclo de sono-vigília alterado, relacionada à falta
de ar;
● Enfrentamento ineficaz, caracterizado por comportamentos destrutivos para
consigo mesmo, relacionada a preparação inadequada para estressor
(Conhecimento deficiente em relação ao autocuidado a ser desempenhado em
casa);
● Padrão Respiratório Ineficaz, caracterizado por Taquipneia, Tórax ântero-
posterior aumentado associado a doença pulmonar obstrutiva crônica;
● Troca de gases prejudicada e eliminação traqueobrônquica ineficaz,
caracterizada por padrão de respiração ineficaz e Dor, relacionada com a
inalação crônica de toxinas;
● Padrão de sono perturbado, caracterizado por dificuldade em manter o estado de
sono, associado a distúrbios respiratórios;
● Perfusão tecidual periférica ineficaz, caracterizada por edema, relacionado a
Fumar;
● Troca gasosa prejudicada relacionada com o desequilíbrio da ventilação-
perfusão.

Você também pode gostar