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8 semestre – Pediatria
Questões
• Escolar, seis anos, asmático, é levado ao serviço de urgência com falta de ar, tosse
seca e aperto no peito há um dia. Exame físico: consciente, responsivo, calmo,
dispneia e tiragem intercostal leves, FR: 30irpm, sibilos expiratórios difusos à
ausculta pulmonar. Sat O2: 96%. Recebeu três doses de beta 2 agonista inalado a
cada 20 minutos e após uma hora mantinha a mesma FR, com melhora discreta
dos sibilos e da dispneia, com Sat O2: 94%. A conduta adequada é adicionar:
• A) oxigênio, brometo de ipratrópio, corticosteroide intravenoso e hospitalizar o
paciente
• B) oxigênio, corticosteroide oral ou intravenoso, manter beta 2 agonista a cada
uma hora e reavaliar o paciente
• C) oxigênio, corticosteroide oral ou intravenoso, manter beta 2 agonista a cada
20 minutos e reavaliar em uma hora
• D) corticosteroide oral ou intravenoso, aumentar os intervalos de beta 2 agonista
a cada duas horas e reavaliar o paciente
Reposta C
• O escolar apresentava crise aguda de asma leve/ moderada devido presença de
dispneia leve, pouco uso da musculatura acessória, aumento da frequência
respiratória para a idade (normal até 25 irpm) e saturação de oxigênio (SaO2)
normal ao exame inicial. Após o tratamento com beta 2 agonista inalado, houve
resposta parcial, mantendo a frequência respiratória elevada, uso da musculatura
acessória e saturação de oxigênio entre 91 e 95%. Indica-se iniciar o tratamento
da crise de asma em serviço de urgência oferecendo O2 se SaO2 ≤ 95%, iniciar
beta 2 agonista a cada 20 minutos até uma hora (3 doses) e corticosteroide (IV ou
VO) caso o paciente seja corticodependente ou se não responder ao beta 2
agonista e associar brometo de ipratróprio em crises graves. Em caso de resposta
parcial, com aumento ou manutenção da FR elevada, sibilos e dispneia
moderados, uso de musculatura acessória e SaO2 entre 91 e 95% em ar
ambiente, a conduta adequada é manter ou adicionar corticosteroide oral e
manter beta 2 agonista a cada 20 minutos e reavaliar a gravidade em uma hora.
Q2
• Pré-escolar de quatro anos foi levado ao pediatra do posto de saúde
por apresentar crises de sibilância desde os seis meses de vida. No
primeiro episódio, foi internado por cinco dias e fez uso de
medicações por via inalatória e intravenosa. Evoluiu com crises de
cansaço, falta de ar, tosse seca, chiado no peito e coriza de três em
três meses, necessitando de observação clínica em unidades de
pronto-atendimento. Atualmente, a mãe observa que ele tosse
quando corre e ri e as crises se tornaram mensais. O uso de
salbutamol inalatório associado a corticoide sistêmico é frequente. A
mãe relata que ela teve crises de bronquite até dez anos de idade e o
irmão do paciente, com um ano de idade, apresenta dermatite
atópica. O exame físico mostra bom estado geral;
FR = 28 irpm, eupneico, oximetria de pulso = 98%; sem outras
alterações. Baseado nestes dados, o pediatra deve orientar como
tratamento profilático inicial o uso diário de:
(A)corticoide inalatório associado a beta 2 inalatório de ação
prolongada
(B) beta 2 agonista inalatório de ação curta
(C) corticoide sistêmico
(D) corticoide inalatório
Reposta D
• O diagnóstico de asma em crianças até 5 anos de idade é baseado
principalmente em aspectos clínicos devido as dificuldades de se
obter medidas objetivas. A história pessoal e familiar são
fundamentais para o diagnóstico: sibilância recorrente, tosse ou
sibilos provocados pelo riso e pelo ato de correr, atopia pessoal e/ou
familiar, boa resposta clinica aos beta 2 agonistas inalatórios
associados ou não a corticoides orais ou sistêmicos. A asma é avaliada
de acordo com a gravidade e frequência dos sintomas. O caso
apresentado espelha um paciente que necessita da profilaxia anti-
inflamatória através do uso do corticoide inalatório, a terapia de
primeira escolha para todas as idades, na doença persistente.
Definição
Distúrbio respiratório crônico das vias aéreas
• Inflamação reversível das vias aéreas
• Obstrução reversível das vias aéreas
• Hipersensibilidade das vias aéreas
• Interação disto resulta no QC: Episódios recorrentes de sibilos, dispnea, opressão torácica e tosse,
à noite ou no início da manhã
Fenótipo de sintomas intermitente (maioria)
Fenótipo de sintomas persistentes (minoria)
Crianças acima de 8 anos podem resultar em alterações estruturais permanentes da parede das vias
aéreas (remodelação da parede das vias aéreas) – fenótipo potencial para asma grave
• Sibilância tardia (sem história de ITRI com sibilância no peito nos primeiros
3 anos de vida, mas sibilo aos 6 anos de idade)
Dose baixa
fármaco
μg
Ciclesonida 160
Furoato de mometasona Não avaliado < 4 anos
IDM = inalador dosimetrado, HFA = propelente hidrofluoroalcano, HFA micropartículas = propelente hidrofluoroalcano em micropartículas não
está aprovado
no Brasil para crianças abaixo de 5 anos. A tabela não representa equivalências, mas sim doses baixas não relacionadas a eventos adversos.
* preferencialmente para pacientes hospitalizados
Exacerbações < 5 anos –Sinais de alerta
• alteração da consciência,
• oximetria de pulso (< 92%)
• dificuldade para emitir frases inteiras
• frequência cardíaca (pulso) aumentada
• > 200 bpm em menores de 5 anos
• > 180 bpm entre 4 e 5 anos)
• presença de cianose central e sibilância inaudível (pelo
broncoespasmo intenso)
Frequência Respiratória –faixa etária
•Faixa etária x Frequência respiratória (mrm)
Agitação/confusão e
Alteração nível de consciência não
sonolência