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ANAMNESE MATERNA
• Detecção antecipada das condições perinatais que elevam o risco de a transição respiratória e
cardiocirculatória ao nascer ser inadequada.
- Intercorrências clinicas: se ela era diabética previamente ou foi desenvolvida na gestação; HAS se
a pcte já tinha ou desenvolveu
- Intercorrências gestacionais
- Intercorrências no trabalho de parto: Por ventura na evolução do trabalho de parto, teve alguma
intercorrência
- Intercorrências no parto: O bebe ia fazer com maior dificuldade a transição cardiorrespiratória do
feto para o neonato!
✓ FICHA DE EVOLUÇÃO:
- Identificação da gestante
- Idade da mãe: Se for uma mãe muito jovem ou idosa, já é um fator de risco, não significa que
obrigatoriamente teremos alguma alteração, porém é fator de risco
- Pais cossanguíneos: Se tem algum grau de parentesco, visto que pensamos em algumas má formações,
pois a cossanguinidade eleva essa chance.
- Se a mãe era hipertensa, tinha distúrbio de tireoide, doença autoimune, DM, cardiopata, trombofilia, se
fez uso de alguma medição durante a gestação como por exemplo heparina.
- Gesta__ Para__ (Se foi vaginal ou cesariano) Aborto__
- Data da ultima menstruação ou ultrassom precoce, para o cálculo da idade gestacional. Se por ventura,
ela não sabe a DUM, calculamos através do ultrassom precoce de 1 trimestre. E caso ela descubra a
gestação em um estado mais avançado, temos método de Capurro, onde classificamos de acordo com o
aspecto do bebê, não é o mais fidedigno, mas estima bem a idade gestacional.
- Sorologia: Muito importante saber se a gestante colheu as sorologias no 1 ou 3 trimestre. Não adianta
só colher no primeiro trimestre, pois pode ocorrer no intervalo da gestação ela er adquirido uma sífilis,
toxoplasmose (alteração ocular, alteração no SNC, hidrocefalia, etc) e com isso, não conseguimos tratar
o feto, sendo que se tivesse feito um pre natal adequado, poderíamos tratar antes desse feto nascer e
não teria tantas sequelas para esse bebê.
- Antes do nascimento do bebê, fazemos os testes rápidos, VDRL e hepatites! Também fazemos pesquisa
de Strepto do grupo B, bem prevalente nas gestantes e está relacionada com a sepse neonatal. Por volta
de 28 semanas, a obstetrícia faz o swab vaginal e se ela tiver colonização, faz profilaxia antes do
nascimento, diminuindo o risco de evolução de sepse neonatal.
- Hábitos de vida: Tabagista, etilista, uso de drogas ilícitas, pois esse bebe pode nascer e apresentar
abstinência e algumas alterações.
- Prematuridade: Foi feito corticoide para ajudar na maturação pulmonar? Pois quando é < de 34 semanas,
é importante e indicação de corticoideterapia para esse pulmão amadureça.
- Comorbidades gestacionais: De base antes da gestação e o que desenvolveu na gestação também,
como DM gestacional, ITU se já tratou ou está em TTO.
- Medicações em uso: Uso de imunossupressor, ansiolítico, se é compatível com a amamentação ou o
bebe pode nascer deprimido por conta disso.
- Alteração de ultrassom
- Dados do parto: Como foi, via de parto, se teve analgesia, anestesia, vitalidade desse bebê e se recebeu
alguma assistência neonatal (ex: nasceu e teve choro fraco, ventilação com pressão positiva se o bebe
precisou!)
- Score de Apgar: Calculamos esse score após o nascimento do bebê
- Exame físico do RN, onde iremos examinar como um todo.
Lembrando que mãe idosa é considerada quando a idade gestacional é > 35 anos.
- Parto Cesárea: Entre 37-39 semanas, mesmo sem fatores de risco antenatais para asfixia, eleva a
chance de que a ventilação seja necessária. O parto cessaria aumenta também a chance pois não é
fisiológico, temos a circulação fetal e adulta, dentro do útero temos um pulmão inundado de liquido
alveolar, onde o pulmão não tem a função de trocas gasosas, onde é feita através da placenta e cordão
umbilical, com isso, dentro do útero temos uma hipertensão do pulmão, aumento da pressão e baixa
resistência sistêmica. Quando o bebê nasce, inverte, pois ele tem função de liberar o liquido alveolar,
faz vasodilatação e aumenta a resistência sistêmica, invertendo o fluxo e ele terá a função de trocas
gasosas! Quando a mãe entra em trabalho de parto, as contrações fazem com que o liquido alveolar
seja expelido, então ele tem maior facilidade de realizar a transição cardiocirculatória, então ai que entra
o desconforto respiratório, gemência e isso poque ele está com dificuldade de realizar essa transição.
Ele fica gemendo na cesária, pois ele teve uma dificuldade da adaptação na transição cardiocirculatória
e quando a gestante entra em trabalho de parto, fica mais fácil, aumento do cortisol, hormônios
tireoidianos tudo isso ira ajudar nessa transição.
PREPARO DO MATERIAL
• Este deve ser preparado, testado e estar disponível em local de fácil acesso, antes de TODOS os
nascimentos.
o Avaliação do pcte – Estetoscópio, oxímetro de pulso e se possível, monitor cardíaco.
o Manutenção da temperatura – Devemos manter a normotermia, pois é um choque térmico muito
grande de dentro do útero quando esse bebê nasce, a temperatura é um preditor de
morbimortalidade neonatal. Precisamos de berço aquecido, campos estéreis aquecidos para
que na hora da recepção, esse choque térmico diminua. Precisamos de toca de lã e em alguns
casos nos prematuros extremos, precisamos de um saco de polietileno.
o Aspiração de vias aéreas – Sonda de aspiração, aspirador de mecônio
o Ventilação – Balão autoinflável (ambu) ou ventilador mecânico manual
o Intubação – Laringoscopio, lâmina, canula traqueal (utilizamos a número 2 até 4, lembrando
que a 2 utilizamos nos prematuros extremos).
o Administração de medicações – Adrenalina e SF..
o Cateterização da veia umbilical – Se por ventura ele precisar de alguma intervenção na
urgência, devemos ter disponível na sala de parto esse material.
- REANIMADORES PARA VPP
• Balão autoinflável – Mais comum e temos em todas salas de parto! Não necessita de fonte de gás para
funcionar. Com ele não conseguimos quantificar a PEP (pressão expiratória) precisa.
• Ventilador mecânico manual em T: Conseguimos regular a pressão. Precisa estar conectado a uma
fonte de gás.
➔ NASCIMENTO: É o momento mais importante da nossa vida. Nascer é prejudicial a saúde, pois não existe
um ambiente mais seguro que o útero materno. Mas como viver é um risco inevitável e necessário, é bom
saber que tem gente empenhada em garantir maior qualidade ao nascimento e a vida. O bebê tem que
aprender a respirar sozinho, manter temperatura onde precisa de um aporte de O2 maior, parece que é
simples, porém é bem complexo. É definido como extração completa do concepto da cavidade uterina.
- AO NASCIMENTO
• 1 em cada 10 RN necessita de ajuda para iniciar a respiração efetiva;
• 1 em cada 100 RN precisa de intubação traqueal;
• 1-2 em cada 1000 requer intubação + massagem cardíaca e/ou medicações
• Desde que a ventilação seja aplicada adequadamente!
Observamos os alvéolos cheios de líquidos e quando ele nasce, começa expelir esse liquido e é
transferido, um pulmão aerado! Por isso que o bebe chora ao nascimento.
- CLAMPEAMENTO DO CORDÃO
Se temos um bebe prematuro, ou a termo, mas com respiração irregular e não estiver ativo, não iremos
posicionar no colo da mae e levar imediatamente na sala de reanimação. Temos 1 minuto para iniciar a
reanimação neonatal.
QUAIS SÃO OS PASSOS INICIAS? Temos 30 segundos para realizar! (PROVA RESIDÊNCIA)
- Prover calor
- Posicionar a cabeça
- Aspirar a boca e narinas, se necessário!
- Secar e desprezar os campos úmidos
- Reposicionar a cabeça
Se fizermos os passos inicias adequadamente, depois disso iremos avaliar se esse bebê iria precisar
de uma pressão positiva ou não.
• MANTER A NORMOTENIA
o Manter a temperatura ambiente, entre 23-26ºC – NÃO podemos fazer situação de hipotermia e
hipertermia, gerando alterações metabólicas.
o Garantir calor radiante
o Recepcionar RN em campos aquecidos
o Secar a cabeça e corpo do RN
o Desprezar os campos úmidos
- PREMATURIDADE
o Extremo: <30 semanas
o Moderado: 31 a 33 semanas e 6 dias
o Tardio: 34 a 36 e 6 dias
- TERMO
o 37 a 41 semanas e 6 dias
- PÓS TERMO
o Acima de 42 semanas!
Primeiro iremos aspirar, com sonda 8 ou sonda 10, o cantinho da boca e depois narina!!! Nada de colocar
a sonda no meio da garganta, pois pode gerar um reflexo vasovagal, onde o bebe não ventila e devemos
até que intubar o mesmo.
- Antigamente avaliávamos a vitalidade do RN, relacionamos com: FC, FR e cor. Hoje não utilizamos
mais o parâmetro da cor, mostrando que ele leva um tempo para saturar acima de 90%, se o RN tiver
uma cianose de extremidades ou acrocianose é normal, pois ele demora até 5 minutos para saturação
se estabelecer.
->> A ventilação pulmonar é o procedimento mais importante e efetivo na reanimação em sala de parto
e, quando necessária, deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida – Minuto de ouro, para que
esse bebe não tenha sequelas ou possíveis sequelas no futuro.
✓ APGAR: Serve para mostrar a vitalidade do RN, como ele estava no primeiro e no quinto minuto de
vida. Avaliando 5 parâmetros: FC, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor.
- ESCORE DE 0 a 3: Intensamente deprimidos.
- ESCORE DE 4 A 6: Moderadamente deprimidos.
- ESCORE DE 7 A 10: Não exibem estresse imediato.
➔ VITAMINA K (KANAKION)
• Administrada por via IM (1mg = 0,1ml), logo após o nascimento.
• Objetivo é evitar uma deficiência passageira na coagulação sanguínea, prevenindo a doença
hemorrágica neonatal.
➔ PROFILAXIA DE HEPATITE B
• A vacinação deve iniciar-se nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12h.
• Atua na prevenção da transmissão vertical, no caso de RN de mãe AgHBs positiva.
• Administrado 0,5ml por via IM no vasto lateral da coxa.
- CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL
• Objetivo principal é estabelecer a existência de anormalidades congênitas, segue a ordem crânio caudal
e é para descobrir quaisquer outras anormalidades capazes de influenciar ne evolução neonatal.
Só iremos realizar se não tivemos a DUM ou ultrassom de primeiro trimestre! Iremos avaliar formação
da orelha, glândula mamaria, textura da pele e peles plantares.
- ESTIMULO A AMAMENTAÇÃO