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ENFISEMA PULMONAR

O enfisema pulmonar é uma das doenças respiratórias mais comuns


da atualidade. Mas, apesar de não ser rara, é uma condição altamente
grave e que reduz a qualidade de vida do portador ao longo do tempo.

O que é enfisema pulmonar?


O enfisema pulmonar, também conhecido como DPOC (Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica), se desenvolve a partir de alterações nas
estruturas pulmonares, prejudicando o bom funcionamento do órgão e
dificultando a respiração. As principais estruturas alteradas pelo enfisema
são os alvéolos.
No decorrer da doença, os alvéolos vão adoecendo. Isso prejudica o
contato do oxigênio com o sangue, ocasionando dificuldade respiratória,
diminuição do recolhimento elástico e hiperinflação pulmonar.

Fisiopatologia
No enfisema, a fisiopatologia está relacionada à destruição
da elastina. A elastina participa na manutenção da estrutura das paredes
alveolares e, quando esta proteína está ausente, a menor parte das vias
aéreas, os bronquíolos, sofre colapso, tornando difícil a entrada
e saída de ar dos alvéolos. O consequente estreitamento das vias aéreas,
combinado à maior obstrução devido ao acúmulo de muco,
faz aumentar a força necessária na respiração aumentando
assim o trabalho expiratório.
Com o objetivo fisiológico de compensação expiratória, devido
à obstrução, a respiração passa a ser controlada de forma a produzir um
tempo expiratório prolongado, reduzindo a frequência respiratória com um
volume corrente aumentado. Essa compensação explica o grau de hiper
insuflação pulmonar observado nos portadores de DPOC.
Sinais E Sintomas
A falta de ar e o cansaço excessivo são os principais sintomas de
quem sofre com DPOC. No entanto, são sintomas que aparecem quando a
doença já está um pouco avançada. A doença se desenvolve de forma lenta,
por isso os sintomas iniciais nem sempre são notados pela maior parte dos
pacientes.

Tosse e pigarro são os primeiros sinais que aparecem, depois vão


evoluindo e isso pode desencadear uma bronquite crônica e um enfisema
pulmonar. Esses sinais podem levar a sintomas mais graves, como:

• fadiga;
• crises de falta de ar;
• respiração ofegante;
• respiração com chiado;
• tosse persistente e produtiva;
• sensação de desconforto ou aperto no peito;
• dificuldade para dormir por causa da tosse persistente;
• falta de ar (dispneia), que piora quando o paciente faz esforço ou
tem uma infecção.
• perda de peso e cianose (unhas arroxeadas), quando o paciente
está em estágio avançado.

Embora não tenha cura, mesmo em estágio avançado, é possível tratar


a doença, diminuir esses sintomas e melhorar consideravelmente a
qualidade de vida.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados pelo
paciente e pela análise de seu histórico de vida.

Para complementar o diagnóstico, o médico pode solicitar exames de


imagem, como a tomografia do tórax, e a prova da função pulmonar,
conhecida como espirometria. Esse exame mede o volume de ar respirado
para verificar se a capacidade do pulmão é satisfatória ou não.

Vale lembrar que a função pulmonar deve ser feita com frequência
por pacientes fumantes, como forma de rastrear a doença e começar a agir
antes que o enfisema atinja níveis maiores e os sintomas comecem a se
manifestar.

Prevenção
A melhor forma de prevenção do enfisema é não fumar, mas não
permanecer em locais onde há fumaça de cigarro também é importante.
Outras formas incluem tratar o quanto antes qualquer infecção
respiratória, como gripe, resfriado, bronquite e pneumonia.

• Evitar poluentes do ar, ambientadores dentro de casa, cloro e


outros produtos com cheiro forte;

• Evitar emoções fortes como raiva, agressividade, ansiedade e


estresse;
• Evitar permanecer nos extremos de temperatura, tanto num local
muito quente, como nos muito frios;

• Evitar permanecer próximo a fogueiras ou churrasqueiras por causa


da fumaça;

• Evitar permanecer em locais com nevoeiro, porque a qualidade do


ar é inferior;

• Tomar a vacina da gripe todos os anos;

• Acompanhar regularmente com pneumologista.

Além disso deve ter uma alimentação saudável e equilibrada, preferindo


legumes, frutas, cereais integrais e hortaliças, diminuindo cada vez mais o
consumo de alimentos industrializados, processados e ricos em sal. Tomar
o chá de gengibre regularmente é uma boa estratégia de prevenção porque
ele é antioxidante e anti-inflamatório, sendo útil para manter as células
saudáveis.

Tratamento
Existem diversas medicações inalatórias que ajudam a aliviar os
sintomas do paciente, além delas, podemos citar algumas ferramentas
importantes que protegem os pulmões e trazem maior qualidade de vida
ao portador do enfisema pulmonar:

• Atividade física;
• Fisioterapia respiratória;
• Reabilitação pulmonar.Geralmente,

O tratamento dos sintomas é o suficiente, mas em alguns casos, quando


o paciente está em fase terminal, pode ser necessário o uso de cilindro de
oxigênio e até mesmo o transplante de pulmão. É importante lembrar que
o paciente fumante deve eliminar imediatamente o hábito de fumar de sua
rotina e deve atentar-se também ao calendário de vacinação. Manter as
vacinas de gripe e pneumonia em dia é essencial para evitar as infecções
respiratórias de repetição.

O tratamento para DPOC é disponibilizado pelo SUS.

Cuidados da Enfermagem.
• Verificar o nível de consciência.

• Providenciar desobstrução de vias aéreas

• Verificar respiração.

• Administrar oxigênio suplementar sob máscara dez litros por minuto


observando cuidados com depressão respiratória.

• Assistir respiração com BVM, se indicado.

• Manter saturação > 90%.

• Monitorizar o paciente com cardioscópio, monitor de pressão arterial


não invasivo, capnógrafo e oxímetro de pulso.

• Obter acesso venoso periférico com cateter calibroso.

• Obter sangue para: hemograma, gasometria arterial, função renal,


eletrólitos e coagulação.

• Providenciar ECG de 12 derivações.


• Tratar os fatores de descompensação.

• Radiografar tórax em PA e perfil, se possível.

• Aplicar CPAP sob máscara em pacientes colaborativos.

• Intubar imediatamente pacientes com nível de consciência deprimido


(Glasgow ≤ 8), instabilidade hemodinâmica ou fadiga extrema.

• Empregar broncodilatadores por via inalatória para reverter


broncoespasmo (principalmente os anticolinérgicos). Evitar a aminofilina
devido a seu alto potencial de toxicidade.

• considerar o emprego de corticosteróides IV especialmente em


pacientes com broncoespasmo intenso (20 a 40 mg de metilprednisolona
8 em 8 horas).

• iniciar ventilação assistida, caso necessário.

• manter continuamente monitorizados o ritmo cardíaco, oximetria e PNI.

https://www.pneumocenter.com.br
https://www.ppgbiotec.com.br/portugues/
https://www.clinicanogueira.com.br/
https://www.tuasaude.com/
https://unasus2.moodle.ufsc.br/

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