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Universidade Paulista – UNIP

Swift

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Campinas – SP

2019
Universidade Paulista – UNIP

Swift

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Ana Beatriz P. de Oliveira N4949D-7

Bianca Heloísa M. Vergílio N52213-5

Caroline Muniz N52245-3

Laura Moreira D86177-8

Maria Eduarda de S. Figueiredo N499DH-1 

Suzane Rezende de Mello N4675F-7

Thainá Silva Oliveira N3831H-5

Campinas – SP

2019
Sumário
Introdução

A doença pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC, é a obstrução da passagem


do ar pelos pulmões provocados geralmente pelo tabagismo e outros
compostos nocivos como exposição excessiva e constante à poluição e
substâncias químicas. A doença se instala depois que há um quadro
persistente de bronquite (inflamação da mucosa dos tubos brônquicos) ou
enfisema pulmonar (destruição dos alvéolos pulmonares). 

Geralmente, os primeiros sintomas são tosse e expectoração crônicas,


seguidos de falta de ar associados a tarefas que exigem maior esforço.
Gradativamente, os sintomas pioram e a falta de ar passa a dificultar atividades
diárias simples. Uma série de outras condições ocorre em simultâneo com a
doença.

O diagnóstico da DPOC é realizado por um clínico geral ou em casos mais


graves por um pneumologista. O diagnóstico baseia-se no histórico do paciente
(anamnese) e a espectrometria (exame que mede a função pulmonar). Caso
necessário, incluem-se outros exames.

A doença não tem cura, mas uma série de medidas a mantém sob controle. O
tratamento da doença pode ser feito através de medicamentos ou mudanças
no estilo de vida. Parar de fumar e praticar atividades físicas  podem reduzir os
sintomas e na medida do possível, devolver um pouco da função pulmonar ao
paciente.
Definição

A DPOC é uma enfermidade respiratória que tem como característica o


desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo, que não é totalmente
reversível. A limitação deste fluxo está associada à inalação de gases e
partículas nocivas. O tabagismo vem sido indicado como sua principal causa,
mas a exposição à combustíveis de biomassa (especialmente fogão a lenha),
vapores, exposição poeiras de origem ocupacional e outros tipos de fumos
como o cachimbo, maconha e a exposição passiva, também contribuem
para causar e piorar o quadro da doença. Alterações genéticas familiares, e
infecções respiratórias de repetição na infância não podem ser subestimados.

Os sinais e sintomas da DPOC estão presentes inicialmente quando o paciente


realiza tarefas que exigem maior esforço, como uma atividade física, por
exemplo, entretanto com o agravamento do quadro clínico, o indivíduo passa a
manifestar os sintomas da doença ao realizar pequenas atividades do dia-a-
dia, como trocar de roupa, tomar banho e até ao escovar os dentes

Entre os primeiros sintomas estão tosse, produção de catarro e falta de ar. No


início do desenvolvimento da doença o comprometimento da função
pulmonar pode não se manifestar. Além disso, a tosse e catarro podem
confundir o paciente, somente quando o quadro se agrava, com a
apresentação da dispnéia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração
rápida e curta), é onde o especialista acaba sendo acionado, o que faz com
que o diagnóstico seja feito em um estágio mais avançado da DPOC.

A suspeita clínica de DPOC deve ser considerada em todo indivíduo com 40


anos ou mais de idade, onde podem ser apresentados também outros
sintomas, como chiado no peito, aperto no peito, excesso de muco nos
pulmões (o paciente cria o hábito de “limpar a garganta” de manhã), lábios ou
camas de unha azulada (cianose), devido a circulação de oxigênio no corpo
abaixo do necessário, e infecções respiratórias frequentes. Mesmo a doença
apresentando inúmeros sinais e sintomas, ainda há uma grande parte de
pacientes que acham normal ao passar dos anos a respiração vir a apresentar
cada vez mais “falhas”, especialmente em idosos.
Diagnóstico

O diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crônica tem como fundamento


três pilares principais, história clínica, exame físico e os exames
complementares.

Faixa Etária

Poucos conseguem ver as consequências do uso do cigarro ainda na


juventude, o mais comum é o diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva
crônica surgir a partir dos 40 anos de idade, quando também os sinais da
DPOC tendem a serem mais agressivos. Quanto mais cedo for realizado o
diagnóstico, maior a possibilidade de conter o avanço da doença e assegurar
uma boa qualidade de vida ao paciente, por isso, o diagnóstico da DPOC
precoce é um dos fatores-chave para o controle da doença.

Foi realizada uma pesquisa por alunos da Universidade de Medicina de São


Paulo USP com o objetivo estimar a prevalência e os fatores associados à
DPOC, com pautas de variáveis socioeconômicas, estilo de vida e condições
de saúde, foi feito um estudo transversal com uma amostra de 1441 indivíduos
com 40 anos ou mais, e realizou-se uma regressão múltipla de Poisson na
análise ajustada, e os resultados obtidos foi que dos entrevistados, 4,2%
referiram a doença pulmonar obstrutiva crônica. Após análise ajustada,
identificaram-se os seguintes fatores associados ao agravo: número de
cigarros fumados na vida (> 1.500 / nenhum) apresentou 3,85 vezes mais,
cansar-se com facilidade (sim / não) 2,61 vezes mais quando sim, idade (70
anos e mais/50 a 59 anos) 4,29 mais quando mais velho, problemas de saúde
nos últimos 15 dias (sim / não) 1,31 a mais quando sim, e atividade física no
tempo livre (sim / não) 0,57 vezes mais quando não.

Cerca de 15% dos fumantes desenvolvem DPOC, percentual que


possivelmente está subestimado. Estudo de corte com 8.045 pessoas
acompanhadas durante 25 anos, na cidade de Copenhague, na Dinamarca,
estimou-se que, dentre aqueles com o hábito de fumar neste período, 25%
desenvolveram DPOC. Os maiores predomínios de DPOC são detectados
entre a sexta e a sétima década de vida.
História clínica
Têm como fundamento examinar a relação minuciosa e detalhada de todos os
conhecimentos, dados pessoais, dados e históricos familiares, passados e
atuais, relativos a respeito do determinado doente. Outro elemento importante
da história é o relato de fumo, mas ele não é obrigatório caso o paciente se
recuse a conceder a informação. Outras causas importantes são os pós-fumos,
e a fumaça de combustão de lenha.

Exame físico
No momento em que a doença se encontra em um nível mais avançado é
possível observar os sintomas físicos no paciente, nos quais são eles: à
inspeção, tórax hiperinsuflado, tempo expiratório prolongado, respiração com
lábios semicerrados, utilização de musculatura acessória do pescoço; à
ausculta, diminuição dos sons respiratórios, sibilos e raramente estertores
crepitantes. Conforme os dados coletados sobre a história clínica, juntamente
com os dados do exame físico, é possível distinguir se o determinado doente
apresenta dentro do quadro de doença compensada (estável) ou de doença
exacerbada (agudizada). Na forma agudizada, a dispnéia é geralmente
acentuada, com início bem definido, associada à tosse produtiva, com aumento
do volume da expectoração.

Exames complementares
O paciente com suspeita clínica de DPOC é submetido a radiograma de tórax,
avaliação espirometria e oximetria de pulso.

Avaliação radiológica, é um radiograma simples do tórax de perfil, deve ser


solicitada como sendo de rotina frente a suspeita de DPOC, o radiograma é
essencial para afastar suspeitas de outras doenças pulmonares, principalmente
a neoplasia pulmonar (câncer do pulmão ou cancro do pulmão). A tomografia
está indicada somente em casos especiais, como, suspeita de bronquiectasias
ou bolhas, ou programação de cirurgia redutora de volume.

Avaliação espirometria, também é conhecida como prova de função


pulmonar, essa avaliação trata-se de um exame não invasivo, onde é
registrado volume e fluxo de ar, devendo ser realizada antes e após
administração de bronco dilatador, de preferência em fase estável.

Oximetria de pulso é a maneira de medir quanto oxigênio o seu sangue está


transportando. A informação é coletada com a ajuda de um pequeno dispositivo
chamado oxímetro de pulso, seu nível de oxigênio sanguíneo pode ser aferido
sem a necessidade de puncioná-lo com uma agulha. O nível de oxigênio
mensurado com um oxímetro é chamado de nível de saturação de oxigênio.
Idealmente, mais de 89% das suas células vermelhas devem estar
transportando oxigênio.
O diagnóstico também conta com uma avaliação respiratória no paciente com
DPOC que não é necessariamente rotineira, sendo considerada em condições
especiais, como é o caso da Antitripsina indicada nos casos de aparecimento
de enfisema pulmonar em pacientes com idade inferior a cinquenta anos;

Tratamento da DPOC 

O tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica inclui tanto tratamentos


que não precisam de intervenções medicamentosas quanto aquela é preciso o
uso de fármacos. Aqueles que não precisam de medicamentos exigem
mudança no estilo de vida - principalmente em pacientes fumantes que
representam grande parte do grupo-, tal tratamento tem como objetivo aliviar
os sintomas da doença, reduzir a frequência e a gravidade das exacerbações,
melhorar a condições de saúde e a capacidade de manter-se ativo e reduzir a
progressão da doença. Já nos tratamentos com medicamentos é preciso de um
acompanhamento severo com os especialistas. 
O primeiro passo para quem faz o tratamento não medicamentoso é largar o
cigarro, já em caso de pessoas que desenvolveram a DPOC por conta da
exposição a outros gases tóxicos, é preciso reavaliar sua função e o local de
trabalho com o objetivo de interromper contato com o agente causador. 

As realizações de atividades físicas frequentes moderadas também entram no


procedimento sem o uso de medicamento, mas é preciso uma recomendação
médica e acompanhamento profissional que os pacientes com DPOC possam
realizar exercícios físicos de intensidade moderada, como caminhadas. Tais
exercícios aumentam a capacidade respiratória, melhora o sono, combatem a
ansiedade e depressão, para isso, é preciso uma abordagem multidisciplinar
(médico, nutricionista, fisioterapeuta, psicológica) no tratamento para que
ocorra a diminuição dos prejuízos pessoais, sociais e econômicos do paciente
com DPOC. 

No tratamento com uso de medicamentos é preciso ter o uso diário de


broncodilatadores que são divididos em broncodilatadores de curta ação
(fenoterol e salbutamol), anticolinérgico (brometo de ipratrópio) e de longa ação
(salmeterol, formoterol), que trabalham aliviando os sintomas e melhorando a
qualidade de vida. O uso de corticoides, xantinas, vacinas e da oxigenoterapia
domiciliar também entram no grupo de métodos medicamentosos. Quanto
antes o paciente iniciar o tratamento maior qualidade de vida terá. 

Além disso, o que mais pode ser feito no tratamento além de parar de fumar e
evitar contato com toxinas causadoras e usar os medicamentos conforme
prescrito pelo médico é a reabilitação pulmonar, que tem como objetivo
fortalecer a musculatura peitoral, ampliar a capacidade respiratória e garantir
autonomia ao realizar atividades diárias. 

Em casos de pacientes com a doença já avançada, a interferência cirúrgica é


uma opção viável. Dentro desse fator é utilizada a cirurgia redutora de volume
pulmonar - quando tem a baixa capacidade de exercício - a bulectomia - para
redução da dispneia - e, o transplante pulmonar, que é feita quando nenhum
tratamento é eficaz.

Manifestações

A DPOC é uma doença enganadora de instalação lenta. Os sintomas


começam subitamente, a partir dos 40 anos e na maioria dos casos surge após
um quadro persistente de bronquite crônica ou enfisema pulmonar.
A bronquite crônica deixa os brônquios inflamados, que passam a produzir
mais muco. Isso pode bloquear as ramificações mais estreitas, causando
dificuldade na respiração. Por isso, o organismo desenvolve a tosse crônica, na
tentativa de limpar as vias respiratórias. Já o enfisema pulmonar, provoca a
destruição das paredes frágeis e fibras elásticas dos alvéolos. Isso ocasiona
um pequeno colapso das vias aéreas quando ocorre a expiração, prejudicando
o fluxo de ar para fora dos pulmões.

Geralmente, os primeiros sintomas são tosse, expectoração (produção de


catarro) e uma discreta falta de ar, associada a esforços maiores como subir
escadas ou praticar atividades esportivas. Com o passar tempo, a falta de ar
vai se tornando mais intensa e é provocada por esforços cada vez menores. No
estágio mais avançado da doença, a falta de ar se manifesta mesmo com o
doente em repouso e agrava-se muito diante de atividades mínimas do dia-a-
dia como tomar banho ou escovar os dentes. Muitos pacientes relatam a
manhã como a pior hora, pois é quando os sintomas da DPOC estão mais
intensos.

Além disso, a tosse e a expectoração podem confundir o paciente, que imagina


serem consequências comuns do fumo ou da idade. Esses dois fatores
dificultam um diagnóstico, quando em estágio inicial, pois o paciente costuma
não procurar um médico especialista – o pneumologista. Apenas quando há o
agravamento do quadro, com a apresentação da dispneia (falta de ar) é que o
profissional geralmente é consultado, o que faz com que o diagnóstico seja
feito em um estágio mais avançado da doença. Cerca de 50% da função
respiratória já está perdida no momento da maioria dos diagnósticos. 

A DPOC ocorre muitas vezes em simultâneo com uma série de outras


condições. Entre estas condições estão à pneumonia, pneumotórax,
desenvolvimento de arritmias, desnutrição grave, anemia, cardiopatia
isquêmica, hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, ansiedade, disfunções
sexuais e depressão.

Uma das características das manifestações da DPOC são as exacerbações,


esses períodos podem ser definidos como um momento em que há piora
repentina dos sintomas, fazendo com que o paciente sofra subitamente de
aumento de tosse, quantidade de escarro e falta de ar ainda pior do que a
habitual.
 
 Como a DPOC afeta os músculos
 A doença pulmonar obstrutiva crônica pode causar grandes impactos nos
órgãos do paciente; entre elas estão a dispnéia e intolerância ao exercício que
estão relacionamos com a pouca qualidade de vida. A dispnéia, caracterizada
com a dificuldade de respirar, pode ocasionar em uma sobrecarga dos
músculos respiratórios e assim, achatar o diafragma e a forçar a redução de
gerar tensão.

A redução do diafragma acaba afetando a sua capacidade de gerar força e


prejudica a coordenação entre as partes costais dos músculos. Os impactos
causados pela irregularidade do diafragma ocasionam em deslocamento da
lâmina diafragmática, obstrução das vias aéreas e a redução da mobilidade e
redenção do dióxido de carbono.  Tais sintomas têm como finalidade a
presença de movimentos incompatíveis e/ou restritos que são característicos
da doença.

Outro sintoma da DPOC no sistema muscular é a diminuição da força e


resistência muscular periférica em membros inferiores e a redução da massa
muscular que se encontram principalmente no braço e na coxa.

A redução da força e resistência muscular pode ser dada até em métodos


involuntários. Tal perda da capacidade muscular em pacientes diagnosticados
com a DPOC se dá pela inatividade de vida diária, pouco predomínio de
atividades realizadas com a parte superior do corpo e, por ultimo,grande parte
dos músculos da cintura escapular participam concomitantemente da
respiração.

Em relação à diminuição de massa magra em pacientes com DPOC, é possível


perceber a atrofia das fibras musculares do tipo I e II, gerando uma diminuição
crônica do condicionamento, o aumento do sedentarismo e baixa resistência da
força muscular. Esse tipo de atrofia de concentração rápida é de menor
proporção em pacientes com a DPOC avançada, isso acaba gerando a
fraqueza muscular e, quando o paciente já tem uma idade avançada, tem uma
má alimentação e faz o tratamento com medicamentos como o corticosteróide,
a atrofia da fibra pode piorar.

Outro fator que influencia a fraqueza muscular nesses pacientes é a


complicação brônquica que influencia a hiperinsuflação pulmonar que faz com
que ocorra uma considerável mudança na mecânica dos músculos
respiratórios, que ocasiona uma diminuição da complacência dinâmica do
sistema respiratório, impondo um limiar de carga inspiratória. As alterações
resultam na redução da mobilidade costal e no encurtamento dos músculos
ventilatórios e a modificação mecânica corporal do indivíduo.

Epidemiologia

Podemos dizer que o mundo vive uma epidemia global de DPOC. No passado
o conceito de epidemia estava relacionado às doenças infecciosas, quando
apresentavam um aumento agudo e inesperado na incidência. Este termo
restrito da palavra não provinha exclusivamente da academia, mas da literatura
coloquial. Na década de 90, começou a se utilizar a expressão 'epidemia
global' para caracterizar doenças ou estados metabólicos crônicos como
diabetes mellitus, obesidade, hipertensão arterial sistêmica e também a DPOC.
A ampliação do conceito foi essencial para o desenvolvimento de estratégias
de prevenção e conscientização capitaneadas pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) e seus congêneres geopolíticos.
 Desconhecida por 55% da população brasileira, DPOC mata 40 mil
pessoas por ano no Brasil.

Um em cada dois brasileiros nunca ouviu falar da doença, enfermidade que


atinge 7 milhões de pessoas no país e é a 4ª causa de morte no mundo. Na
pesquisa Nacional Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro¸
encomendada ao Ibope pela Boehringer Ingelheim do Brasil, 55% dos
entrevistados disseram não saber nada a respeito da DPOC e 40% dos
entrevistados que disseram conhecer a DPOC indicaram a depressão como
uma das principais consequências da doença o aprisionamento e a falta de
condicionamento pulmonar e físico acaba provocando um quadro depressivo
que debilita ainda mais a saúde do paciente.

 Prevalência

Em 2003 foi realizado um estudo de prevalência de DPOC na cidade de São


Paulo, realizado pela Associação Latino-Americana de Tórax, o Projeto Platino
(Projeto Latino-Americano de Investigação de Enfermidade Obstrutiva). Este
projeto, que inclui outras grandes capitais da América Latina, foi baseado em
uma randomização de áreas e casas, incluindo pessoas acima de 40 anos e
aplicação de questionário de sintomas e realização de espirometria pré e pós-
bronco dilatador no domicilio. A prevalência da DPOC, segundo a espirometria,
foi de 15,8% na população com idade igual ou superior a 40 anos, o que
representa uma população entre 5.000.000 e 6.900.000 indivíduos com DPOC
no Brasil.

 Morbidade

A incidência da DPOC ainda é maior no sexo masculino do que no sexo


feminino e aumenta acentuadamente com a idade. No entanto, com o aumento
do tabagismo entre as mulheres nos últimos 30 a 40 anos, espera-se que esta
diferença fique bem menor nos próximos anos. Um fator etiológico importante
para DPOC, descrito em países em desenvolvimento, é a exposição das
mulheres à fumaça produzida pela combustão da lenha. Investigações na
América Latina, particularmente na Colômbia, México e Guatemala, mostram
que as mulheres expostas à fumaça de lenha têm uma possibilidade de
desenvolver sintomas respiratórios maiores que as mulheres fumantes e não
expostas à fumaça de lenha. Pelos dados do Ministério da Saúde (DATASUS)
a DPOC foi a quinta maior causa de internamento no sistema público de saúde
do Brasil, em maiores de 40 anos, com 196.698 internações em 2003, e gasto
aproximado de 72 milhões de reais, o que a coloca entre as principais doenças
consumidoras de recursos.

 Mortalidade
Estudos têm mostrado que entre as causas mais comuns de morte (doenças
coronarianas, cérebro vascular e tumorais), a DPOC e os tumores de pulmão
são as únicas que apresentam um crescimento, o que parece ser reflexo de
altas taxas de tabagismo no passado. No Brasil houve um aumento do número
de óbitos por DPOC nos últimos 20 anos, em ambos os sexos, tendo a taxa de
mortalidade passado de 7,88 em cada 100.000 habitantes, na década de 1980,
para 19,04 em cada 100.000 habitantes, na década de 1990. Houve um
crescimento de óbitos por DPOC de 1980 para 2001 de 340%, mesmo ajustado
para o crescimento populacional neste período.

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