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FACULDADE DE INHUMAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE INHUMAS

CURSO DE ENFERMAGEM

AMANDA BARBOSA DOS SANTOS

ANÁLISE E EPIDEMIOLÓGICAS CRÔNICAS

INHUMAS -GO
2024
AMANDA BARBOSA DOS SANTOS
2

ANÁLISE E EPIDEMIOLÓGICAS CRÔNICAS

Trabalho de Com finalidade de


analisar estudos de casos sobre A
doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC) apresentado pelo professor
do Curso de enfermagem, faculdade
de inhumas fac mais, no ano de 2024

INHUMAS-GO
2024

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ………………………………………………………………04
2. PRINCIPAIS CAUSAS………………………………………………………05
2.2 SINTOMAS……………………………………………………………...06
2.3 TRATAMENTO…………………………………………………………06
3. EPIDEMIOLOGIA…………………………………………………………...07
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4. CONCLUSÃO……………………………………………………………….08
5. REFERÊNCIA ………………………………………………………………09

INTRODUÇÃO

É uma doença pulmonar que obstrui as vias aéreas, tornando a respiração difícil. O
tabagismo é o principal fator de risco para DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica )e
sua origem é fortemente ligada ao efeito da fumaça de cigarro nos pulmões, havendo
relação da quantidade e do tempo de tabagismo com a gravidade da doença. Outros tipos
de fumo como o cachimbo, narguilé, maconha e a exposição passiva também contribuem
para causar e piorar a doença. A DPOC leva a uma diminuição persistente da taxa de
fluxo de ar dos pulmões quando a pessoa expira (exala), um quadro clínico conhecido
como obstrução crônica do fluxo aéreo. A obstrução ao fluxo aéreo na DPOC faz com
que o ar fique preso nos pulmões após uma expiração completa, aumentando o esforço
necessário para respirar.
Também em pacientes com DPOC, o número de capilares nas paredes dos alvéolos
diminui. Essas anomalias prejudicam a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre os
alvéolos e o sangue.
Nos estágios iniciais da DPOC, os níveis de oxigênio no sangue podem estar reduzidos,
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mas os níveis de dióxido de carbono permanecem normais. Nos estágios mais avançados,
os níveis de dióxido de carbono aumentam e os níveis de oxigênio caem.
Embora a DPOC não tenha cura, os tratamentos disponíveis atuam retardando a
progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 210 milhões de pessoas no mundo têm
DPOC e a estimativa é de que a doença se torne a terceira principal causa de morte por
volta do ano de 2020.

2. PRINCIPAIS CAUSAS
A principal causa da DPOC é
● Tabagismo
Apenas cerca de 15% dos fumantes desenvolvem DPOC. Com o envelhecimento,
fumantes de cigarro suscetíveis perdem a função pulmonar mais rapidamente do
que os não fumantes. A função pulmonar melhora apenas um pouco se as pessoas
param de fumar. No entanto, a taxa de declínio da função pulmonar retorna ao de
não fumantes quando as pessoas param de fumar, retardando, assim, o
desenvolvimento e a progressão dos sintomas.

Fumantes de cachimbo e charuto desenvolvem DPOC com mais frequência do


que não fumantes, mas não tão frequentemente quanto fumantes de cigarros. Não
está claro se fumar maconha contribui para a DPOC.

Trabalhar em um ambiente poluído por vapores químicos, poeira ou fumaça


pesada de fornos a lenha interiores pode aumentar o risco de DPOC. A exposição
à poluição do ar e à fumaça de fumantes de cigarro nas proximidades (exposição
passiva ao tabaco) pode causar crises em pessoas que têm DPOC, mas,
provavelmente, não causa DPOC.

A DPOC tende a ocorrer com mais frequência em algumas famílias, portanto,


pode haver uma tendência hereditária em algumas pessoas.

Uma causa rara de DPOC é uma condição hereditária em que o corpo não produz
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proteína alfa 1-antitripsina suficiente. A função principal dessa proteína é evitar
que a elastase de neutrófilos (uma enzima em certos glóbulos brancos) danifique
os alvéolos.

Consequentemente, o enfisema se desenvolve no início da meia-idade em


pessoas com deficiência de alfa-1 antitripsina grave (também chamada
deficiência de alfa-1 antiprotease), especialmente naquelas que também fumam.

2.2 SINTOMAS

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da DPOC são:

● Falta de ar, mesmo diante de esforços mínimos;


● Cansaço;
● Pigarro (secreção) em excesso;
● Tosse crônica.

De acordo com a OMS, os sinais geralmente desenvolvem-se a partir da


meia-idade. Conforme a doença se agrava, podem surgir sintomas mais
graves, como chiado e aperto no peito; lábios com coloração azulada; falta
de energia; presença de infecções respiratórias mais frequentes; tornozelos,
pés e pernas inchadas, além da perda de peso indesejada.

2.3 TRATAMENTOS

Pacientes diagnosticados com a doença precisam adotar uma série de


medidas para evitar exacerbações, que são os períodos de agudização dos
sintomas, e evolução desfavorável da DPOC.
O cuidado contínuo, o acompanhamento médico de rotina, o uso correto das
medicações inalatórias, a vacinação contra agentes causadores de infecções
respiratórias e a adoção de práticas saudáveis promovem melhor qualidade
de vida e bem-estar para quem convive com DPOC.
Como a DPOC atua nas vias aéreas, a melhor forma de realizar tratamento
medicamentoso é a técnica inalatória. Existem diversos dispositivos
inalatórios no mercado e a técnica inalatória adequada deverá ser ensinada
pelo médico responsável pelo acompanhamento do paciente, para garantir
que seja feita corretamente e tenha a eficácia esperada.
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3.EPIDEMIOLOGIA

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma das principais causas de


morbidade e mortalidade em todo o mundo. A DPOC é uma doença comum,
afetando cerca de 10% da população adulta mundial. Estima-se que mais de 300
milhões de pessoas tenham DPOC em todo o mundo.

A DPOC afeta homens e mulheres, mas a prevalência tende a ser maior em


homens. No entanto, devido ao aumento do tabagismo entre as mulheres, a taxa
de DPOC está aumentando entre elas. Quanto à idade, a doença é mais comum
em pessoas acima dos 40 anos, embora possa ocorrer em idades mais jovens,
especialmente em casos de exposição significativa a fatores de risco.

Segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, a


cada hora três brasileiros morrem em decorrência da Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica (DPOC), popularmente conhecida como bronquite
crônica ou enfisema pulmonar. No País ocorrem cerca de 40 mil mortes a cada
ano .

No país como um todo, a razão 2016,2000 referente à taxa de


A mortalidade da DPOC foi menor que 1,00 em ambos os sexos e em todas as
faixas etárias estudadas, indicando uma tendência temporal decrescente.
Evidencia- se que a taxa de mortalidade da DPOC aumentou exponencialmente à
medida que a idade aumentou, com semelhança nos anos de 2000 e 2016,
independentemente do sexo ou macrorregião . Em relação ao sexo e idade dos
pacientes acometidos por DPOC, observa-se na literatura que esta é mais
frequente em sexagenários do sexo masculino.Nesse sentido, também se faz
necessário que exista educação permanente, existem protocolos pré-estabelecidos
que possibilitem que os profissionais reconheçam os sintomas da DPOC de
modo precoce, por meio da implementação de estratégias que melhoram a
qualidade e eficácia do atendimento, podendo assim, intervir de modo ágil.
Por fim, evidencia-se que a DPOC é considerada como uma enfermidade crônica
e progressiva, ocasionando déficit no seu estado geral de saúde em que os
aspectos funcionais e emocionais são afetados, necessitando da assistência
de enfermagem durante o tratamento .
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4.CONCLUSÃO
É evidente a associação entre o tabagismo e o desenvolvimento da DPOC (e de outras
doenças respiratórias). A DPOC é um agravo que causa uma grande diminuição da
qualidade de vida dos pacientes e gera um grande impacto nos gastos nos serviços de
saúde. Como a doença ocorre devido a inflamações do trato respiratório por meio de uma
exposição prolongada a fumaças e fumos, é possível desenvolver métodos de prevenção a
fim de diminuir a incidência de novos casos.
Definir campanhas contra o tabagismo, que no estudo demonstrou ser a principal causa
da doença; monitorar e fiscalizar locais em que há trabalhadores em contato direto com
quaisquer tipos de fumaças, a fim de diminuir a inalação do trabalhador de partículas que
se instalam no sistema respiratório; e desenvolver ações que visam controlar a poluição
atmosférica, são exemplos de métodos de prevenção contra a doença.

A divulgação para a população sobre a gravidade da DPOC também é uma ação que deve
ser realizada para aumentar o conhecimento das pessoas e, consequentemente, a
prevenção.

A DPOC é uma doença complexa de origens conhecidas que podem ser combatidas de
formas simples, o que falta para a prevenção e o conhecimento da população são as
políticas públicas serem realizadas da forma que deveriam.

5.REFERÊNCIAS
https://bvsms.saude.gov.br
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

Sociedade Paranaense de Tisiologia e Doenças Torácicas

www.msdmanuals.com
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https://oglobo.globo.com/saude/guia/dpoc-o-que-e-sintomas-
causas-e-tratamentos.ghtml

https://www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj
plKrp_diEAxU9pJUCHUbBBKM4ChAWegQICBAB&url=https%3A%2F
%2Fviverbem.unimedbh.com.br%2Fprevencao-e-controle%2Fdpoc-
doenca-pulmonar-obstrutiva
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Kerkoski E, Silva DMGV, Chesani FH, Giacchini RM. A Tristeza de
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