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Discente
Ana Tomocene
Carla Fernando Munhere
Domilssa da Eriela Ussene
Eugénia Castro Manuel Vicente
Felismina Teresa Lencastre
Jorge Da Conceição Sande Vilanculo
Beira
2022
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Exposição inalatória................................................................................................................5
Factores genéticos...................................................................................................................6
Inflamação..........................................................................................................................6
Infecção..............................................................................................................................7
Complicações..........................................................................................................................8
Exacerbações agudas............................................................................................................10
TABELA...................................................................................................................................10
Exames de imagem...............................................................................................................12
Exames adjuntivos................................................................................................................14
Conclusão..................................................................................................................................18
Introdução
O presente trabalho compreende doença pulmonar obstrutiva crónica restritiva (DPOCR),
incluindo PCP, na perspectiva de buscar bases que irão sustentar o trabalho, visto que A
doença pulmonar obstrutiva crónica está aumentando no mundo todo em decorrência do
aumento do tabagismo nos países não industrializados, da redução da mortalidade
decorrente de doenças infecciosas e do uso difundido de combustíveis de origem vegetal
como madeira, gramíneas e outros materiais orgânicos. A mortalidade por doença pulmonar
obstrutiva crónica também pode afectar os países em desenvolvimento mais do que os
países desenvolvidos. A doença pulmonar obstrutiva crónica afecta 64 milhões de pessoas e
causou mais de 3,2 milhões de mortes em todo o mundo em 2015; projecta-se que,
globalmente, será uma das 3 principais causas de morte até 2030.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA RESTRITIVA (DPOCR),
INCLUINDO PCP
A doença pulmonar obstrutiva crónica é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta
inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro. Deficiência de alfa-1
antitripsina e uma variedade de exposições ocupacionais constituem causas menos comuns em
indivíduos que não são tabagistas. Os sintomas compreendem tosse produtiva e dispneia, que
se desenvolvem durante anos, e os sinais comuns envolvem a diminuição dos sons
respiratórios e a ausculta de sibilos. Os casos graves podem ser complicados por perda
ponderal, pneumotórax, episódios frequentes de descompensação aguda, insuficiência
cardíaca direita e/ou insuficiência respiratória aguda ou crônica. O diagnóstico baseia-se na
história, no exame físico, na radiografia do tórax e nos testes de função pulmonar. O
tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e antibióticos.
Utilizam-se procedimentos de redução do volume pulmonar ou transplante de pulmão na
doença avançada. Cerca de 50% dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica grave
morrem em até 10 anos após o diagnóstico.
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vesículas ou bolhas. Considera-se a obliteração das pequenas vias respiratórias a lesão mais
precoce que precede o desenvolvimento do enfisema.
Exposição inalatória
De todas as exposições inalatórias, o tabagismo é o principal fator de risco na maioria dos
países, embora apenas cerca de 15% dos fumantes desenvolvam doença pulmonar obstrutiva
crónica clinicamente aparente; uma história de exposição a 40 ou mais anos/maço é
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especialmente preditivo. A fumaça proveniente de cozimento ou aquecimento em ambientes
internos é um importante fator causador em países em desenvolvimento. Os tabagistas com
reactividade preexistente das vias respiratórias (definida pelo aumento da sensibilidade à
inalação de metacolina), mesmo na ausência de asma clínica, têm risco mais elevado de
desenvolver doença pulmonar obstrutiva crónica do que aqueles que não têm esta
reactividade.
Factores genéticos
A doença genética causadora mais bem definida é a deficiência de alfa-1 antitripsina , que é
uma causa importante de enfisema em não tabagistas e aumenta acentuadamente a
suscetibilidade à doença em fumantes.
Descobriu-se que mais de 30 alelos genéticos estão associadas à doença pulmonar obstrutiva
crônica ou à deterioração da função pulmonar em populações específicas, mas nenhum
mostrou ser tão relevante quanto a alfa-1 antitripsina.
Inflamação
Infecção
A infecção respiratória (pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica são propensos a
ela) pode amplificar a progressão da destruição do pulmão.
Limitação do fluxo de ar
Complicações
Além da limitação do fluxo aéreo e da insuficiência respiratória, as complicações às vezes
incluem
Hipertensão pulmonar
Infecção respiratória
Perda ponderal e outras comorbidades
Infecções respiratórias virais ou bacterianas são comuns entre os pacientes com doença
pulmonar obstrutiva crônica e causam uma grande porcentagem das agudizações. Atualmente,
acredita-se que as infecções bacterianas agudas são decorrentes da aquisição de novas cepas
de bactérias, em vez de provenientes do crescimento de bactérias colonizadoras crônicas.
Pode haver perda ponderal, talvez em resposta à diminuição da ingestão calórica e aumento
dos níveis circulantes do fator de necrose tumoral (FNT)-alfa.
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Outras doenças coexistentes ou complicantes que afetam de maneira negativa a qualidade de
vida e/ou a sobrevida são osteoporose, depressão, ansiedade, doença coronariana, câncer de
pulmão e outros cânceres, atrofia muscular e refluxo gastresofágico. Não se sabe se esses
transtornos são consequências da doença pulmonar obstrutiva crônica, do tabagismo, ou da
inflamação sistêmica associada.
Os sinais de doença pulmonar obstrutiva crônica incluem sibilos, uma fase expiratória
prolongada da respiração; hiperinsuflação pulmonar que se manifesta pela atenuação dos sons
cardíacos e pulmonares; e aumento do diâmetro anteroposterior do tórax (tórax em barril).
Pacientes com enfisema avançado perdem peso e desenvolvem perda muscular decorrente da
imobilidade; hipóxia; ou da liberação de mediadores inflamatórios sistêmicos, como FNT-
alfa.
Os sinais da doença avançada envolvem respiração com lábios cerrados, uso de músculos
respiratórios acessórios, movimento paradoxal da caixa torácica inferior para dentro durante a
inspiração (sinal de Hoover) e cianose. Os sinais de cor pulmonale incluem distensão da veia
do pescoço; desdobramento da 2ª bulha cardíaca, com hiperfonese do componente pulmonar;
sopro da insuficiência tricúspide; e edema periférico. Os impulsos do ventrículo direito são
incomuns na doença pulmonar obstrutiva crônica, em virtude da hiperinsuflação pulmonar.
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O pneumotórax espontâneo pode ocorrer (possivelmente relacionado com ruptura das bolhas)
e deve-se suspeitar dele em qualquer paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica cujo
estado pulmonar piora de maneira abrupta.
Os sintomas podem ser classificados de acordo com as atividades que causam dispneia [ver
tabela Medição da falta de ar usando o Modified British Medical Research Council (mMRC)
Questionnaire].
Exacerbações agudas
As agudizações ocorrem de forma esporádica durante a evolução da doença pulmonar
obstrutiva crônica e são anunciadas pelo aumento da gravidade dos sintomas. A causa
específica de qualquer exacerbação é quase sempre impossível de ser determinada, mas as
exacerbações são frequentemente atribuídas à infecção da via respiratória superior de
etiologia viral, bronquite bacteriana aguda ou exposição a irritantes respiratórios. À medida
que a doença pulmonar obstrutiva crônica progride, as agudizações tendem a se tornar mais
frequentes, chegando a cerca de 1 a 3 episódios/ano.
Radiografia de tórax
Testes de função pulmonar
Sugere-se o diagnóstico pela história clínica, exame físico e achados de exames de imagem do
tórax e é confirmado por testes de função pulmonar. Sintomas semelhantes podem ser
causados por asma, insuficiência cardíaca e bronquiectasia (ver tabela Diagnóstico diferencial
da doença pulmonar obstrutiva crônica). Doença pulmonar obstrutiva crônica e asma são, às
vezes, facilmente confundidas e podem se sobrepor (chamada sobreposição de doença
pulmonar obstrutiva crônica e asma).
TABELA
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pulmonar obstrutiva crônica das doenças pulmonares intersticiais por exames de imagem do
tórax, que mostram aumento das marcações intersticiais nas doenças pulmonares
intersticiais, e testes de função pulmonar, que revelam um defeito ventilatório restritivo em
vez de um defeito obstrutivo. Em alguns pacientes, a doença pulmonar obstrutiva crônica e
doenças pulmonares intersticiais coexistem [fibrose pulmonar e enfisema combinados
(FPEC)]. Nesse caso, os volumes pulmonares estão relativamente preservados, mas as
trocas gasosas estão gravemente comprometidas.
Há 2 vias básicas pelas quais a doença pulmonar obstrutiva crônica pode se desenvolver e se
manifestar com sintomas mais tarde na vida:
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Embora esse modelo de 2ª via seja conceitualmente útil, é possível uma ampla variedade de
trajetórias individuais (1). Quando o VEF1 cai abaixo de 1 L, os pacientes desenvolvem
dispneia durante as atividades cotidianas [embora a dispneia esteja mais relacionada ao grau
de hiperinsuflação dinâmica (hiperinsuflação progressiva devido à exalação incompleta) do
que ao grau de limitação ao fluxo aéreo]. Quando o VEF1 cai abaixo de cerca de 0,8 L, os
pacientes têm risco de hipoxemia, hipercapnia e cor pulmonale.
VEF1 e CVF são facilmente medidos com espirometria no consultório. Os valores normais de
referência são determinados por idade, sexo e altura do paciente. Pode-se classificar a
gravidade da limitação das vias respiratórias em pacientes com doença pulmonar obstrutiva
crônica e VEF1/CVF < 0,70 com base no VEF1 pós-broncodilatador (2):
Exames de imagem
Radiografia do tórax pode revelar achados característicos. Nos pacientes com enfisema, as
alterações podem incluir hiperinsuflação pulmonar manifestada pela retificação do
diafragma (aumento do ângulo formado pelo esterno e diafragma anterior do valor normal
de 45° para > 90°, na incidência lateral), rápida atenuação dos vasos hilares e bolhas
(radiolucências > 1 cm circundadas por sombras lineares delgadas e arqueadas). Outros
achados típicos incluem aumento do espaço aéreo retroesternal e uma sombra cardíaca
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estreita. Alterações enfisematosas localizadas predominantemente nas bases pulmonares
indicam deficiência de alfa-1 antitripsina. Os pulmões podem ter aspecto normal ou revelar
aumento da transparência secundária à perda de parênquima. A radiografia de tórax de
pacientes com bronquite obstrutiva crônica pode ser normal ou demonstrar acentuação da
trama broncovascular em ambas as bases, decorrente do espessamento da parede brônquica.
A proeminência dos hilos pode sugerir o aumento das artérias pulmonares centrais, observado
na vigência de hipertensão pulmonar. A dilatação do ventrículo direito evidenciada no cor
pulmonale pode ser mascarada pela hiperinsuflação pulmonar ou se manifestar por meio da
invasão do espaço retroesternal pela imagem cardíaca ou por meio do alargamento da imagem
cardíaca transversa, em comparação com radiografias de tórax pregressas.
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TC do tórax pode revelar anormalidades que não são aparentes na radiografia de tórax,
sugestivas de doenças coexistentes ou complicações, como pneumonia, pneumoconiose ou
câncer pulmonar. A TC ajuda a avaliar a extensão e a distribuição do enfisema, estimadas por
quantificação visual ou por análise da distribuição da densidade pulmonar. Indicações para a
realização de TC em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica são avaliação para
cirurgia de redução do volume pulmonar, suspeita de doenças coexistentes ou complicadoras
que não são claramente evidentes ou não foram detectadas pela radiografia de tórax, suspeita
de câncer de pulmão e triagem para câncer de pulmão. O aumento do diâmetro da artéria
pulmonar acima do diâmetro da aorta ascendente sugere hipertensão pulmonar .
Exames adjuntivos
Devem-se avaliar os níveis de alfa1-antitripsina em pacientes com < 50 anos e doença
pulmonar obstrutiva crônica sintomática, bem como em não fumantes de qualquer idade
com doença pulmonar obstrutiva crônica para detectar a deficiência de alfa-1 antitripsina.
Outras indicações de possível deficiência de alfa-1 antitripsina incluem história familiar de
doença pulmonar obstrutiva crônica precoce ou doença hepática inexplicável, distribuição
do enfisema no lobo inferior e doença pulmonar obstrutiva crônica associada à vasculite
positiva para anticorpo citoplasmático antineutrófilo (ANCA). Se os níveis de alfa-1
antitripsina forem baixos, o diagnóstico deverá ser confirmado por exame genético para
estabelecer o fenótipo da alfa-1 antitripsina.
ECG, muitas vezes realizado para excluir causas cardíacas de dispneia, caracteristicamente
revela a diminuição difusa da voltagem de QRS, com eixo cardíaco vertical decorrente da
hiperinsuflação pulmonar, e o aumento da voltagem da onda P ou o desvio para a direita do
vetor da onda P, em razão da sobrecarga atrial direita, em pacientes com enfisema
avançado. Os achados de sobrecarga ventricular direita envolvem a onda R ou R’, com
amplitude maior ou igual à onda S na derivação V1; a onda R menor que a onda S na
derivação V6; o desvio do eixo para a direita > 110° sem bloqueio do ramo direito; ou
alguma combinação destes. A taquicardia atrial multifocal, arritmia que pode acompanhar a
doença pulmonar obstrutiva crônica, manifesta-se por taquiarritmia com ondas P
polimórficas e intervalos PR variáveis.
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obstrutiva crônica. Com frequência, está indicada quando há presunção da coexistência de
doença ventricular esquerda ou valvopatia.
Os eletrólitos séricos são de pouco valor, mas podem mostrar um nível elevado de
bicarbonato se os pacientes tiverem hipercapnia crônica. Gasometria venosa é útil para o
diagnóstico da hipercapnia aguda ou crônica.
Todos os pacientes que exigem hospitalização por causa de agudização devem ser testados
para quantificar a hipoxemia e a hipercapnia. A hipercapnia pode existir sem a hipoxemia.
É possível obter uma previsão mais precisa do risco de morte medindo simultaneamente o
índice de massa corporal (B), o grau de obstrução das vias respiratórias (O, que é o VEF1),
dispneia [D, que é medida usando questionário do British Medical Research Council
modificado (mMRC)] e a capacidade de exercício (E, que é medida pelo teste de caminhada
de 6 min); isso forma o índice BODE. Além disso, idade mais velha, cardiopatia, anemia,
taquicardia de repouso, hipercapnia e hipoxemia diminuem a sobrevida, ao passo que a
resposta significativa aos broncodilatadores é acompanhada de aumento da sobrevida. Os
fatores de risco de a morte, em pacientes com agudização que requer hospitalização,
compreendem idade mais avançada, PaCO2mais elevada e utilização de manutenção com
corticoides orais. (Detalhes para o cálculo do índice BODE estão disponíveis em Medical
Criteria.)
Pacientes com alto risco de morte iminente são aqueles com perda ponderal progressiva
inexplicável ou declínio funcional grave (p. ex. aqueles que experimentam dispneia nas
atividades de vida diária — ao vestir-se, tomar banho, ou comer). A mortalidade na doença
pulmonar obstrutiva crônica frequentemente resulta de doença intercorrente, em vez da
progressão da doença subjacente naqueles que interromperam o tabagismo. Em geral, a
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morte é causada por insuficiência respiratória aguda, pneumonia, câncer pulmonar,
cardiopatia, ou embolia pulmonar.
Cessação do tabagismo
Broncodilatadores inalatórios, corticoides, ou ambos
Tratamento de suporte (p. ex. suplementação de oxigênio, reabilitação pulmonar)
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Conclusão
Em gesto de fecho conclui-se a doença pulmonar obstrutiva crónica é a limitação do fluxo de
ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de
cigarro. Deficiência de alfa-1 antitripsina e uma variedade de exposições ocupacionais
constituem causas menos comuns em indivíduos que não são tabagistas. Os sintomas
compreendem tosse produtiva e dispneia, que se desenvolvem durante anos, e os sinais
comuns envolvem a diminuição dos sons respiratórios e a ausculta de sibilos. Os casos graves
podem ser complicados por perda ponderal, pneumotórax, episódios frequentes de
descompensação aguda, insuficiência cardíaca direita e/ou insuficiência respiratória aguda ou
crónica.
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Referências bibliográficas
2. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD): Diagnosis and initial
assessment. 2020 Global Strategy for the Diagnosis, Management and Prevention of COPD.
3. Iyer AS, Wells JM, Vishin S, et al: CT scan-measured pulmonary artery to aorta ratio and
echocardiography for detecting pulmonary hypertension in severe
COPD. Chest 145(4):824–832, 2014.
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