▪ São doenças que tem em comum a obstrução crônica ao fluxo aéreo, em qualquer nível da árvore respiratória. ▪ Pneumopatias obstrutivas são frequentemente comuns em crianças e idosos. ▪ Dados da OMS mostram que 3 milhões de pessoas morreram de DPO em 2012 – 6% de todas as mortes registradas globalmente. ▪ Muitas dessas doenças são preveníveis. Fatores de risco para DPO:
Tabagismo, inclusive fumo passivo; poluição (a partir de combustíveis);
alérgenos variados; agentes ocupacionais. ▪ As 3 doenças representantes principais são:
▪ Como o tabagismo é o fator etiológico mais importante para o desenvolvimento da
bronquite crônica quanto do enfisema, muitos pacientes apresentam sobreposição das duas doenças. ▪ Na prática médica essas duas entidades são denominadas como DPOC (doenças pulmonares obstrutivas crônicas) – obstrução progressiva, embora parcialmente reversível.
▪ Bronquite causa estreitamento e obstrução da luz de pequenas vias aéreas
(“brônquios”).
▪ Enfisema responsável por destruição dos septos alveolares.
▪ Asma obstrução brônquica reversível associada à inflamação e hiper- reatividade das vias aéreas à diferentes estímulos. ▪ Difícil de ser estimada – necessidade de espirometria para seu diagnóstico. ▪ No Brasil – 6ª principal causa de morte.
▪ Muitos mediadores inflamatórios presentes na circulação
podem contribuir para a perda muscular e caquexia e podem também agravar outras condições – doença cardíaca, osteoporose, depressão, síndrome metabólica...
*mede a velocidade e a quantidade de ar que um indivíduo é capaz
de colocar para dentro e para fora dos pulmões. ▪ É definida como: Tosse persistente com produção excessiva de muco na maioria dos dias de um período de três meses, por pelo menos dois anos consecutivos. ▪ Tosse e expectoração são mais intensas pela manhã e no inverno. ▪ 10% dos pacientes com DPOC não é fumante. ❑Etiopatogênese ▪ Doença causada pela exposição prolongada a agente irritantes inalados, sobretudo produtos do tabaco, além de poluentes atmosféricos. ▪ A inflamação das vias aéreas é a grande responsável pelas alterações estruturais. ▪ - Neutrófilos: A elastase de neutrófilos é um potente secretagogo – hipersecreção brônquica. ▪ Enfisema pulmonar é definido como o aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos pulmonares associado a destruição dos septos alveolares. Ácino pulmonar ❑Etiopatologia ▪ O fumo e outros irritantes químicos (poluição atmosférica, fumaça oriunda da queima de vegetais, etc.), tem papel relevante na gênese do enfisema. ▪ Fumaça do cigarro contem mais de 4.000 substâncias distintas – promovem aumento de células inflamatórias e ação lesiva dos agentes oxidantes.
o O fumo estimula quimiotaxia de células inflamatórias.
o Constituintes da fumaça do cigarro se depositam nas bifurcações da árvore respiratório.
❑Manifestações Clínicas ▪ Dispneia*, tosse, chiado e sobrecarga do coração.
▪ Caracteristicamente apresentam expiração forçada e prolongada, tórax em tonel e
emagrecimento.
* Dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta.
É uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, caracterizada por hiper- reatividade brônquica (broncoconstrição) e hipersecreção de muco em resposta à estímulos variados. ▪ Clinicamente, pacientes apresentam episódios recorrentes de dispneia, sibilos (chiado) e tosse associada à broncoconstrição. o Manifestações reversíveis, ou pelo menos em parte, espontaneamente ou por tratamento.
▪ Acomete 5% da população mundial – 300 milhões de pessoas. Prevalente
principalmente em crianças e adolescentes. ▪ 5% dos pacientes apresentam doença de difícil controle ao tratamento com corticosteroides. ▪ Doença pode ser dividida em duas categorias: ❑Atópica – quando ocorre sensibilização e resposta imunitária a certos antígenos. Geralmente em indivíduos que tem histórico familiar e apresentam também rinite alérgica. ❑Não atópica – quando não se identifica um antígeno predisponente. ▪ Também há: ❑ Asma induzida por medicamento ❑Asma ocupacional em indivíduos que se expõe a algo no ambiente de trabalho (plásticos, madeira, algodão, etc.). ❑Etiopatogênese ▪ A inflamação das vias aéreas é o principal responsável pela hiper-reatividade brônquica e pela cronicidade da doença. o Biópsias brônquicas em pessoas asmáticas revelam presença de inflamação e a mesma presente inclusive nos intervalos entre as crises – atinge todo o trato respiratório até o parênquima alveolar. ❑Etiopatogênese ▪ Remodelamento brônquico ▪ A persistência da inflamação brônquica pode causar mudanças estruturais irreversíveis nas vias aéreas (remodelamento) – piora progressiva e irreversível da função respiratória. ▪ Inflamação persistente causa: agressão e reparo inadequado, resultando em espessamento da parede – podendo contribuir com a hiper-reatividade Entende-se como o quadro infeccioso do tecido pulmonar.
Bronquíolos e alvéolos são preenchidos por
exsudato inflamatório, comprometendo a função de troca gasosa. Bactérias – Fungos – vírus – parasitos – outros micro-organsimos pneumonia
Atingem o pulmão através do ar inalado ou corrente sanguínea.
Desenvolvimento do quadro infeccioso envolve 3 componentes:
1. Patogenicidade do agente; 2. Mecanismo de defesa; 3. Capacidade de resposta do hospedeiro; ▪ Fatores importantes a considerar:
1. Uso de antibióticos de amplo espectro – aumento da patogenicidade –
organismos resistentes. 2. Imunossupressão associada a doenças (ex.: SIDA), pós transplante, tratamento de doenças auto-imunes – facilitam infecções ou por agentes oportunistas
▪ Pneumonias apresentam grande número de óbitos em pacientes hospitalizados
▪ Na grande maioria – colonização da bactéria agressiva antes da doença invasiva. ▪ Há dois tipos de colonização: o Por micro-organismos altamente virulentos com substituição da microbiota normal em indivíduos saudáveis: Neisseria meningitidis, Streptococcus hemolyticus, Streptococcus pneumoniae. o Por micro-organismos com diferentes graus de virulência em pacientes com baixa defesa pulmonar. ▪ A propensão à infecções bacterianas pode ser facilitada por propriedades dos agentes infecciosos (ex.: moléc. da parede celular que facilitam a adesão e penetração no epitélio respiratório) ou infecções virais prévias (ex.: necrose do epitélio pelo vírus influenza – facilita a aderência bacteriana).