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SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................................................................... 3
2. Epidemiologia................................................................................................................ 5
3. Etiologia ........................................................................................................................ 5
4. Fisiopatologia................................................................................................................ 6
5. Classificação ................................................................................................................ 9
6. Diagnóstico ................................................................................................................. 10
7. Tratamento ................................................................................................................. 15
Tratamento específico ............................................................................................... 15
Tratamento antibiótico ............................................................................................... 16
Tratamento da resposta inflamatória........................................................................ 17
Promoção da higiene brônquica (aumento do clearance mucociliar) .................... 18
Controle da hemorragia brônquica............................................................................ 19
Tratamento cirúrgico .................................................................................................. 19
Referências ...................................................................................................................... 22
1. INTRODUÇÃO
O sistema respiratório começa no nariz e na boca e continua pelas vias aéreas
e pulmões. O ar entra no sistema respiratório pelo nariz e pela boca, passando pela
faringe e caixa de voz ou laringe. A entrada da laringe é coberta por uma pequena
aba de tecido, conhecida como epiglote, que se fecha automaticamente durante a
deglutição, impedindo a entrada de alimentos ou líquidos nas vias aéreas.
Os ramos da traqueia se bifurcam em duas vias aéreas menores: os brônquios
direito e esquerdo, que levam aos dois pulmões. Cada pulmão é dividido em lobos,
sendo três no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Vale ressaltar que o pul-
mão esquerdo é um pouco menor que o pulmão direito, uma vez que ele divide o
espaço ao lado esquerdo do tórax com o coração.
Bronquiectasias 3
Os próprios brônquios se ramificam várias vezes em vias aéreas menores, termi-
nando nas vias aéreas mais estreitas, chamadas de bronquíolos, que têm apenas
meio milímetro de diâmetro. As vias aéreas se assemelham a uma árvore invertida,
fazendo com que essa parte do sistema respiratório seja também chamada de árvo-
re brônquica.
As grandes vias aéreas se mantêm abertas por um tecido conjuntivo fibroso semi-
flexível, chamado de cartilagem. As vias aéreas menores são sustentadas pelo teci-
do do pulmão, que as envolve e ao qual estão ligadas. Os músculos das vias aéreas
podem relaxar ou contrair, mudando assim o tamanho das vias aéreas.
Ainda temos a pleura que é uma membrana escorregadia que reveste os pulmões
e o interior da parede torácica. Ela permite que os pulmões se movam suavemente
durante a respiração e quando a pessoa se movimenta. Normalmente, existe apenas
uma pequena quantidade de líquido lubrificante entre as duas camadas da pleura.
Essas duas camadas deslizam suavemente uma sobre a outra quando os pulmões
sofrem alterações de tamanho e forma.
Em relação aos agravos relacionados ao sistema respiratório temos as bronquiec-
tasias, que são dilatações brônquicas irreversíveis, geralmente associadas ao es-
pessamento das paredes brônquicas.
Figura 2: Bronquiectasia
Fonte: Designua/Shutterstock.com
Bronquiectasias 4
2. EPIDEMIOLOGIA
A prevalência de bronquiectasias aumenta com a idade, com uma diferença de 8 a
10 vezes na prevalência após os 60 anos (300 a 500 / 100.000) em comparação com
as idades <40 a 50 (40 a 50 / 100.000). Tem diminuído progressivamente, sobretudo
nos países industrializados. Nitidamente, essa redução está associada ao surgimen-
to da antibioticoterapia, que tornou bem menos frequente as bronquiectasias de
origem pós-infecciosas. Atualmente, nos países desenvolvidos, a maior parte das
bronquiectasias é atribuída a doenças sistêmicas.
Entretanto, em países em desenvolvimento, com menos recursos de saúde, ou
em comunidades pobres, as bronquiectasias pós-infecciosas continuam sendo um
importante problema de saúde pública. Além disso, é importante ressaltar que, com
o advento de métodos radiológicos de melhor resolução, lesões incipientes estão
sendo mais precocemente diagnosticadas, principalmente em doenças de vias respi-
ratórias como asma grave e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
3. ETIOLOGIA
As bronquiectasias abrangem diversas doenças respiratórias e doenças sistêmi-
cas, podendo ser divididas em congênitas, adquiridas e idiopáticas. Em todo o mun-
do, cerca de 50% dos pacientes permanecem com diagnóstico de bronquiectasias
idiopáticas, a despeito de um protocolo sistemático de investigação etiológica.
Como vimos, nos países em desenvolvimento, onde a incidência de infecção res-
piratória grave na infância ainda é considerável, as causas pós-infecciosas de bron-
quiectasias são as mais frequentes. Já nos países desenvolvidos da Europa e da
América do Norte, doenças como fibrose cística, colagenoses e complicações pós-
-transplante apresentam maior importância.
Bronquiectasias 5
Fluxograma . Etiologias
ETIOLOGIAS
Fibrose cística
Deficiência de α 1- Pós-infecciosas
antitripsina DPOC
Discinesia ciliar primária Imunodeficiências
Síndrome de Young secundárias
Imunodeficiências primárias Doenças sistêmicas
Defeitos anatômicos Pneumonite inflamatória
da árvore brônquica Processos obstrutivos
Sequestro pulmonar
4. FISIOPATOLOGIA
Macroscopicamente, as vias respiratórias envolvidas pelo processo tornam-se
dilatadas, tortuosas, flácidas e, em geral, parcialmente obstruídas por secreções pu-
rulentas. As vias respiratórias mais periféricas costumam estar inflamadas e preen-
chidas por secreções em decorrência da obstrução mais proximal. A longa duração
do processo obstrutivo pode ocasionar a substituição das pequenas vias respira-
tórias por processo fibrótico acelular. Esse conceito é de suma importância, pois,
apesar de a doença ser caracterizada pela dilatação das grandes vias respiratórias,
o comprometimento das pequenas vias respiratórias é fundamental na gênese dos
sintomas e na gravidade desses pacientes.
Microscopicamente, parte das vias respiratórias afetadas está espessada por ede-
ma e células inflamatórias, enquanto outras áreas de mucosa apresentam erosões,
úlceras e até mesmo formação de abscesso. A inflamação persistente pode levar à
metaplasia escamosa. Podem ocorrer broncomalácia, hipertrofia muscular e intensa
neovascularização de artérias brônquicas.
Embora o processo envolva primariamente as vias respiratórias, as pneumonias
recorrentes podem comprometer o parênquima pulmonar com inflamação, edema
Bronquiectasias 6
e fibrose, levando à distorção da arquitetura alveolar. Os três mecanismos mais im-
portantes que contribuem para a patogênese das bronquiectasias são:
Infecção
Fibrose peribrônquica
Bronquiectasias 7
FLUXOGRAMA. FISIOPATOLOGIA
Pneumonias
Tuberculose
Micobacteriose não
tuberculosa
Imunodeficiência
predispondo a infecções
Infecções bacterianas
Aspergilose
broncopulmonar alérgica
Ineficiência dos Doenças do tecido
Inflamação nas
mecanismos de limpeza conjuntivo
vias aéreas
(clearance) das vias aéreas Doenças inflamatórias
intestinais
Refluxo gastroesofágico
Dano estrutural
nas vias aéreas
Defeitos anatômicos
congênitos
Doenças do tecido
conjuntivo
Doenças inflamatórias
intestinais
FLUXOGRAMA. CLASSIFICAÇÃO
Bronquiectasias 8
5. CLASSIFICAÇÃO
As bronquiectasias podem apresentar-se de duas formas: como um processo fo-
cal ou como um processo difuso, como podemos observar no fluxograma a seguir:
Em relação à classificação, as bronquiectasias podem ser classificadas em três
categorias, de acordo com os achados patológicos e broncográficos, em:
Bronquiectasias 9
Figura 4: Bronquiectasias císticas (seta) e cilíndricas (ponta de seta) na fibrose cística
Fonte: Autoria própria
6. DIAGNÓSTICO
A avaliação diagnóstica envolve a identificação das bronquiectasias, a busca da
causa etiológica e a avaliação da gravidade da doença. Os pacientes com bronquiec-
tasias podem ter sintomas decorrentes do processo bronquiectásico ou da doença
subjacente.
Ao exame físico, o quadro bronquiectásico pode apresentar-se clinicamente co-
mo doença indolente, supurativa ou com hemoptise. A apresentação como doença
indolente envolve o fato de as bronquiectasias poderem ser encontradas em indi-
víduos assintomáticos ou em pacientes com apenas tosse leve. A caracterização
desse grupo de pacientes deve-se ao avanço no diagnóstico radiológico por ima-
gem ter tornado mais fácil a identificação de graus menores de bronquiectasias,
ampliando o diagnóstico da doença.
Bronquiectasias 10
Conceito: A expectoração de sangue ou escarro tingido de san-
gue proveniente dos pulmões ou da árvore traqueobronquial é causada por
hemorragia brônquica ou pulmonar. Em cerca de 95% dos casos, a hemorragia
provém de ramos das artérias bronquiais. As causas mais comuns são bron-
quite (inflamação dos brônquios), câncer de pulmão, pneumonia, bronquiecta-
sia, embolia pulmonar e tuberculose.
Saiba mais! Pelo fato de o Brasil ser uma área endêmica de estron-
giloidíase, é necessária a sua profilaxia antes do uso de corticoide com dose
equivalente a 20 mg/dia ou mais e com expectativa de uso de no mínimo 2 se-
manas.
O ideal é que seja realizado o teste sorológico (ELISA) para Strongyloides (IgG).
Se o teste for negativo não é necessário realizar a profilaxia. Entretanto, na
maioria das vezes, o corticoide deve ser introduzido rapidamente e, por isso, é
feita a profilaxia empírica, sem a realização de exames.
Bronquiectasias 11
Com relação aos exames complementares, o exame radiológico convencional
do tórax tem sensibilidade de 88% e especificidade de 74% para o diagnóstico de
bronquiectasias. Antigamente, em razão da maior prevalência dos casos graves da
doença, as radiografias dos pacientes que tinham bronquiectasias costumavam ser
anormais. Como resultado da diminuição da quantidade de pacientes portadores
de doença grave (pelo menos nos países desenvolvidos) e com a disponibilidade da
tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) para identificar casos relativa-
mente leves de bronquiectasias, trabalhos mais recentes mostraram que a radiogra-
fia costuma ser normal ou exibe achados inespecíficos.
Várias anormalidades radiológicas caracterizam as bronquiectasias, como:
Com base nas evidências atuais, geralmente se aceita a TCAR como exame por ima-
gem de escolha na confirmação da existência de bronquiectasias, bem como na deter-
minação de sua extensão. A TC espiral pode proporcionar mais eficácia diagnóstica,
pois reduz o artefato decorrente do movimento, mas requer maior dose de radiação.
Os achados tomográficos sugestivos são:
Bronquiectasias 12
Saiba mais! A broncografia serviu, durante muitos anos, como
padrão na demonstração da presença e da extensão das bronquiectasias. Foi
substituída pela TCAR por causa dos riscos de reação alérgica ao contraste
broncográfico (que variava de broncospasmo secundário ao iodo até anafilaxia
e morte) e do déficit temporário da ventilação e das trocas gasosas. A fibro-
broncoscopia não tem valor para o diagnóstico direto de bronquiectasias, mas
pode ser útil na identificação de lesão obstrutiva responsável por bronquiecta-
sias segmentares localizadas, na identificação de segmentos broncopulmona-
res bronquiectásicos responsáveis por hemoptise recorrente e na obtenção de
material para estudo microbiológico.
Testes cutâneos
Hemograma completo Fator reumatoide Fibrobroncoscopia
para Aspergillus
Bronquiectasias 13
A investigação etiológica sistemática é fundamental no manejo do paciente com
bronquiectasias. Muitas vezes, a identificação de uma doença subjacente leva a um
tratamento específico que pode interromper a progressão das bronquiectasias e
controlar os sintomas do paciente.
A avaliação da gravidade das bronquiectasias pode ser realizada pelo quadro
clínico, pela extensão tomográfica e pela função pulmonar. Alguns dados clínicos
podem ser marcadores da atividade da doença. Os indicadores mais utilizados
são o volume de expectoração, a frequência de exacerbações e a recorrência de
hemoptise.
O volume diário de expectoração correlaciona-se com mediadores pró-inflama-
tórios in vivo e apresenta implicações na avaliação de qualidade de vida (maiores
volumes diários de expectoração implicam pior qualidade de vida). A frequência de
exacerbações correlaciona-se diretamente com a frequência de atendimentos mé-
dicos e de internações e inversamente com o escore de qualidade de vida.
Já a recorrência de hemoptise pode constituir-se em importante problema e até
trazer risco à vida nos casos de sangramento volumoso, o que exige tratamento es-
pecífico. O dano estrutural pulmonar pode ser avaliado pela TCAR, que determina a
quantidade de segmentos broncopulmonares envolvidos e a porcentagem de envol-
vimento lobar. O grau de prejuízo na avaliação funcional pulmonar depende não só
da natureza e da extensão da anormalidade morfológica causal como também de
condições clínicas associadas. Vale lembrar que o tabagismo pode piorar a função
pulmonar e acelerar o padrão obstrutivo.
Bronquiectasias 14
7. TRATAMENTO
Os objetivos do tratamento das bronquiectasias são: evitar ou limitar dano adi-
cional ao parênquima pulmonar, evitar ou reduzir a frequência de exacerbações,
manter uma boa qualidade de vida e aumentar a sobrevida.
Dessa forma, a base do tratamento das bronquiectasias inclui:
Outras recomendações gerais envolvem ainda manter boa nutrição, realizar ati-
vidade física regular, evitar o tabagismo e promover a vacinação contra influenza e
pneumococo.
Administrar antibióticos
Reduzir a excessiva
Tratar a causa específica
resposta inflamatória
Base do
tratamento
Promover a Controlar a hemorragia
higiene brônquica das vias respiratórias
Remover cirurgicamente
segmentos ou lobos
extremamente danificados
Tratamento específico
A identificação de uma causa específica das bronquiectasias tem implicações
terapêuticas e prognósticas em cerca de 15% dos pacientes. Apesar do quadro clí-
nico de pacientes com bronquiectasias estabelecidas poder ser de deterioração
progressiva, o tratamento específico pode mudar bastante a evolução natural dos
indivíduos acometidos pela doença.
A reposição de imunoglobulina é efetiva em controlar infecções nos pacientes
com hipogamaglobulinemia. Os corticosteroides sistêmicos estão indicados na
aspergilose broncopulmonar alérgica para tratar a inflamação responsável pelo de-
senvolvimento de bronquiectasias.
O diagnóstico preciso de fibrose cística é muito importante, pois possibilita im-
plementar medidas terapêuticas específicas como nutrição, uso de enzimas pan-
creáticas, antibioticoterapia, dornase-alfa e fisioterapia, que têm levado à melhora
Bronquiectasias 15
progressiva na sobrevida da doença. Além disso, novos tratamentos voltados para
recuperação da função do regulador de condutância transmembranar (CFTR) con-
forme o tipo de mutação apresentada pelo paciente já estão disponíveis e despon-
tam como uma forte esperança para tratamento.
Tratamento antibiótico
Indica-se a antibioticoterapia para tratamento da exacerbação da doença e
para tratamento preventivo na tentativa de suprimir a carga bacteriana nas vias
respiratórias.
Tratamento da exacerbação
A identificação de exacerbação do quadro respiratório pode não ser um processo
fácil, já que em pacientes com bronquiectasias supurativas a expectoração talvez
seja cronicamente purulenta. Alguns autores têm proposto que o diagnóstico de
exacerbação seja feito quando houver quatro dos seguintes achados clínicos:
Bronquiectasias 16
Alguns parâmetros clínicos como a relação VEF1 /CVF < 60% e a produção diária
de escarro > 20 ml estão independentemente associados à existência de P. aerugi-
nosa. Assim, os pacientes com menor produção de escarro e com melhor função
pulmonar podem ser manejados inicialmente com cobertura antibiótica empírica
não antipseudomonas, como amoxicilina, amoxicilina/clavulanato, macrolídeos, ce-
furoxima, ceftriaxona), conforme a gravidade do quadro clínico.
Nos pacientes com risco de P. aeruginosa, um curso empírico de ciprofloxacino ou
levofloxacino constitui-se em opção adequada. Em casos mais graves, o tratamento
hospitalar antipseudomonas pode utilizar substâncias de uso intravenoso como cef-
tazidima, ticarcilina e aminoglicosídeos, muitas vezes com a associação de um beta-
lactâmico com ação antipseudomonas com um aminoglicosídeo ou quinolona.
De qualquer modo, nos casos que não evoluem bem ao tratamento empírico ini-
cial, sempre que possível, indica-se o ajuste do tratamento de acordo com o exame
bacteriológico e o antibiograma do escarro. A duração apropriada do tratamento não
está bem estabelecida, mas tem sido prática comum utilizar a antibioticoterapia por
um período entre 10 e 14 dias.
Devido à necessidade de se conhecer a microbiota bacteriana que coloniza o pa-
ciente com bronquiectasias, é prática comum a realização de cultura de escarro de
vigilância. Dessa maneira, o médico receberá dados relacionados com pior prognós-
tico a longo prazo como a presença de P. aeruginosa no escarro e informações que
poderão auxiliar o tratamento das exacerbações de modo melhor dirigido.
De qualquer maneira, é aconselhável que uma nova cultura de escarro seja cole-
tada antes de se iniciar o tratamento de uma exacerbação com base nas culturas de
escarro de vigilância do paciente.
Bronquiectasias 17
Promoção da higiene brônquica (aumento do
clearance mucociliar)
Promover a remoção de secreções respiratórias acumuladas nas vias respirató-
rias alteradas traz benefícios em pacientes com bronquiectasias. São utilizados para
esse objetivo a fisioterapia respiratória, os broncodilatadores, os mucolíticos e os
agentes hiperosmolares. As técnicas tradicionais de fisioterapia respiratória, drena-
gem postural e percussão torácica têm sido utilizadas por décadas no tratamento
dos pacientes com bronquiectasias.
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Controle da hemorragia brônquica
A hemoptise em pequena quantidade costuma ser encontrada durante as exacer-
bações, nessa situação, em geral o tratamento antibiótico é suficiente para deter o
processo hemorrágico. Hemoptises volumosas de repetição ou episódios hemor-
rágicos ameaçadores à vida (mais de 600 ml/dia) podem ocorrer e exigir manejo
emergencial.
O manejo inicial exige repouso e posicionamento do paciente com o lado suspei-
to de sangramento reclinado para baixo. A proteção da via respiratória pode exigir
intubação endotraqueal e ventilação mecânica. A TCAR e a fibrobroncoscopia podem
contribuir para identificar de qual lobo se origina o sangramento.
Tratamento cirúrgico
Quando bem indicado, o tratamento cirúrgico melhora total ou parcialmente a
sintomatologia em mais de 90% dos pacientes. No entanto, não existem até o mo-
mento ensaios clínicos randomizados que comparem tratamento clínico versus ci-
rúrgico no manejo das bronquiectasias. O tratamento cirúrgico das bronquiectasias
poderá estar indicado se:
Bronquiectasias 19
• O paciente não apresentar comorbidades significativas que impeçam uma cirur-
gia de grande porte.
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FLUXOGRAMA. MAPA RESUMO: BRONQUIECTASIAS
Em países desenvolvidos é
Aumenta com a idade
atribuída a doenças sistêmicas
Adquiridas Difusa
Dilatações brônquicas
irreversíveis, geralmente
Congênitas EPIDEMIOLOGIA associadas ao espessamento Localizada
das paredes brônquicas
Pode se apresentar
Idiopáticas ETIOLOGIA DEFINIÇÃO
de 2 formas:
Exame físico
DIAGNÓSTICO CLASSIFICAÇÃO Varicosas
Anamnese
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REFERÊNCIAS
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