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2021
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei
nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qual-
quer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico,
gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como
às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.

Título | Manual de Fisioterapia em Oncologia


Editor | Thalita Galeão
Projeto gráfico e Diagramação | Carlos Machado e Everton Machado (Infortechart)
Capa | Mateus Machado
Copidesque | Magda Carlos
Conselho Editorial | Caio Vinicius Menezes Nunes
Paulo Costa Lima
Sandra de Quadros Uzêda
Silvio José Albergaria da Silva

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes - CRB-8 8846

M775m Monteiro, Silvana.

Manual de Fisioterapia em Oncologia / Silvana Monteiro, Erika Pedreira da Fonseca e André Cordeiro. - 1.
ed. - Salvador, BA : Editora Sanar, 2021.
448 p.; il.; 16x23 cm.

Inclui bibliografia.
ISBN 978-65-89822-09-7.

1. Carreira. 2. Fisioterapeuta. 3. Fisioterapia. 4. Manual. 5. Oncologia. I. Título. II. Assunto. III. Autores.

CDD 615.82
CDU 615.8

ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO


1. Fisioterapia.
2. Fisioterapia.
__________________________________________________________________________________________________

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MONTEIRO, Silvana; FONSECA, Erika Pedreira da; CORDEIRO, André. Manual de Fisioterapia em Oncologia. 1. ed. Salvador, BA: Editora
Sanar, 2021.

Editora Sanar Ltda.


Rua Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho das Árvores,
Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770, Salvador - BA.
Telefone: 0800 337 6262
www.sanarsaude.com
atendimento@sanar.com
APRESENTAÇÃO

A obra Manual de Fisioterapia em Oncologia apresenta como objetivo principal


a abordagem do tema de forma concisa e atualizada, a partir de uma leitura de fácil
entendimento. Além disso, possui ferramentas como quadros resumos e esquemas e
questões comentadas ao final de cada capítulo, permitindo ao leitor a melhor forma
de fixar todo o conteúdo abordado.

O leitor terá a oportunidade de estudar as principais doenças oncológicas, bem


como de que forma a Fisioterapia Oncológica intervém nas suas respectivas alterações
funcionais, de forma didática e elucidativa.

Com essa obra, ficará mais simples entender a Fisioterapia Oncológica e suas
aplicações na prática clínica.

• As questões comentadas estão separadas pelos seguintes níveis de dificuldade:

Fácil GRAU DE DIFICULDADE

Intermediário GRAU DE DIFICULDADE

Difícil GRAU DE DIFICULDADE

Bons estudos!

THALITA GALEÃO
Editora
AUTORES
AUTOR

SILVANA MONTEIRO ALMEIDA

Autora e Revisora Técnica

Mestre em Planejamento Ambiental (UCSAL), Graduada em Fisioterapia (UCSAL).


Atualmente é fisioterapeuta pela SIM, Professora pela UCSAL, Coordenadora da Pós
graduação em Fisioterapia Oncológica da FSC.

MANUELA DE TEIVE ARGOLLO SAMARTIN CERQUEIRA

Autora

Fisioterapeuta, Pós Graduada em Oncologia (FACIS - São Paulo) e em Docência do


Ensino Superior (UNIFACS - Bahia); Especialista em Fisioterapia em Oncologia ABFO/
COFFITO. Sócia da Clínica NossaFisio - Clínica de fisioterapia LTDA. Atualmente membro
da Diretoria da Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia, membro da Câmara
Técnica do Crefito - 7 de Fisioterapia em Oncologia e Cuidados Paliativos. Fisioterapeuta
da Clínica CLION, Clínica LyrioCunha e NossaFisio.

ANA PAULA CARDOSO BATISTA PAES LEME

Autora

Graduada em Fisioterapia pela UCSAL, Especialista em Saúde da Mulher pelo COFFITO,


Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior pela FACCEBA, Mestre em Família
na Sociedade Contemporânea pela UCSAL, Professora e Preceptora de Estágio de Fi-
sioterapia na Saúde da Mulher, Pélvica, Oncológica e Dermatofuncional.

CAMILA REINBOLD REZENDE

Autora

Fisioterapeuta formada pela UCSAL com curso de aperfeiçoamento em Cuidados Palia-


tivos pela Paliar. Membro da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Universitário
Professor Edgar Santos (HUPES/UFBA). Coordenadora da Câmara técnica de Oncologia
e Cuidados Paliativos do CREFITO 7. Mestrado em Família na Sociedade Contemporânea
e pós-graduação em Gerontologia pela UCSAL. Pós-graduação em Fisioterapia em
Oncologia (Universális). Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar (Faculdade Unyleya).
Fisioterapeuta do HUPES pela EBSERH, em especial nas Unidades de Oncohematologia.
LARISSA DE OLIVEIRA BARBOSA

Autora

Fisioterapeuta (UCSal) com Especialização em Fisioterapia em Oncologia, formação


no Método Reequilíbrio Toracoabdominal, Método Therapy Taping com enfoque no
desenvolvimento motor de bebês e crianças, Oncologia Pediátrica e Cuidados Paliati-
vos, Coordenação motora e Psicomotricidade. Docente do Centro Universitário Jorge
Amado, Faculdade Santa Casa e Interfisio. Coordenadora do serviço de Fisioterapia
do Grupo de Apoio à Criança com Câncer-BA.

ANA PAULA MENDES GEITENES

Autora

Fisioterapeuta, atualmente coordenadora e docente do Curso de Fisioterapia do


Centro Universitário Regional do Brasil.

ERIKA PEDREIRA DA FONSECA

Autora

Fisioterapeuta. Doutora em Medicina e Saúde Humana. Mestre em Tecnologias em


Saúde. Especialista em Reabilitação Neurofuncional. Coordenadora de Fisioterapia
da Sanar.

GABRIELA DE JESUS DOS SANTOS

Autora

Pós Graduanda em Fisioterapia Dermato Funcional pelo Instituto Universalis de Sal-


vador; Graduada em Fisioterapia pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL);
Experiência em Iniciação Científica (FAPESB), Fisioterapia em Oncologia Pediátrica e
em Dermato Funcional.
ANDRÉ LUIZ LISBOA CORDEIRO

Autor

Doutorando e Mestre em Medicina e Saúde Humana pela Escola Bahiana de Medici-


na e Saúde Pública. Graduado em Fisioterapia pela Faculdade Adventista da Bahia.
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pela ASSOBRAFIR/COFFITO.
Pós-graduado em Fisioterapia em Terapia Intensiva pela Faculdade Social da Bahia.
Atualmente é docente da Faculdade Nobre, Unidade de Ensino Superior de Feira de
Santana e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

NÁDIA OLIVEIRA GOMES

Autora

Especializada em fisioterapia em oncologia e hospitalar pelo Ac Camargo Cancer


Center. Especialista pela associação brasileira de fisioterapia em oncologia. Mestranda
pelo programa de movimento humano e reabilitação (Centro universitário Unievan-
gelica - Anápolis). Fisioterapeuta em oncologia pela Clinica Qualifisio.

KAMILA FAVARÃO ADORNI

Autora

Fisioterapeuta formada pela Universidade Bandeirantes em São Paulo. Pós-Graduada


no Aparelho Locomotor do Esporte – UNIFESP. Mestra em Saúde da Mulher – Unisa;
Observership Memorial Sloan Kettering Center (NY); Formação em Terapia Física do
Edema e Linfedema – Método Vodder; Membro da Associação Brasileira de Fisiotera-
pia em Oncologia (ABFO); Membro da American Physical Therapy association (APTA);
Formação em Exercise Training Guidelines for Individuals with Cancer pela Academy
of Oncology Physical Therapy (MIAMI); Formação em Coaching Oncológico. Fundadora
do Onco Movimento.
SUMÁRIO

1. ONCOGENESE, DIAGNÓSTICO E EXAMES COMPLEMENTARES ��������������������15


1. ONCOGÊNESE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1. Estrutura celular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2. Carcinogênese ou Oncogênese. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3. Defesa do organismo/Mecanismos inibitórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.4. Mecanismos de invasão e metástase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2. DIAGNÓSTICO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3. EXAMES COMPLEMENTARES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1. Hemograma completo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.2. Marcadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.3. Exames de Bioimagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.4. Medicina Nuclear. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4. CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

2. URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS............................................................................39
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2. URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM ONCOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.1. Síndrome da Compressão Medular (SCM). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.2. Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD ou CVD) . . . . . . . . . . . . . . 42
2.3. Síndrome da Veia Cava Superior (SVCS). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2.4. Síndrome de Lise Tumoral (SLT). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2.5. Neutropenia Febril (NF). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.6. Outras condições clínicas agudas em Oncologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3. ATRIBUIÇÕES DO FISIOTERAPEUTA NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM
ONCOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4. CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
3. CÂNCER DE MAMA.............................................................................................71
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
2. FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
3. SINAIS E SINTOMAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
4. FATORES DE RISCO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5. PREVENÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
6. DIAGNÓSTICO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
7. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
8. TRATAMENTO CONVENCIONAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
9. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
10. PRINCIPAIS CUIDADOS PÓS-CIRURGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
11. RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

4. CÂNCER NA REGIÃO PÉLVICA...........................................................................93


1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
2. PRINCIPAIS TIPOS DE CÂNCER NA REGIÃO PÉLVICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
2.1. Câncer de intestino grosso e reto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
2.2. Câncer de bexiga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
2.3. Câncer de próstata. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
2.4. Câncer de pênis e testículos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
2.5. Câncer de ovário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
2.6. Câncer de corpo e colo do útero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
2.7. Câncer de vulva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
3. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

5. CÂNCER DE PELE...............................................................................................115
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
2. CÂNCER DE PELE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
2.1. Tipos de Câncer de Pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
2.2. Fatores de Risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
2.3. Sinais e Sintomas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
2.4. Diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
2.5. Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
2.6. Complicações do Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
2.7. Fisioterapia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
2.8. Medidas de Prevenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
6. CÂNCER HEMATOLÓGICO ..............................................................................147
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
2. CÂNCER HEMATOLÓGICO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
2.1. Epidemiologia do Câncer Hematológico no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
2.2. Doenças Proliferativas do Diagnóstico ao Tratamento . . . . . . . . . . . . . 150
3. TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA/TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO
HEMATOPOIÉTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
4. FISIOTERAPIA EM PACIENTES ONCO-HEMATOLÓGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
4.1. Risco de Fratura Patológica e Reabilitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
5. CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190

7. CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO.....................................................................205


1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
2. PRINCIPAIS TIPOS DE CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
2.1. Neuroma de Nervo Facial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
2.2. Glioblastoma e Astrocitomas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
2.3. Meningioma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
2.4. Tratamento Fisioterapêutico de Tumores Encefálicos . . . . . . . . . . . . . . 213
2.5. Câncer de Boca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
2.6. Câncer de Parótidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
2.7. Câncer de Tireoide e Paratireoides. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
2.8. Câncer de Laringe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
2.9. Câncer de Faringe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221

8. CÂNCER ÓSSEO E DE PARTES MOLES.............................................................231


1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
2. TUMORES ÓSSEOS MAIS PREVALENTES EM ONCOPEDIATRIA. . . . . . . . . . . . . 232
2.1. Osteossarcoma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232
2.2. Sarcoma de Ewing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
3. CONDROSSARCOMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
3.1. Sintomatologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
3.2. Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
4. TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
4.1. Sintomatologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
4.2. Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
5. FIBROSSARCOMA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
5.1. Sintomatologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243
5.2. Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243
6. CORDOMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
6.1. Sintomatologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
6.2. Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
7. ESTADIAMENTO DOS TUMORES ÓSSEOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246
8. REABILITAÇÃO DE TUMORES ÓSSEOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
9. TUMORES DE PARTES MOLES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
9.1. Sintomatologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
9.2. Diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
9.3. Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250

9. CÂNCER TÓRACOABDOMINAL.......................................................................261
1. CÂNCER DE PULMÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Fatores de risco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Principais sintomas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Fisiopatologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Diagnóstico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Estadiamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
Reabilitação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264
2. CÂNCER DE ESTÔMAGO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264
Tipos de Tumores de Estômago . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266
Tratamento do Câncer de Estômago. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266
3. CÂNCER DE PÂNCREAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267
Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267
Fatores de risco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267
Principais sintomas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
Diagnóstico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
Estadiamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
Reabilitação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270
4. CÂNCER DE INTESTINO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270
10. CÂNCER INFANTOJUVENIL............................................................................283
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
2. NEOPLASIAS LINFOHEMATOPOÉTICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285
2.1. Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285
2.2. Linfoma de Hodgkin e Não-Hodgkin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
3. TUMOR DE SISTEMA NERVOSO CENTRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289
3.1. Principais Tipos de Tumores Cerebrais na Infância. . . . . . . . . . . . . . . . . 292
3.2. Reabilitação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
4. TUMOR DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO – NEUROBLASTOMA ����������������296
5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DOS TUMORES INFANTO-JUVENIS. . . . . . . . . . . . 298
6. AVALIAÇÃO DA DOR NA CRIANÇA COM CÂNCER. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 299
7. RECURSOS TERAPÊUTICOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300
7.1. Método Reequilíbrio Toracoabdominal (RTA). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300
7.2. Gameterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301
7.3. Musicoterapia associada a Fisioterapia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301

11. PRÁTICAS INTEGRATIVAS EM ONCOLOGIA.................................................313


1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
2. PRÁTICAS INTEGRATIVAS EM ONCOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314
3. TIPOS DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS NO BRASIL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
4. PRÁTICAS INTEGRATIVAS MAIS ESTUDADAS NA ONCOLOGIA. . . . . . . . . . . . 320

12. PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO EM ONCOLOGIA............................................333


1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
1.1. Atividade física ou exercício físico? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
1.2. História da intervenção de exercícios físicos em oncologia ������������������337
2. DIRETRIZES DE ATIVIDADE FÍSICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
3. EVIDÊNCIA DE BENEFÍCIOS RELACIONADOS AO CÂNCER. . . . . . . . . . . . . . . . . 341
4. BIOLOGIA DO CÂNCER E EXERCÍCIO FÍSICO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344
5. RECOMENDAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
5.1. Avaliação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
5.2. Testes específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348
5.3. Princípios do exercício e prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
5.4. Contraindicação à prescrição de exercício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351
6. CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352
13. FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA �����������������371
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372
2. CUIDADOS PALIATIVOS: ASPECTOS GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
2.1. Princípios e conceitos básicos em cuidados paliativos . . . . . . . . . . . . . 375
2.2. Critérios de Elegibilidade para acompanhamento com a equipe
especializada em Cuidados Paliativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377
2.3. Avaliação prognóstica em Cuidados Paliativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
2.4. Comunicação de más notícias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383
2.5. Plano avançado de Cuidado (PAC) e diretiva antecipada de
vontade (DAV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385
2.6. Conceito de Dor Total e o Controle de Sintomas em Cuidados
Paliativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 388
2.7. Interdisciplinaridade em Cuidados Paliativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 392
3. ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM
PACIENTES ONCOLÓGICOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 395
3.1. Manejo e Controle da Dor Oncológica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 399
3.2. Manejo e Controle da Fadiga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 404
3.3. Manejo e controle de sintomas respiratórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 407
3.4. Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) e Extubação Paliativa . . . . . . . . . . 412
4. CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 414
ANEXO 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 435
ANEXO 1A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 436
ANEXO 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 437
CAPÍTULO

CÂNCER DE MAMA 3
Ana Paula Cardoso Batista Paes Leme
Gabriela de Jesus dos Santos

O que você irá ver nesse capítulo:

✓ Introdução
✓ Fisiopatologia do Câncer de Mama
✓ Sinais e Sintomas
✓ Fatores de Risco
✓ Prevenção
✓ Diagnóstico
✓ Equipe Multidisciplinar
✓ Tratamento Convencional
✓ Tratamento Fisioterapêutico
✓ Principais Cuidados Pós-cirurgia
✓ Reconstrução Mamária
✓ Quadro-resumo
✓ Quadro esquemático
✓ Questões comentadas

1. INTRODUÇÃO

As mamas são 2 órgãos localizados na região anterior do tórax, sobre-


postos aos músculos peitorais maiores. Cada mama é composta por uma
aréola e uma papila, e possui como principal função a produção de leite
para a amamentação.1 Didaticamente, cada mama é dividida em quatro
quadrantes, quadrante superior externo ou lateral (QSE ou QSL), respon-
sável por cerca de 50% dos tumores mamários, quadrante inferior externo
ou lateral (QIE ou QIL), quadrante superior interno ou medial (QSI ou QSM)
e quadrante inferior interno ou medial (QII ou QIM). A partir dessa divi-

71
CAPÍTULO 3

são é possível descrever a localização das lesões mamárias e, dessa forma,


identificar as incidências do câncer de mama.2

Figura 1 – Localização dos quadrantes da mama e incidências do câncer de mama

Fonte: MedGrupo Ciclo 1: Medcurso, 2018.2

O câncer de mama é caracterizado por um tumor de consistência dura


e sem limites definidos. Nesse tipo de câncer, a duplicação celular dura em
média 10 anos e o nódulo mamário se torna palpável quando atinge 1 cen-
tímetro de diâmetro.3 É considerado o segundo câncer mais incidente do
mundo (2,1 milhões) e no Brasil estima-se, para o ano de 2021, 625 mil no-
vos casos de câncer, sendo o câncer de mama o segundo maior (66 mil).
Exceto o câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o que mais
acomete as mulheres (29,7%) mundialmente4 e, apesar de raro (1% do total
de casos), os homens também podem ser acometidos pela doença.5

2. FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA

O processo de formação de câncer (carcinogênese) geralmente é lento


e, até que o tumor se torne palpável, pode levar alguns anos.3 Os respon-
sáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor surgem em

72
CÂNCER DE MAMA

decorrência dos efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos


ou carcinógenos. Entretanto, devem-se considerar as características indi-
viduais, que facilitam ou dificultam o nível do dano celular. Esse processo
é dividido em 03 estágios:5

1. Estágio de iniciação: os genes sofrem ação de fatores cancerígenos,


as células se encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é
possível se detectar um tumor clinicamente.
2. Estágio de promoção: agentes oncopromotores atuam na célula já
alterada, a suspensão do contato com agentes promotores, como os
componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada
a hormônios, muitas vezes interrompe o processo nesse estágio.
3. Estágio de progressão: multiplicação descontrolada e irreversível
da célula, o câncer já está instalado e evolui até o surgimento das
primeiras manifestações clínicas da doença.

Figura 2 – História natural do câncer de mama 

Fonte: Manual de Orientação Mastologia, 2010.1

73
CAPÍTULO 3

3. SINAIS E SINTOMAS

Os sinais e sintomas podem ser caracterizados pela presença de nó-


dulo fixo, geralmente indolor, rígido e de bordos irregulares, entre-
tanto há tumores que se apresentam dolorosos, são de consistência
branda, globosos e bem definidos. Outros sinais da doença são edema
cutâneo semelhante à “casca de laranja”, retração cutânea, hiperemia,
descamação ou ulceração do mamilo; e descarga papilar, especial-
mente quando é unilateral e espontânea, além de linfonodos axilares
ou cervicais palpáveis.6

Figura 3 – Sintomatologia do câncer de mama 

SINTOMAS DO CÂNCER DE MAMA

FERIDAS NA PELE ALTERAÇÕES NÓDULOS SECREÇÃO ESCURA ALTERAÇÕES E


MAMA ENRUGADA NOS MAMILOS VISÍVEIS SAINDO DOS MAMILOS MANCHAS NA MAMA

Fonte: https://www.redeodonto.com.br/blog/cancer-de-mama-conheca-os-sintomas-trata-
mentos-e-causas/

4. FATORES DE RISCO

Dentre os fatores predisponentes ao câncer de mama estão a idade,


que é um dos mais importantes, cerca de quatro em cada cinco casos
ocorrem após os 50 anos de idade.
Como fatores ambientais e/ou comportamentais relacionados ao
câncer de mama estão a obesidade e o sobrepeso após a menopau-
sa, o sedentarismo e a inatividade física, o consumo regular de bebida
alcoólica e a exposição frequente a radiações ionizantes.  Quanto aos

74
QUADRO RESUMO

PALAVRA-CHAVE DESCRIÇÃO

Carcinogênese Processo de formação do câncer.

Estadiamento Processo que determina a localização e extensão do câncer.

Tumoração na glândula mamária. Pode ser benigno ou


Nódulo mamário maligno.

Edema Acúmulo anormal de líquido nos tecidos.

Descarga papilar Secreção dos mamilos.

Retração cutânea Encolhimento da pele.

Quadrantectomia ou ressecção Cirurgia conservadora em que é realizada a retirada apenas


segmentar do segmento mamário acometido.

Cirurgia conservadora que visa a retirada do corpo glandu-


Adenectomia lar mamário.

Cirurgia que visa a retirada total da mama. A mais utilizada


Mastectomia na atualidade é a radical modificada (retirada apenas da
mama e preserva os músculos peitorais).

Exame utilizado na prevenção e diagnóstico precoce do


Autoexame câncer de mama.

Exame diagnóstico que consiste na remoção de uma amos-


Biópsia aspirativa tra de células do tecido mamário suspeito, para análise
anatomopatológica do tumor e estabelecer a sua origem.

Conjunto de medidas que visam prevenir ou diminuir o


linfedema, são elas: drenagem linfática manual associada
Profilaxia do linfedema a exercícios linfomiocinéticos e a fisioterapia complexa
descongestiva (padrão-ouro).

Reconstrução mamária Cirurgia plástica que visa restaurar a mama.

Retalho do músculo grande Técnica cirúrgica que utiliza o músculo grande dorsal para
dorsal reconstruir a mama.

Retalho transverso do reto Técnica cirúrgica que utiliza o músculo transverso do reto
abdominal abdominal na reconstrução mamária.

84
QUADRO ESQUEMÁTICO

Desenvolvimento
Fatores de Tratamento
do Câncer de Diagnóstico
Risco Convencional
Mama

Estágio de Fatores
Autoexame Cirurgia
iniciação ambientais e/ou
comportamentais
Estágio de
Fatores Mamografia Radioterapia
promoção
endócrinos
Estágio de Ultrassono-
progressão Fatores genéticos grafia Quimioterapia
e hereditários
Ressonância
nuclear Hormoniote-
magnética rapia

Fisioterapia Biópsia Terapia


aspirativa biológica

Pré-operatória

Preparar a região, ganhar massa muscular, expansibilidade torácica e


fortalecimento do membro superior homolateral.

Pós-operatória

Atenuar as perdas funcionais, aumentar a capacidade respiratória, prevenção


ou redução de complicações circulatórias, prevenção e assistência a aderências,
retrações cicatriciais, manutenção de amplitude de movimento articular e força
muscular, prevenção e melhora de alterações posturais e redução de algias.

Reconstrução mamária

Retalhos autólogos
(Retalho do músculo grande
Implantes aloplásticos Enxertos
dorsal e retalho transverso
do reto abdominal)

85
QUESTÕES COMENTADAS

1. (SES – PE – IAUPE – 2020)


A terapia física complexa é indicada como a melhor evidência no trata-
mento do linfedema decorrente do tratamento da neoplasia maligna da
mama. Sobre essa técnica, assinale a alternativa INCORRETA.

ⒶⒶ É composta por drenagem linfática manual, terapia compressiva,


exercícios linfomiocinéticos, cuidados com a pele e automassagem.
ⒷⒷ A fase de manutenção é composta pela drenagem linfática manual,
exercícios linfomiocinéticos e cuidados com a pele.
ⒸⒸ Durante a drenagem linfática manual, na linfadenectomia axilar unila-
teral, a manobra deve ser realizada na axila contralateral e na região ingui-
nal homolateral à cirurgia.
ⒹⒹ O enfaixamento compressivo funcional permite funcionalidade, reduz
o volume do membro e o fibroedema e restabelece o volume pressórico
entre os vasos.
ⒺⒺ No membro superior, os exercícios linfomiocinéticos sempre devem
ser iniciados pelos grupos musculares da região proximal e, em seguida,
para a distal, a fim de a linfa periférica fluir melhor.

DICA DO AUTOR: Atente-se ao enunciado que solicita a alternativa in-


correta.

GRAU DE DIFICULDADE

Resolução:
Alternativa A: CORRETA. O tratamento do linfedema envolve uma com-
binação de tratamento médico, fisioterapêutico e o autocuidado do pa-
ciente. O tratamento através da terapia física complexa é o tratamento
fisioterapêutico considerado padrão-ouro para o linfedema, que inclui a
técnica de drenagem linfática manual, terapia compressiva, exercícios lin-
fomiocinéticos, além dos cuidados com a pele e automassagem.20
Alternativa B: CORRETA. A terapia física complexa costuma ser dividida
em duas fases: a primeira é caracterizada como fase intensiva (redução) e
a segunda como fase de manutenção (atendimento em longo prazo). O
programa de terapia da segunda fase é composto por drenagem linfática
manual (autoaplicação), exercícios, cuidados com a pele e unhas, além da
terapia compressiva e uso de malha compressiva pelo turno da manhã.20

86
QUESTÕES COMENTADAS

Alternativa C: CORRETA. No caso de cirurgia unilateral com linfadenec-


tomia axilar unilateral, deve-se aplicar manobras ganglionares na região
axilar oposta, manobras ganglionares na região inguinal homolateral, se-
guidas de manobras diversas em linha interaxilar anterior, na região lateral
do tronco homolateral à cirurgia, e da região inguinal para a axilar.6
Alternativa D: CORRETA. A bandagem, ou enfaixamento compressivo,
é utilizada para manter e incrementar os efeitos da DLM, aumentando o
fluxo linfático e prevenindo um novo acúmulo de fluido após a drenagem.
Deve ser funcional com pressão maior em nível distal.13
Alternativa E: INCORRETA. Os exercícios linfocinéticos devem abranger
as articulações do ombro, do cotovelo, do punho, dos dedos e da cintura
escapular e ser de grande amplitude e de fácil memorização, para que o
paciente participe ativamente dessa atividade. Quando realizados de dis-
tal para proximal, respeitam o direcionamento da linfa e, consequente-
mente, facilitam o retorno linfovenoso.13

Resposta: Alternativa E.

2. (PREFEITURA DE MORRO AGUDO – SP – VUNESP – 2020)


O câncer (CA) de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mu-
lheres, sua detecção precoce aumentou a possibilidade de tratamento
cirúrgico e, consequentemente, a necessidade de uma equipe integrada
que possa oferecer assistência tanto no pré-operatório quanto após a
cirurgia. O papel da fisioterapia é principalmente prevenir complicações
pós-cirúrgicas. Considerando essas informações, assinale a alternativa
CORRETA quanto ao tratamento fisioterapêutico após cirurgias para tra-
tamento do CA de mama.

ⒶⒶ O membro superior ipsilateral à cirurgia deve ser mantido em imobi-


lização por quatro semanas após a cirurgia, estando liberado somente os
exercícios para os membros inferiores e caminhada precoce.
ⒷⒷ Exercícios de força para membros superiores estão contraindicados
por doze semanas após cirurgias de CA de mama, pois aumentam a chan-
ce de ocorrer linfedema.
ⒸⒸ Exercícios resistidos de membros superiores devem ser iniciados pre-
cocemente, devido à perda de força muscular nessas pacientes.

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