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TRATAMENTO DO CÂNCER
Elisangela de Paula Silva
TRATAMENTO DO CÂNCER
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Camila Braga de Oliveira Higa
Revisor
Camila Maria Silva Paraizo Horvath
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-86461-76-3
CDD 616.992
____________________________________________________________________________________________
Jorge Eduardo de Almeida CRB: 8/8753
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
3
TRATAMENTO DO CÂNCER
SUMÁRIO
Principais modalidades de tratamento oncológico___________________ 05
4
Principais modalidades de
tratamento oncológico
Autoria: Elisangela de Paula Silva
Leitura crítica: Camila Maria Silva Paraizo-Horvath
Objetivos
• Conhecer os principais fármacos utilizados na
prática oncológica.
5
1. Estratégias no combate ao câncer
Vamos lá?
6
A palavra quimioterapia tem origem alemã, devido a um cientista se
referir a uma forma química de tratar essa doença como um agente
aniquilante, sendo esses os primeiros agentes descobertos (ARRUEBO et
al., 2011).
Fonte: jarun011/iStock.com.
7
As células de câncer adaptam seu metabolismo para atender a sua
necessidade de rápida proliferação, como essa demanda não está
presente nas células normais, emergiu um interesse considerável
em explorar alterações metabólicas para avanços terapêuticos em
oncologia. Desse modo, foram criados os quimioterápicos considerados
antimetabólitos, desenhados para se assemelhar a estrutura dos
metabólitos naturais das células, possibilitando sua entrada na célula,
a fim de transferir mensagens erradas para bloquear a produção de
enzimas necessárias para seu funcionamento (MEHRMOHAMADI;
JEONG; LOCASALE, 2017).
8
1.3 Inibidores da topoisomerase
1.5 Corticosteróides
9
patologias crônicas, como artrite reumatoide e asma, somado a isso,
descobriu-se sua utilidade terapêutica no tratamento do câncer,
com objetivo curativo ou de suporte. Na prática clínica, o uso de
corticosteroides tem sido útil no tratamento da dor óssea e neuropática
quando associados à analgésicos, como os opioides, o seu efeito como
analgésico é atribuído ao seu poder anti-inflamatório e a inibição da
formação de novos vasos, processo denominado angiogênese.
1.6 Imunoterapia
10
desafios, como seu alto custo e baixa disponibilidade (ESTEVA et al.,
2019).
11
Figura 2 – Demonstração de equipe cirúrgica em execução de
cirurgia aberta
Fonte: tempura/Istock.com.
12
bom planejamento terapêutico envolva a mensuração e marcação
correta da área a ser irradiada, determinação de intensidade de radiação
e número de sessões necessárias, que pode variar conforme a extensão
e localização do tumor (JAFFRAY; GOSPODAROWICZ, 2015).
13
utilizado método de tratamento, e quando realizada em estágios iniciais
da doença pode ser curativa. Nos casos ao qual a doença se encontra
em estágios mais avançados, o tratamento tem como objetivo o alivio de
sintomas e a remoção de focos de metástase.
14
apesar disso, cada paciente responderá ao tratamento de forma
diferente, fato que pode ser atribuído às características genéticas de
cada indivíduo.
15
forma sistêmica, como as quimioterapias. Por falar em efeito sistêmico,
em nossa leitura, aprendemos que as imunoterapias se mostram
superiores por ter como característica a alta especificidade, utilizando o
próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer.
Referências Bibliográficas
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HOFF, P. (ed.). Tratado de Oncologia. São Paulo: Atheneu, 2013.
17
Abordagem de eventos adversos
aos tratamentos
Autoria: Elisangela de Paula Silva
Leitura crítica: Camila Maria Silva Paraizo-Horvath
Objetivos
• Refletir sobre situações em que pode ser necessário
alterar o plano terapêutico no tratamento
oncológico.
18
Como profissional de enfermagem, é importante que você conheça os
principais efeitos adversos relacionados ao uso de quimioterápicos e,
sobretudo, quais medidas a equipe de enfermagem deve lançar mão
para minimizar esses efeitos, assim, prestando uma assistência de
qualidade e da forma mais adequada possível. Nesta leitura digital, você
conhecerá os principais efeitos associados ao uso de quimioterápicos,
e quais ações a equipe de enfermagem pode realizar para auxiliar o
paciente no enfrentamento do tratamento a ele proposto.
Vamos lá?
19
no sucesso do tratamento quimioterápico (MIRANDA et al., 2009; SALLES;
CASTRO, 2010).
2. Implicações hematológicas
20
o que provoca diferentes efeitos adversos. Além disso, pelo fato de
quimioterápicos atuarem de maneira mais específica destruindo as
células com divisão acelerada, um dos principais efeitos indesejados no
tratamento é a destruição do tecido hematopoiético, (tecido responsável
pela produção de células sanguíneas). Consequentemente, ocorre
a diminuição do número dessas células altamente capacitadas para
desempenhar funções diversas. Entre os fármacos quimioterápicos
com efeito supressor hematológico, podemos citar a bleomicina,
ciclofosfamida e a vincristina.
21
3. Náuseas e vômitos
4. Alopecia
22
em resultado de uma atrofia dos folículos capilares em reposta à lesão
ocasionada pelo fármaco. Nesse sentido, é importante lembrar que a
alopecia na região do couro cabeludo acaba se destacando devido à
localização da região, entretanto, a queda de pelos também em outras
regiões corporais, como sobrancelhas, axilas e região púbica. Segundo
Fonseca (2000), o início da alopecia costuma ocorrer de duas a três
semanas após o primeiro ciclo de quimioterapia, tendendo a persistir
com a repetição dos ciclos. A quantidade da queda depende do tipo de
droga empregada, dose e intervalos de administração.
23
Figura 1–Imagem demonstrando diferença na quantidade e alopecia
em pacientes submetidos à quimioterapia com resfriamento do
couro cabeludo ou não. Nas imagens A, B e C foi utilizada a touca
hipotérmica durante as sessões, na imagem D a touca não foi
utilizada
24
5. Mucosites
25
6. Alteração do estado nutricional
7. Alterações gastrointestinais
26
entre os principais fatores contribuintes para reduções de dose e, até
mesmo, interrupção do tratamento (MCQUADE et al., 2016).
Por sua vez, a constipação pode ser definida como longos intervalos
ou ausência de evacuações, frequentemente acompanhada por perda
de apetite, desconforto e distensão abdominal. Os quimioterápicos
da classe dos alcaloides da vinda, como a vimblastina, vincristina e
vindesina, são os maiores responsáveis pela ocorrência de constipação,
atuando na redução da mobilidade gastrointestinal devido a sua ação
tóxica sobre o sistema nervoso do aparelho digestivo, alguns fatores
podem favorecer o surgimento desta complicação como idade avançada,
diminuição da mobilidade, alterações na alimentação. De acordo com
Fonseca (2000), para atenuar esse efeito, a equipe de enfermagem pode
orientar a ingestão hídrica e estimular a deambulação.
27
esteroides tópicos e emolientes contendo dexpantenol. Outra
complicação comum é a cistite (infecção e/ou inflamação da bexiga),
que pode ser aguda, crônica ou hemorrágica, sendo essa última a mais
grave. Por outro lado, de acordo com Berkey (2010), a cistite crônica por
radiação ocorre de forma mais comum após a radiação nos tumores da
próstata, colorretal bexiga e região pélvica.
28
Figura 2 – Alterações eritematosas em uma mulher de 76 anos de
idade na sexta semana de tratamento, recebendo radioterapia para
infiltração de carcinoma ductal da mama esquerda
29
Referências Bibliográficas
BASILE, D.; DI NARDO, P.; CORVAJA, C.; GARATTINI, S. K.; PELIZZARI, G.; LISANTI, C.;
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31
Tratamento não farmacológico do
câncer
Autoria: Francielle Renata Danielli Martins Marques
Leitura crítica: Camila Maria Silva Paraizo-Horvath
Objetivos
• Conhecer os principais métodos não farmacológicos
utilizados no tratamento do câncer.
32
1. Aspectos introdutórios dos tratamentos não
farmacológicos do câncer
33
2. Radioterapia
2.1 Conceito
34
não acontece com as células neoplásicas, ocasionando a morte dessas
células e, consequentemente, na resposta eficaz do tratamento (HOFF;
DIZ; TESTA, 2019; INCA, 2020).
2.2 Local
35
2.3 Objetivos da radioterapia
2.4 Braquiterapia
36
o paciente pode precisar ser hospitalizado por alguns dias (HOFF; DIZ;
TESTA, 2019; INCA, 2020).
37
Os efeitos colaterais causados pela radioterapia normalmente
permanecem apenas alguns dias ou semanas após o término do
tratamento. “Entre as manifestações clínicas mais frequentes, destaca-
se as reações de pele, náuseas, diarreia, xerostomia, anorexia e disfagia
(MARCON, et. al. 2018, p. 3061)”. Entretanto, alguns sintomas, como os
sintomas de fadiga ou perda de cabelo, podem durar alguns meses,
e a infertilidade e a menopausa precoce podem ser permanentes
(RODRIGUES; MARTIN; MORAES, 2016).
3. Cirurgia oncológica
Fonte: Pradit_Ph/iStock.com.
38
3.1 Conceito
39
tecidos adjacentes e, consequentemente, menor espessura das margens
de segurança e menores as chances de acometimentos das cadeias de
linfonodos (FONSECA; PEREIRA, 2014).
40
sintomas que causam desconforto, melhorar a qualidade de vida
aos pacientes, mas sem o objetivo de promover a cura do câncer.
O tratamento cirúrgico paliativo tem a finalidade de controlar
a população das células tumorais e controlar as complicações
que comprometem a qualidade de vida do paciente oncológico.
São exemplos de tratamentos paliativos: a descompressão de
estruturas vitais, o controle de hemorragias e perfurações, o
controle da dor, o desvio de trânsitos aéreo, digestivo e urinário,
e a retirada de uma lesão de difícil convivência por causa de seu
aspecto e odor.
41
3.3 Efeitos adversos das cirurgias oncológicas
42
• Constipação intestinal: a motilidade intestinal pode ser de
recuperação lenta. Para evitar que o trânsito intestinal fique
reduzido, recomenda-se pequenas caminhadas após a cirurgia,
a fim de ajudar a diminuir esse risco (FONSECA; PEREIRA, 2014;
OLIVEIRA; RODRIGUES, 2016; RODRIGUES; MARTIN; MORAES,
2016).
Referências Bibliográficas
FONSECA, S. M.; PEREIRA, S. R. Enfermagem em oncologia. São Paulo: Atheneu,
2014.
43
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2016.
RODRIGUES, A. B.; MARTIN, L. G. R.; MORAES, M. W. de. Oncologia
multiprofissional: bases para assistência. São Paulo: Manole, 2016.
44
Papel do enfermeiro do
tratamento do câncer
Autoria: Francielle Renata Danielli Martins Marques
Leitura crítica: Camila Maria Silva Paraizo-Horvath
Objetivos
• Identificar o papel do enfermeiro na assistência ao
paciente oncológico.
45
1. Aspectos introdutórios da enfermagem
oncológica
Fonte: b-d-s/iStock.com.
46
a eficiência e a qualidade da assistência prestada. Desse modo, o
Processo de Enfermagem (PE) passa a ser um instrumento metodológico
da prática assistencial para prestação do cuidado de enfermagem,
configura-se no desenvolvimento de metas e resultados, vislumbrando
resultados satisfatórios, minimizando complicações, promovendo a
adesão, adaptação e recuperação do paciente (COFEN, 2009).
47
V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e
contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou
coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença,
para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram
o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou
adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. (COFEN, 2009, p. 2)
2. Assistência de enfermagem em
quimioterapia (QT)
48
1 Restrição de atividades 80 Atividade normal com
físicas rigorosas; é capaz esforço, alguns sinais ou
de trabalhos leves e de 70 sintomas da doença.
natureza sedentária.
Cuidados para si, incapaz
de exercer uma atividade
normal ou para fazer um
trabalho ativo.
2 Capaz de realizar todos 60 Requer assistência
os autocuidados, mas ocasional, mas é capaz
incapaz de realizar qualquer 50 de cuidar mais de suas
atividade de trabalho em pé necessidades pessoais.
em, aproximadamente, 50%
das horas em que o paciente Requer considerável
está acordado. assistência e cuidados
médicos frequentes.
3 Capaz de realizar somente 40 Com deficiência, requer
autocuidados limitados, cuidados e assistência
confinado ao leito ou cadeira 30 especiais.
mais de 50% das horas
em que o paciente está Com deficiência grave, a
acordado. hospitalização é indicada,
embora a morte não seja
iminente.
4 Completamente incapaz 20 Muito doente, a
de realizar autocuidados hospitalização é necessária;
básicos, totalmente 10 tratamento de suporte
confinado ao leito ou à ativo necessário.
0
cadeira.
Moribundos; processo fatal
progredindo rapidamente.
Morte.
Fonte: adaptado de Oliveira e Rodrigues (2016).
49
Antes da administração do quimioterápico (função exclusiva do
enfermeiro) é importante que toda a equipe de enfermagem confira
todos os passos para uma administração segura. Para isso, confira o
checklist dos pontos críticos, listado a seguir:
Alergias.
Clínicas:
Laboratoriais:
• Valores de adultos:
50
• Dosagens séricas:
51
exemplo de drogas irritantes, temos: 5-fluorouracil, paclitaxel, cisplatina,
dacarbazina, oxaliplatina etc. (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2016).
52
3. Assistência de enfermagem em radioterapia
(RT):
53
compromisso próximo ao horário da radioterapia, pois, apesar
das sessões serem rápidas (quando comparadas à quimioterapia),
eventuais emergências/urgências oncológicas podem ocorrer,
podendo levar ao atraso da sessão (MARTIN; MORAES, 2016; INCA,
2020).
54
• Evitar jatos d´água fortes sobre a pele.
55
e familiares manifestam seus medos e questionamentos: “Se algo der
errado na anestesia?”; “Se não conseguir retirar todo o tumor?” ou
“Quais são as consequências da anestesia e da cirurgia?”.
Mastectomia:
56
• Orientar que a cirurgia de reconstrução é garantida pelo SUS.
Cirurgias de reconstrução:
Cirurgias cerebrais:
Prostatectomia:
57
Durante a administração das drogas, a pior complicação que pode haver
são as toxicidades, sejam relacionadas aos efeitos adversos das drogas,
sejam relacionadas aos extravasamentos, se houver. Em ambas as
situações, o enfermeiro deve estar preparado para identificar e planejar
as intervenções de enfermagem de forma assertiva.
Referências Bibliográficas
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM–COFEN. Resolução COFEN-358/09.
Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação.
Brasília, DF: COFEN, [2009]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-
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FONSECA, S. M.; PEREIRA, S. R. Enfermagem em oncologia. São Paulo: Atheneu,
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INSTITUTO NACIONAL DO CANCER–INCA. Tratamento do câncer. Disponível: https://
www.inca.gov.br/tratamento. Acesso em: 27 mar. 2020.
OLIVEIRA, P. P.; RODRIGUES, A. B. Oncologia para enfermagem. Barueri: Manole,
2016.
RODRIGUES, A. B.; MARTIN, L. G. R.; MORAES, M. W. de. Oncologia
multiprofissional: bases para assistência. São Paulo: Manole, 2016.
58
Bons estudos!
59