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Fisioterapia – Resumo – Aspectos Gerais do Câncer

ASPECTOS GERAIS DO CÂNCER

Câncer é o conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento


desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos vizinhos. Diferente do
crescimento normal das células, as células cancerosas dividem-se rapidamente
e tendem a ser mais agressivas e incontroláveis, determinando a formação de
tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo (metástase).

CAUSAS E MECANISMOS ENVOLVIDOS


Fonte: Slide Sanar

NOMENCLATURAS

A nomenclatura dos diferentes tipos de câncer está relacionada ao tipo de célula


que deu origem ao tumor. Ou seja, o nome dado aos tumores depende do tipo de
tecido que lhes deu origem. Confira no quadro a seguir:

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Fisioterapia – Resumo – Aspectos Gerais do Câncer

Fonte: Slide Sanar

CLASSIFICAÇÃO DO TUMOR

Para determinar se o tumor é benigno ou maligno, existem alguns critérios de


análise e suas respectivas características. Veja o quadro abaixo:

Fonte: slide Sanar

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Fisioterapia – Resumo – Aspectos Gerais do Câncer

Figura: Tumor benigno x tumor maligno

Fonte: ABC do câncer, 2011

METÁSTASE

É chamado de metástase quando o câncer se espalha pelo corpo, saindo do seu


local de origem e atingindo outros órgãos e tecidos. As células cancerígenas se
desprendem do tumor primário e entram na corrente sanguínea ou no sistema
linfático, circulando pelo organismo e se infiltrando em outras regiões.

Fonte: ABC do câncer, 2011

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Fisioterapia – Resumo – Aspectos Gerais do Câncer

ESTADIAMENTO

É o método utilizado para classificar a extensão do tumor, independente em


qual fase o câncer foi detectado. Desse modo, é de extrema importância essa
classificação, uma vez que permite ao médico propor o tratamento mais adequado
para cada caso, pois se sabe que o mesmo tipo de câncer em pessoas diferentes
pode ter repercussões e estadiamentos distintos.
O sistema de estadiamento mais utilizado é o Sistema TNM de Classificação dos
Tumores Malignos da União Internacional Contra o Câncer (UICC), que possui três
eventos importantes na história natural do câncer:

T = EXTENSÃO TUMOR PRIMÁRIO


Tx  o tumor não pode ser avaliado
T0  sem evidência de tumor primário
Tis  carcinoma in situ
T1  tumor menor ou igual a 2 cm em sua maior dimensão
T2  tumor entre 2 cm – 5 cm em sua maior dimensão
T3  tumor maior que 5 cm em sua maior dimensão
T4  tumor de qualquer tamanho com extensão direta para pele e/ou parede torácica

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Fisioterapia – Resumo – Aspectos Gerais do Câncer

N = AUSÊNCIA OU PRESENÇA E A EXTENSÃO DE METÁSTASE EM


LINFONODOS REGIONAIS
Nx  os linfonodos não podem ser avaliados
N0  ausência de metástases em linfonodos regionais
N1  metástases em linfonodos axilares homolaterais móveis
N2  metástases em linfonodos axilares homolaterais fixos uns aos outros ou as outras
estruturas
N3  metástase em linfonodos mamários internos homolaterais ou em fossa supra-
clavicular homolateral

M = METÁSTASE À DISTÂNCIA
Mx  a presença de metástases à distância não pode ser avaliada
M0  ausência de metástase à distância
M1  metástase à distância

FATORES DE RISCO

O risco de câncer depende de várias condições, tanto internas quanto externas.


Podemos citar como fatores internos: alterações hormonais, condições imunológicas
e mutações genéticas. E como fatores externos: o stress, sobrepeso, sedentarismo,
tabagismo, alcoolismo, maus hábitos alimentares, exposição excessiva ao sol,
irradiação, entre outros. Os externos apresentam maior percentagem de risco (80-
90%) quando comparado com os fatores internos.

TRATAMENTOS

Antes de propor o tratamento mais adequado para cada indivíduo que possui
câncer, é necessário um diagnóstico preciso, que é feito a partir da história clínica
do paciente e exame físico detalhados, e sempre que possível, associar exames
endoscópicos para a visualização direta da área.
Existem tratamentos sistêmicos e locais. Os sistêmicos envolvem: a quimioterapia
(através de medicamentos denominados “quimioterápicos” ou antineoplásicos
administrados em intervalos regulares); a terapia endócrina (através do
tamoxifeno que bloqueia os receptores de estrogênio na célula tumoral, inibindo o
seu crescimento); e a imunoterapia (potencializa o sistema imunológico, através
de anticorpos produzidos pelo próprio paciente ou em laboratório).

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Fisioterapia – Resumo – Aspectos Gerais do Câncer

Já os tratamentos locais envolvem: a radioterapia (utiliza equipamentos e técnicas


variadas para irradiar áreas do organismo humano, prévia e cuidadosamente
demarcadas) e cirurgias (ocorre a retirada do  tumor  através de operações no
corpo do paciente, é considerado o tratamento mais antigo).

REFERÊNCIAS

Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2018. http://controlecancer.


bvs.br. ANTUNES, Ricardo César Pinto; PERDICARIS, Antônio André Magoulas;
GOMES, Roberto. Prevenção do Câncer. 2ed. São Paulo: Manole, 2015.
LOPES, Ademar; IYEYASU, Hirofumi; CASTRO, Rosa Maria R.P.S. Oncologia para
graduação. 2ed. São Paulo: Tecmedd, 2008.
ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Ministério da Saúde
– Instituto Nacional de Câncer (INCA). 2011
Cirurgia versus terapia endócrina no tratamento do câncer de mama operável
em mulheres idosas. Cochrane, 2014. Disponível em: https://www.cochrane.org/
pt/CD004272/cirurgia-versus-terapia-endocrina-no-tratamento-do-cancer-de-
mama-operavel-em-mulheres-idosas. Acesso em 09 de setembro de 2019
Tratamentos do câncer – Instituto OncoGuia, 2013. Disponível em: http://www.
oncoguia.org.br/conteudo/tratamentos/77/50/. Acesso em 09 de setembro de 2019.
Conviver com o câncer. Ministério da Saúde – Instituto Nacional de Câncer (INCA).
2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br. Acesso em 09 de setembro de 2019

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Fisioterapia – Resumo – Cuidados Paliativos

CUIDADOS PALIATIVOS

De acordo com a Organização Mundial de Saúde em 2015, os cuidados paliativos


“consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva
a melhoria da qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante de uma
doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da
identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

Fonte: Slide Sanar

SINAIS E SINTOMAS FREQUENTES

Dor Obstrução intestinal


Fadiga Alteração da mucosa oral
Falta de apetite Diarreia
Náuseas e vômitos Aumento do volume abdominal
Edema e linfedema Sangramento
Constipação intestinal Depressão

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Fisioterapia – Resumo – Cuidados Paliativos

Promover o
alívio da dor
e de outros
sintomas
estressantes
Iniciar o mais Reafirmar a
rápido vida e vê a
possível o morte como
tratamento um processo
adequado natural

Princípios

Oferecer um
Não pretender
sistema de
suporte a antecipar e
nem postergar
familia e
entes a morte

Oferecer um
sistema de
suporte ao
paciente

Cuidados paliativos não são apenas cuidados de fim de vida

O que envolve os Cuidados paliativos?

• Controle da dor
• Dispnéia e alterações respiratórias
• Manejo da fraqueza e da fadiga
• Cuidados com a pele e com a higiene oral
• Cuidado com secreções e odores
• Incontinência urinária/fecal
• Resolução de conflito nas metas terapêuticas e entre família/equipe
• Assistência em evitar terapias fúteis
• Diagnostico e manejo do delirium
• Cuidado assistencial dos aspectos emocionais

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Fisioterapia – Resumo – Cuidados Paliativos

Autonomia

Não
maleficência

PRINCÍPIOS
ÉTICOS

Beneficência

Justiça

MODALIDADES ASSISTENCIAIS NO CUIDADO PALIATIVO

Existem 04 modalidades assistenciais no cuidado paliativo: o ambulatorial, o


hospitalar, o domiciliar e o hospices. No entanto, os dois modelos de assistência que
podem atender às necessidades do paciente com câncer avançado e considerado
incurável pelas terapêuticas disponíveis são:

1. Hospitalar: os cuidados paliativos podem ser oferecidos por meio de consultas


ambulatoriais ou de internações. A modalidade de atendimento hospitalar vai
depender do estado do paciente e de suas necessidades.
2. Domiciliar: uma opção e uma alternativa de cuidado quando o paciente já
não consegue se locomover e não consegue mais sair de casa. Entretanto,
para alcançar o sucesso no atendimento domiciliar com o enfoque paliativo, é
necessário reunir uma série de condições que propiciarão um cuidado eficaz.

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Fisioterapia – Resumo – Cuidados Paliativos

A FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS

Para entender a atuação do fisioterapeuta nos cuidados paliativos, é importante


entender o paciente pode passar por esse seguinte processo:

Paciente em cuidados paliativos à Perda da funcionalidade à Diminuição da


mobilidade à Perda da autonomia à Redução da qualidade de vida.

Logo, os objetivos da fisioterapia são:

• MANTER e RESTAURAR a mobilidade e função;


• MANTER E RESTAURAR funções cardiorrespiratórias e osteomioarticulares;
• GERENCIAR e MINIMIZAR a fadiga;
• PREVENIR complicações vasculares;
• MINIMIZAR a dor e a fadiga.

AVALIAÇÃO E TRATAMENTO

Existem critérios estabelecidos de recomendação para cuidados paliativos:

• No momento do diagnóstico;
• Quando a doença é detectada em estágio em que a possibilidade de cura é
questionável;
• Ou quando já se esgotaram todas as possibilidades de tratamento curativo ou
de manutenção da vida e a doença progride.

Para avaliar e traçar um tratamento mais adequado ao paciente em cuidados


paliativos, podem ser utilizadas algumas escaldas validadas, como: a Escala de
performance de Karnofsky; Escala de avaliação de sintomas de Edmonton – ESAS;
Palliative Performance Scale (PPS).

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Fisioterapia – Resumo – Cuidados Paliativos

Imagem 1: Classifica os pacientes de acordo com o grau de suas inaptidões ou


deficiências funcionais

Imagem 2: Instrumento de avaliação para os cuidados prestados aos pacientes


em Cuidados Paliativos

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Fisioterapia – Resumo – Cuidados Paliativos

Imagem 3: Avaliação funcional do paciente.

REFERÊNCIAS

Monteiro DR, Kruse MHL, Almeida MA. Avaliação do instrumento Edmonton


Symptom Assessment System em cuidados paliativos: revisão integrativa. Rev
Gaúcha Enferm. 2010; 31(4):785-93.
Ministério da Saúde. Portaria nº 19 GM/MS, de 03 de janeiro de 2002. Institui o
Programa Nacional de Assistência à Dor e Cuidados Paliativos. 2002.
CORTES, C.C. Historia y desarrollo de los cuidados paliativos. In: MACIEL, M.G.S.
Definições e princípios: cuidados paliativos. São Paulo, Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo: CREMESP, 2008
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Cuidados
Paliativos. Rio de Janeiro: INCA, 2011. Disponível em: http://inca.gov.br.
MATSUMOTO, D.Y. Cuidados paliativos: conceito, fundamentos e princípios. In:
CARVALHO, R.T.; PARSONS, H. A. Manual de cuidados paliativos. 2. ed. Porto
Alegre: Sulina, 2012. p. 23-41.

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Fisioterapia – Resumo – Cuidados Paliativos

Carvalho, Vicente Augusto et al. Temas em psico-oncologia. São Paulo: Summus,


2008.
ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Ministério da Saúde
– Instituto Nacional de Câncer (INCA). 2011

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Fisioterapia – Câncer de mama

CÂNCER DE MAMA

É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que


forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer
de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos
tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado
no início.
É o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Dados
revelam, ainda, que é a principal causa de morte por câncer em mulheres. No
entanto, homens também podem ter câncer de mama (apenas 1% dos casos).

SINAIS E SINTOMAS

Os principais sinais e sintomas de câncer de mama são:


• Caroço (nódulo), geralmente indolor;
• Alterações no bico do peito (mamilo);
• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
• Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
• Saída de líquido anormal das mamas.

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Fisioterapia – Câncer de mama

FATORES DE RISCO

Fatores comportamen-
Fatores endócrinos Fatores hereditários
tais/ ambientais

Mulheres acima dos 50


anos; menarca precoce; Bebida alcóolica; so- Mutação dos genes
menopausa tardia; pri- brepeso e obesidade BRCA 1 e BRCA 2;
meira gravidez após os na pós-menopausa e histórico de câncer de
30 anos; nuliparidade; exposição à radiação mama e/ou de ovário na
uso de ACO e de TRH ionizante. família.
pós-menopausa.
*A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher
terá necessariamente a doença.

PREVENÇÃO

Atividade física / Nível de gordura corporal/ Amamentação/ Bebida alcóolica /


Reposição hormonal.

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Fisioterapia – Câncer de mama

RASTREAMENTO

O rastreamento é a realização de exames de rotina para identificar o câncer antes


de a pessoa ter sintomas.

A Mamografia é uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento de


raios X chamado mamógrafo, capaz de visualizar alterações suspeitas. (50 – 69
anos de idade, bianualmente).

autopalpação/
autoexame

Obs.: A mamografia e o exame clínico das mamas identificam alterações suspeitas,


mas a confirmação de câncer de mama é feita em laboratório pelo exame
histopatológico, que analisa uma pequena parte retirada da lesão (biópsia).

TRATAMENTO
As modalidades terapêuticas são indicadas de acordo com aspectos biológicos e
determinadas características específicas de cada usuária, como idade, presença
ou não de comorbidades e preferências. Mas, principalmente, considerando o
estadiamento do tumor (parâmetro a classificação de tumores criada pela União
Internacional Contra o Câncer (UICC) e pauta-se no fato de que os tumores seguem
um curso biológico comum).

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Fisioterapia – Câncer de mama

• Local: Radioterapia e cirurgia.


• Sistêmico: Quimioterapia, homonioterapia e terapia biológica.

Tratamento cirúrgico

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

• Pós-operatório (Hospitalar)
• Cinesioterapia com restrição de amplitude
• Orientações: cuidados e autodrenagem
• *Complicações tardias: linfedema e diminuição de ADM.

• Pós-operatório (Ambulatorial)

• Cinesioterapia
• Enfaixamento compressivo PREVENÇÃO E TRATAMENTO
• Drenagem Linfática Manual

• Linfotaping
• Laserterapia APENAS TRATAMENTO

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Fisioterapia – Câncer de mama

PROGNÓSTICO

Sendo considerado, em geral, um câncer de bom prognostico quando diagnosticado


e tratado precocemente.
A sobrevida media após cinco anos na população de países desenvolvidos é
aproximadamente 85%. Entretanto, nos países em desenvolvimento, a sobrevida
fica em torno de 60%.

REFERÊNCIAS:
FRAZÃO, Amanda; SKABA, Márcia Marília Fróes Vargas. Mulheres com Câncer de Mama: as
Expressões da Questão Social durante o Tratamento de Quimioterapia Neoadjuvante. Revista
Brasileira de Cancerologia; 59(3): 427-435, 2013.
PINHEIRO, Aline Barros et al. Câncer de Mama em Mulheres Jovens: Análise de 12.689 Casos.
Revista Brasileira de Cancerologia; 59(3): 351-359, 2013.
PORTO, Marco Antonio Teixeira; TEIXEIRA, Luiz Antonio; SILVA, Ronaldo Corrêa Ferreira. Aspectos
Históricos do Controle do Câncer de Mama no Brasil. Revista Brasileira de Cancerologia. 59(3):
331-339, 2013.
SILVA, Pamella Araújo da Silva; RIUL, Sueli da Silva. Câncer de mama: fatores de risco e
detecção precoce. Rev Bras Enferm, Brasília, nov-dez; 64(6): 1016-21, 2011.
CARTILHA - Câncer de Mama: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva. 2014.
CATÁLOGO - A mulher e o câncer de mama no Brasil. Ministério da Saúde Instituto Nacional
de Câncer José Alencar Gomes da Silva. 2014.
*Além do material disponibilizado pela SANAR, via Power Point (PDF).

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Fisioterapia – Resumo – Reabilitação pós-câncer de mama

REABILITAÇÃO PÓS-CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é uma doença complexa que causa alterações físicas e


emocionais importantes principalmente nas mulheres. A Organização Mundial
de Saúde (OMS) ressalta que a detecção precoce é fundamental, uma vez que
o tratamento é mais efetivo quando a doença é diagnosticada em fases iniciais,
antes do aparecimento dos sintomas clínicos.

A Fisioterapia em Oncologia possui como METAS


PRESERVAR – PREVENIR – MANTER – DESENVOLVER e RESTAURAR
a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente oncológico.

A fisioterapia tem diversas aplicações com o objetivo de reduzir as complicações


pós-operatórias e manejar os efeitos colaterais do tratamento clínico além de
aumentar a aderência ao tratamento, a qualidade de vida e sobrevida do paciente.
No entanto, é de extrema importância que o profissional tenha conhecimento
do estádio em que se encontra o paciente, pois a má utilização dos recursos
fisioterapêuticos poderá contribuir com a proliferação celular nas redes linfática e
sanguínea.

Pré
tratamento
(diagnóstico e
avaliação)

A fisioterapia
Cuidados
deve ser Durante o
realizada em
paliativos tratamento
TODAS as fases
do câncer!

Após o
tratamento

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Fisioterapia – Resumo – Reabilitação pós-câncer de mama

TRATAMENTO CIRÚRGICO

Na cirurgia conservadora é retirada apenas uma parte da mama. Nas cirurgias


radicais (mastectomia), a mama é retirada por completo e, eventualmente, é
extraído também o músculo peitoral. Ambas as modalidades cirúrgicas são
normalmente acompanhadas pela retirada de nódulos linfáticos das axilas
(linfonodos).

Como o fisioterapeuta pode atuar durante o tratamento cirúrgico?

PRÉ – OPERATÓRIO P.O IMEDIATO P.O TARDIO

Estabelece vínculo Estímulo a saída do Manter ADM e FM


Prevenir alterações leito Prevenir e tratar
circulatórias e respiratórias Controle de quadro complicações
Avaliação das condições álgico Melhorar consciência
pré–existentes do paciente Manutenção de FM corporal e postural
Orientações Cuidados com as Orientações para AVDs e
cicatrizes cuidados com o membro
Restabelecer ADM Prevenção de formação
de linfedema

Quando o fisioterapeuta pode atuar durante o tratamento clínico?

QUIMIOTERAPIA RADIOTERAPIA HORMONIOTERAPIA

Mialgias e artralgias Fibrose, aderência e retração Artralgia


Neuropatia periférica Radiodermite Fraturas ósseas
Fadiga Amplitude de movimento Osteoporose
Náuseas e vômitos Dor Fogachos
Alterações sexuais

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Fisioterapia – Resumo – Reabilitação pós-câncer de mama

REFERÊNCIAS

BAIOCCHI, Jaqueline Munaretto Timm. Fisioterapia em Oncologia.1ed. Curitiba:


Appris, 2017.
MARX, Angela; FIGUEIRA, Patricia. Fisioterapia no câncer de mama. SãoPaulo:
Manole, 2017.
REZENDE, Laura; CAMPANHOLLI, Larissa Louise; TESSARO, Alessandra.
Manual de Condutas e Práticas Fisioterapêuticas no Câncer de Mama da ABFO.
RiodeJaneiro: Thieme Revinter, 2018.
FARIA, Lina. As práticas do cuidar na oncologia: a experiência da fisioterapia em
pacientes com câncer de mama. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de
Janeiro, v.17, supl.1, jul., p.69-87, 2010.

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Fisioterapia – Principais complicações Pós Mastectomia

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
PÓS-MASTECTOMIA

As complicações pós mastectomia podem surgir e dependem do tipo de cirurgia


mamária, da abordagem cirúrgica, da reconstrução mamária e do tratamento
clínico (radioterapia).

Seroma: coleção de fluidos que pode se desenvolver no espaço entre a parede


torácica, axila e os retalhos da pele após a cirurgia da mama.

• Presença de área de flutuação


• Associação à realização dos exercícios no pós-operatório, peso corporal,
qualidade da técnica cirúrgica, uso de bisturi elétrico, extensão dos retalhos de
pele e quantidade de linfonodos retirados.

Fisioterapia  ADM limitada a 90 graus até retirada dos pontos; Cuidado


com o dreno; Terapia compressiva; Taping e espumas de alta densidade; Sutiã pós
cirúrgico; Drenagem linfática Manual.

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Fisioterapia – Principais complicações Pós Mastectomia

Síndrome da dor pós mastectomia: caracterizada por uma dor contínua e


intermitente. Cerca de 20 – 50% e maior incidência em mulheres jovens.

• Localizada na axila, região medial do braço, mama e/ou parede torácica.


• Etiologia = lesão de nervos com origem axilar.
• Quadro clínico: hipoestesia/hiperestesia, alodinia, sensação de alfinetada,
choque queimadura facada, peso dor. Questionário de dor McGill.

Fisioterapia  Dessensibilização da área dolorosa, mobilização do tecido cicatricial,


ganho de ADM.

Lesões nervosas

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Fisioterapia – Principais complicações Pós Mastectomia

Lesão do nervo intercostobraquial: nervo sensitivo, quando lesionado traz graus


variáveis de e até persistentes de alterações da sensibilidade dolorosa da região
póstero medial do braço e axila.

Fonte: slide sanar

• Lesão do nervo torácico longo: Paralisia do Serrátil Anterior

• Escápula alada, alterações posturais, diminuição de ADM e dor.

Fisioterapia  Estabilizar escápula, fortalecer musculatura sinergista ao


músculo serrátil anterior; Kineosiotaping; Alongamentos; Cinesioterapia;
Mobilização articular escapulotorácica.

• Síndrome da rede axilar: rede de cordões tensos e não eritematosos, palpáveis


ou visíveis sob a pele, com presença de dor à palpação e durante o movimento

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Fisioterapia – Principais complicações Pós Mastectomia

do ombro, que se apresenta limitado, sobretudo em abdução e flexão. Trombose


linfática superficial ou fibrose de coletor linfático.

• Complicação frequente no pós operatório imediato de câncer de mama


• Fatores de risco: extensão cirúrgica, idade, índice de massa corporal,
comprometimento de linfonodos regionais e linfedema
• Sua frequência pode chegar a 85,4%.

Fisioterapia  Prevenção Tratamento Alongamento, cinesioterapia e


orientações posturais Terapia manual, DLM, Alongamentos, Analgesia, Terapia
por ondas de choque, Taping, Laser baixa potência.

Fonte: slide sanar

REFERÊNCIAS

BAIOCCHI, Jaqueline Munaretto Timm. Fisioterapia em Oncologia. 1ed. Curitiba:


Appris, 2017.
MARX, Angela; FIGUEIRA, Patricia. Fisioterapia no câncer de mama. São Paulo:
Manole, 2017.
REZENDE, Laura; CAMPANHOLLI, Larissa Louise; TESSARO, Alessandra. Manual
de Condutas e Práticas Fisioterapêuticas no Câncer de Mama da ABFO. Rio de
Janeiro: Thieme Revinter, 2018.

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Fisioterapia – Linfedema pós câncer de mama

LINFEDEMA PÓS CÂNCER DE MAMA

O linfedema é uma patologia crônica e progressiva, caracterizado pelo acúmulo


de fluidos rico em proteínas nos tecidos intersticiais. Essa patologia geralmente
provoca alterações físicas, funcionais e psicológicas.

SINAIS E SINTOMAS

• Inchaço indolor inicialmente nas mãos e progride em direção ao tronco;



Sensação de braços pesados
• Uso de acessórios e roupas torna-se difícil
• Pele lisa ou brilhante
• Marca ou espessamento da pele quando pressionada
• Hiperqueratose
• Desenvolvimento de verrugas ou pequenas bolhas

CLASSIFICAÇÃO

O linfedema pode ser dividido em 04 estágios. Confira a imagem a seguir:

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Fisioterapia – Linfedema pós câncer de mama

FATORES DE RISCO
Nível de linfonodectomiaaxilar;
Radioterapia na mama e cadeias de drenagem;
Infusão periférica de quimioterápicos ipsilateralà mama operada;
Presença de edema ou seromanos primeiros 06 meses após a cirurgia;
Obesidade;
Maior idade;
Presença de infecções.

1. Pegar peso ou realizar


exercícios de musculação
NÃO é fator de

Sintomas
Inspeção
subjetivos

Diagnóstico Exame físico Palpação

Avaliação do
Exames
volume do
complementares
membro

AVALIAÇÃO DO LINFEDEMA

• Perimetria dos membros


• Ulrassom ajuda a visualizar o fluxo do sistema linfáttico
• Linfocintilografia

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Fisioterapia – Linfedema pós câncer de mama

• Tomografia Computadorizada

TRATAMENTO PARA LINFEDEMA

O tratamento do linfedema possui como objetivos: perda do volume do membro


edemaciado e da manutenção; melhora das condições da pele; redução de
infecções; redução do stress psicossocial; conforto e qualidade de vida; e prevenção
de complicações médicas.

TRATAMENTO DO LINFEDEMA
Avaliar as características do edema
Status da doença
Desejo e AVD’s do paciente
EQUIPE
Recursos disponíveis MULTIDISCIPLINAR
Nível socioeconômico
Possíveis efeitos colaterais do tratamento

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Terapia Física Complexa/Linfoterapia (Padrão ouro)
Compressão Pneumática
Fotobiomodulação
TapingLinfático
Drenagem Linfática Manual
Eletroestimulação
Terapia vibratória
Terapia por Ondas de Choque
Orientações em geral

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Fisioterapia – Linfedema pós câncer de mama

Objetivos das Técnicas Compressivas


Aumentar a pressão intersticial
Reduzir a ultrafiltração
Melhora a eficácia do bombeamento muscular
Aumentar fluxo venoso e linfático
Não permitir o refluxo causado pela insuficiência valvular

REFERÊNCIAS

BAIOCCHI, Jaqueline Munaretto Timm. Fisioterapia em Oncologia.1ed.


Curitiba:Appris, 2017.
MARX, Angela; FIGUEIRA,Patricia. Fisioterapia no câncer de mama. São
Paulo:Manole,2017.
REZENDE, Laura; CAMPANHOLLI, Larissa Louise; TESSARO, Alessandra. Manual
de Condutas e Práticas Fisioterapêuticas no Câncer de Mama da ABFO. Rio de
Janeiro:Thieme Revinter, 2018.
LEAL, Nara Fernanda Braz da Silva, et al. Linfedema pós-câncer de mama:
comparação de duas técnicas fisioterapêuticas – estudo piloto. Fisioter. Mov.,
Curitiba, v. 24, n. 4, p. 647-654, out./dez. 2011
Linfedema. Instituito OncoGuia, 2013. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/
conteudo/linfedema/1332/109/. Acesso em: 11 de setembro de 2019.

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Fisioterapia – Resumo – Fadiga oncológica

FADIGA ONCOLÓGICA

A fadiga é um sintoma subjetivo e multifatorial, desafiador para todos que tratam


o paciente com câncer. É caracterizada por sofrimento e diminuição da capacidade
funcional devido a redução de energia corporal e sofrimento emocional importante.
A Fadiga relacionada ao câncer é um sintoma comum e tratável que interfere
profundamente em diversos aspectos da qualidade de vida de pacientes com
câncer. Cerca de 50% a 90% dos pacientes com câncer experimentam fadiga de
forma geral.
Ela pode ser ocasionada pelo próprio câncer ou pelo tratamento recebido pelo
paciente,
fator que também pode agravar a fadiga já manifestada.

SINTOMAS

• Diminuição da concentração ou atenção


• Dificuldade para exercitar atividades diárias
• Fraqueza
• Sintomas que não sejam consequentes a depressão e delírio
• Problemas de memória recente
• Necessidade de esforço para vencer a inatividade
• Dificuldades no cumprimento de funções
• Insônia ou sono excessivo, sono não confortador

DIAGNÓSTICO

• História Clínica
• Exame físico
• Exames laboratoriais

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Fisioterapia – Resumo – Fadiga oncológica

• Relato de familiares e cuidadores


• Escalas validadas

É importante que cada caso seja avaliado de forma individual, e inicialmente


classificado de acordo com uma escala de fadiga. Além de uma boa anamnese e
exame físico, considerando as limitações próprias do paciente e suas comorbidades
e o quanto desses sintomas estarão relacionados ao câncer e seu tratamento.

Fadiga oncológica: multifatorial à crônica à estresse prolongado e metástases

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E FADIGA


ONCOLÓGICA

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Fisioterapia – Resumo – Fadiga oncológica

Figura adaptada. Fonte: Campos et al, 2011

TRATAMENTO

• Avaliação do paciente
• Individualizado
• Equipe multidisciplinar
• Farmacológico e não farmacológico

ATENÇÃO: hematócritos, plaquetas e hemoglobina

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Fisioterapia – Resumo – Fadiga oncológica

• Exercícios supervisionados:

Aeróbicos Relaxamento
De resistência Ioga
Respiratórios Acupuntura
Alongamentos Terapia comportamental (higiene do
sono)
Massagem Atividades de lazer
Atividades em Orientações aos cuidadores e familiares
grupo.

REFERÊNCIAS

LAMINO, Daniela de Araujo; MOTA, Delete Delalibera de Faria; PIMENTA, Cibele


Andrucioli de Mattos. Prevalência e comorbidade de dor e fadiga em mulheres
com câncer de mama. REV. ESC. ENFERM USP, 2011; 45(2): 508-14.
NCCN – Clinical Practice Guidelines in Oncology. Cancer – related fatigue. Version
I.2017, December 16,2016. Nccn.org
ISIKAWA, Neli Muraki. Validação do FACIT-F no Brasil e Avaliação da fadiga e
qualidade de vida em mulheres com câncer de mama. UNICAMP, São Paulo: 2009.
MARX, Angela Goncalves; FIGUEIRA, Patricia Vieira Guedes. Fisioterapia no câncer
de mama. Barueri, SP: Manole,2017.
BAIOCCHI, Jaqueline Munaretto Timm. Fisioterapia em Oncologia. 1ed. Curitiba:
Appris, 2017.
CAMPOS, Maira Paschoin de Oliveira, et al. Fadiga relacionada ao câncer: uma
revisão. Rev Assoc Med Bras; 57(2):211-219, 2011.

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Fisioterapia – Resumo – Dor Oncológica

DOR ONCOLÓGICA

De acordo com a Associação Internacional para estudo da Dor (IASP), a dor é


definida pela sensação desagradável, subjetiva relacionada a uma lesão real
ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão. Alguns fatores influenciam
a experiência da dor, como: fatores fisiológicos, fatores espirituais, fatores
psicológicos, fatores culturais e fatores sociais.
A dor em oncologia é um sintoma frequente e muito temido pelos pacientes. Cerca
de 10 – 15 % dos pacientes apresentam dor ao diagnóstico da doença. Tratar
a dor em oncologia significa além do respeito pelo paciente, uma tentativa de
melhorar

sua autonomia e qualidade de vida.

CAUSAS DA DOR ONCOLÓGICA

O PRÓPRIO CÂNCER É A CAUSA MAIS RELACIONADA AO CÂNCER


COMUM
46% a 92% 12% a 29%
Invasão óssea tumoral; Espasmo muscular;
Invasão tumoral visceral; Linfedema;
Invasão tumoral do sistema nervoso Escaras de decúbito;
periférico;
Extensão direta às partes moles; Constipação intestinal;
Aumento da pressão intracraniana. Entre outras.
ASSOCIADA AO TRATAMENTO DESORDENS CONCOMITANTES
ANTITUMORAL
5% a 20% 8% a 22%
Pós-operatória; Osteoartrite;
Pós-quimioterapia; Espondiloartose;
Pós-radioterapia. Entre outras.

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Fisioterapia – Resumo – Dor Oncológica

FATORES ASSOCIADOS

• Idade
• Comorbidades associadas
• Tipo de cirurgia
• Tratamento Clínico
• Alterações psicológicas.

TIPOS DE DOR

A dor oncológica pode ser dividida em:

Aguda: a dor de câncer está diretamente associada com lesão tecidual.


Somática: monótona, com agulhadas, latejante, constante e bem localizada,
geralmente bem controlada se a causa for tratada.
Visceral: profunda, monótona, contínua, com aperto ou sensação de pressão,
episódica ou com cólicas, frequentemente mal localizada.
Neuropática: com queimação, pontadas, choque, constante ou esporádica,
geralmente associada a sensações anormais como alodínia, hiperpatia,
parestesia, hipoestesia.
Dor total: física, mental, social e espiritual.

Quando a dor do câncer persiste ou agrava (crônica), ela pode servir como sinal da progressão
da doença e criar a sensação de desesperança ao paciente.

A dor crônica oncológica representa um grande problema de saúde pública. Considerada uma
"doença" e não apenas um sintoma.

AVALIAÇÃO

O objetivo da avaliação é identificar sua etiologia e compreender a experiência

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Fisioterapia – Resumo – Dor Oncológica

sensorial, afetiva, comportamental e cognitiva do indivíduo com dor.


Uma vez que a dor gera um impacto negativo na vida do paciente oncológico,
torna-se necessário uma avaliação cuidadosa e entendimento dos diferentes
tipos e padrões de dor para escolher o tratamento mais adequado, e sempre que
possível, tratar de forma preventiva.
Por ser uma condição subjetiva e porque cada indivíduo utiliza o termo dor conforme
suas experiências, pensamentos e emoções, podem-se utilizar diferentes escalas
validades para avaliar a dor, como exemplos:

• Escala Visual Analógica (EVA)

• Escala Numérica

• Escala de faces

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Fisioterapia – Resumo – Dor Oncológica

• Breve Inventário de Dor

• Questionário DN4 – Dor Neuropática

TRATAMENTO PARA A DOR

Os tratamentos farmacológicos e não farmacológicas tem o objetivo de controlar


o quadro álgico e consequentemente melhorar a qualidade de vida do paciente.

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Fisioterapia – Resumo – Dor Oncológica

Dentre os tratamentos não farmacológicos, temos a fisioterapia, com possíveis


condutas:

• Mobilizações articulares passivas


• Adequação de posicionamentos
• Eletroterapia – TENS
• Crioterapia
• Termoterapia
• Hidroterapia
• Exercícios
• Acupuntura
• Massagem e Relaxamento
• Terapia comportamental e alternativas
• Laserterapia
• Orientações

REFERÊNCIAS

Revista Brasileira de Oncologia Clínica Vol. 10, no 38, outubro / novembro /


dezembro, 2014. https://www.sboc.org.br
Marx A; Figueira P. Fisioterapia no câncer de mama. São Paulo: Manole, 2017.
Cleeland CS. The impact of pain on the patient with cancer. Cancer 1984;54:2635-
41.
Schisler EL. O conceito da dor total no câncer. In: Nascimento-Schulze CM,
organizador. Dimensões da dor no câncer. São Paulo: Robe Editorial; 1997
Rocha AFP, et al. O alívio da dor oncológica: estratégias contadas por adolescentes
com câncer. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, Jan-Mar; 24(1): 96-104, 2015.
Costa AIS, Chaves MD. Dor em pacientes oncológicos sob tratamento quimioterápico.
Rev Dor. São Paulo, jan-mar;13(1):45-9, 2012.

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