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INTENSIVO
PARA RESIDÊNCIAS
FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA
EM PEDIATRIA E
NEONATOLOGIA
PROFESSORAS
Lívia Aguiar Pereira Sheina Caroline Souza de Jesus
Possui graduação em Fisioterapia pela Uni- Fisioterapeuta graduada pela Escola
versidade Católica do Salvador, Pós-gradu- Bahiana de Medicina e Saúde Pública, es-
ada em Fisioterapia Neurofuncional pela pecialização em UTI adulto pela Faculdade
Faculdade IDE, fisioterapeuta assistencial Social da Bahia. Tem experiência clínica
na unidade de AVC do Hospital Geral Ro- em fisioterapia neurológica em pediatria
berto Santos, preceptora da residência pelo Núcleo de Apoio a Criança Com Para-
Neurofuncional do Hospital Geral Roberto lisia Cerebral com o método PediSuit e em
Santos, além de supervisora de estágio da educação pela Universidade Meta, sendo
Universidade Católica do Salvador. docente e supervisora de estágio em fisio-
terapia aplicada à Uroginecologia e Obs-
tetrícia, Rio Branco- AC. Fisioterapeuta do
Hospital Ernesto Simões Filho.
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PEREIRA, Livia. Intensivo para residências em Fisioterapia: Pediatria e Neonatologia. 1. ed. Salvador,
BA: Editora Sanar, 2020. EBook (PDF). ISBN: 978-65-86246-60-5
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Prognóstico de marcha e alterações musculoesqueléticas na encefalo-
patia crônica não progressiva da infância
Quadro 2 - Esquema VNI
Quadro 3 - Quadro clínico VNI
Quadro 4 - Quadro descritivo sobre os fluxos iniciais típicos para início do uso da
CNAF e faixas clínicas de fluxo de acordo com faixa etária e tamanho do paciente.
Quadro 5 - Parâmetros ventilatórios VMI
SUMÁRIO
Apresentação...........................................................................................8
Gabarito................................................................................................100
Referências...........................................................................................101
Ao final do curso, você terá acesso a todo o conteúdo das disciplinas, atra-
vés das nossas videoaulas e também de aulas com questões comentadas
das provas anteriores, além de simulados, para você colocar em prática
todo o conhecimento adquirido. Não esqueça!
Vamos começar?
REFLEXOS PRIMITIVOS
MARCHA REFLEXA
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exameneurologico/reflexos-primitivos. Acessado em 23/04/2020.
REFLEXO DE SUCÇÃO
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exameneurologico/reflexos-primitivos. Acessado em 23/04/2020.
Toca um dos quatro cantos da boca do bebê, o mesmo roda a cabeça para o
lado da boca que foi estimulado.
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exameneurologico/reflexos-primitivos. Acessado em 23/04/2020.
REFLEXO GALANT
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exameneurologico/reflexos-primitivos. Acessado em 23/04/2020.
REFLEXO DE MORO
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exame-neurologico/reflexos-primitivos. Acessado em 23/04/2020.
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exame-neurologico/reflexosprimitivos. Acessado em 23/04/2020.
Fonte: https://www.google.com/
search?q=posi%C3%A7%C3%A3o+de+opist%C3%B3tono+em+criança/
opistotono. Acessado em: 23/04/2020.
REFLEXO DE LANDAU
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exame-neurologico/reflexos-primitivos. Acessado em 23/04/2020.
REFLEXO DE PARAQUEDISTA
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exame-neurologico/reflexos-primitivos. Acessado em 23/04/2020.
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exame-neurologico/reflexosprimitivos. Acessado em 23/04/2020.
Fonte: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/
exame-neurologico/reflexosprimitivos. Acessado em 23/04/2020.
REAÇÕES POSTURAIS
REAÇÕES DE EQUILÍBRIO
PRIMEIRO MÊS
No primeiro mês de vida, o bebê apresenta postura predominantemente
flexora, com simetria corporal.
TERCEIRO MÊS
Decúbito dorsal: a criança apresenta simetria corporal, vira-se para am-
bos os lados de forma mais dissociada. Alcança a linha média corporal e
segura objetos, levando-os à boca.
Nessa fase já mantém a cabeça mais na linha média e também vira para
ambos os lados. Na presença de sons ou ruídos, procura a fonte sonora.
Enxerga objetos mantidos à distância de 30-40 cm e acompanha os obje-
tos a mais de 180°.
QUARTO MÊS
Na posição de decúbito dorsal, leva ambas as mãos na linha média e co-
ordena a cabeça para ambos os lados e para trás. Na posição de decúbito
ventral, ergue a cabeça a 90° e o apoio do corpo está sobre os antebraços
e mãos. Nessa fase inicia os movimentos de rastejamento para transfe-
rência. Na posição de puxado para sentado possui bom controle de cer-
vical, porém o tronco ainda apresenta pouca estabilidade. Começa a usar
os MMII para ajudar na manutenção da postura, ao ser puxado mantém as
pernas fletidas.
QUINTO MÊS
Em decúbito dorsal, vira a cabeça para ambos lados, podendo até erguê-
-la. Vive levando os pés à boca, apresenta maior controle na preensão pal-
mar e passa os objetos de uma mão para outra.
SEXTO MÊS
Em decúbito ventral vive constantemente se arrastando, já manipula os
objetos com uma das mãos.
SÉTIMO MÊS
Na postura de decúbito ventral inicia a postura de gato. Não gosta mais
de ficar em decúbito dorsal. Apresenta bom equilíbrio em sedestação e
em ortostase sustenta o peso do corpo nos MMII com bom alinhamento
vertical. Realiza a preensão de objetos ainda sem oponência do polegar.
Nessa fase, a criança também reconhece os objetos, acaricia a imagem no
espelho e inicia o estranhar. Já possui boa coordenação olho-mão e conse-
gue alcançar os objetos em todos os planos.
OITAVO MÊS
Transfere-se da posição de decúbito ventral para postura de gato e segue
constantemente aprimorando esse movimento. Na postura de sedesta-
ção possui a reação de proteção lateral e consegue, segurando-se pelos
móveis, sair dessa postura para ficar em pé. Nessa fase, a criança tornou-
-se muito mais estável e chega à posição ereta, embora ainda sem segu-
NONO MÊS
Nessa fase, a criança quase nunca fica na posição ventral e dorsal, pre-
fere ficar na posição vertical. Apresenta bom controle de tronco em se-
destação, já possui a reação de proteção anterior e lateral. Possui bom
equilíbrio em ortostase e já se desloca nessa posição, se segurando pelos
móveis. Nessa idade costuma ficar atirando os brinquedos e já consegue
pegar objetos pequenos, realizando movimento de pinça com o polegar e
o dedo indicador. Alimenta-se sozinha e adora brincar de se esconder sob
um pano.
DOIS ANOS
Nessa idade, a criança apresenta a marcha semelhante à de um adulto,
deslocando-se em todas as direções. Consegue subir e descer escada de
forma independente, corre bem, porém ainda pode cair com frequência ao
correr. Gosta de brincar de bola, usando os pés e as mãos para jogar a bola
para cima e para baixo. Entende perfeitamente o que é deslocar um obje-
to para frente, para trás, para os lados, assim como para dentro e debaixo.
Apresenta também noção de quantidade e geralmente gosta de brincar
repetindo fatos do dia a dia.
TRÊS ANOS
Nessa fase, a criança apresenta um bom desenvolvimento motor, com
força muscular, tônus e potência adequados à idade. Possui uma boa ca-
pacidade em subir e descer escada alternando os pés, corre contornando
os obstáculos, monta torres com 8 a 9 cubos, realiza movimentos de pin-
ça, começa o equilíbrio para ficar em pé com apenas um dos pés e pula
utilizando os dois pés, além de apresentar outras habilidades funcionais.
ESCALA DE DENVER II
O objetivo dessa escala é estimar o nível de maturação do sistema ner-
voso central das crianças com idade entre zero e seis anos e monitorizar
e/ou confirmar suspeita diagnóstica de crianças que apresentam atraso
no desenvolvimento infantil. A escala possui 125 itens, agrupados em 4
áreas: desempenho motor fino, pessoal/social, linguagem e função mo-
tora grossa.
• Cognitivo;
• Comportamental Adaptativo.
• Motor;
• Linguístico;
• Socioemocional.
O teste é composto por duas fases, a primeira fase contém itens a serem
observados e a segunda fase contém itens a serem eliciados. Na primeira
fase, os itens a serem observados são: movimentos espontâneos do re-
cém-nascido, avaliando a movimentação da cervical, o controle de tronco
em supino, prono e de pé. Na segunda fase deve registar: a resposta mo-
tora do recém-nascido em frente aos diferentes manuseios e posiciona-
mento do corpo em relação ao espaço, assim como a sua resposta a estí-
mulos auditivos e visuais.
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SÍNDROME DE DOWN (SD)
Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é um distúrbio gené-
tico causado por um erro que ocorre na divisão celular durante a fase em-
brionária, tendo como principal efeito a deficiência mental. Existem três
tipos de trissomia na SD. A primeira, a mais prevalente, recebe o nome
de trissomia simples; nesse tipo de alteração ocorre a não disjunção mei-
ótica, em que todas as células ficam com um cromossomo extra no par
21. A segunda é também denominada trissomia da translocação gênica e
ocorre quando o cromossomo extra do par 21 encontra-se ligado ao cro-
mossomo 14 ou 22. A terceira é a mais rara e recebe o nome de trissomia
do mosaicismo somático. Nesse tipo de alteração, a trissomia não ocorre
em todas as células. A SD acomete mais crianças do sexo masculino, com
uma proporção de 3:1 (masculino: feminino) e independe de fatores étni-
cos. Entretanto, a idade materna é um fator de risco para gerar crianças
com SD, em que a maior incidência ocorre em mulheres que engravidam
com idade acima de 35 anos.
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ESTIMULAÇÃO PRECOCE NO NEONATO
O recém-nascido prematuro (RNPT) apresenta como característica ima-
turidade global de todos os sistemas, tornando-o mais predisposto a le-
sões no sistema nervoso e outras doenças. Esse fato, associado à vivên-
cia em um ambiente de UTI, proporciona ao RNPT maior suscetibilidade
ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Em contrapartida, nessa
fase, o sistema nervoso central (SNC) possui uma neuroplasticidade in-
tensa, contribuindo para uma ótima resposta motora à estimulação.
Assim, nessa fase, a estimulação deve ser feita de forma precoce, para
proporcionar ao recém-nascido experiência sensorial e motora, favore-
cendo a um desenvolvimento adequado.
DEFINIÇÃO DE PREMATURIDADE
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ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO
PROGRESSIVA DA INFÂNCIA
A encefalopatia crônica não progressiva da infância é definida como uma
lesão persistente no encéfalo imaturo, resultado de uma lesão difusa ou
localizada, que pode ocorrer no período gestacional, durante o trabalho
de parto e até dois anos de vida. Essa patologia tem caráter irreversível
não progressivo. Contudo, alterações no quadro clínico podem acontecer
com o passar do tempo. O comprometimento neurológico da criança com
encefalopatia é influenciado pela fase em que ocorre a lesão, assim como
pela intensidade e duração.
Fonte: http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.com/2012/09/
paralisia-cerebral-nao-existe-uma.html
ALTERAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS E
POTENCIAL DE MARCHA NAS CRIANÇAS COM
DIFERENTES ENCEFALOPATIAS CRÔNICAS NÃO
PROGRESSIVAS DA INFÂNCIA
Prognóstico
Tipo Alterações musculoesqueléticas
de marcha
Nível I
Melhor desempenho funcional
Nível II
Deambula sem auxílio - limita-
Escala voltada para ção para marcha comunitária.
função motora, subdi-
vidida em 5 níveis
Nível III
Escala GMFCS Deambula com apoio- limitação
para marcha comunitária..
Nível IV
Mobilidade limitada- cadeira de
rodas na comunidade.
Nível V
Mobilidade gravemente
limitada.
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VENTILAÇÃO MECÂNICA
A ventilação mecânica é uma prática comum em todas as unidades de
terapia intensiva neonatais e pediátricas. Atualmente, já é sabido que a
ventilação artificial consiste em um artifício bastante difundido, que visa
preservar as trocas gasosas. Os ventiladores mecânicos são parte inte-
grante do suporte de vida e é prática corrente nos hospitais que propor-
cionam assistência a pacientes graves em tratamento eletivo ou de ur-
gência. O objetivo da ventilação mecânica em neonatologia e pediatria é
diminuir ou substituir o trabalho da respiração e a quantidade de energia
que este necessita, assim como o consumo de oxigênio, além de manter o
estado clínico estável, com troca gasosa fisiológica e pH normal. Poden-
do ser utilizada de forma não invasiva, através de uma interface externa,
geralmente uma máscara facial, e de forma invasiva, através de um tubo
endotraqueal ou cânula de traqueostomia.
Fonte: https://www.philips.com.br/healthcare/product/HCNOCTN111/respironics-
performax-full-face-mask
São elas:
• Provoca claustrofobia
• Melhor ventilação
Máscara orofacial • Não permite falar.
• Menor escape de ar.
• Gera distensão gástrica.
VNI
Hipoxemia Cpap Bipap Hipercapnia
Facilitar as
trocas gasosas.
VNI
Melhorar a
complacência
pulmonar.
• Doenças neuromusculares.
• Obstrução de vias aéreas.
• Doenças respiratórias crônicas.
• Doenças respiratórias decorrentes da prematuridade.
• Broncomalácia.
• Asma, bronquiolite, pneumonia, trauma.
• Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
• Apneia da prematuridade.
• Síndrome da aspiração de mecônio.
Relativas Absolutas
(analisar caso a caso, risco x benefício) (sempre evitar)
Figura 33 -
Misturador de gás
Umidificador
Aquecedor
Circuito aquecido
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-
75572017000700036&script=sci_arttext&tlng=pt
Quadro 4 - Quadro descritivo sobre os fluxos iniciais típicos para início do uso da
CNAF e faixas clínicas de fluxo de acordo com faixa etária e tamanho do paciente.
Pediátrica grande/
> 12 anos > 40 kg 20 a 30 5 a 50
adulta
L: litros. Min: minutos.
Fonte: https://www.scielo.br/j/jped/a/6PGVZyjqdFy8TY7PgkTXTzd/?lang=pt&fo
rmat=pdf
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VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA
A Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) consiste em um método ventilató-
rio que oferece ao paciente suporte adequado em quadros de insuficiên-
cia respiratória aguda (IRA) ou crônica agudizada. A VMI tem como carac-
terística a utilização de uma prótese ventilatória (traqueostomia, tubo
orotraqueal) na via aérea do paciente. Para uma adequada abordagem é
necessário saber os conceitos de mecânica respiratória: complacência,
resistência e constante de tempo no tratamento de neonatos, lactentes
e crianças.
C = ∆V / ∆P
Síndrome do descon-
forto respiratório
do recém-nascido
Complacência (SDRRN)
Elásticas pulmonar
(distensão)
Síndrome do descon-
forto respiratório
agudo (SDRA)
Propriedades
pulmonares
Bronquiolite viral
aguda
Resistência
Resistivas
pulmonar
Recém-nascidos
15–20 6–8 5 30–40 0,4–0,6
(até 1 mês)
Lactentes
15–20 6–8 5 20-30 0,5-0,7
(até 2 anos)
Pré-escolares
15–20 6–8 5 15-25 0,7-0,9
(até 6 anos)
Escolares
15–20 6–8 5 12-20 0,8-1,0
(até 10 anos)
Adolescentes
15–25 6–8 5 10-15 1,0-1,3
(até 21 anos)
Legenda: PIP= pressão inspiratória de pico (cm H2O); VC = volume corrente (mL/kg); PEEP= pressão
positiva expiratória final (cm H2O); FR = frequência respiratória (ipm); TI = tempo inspiratório (s).
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TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA (THB)
E TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR
(TEP)
Terapia de Higiene Brônquica (THB) tem como principal objetivo melho-
rar a função respiratória, de modo a facilitar as trocas gasosas e adequar
a relação ventilação-perfusão. A THB facilita o clearance mucociliar e a
remoção de secreções, mantendo assim a permeabilidade das vias aére-
as. As manobras de higiene brônquica visam o desprendimento e a mo-
bilização de secreções, facilitando sua eliminação. As principais doenças
observadas na terapia intensiva pediátrica são: síndrome do desconforto
respiratório, pneumonias e broncopneumonias, bronquiolite, pós-opera-
tórios de cirurgias de grande porte, neuromiopatias associadas às doen-
ças respiratórias e doenças respiratórias crônicas.
VIBRAÇÃO
A vibração é usada amplamente pelos fisioterapeutas para a remoção de
secreções pulmonares. Consiste em movimentos oscilatórios, aplicados
manualmente, por meio da contração dos músculos agonistas e antago-
nistas do antebraço, trabalhando em sinergia com a palma da mão ou as
polpas dos dedos. O objetivo da vibração é facilitar a depuração das se-
creções brônquicas pelo aumento da amplitude dos batimentos ciliares e
pela alteração das propriedades físicas do muco, com a diminuição da vis-
cosidade, em razão do tixotropismo. Deve-se ter atenção com a aplicação
da vibração em crianças com osteoporose, fraturas e processo doloroso; e
está contraindicada em lactentes que apresentem aumento do desconfor-
to respiratório durante a aplicação da técnica, em pacientes com enfisema
intersticial extenso, pneumotórax não drenado e/ou hemorragia pulmonar.
DRENAGEM POSTURAL
Consiste em utilizar o efeito da gravidade sobre as secreções de um
segmento ou lobo, por meio da verticalização do brônquio segmentar ou
lobar que o ventila. A ventilação das diferentes zonas pulmonares é de-
pendente da postura e esse efeito é utilizado para evitar o acúmulo de
secreções em indivíduos acamados. O consenso de Lyon sugere a utili-
zação de uma a três posições, mantidas por 15 minutos cada uma, com o
objetivo de atingir os locais com acúmulo de secreções. Para as posturas
em decúbito ventral, de caráter preventivo, é necessária uma hora por dia.
TOSSE
A tosse é o mecanismo de defesa fisiológico da árvore traqueobrônquica,
por meio de uma expiração forçada explosiva (podendo ser espontânea),
provocada (reflexa) ou voluntária. Ela constitui o término de uma sequência
de toda sessão de fisioterapia para remoção de secreção brônquica. Pode
ser uma técnica utilizada sozinha nas afecções broncopulmonares agudas.
Em neonatologia, menos da metade dos RN apresenta tosse espontânea
ou provocada pela estimulação laríngea. A tosse pode ser espontânea,
provocada ou dirigida (voluntária). A tosse provocada (TP) é uma tosse re-
flexa, provocada em crianças pequenas, não colaborativas ou que sejam
incapazes de realizá-la espontaneamente. A técnica pode ser aplicada
com a criança em decúbito dorsal (DD) ou elevada a 30º. O fisioterapeuta
posiciona o polegar perpendicularmente à traqueia, na região da fúrcula
esternal. O estímulo deve ser realizado suavemente e de preferência no
final da inspiração, momento de maior volume pulmonar, expiração lenta
e prolongada (ELPr), aumento de fluxo expiratório (AFE), hiperinsuflação
manual (HM ). A tosse dirigida é utilizada em situações em que o paciente
é incapaz de gerar fluxo expiratório suficiente. O terapeuta auxilia a tosse
comprimindo manualmente o tórax na fase de expulsão da tosse.
Fonte: Aurílio RB, Mesquita AP, Pimentel AFM. Um caso de massa torácica em
lactente - Qual o seu diagnóstico?. Resid Pediatr. 2017;7(1):45-48.
PASSIVA
• Uso persistente de baixo volume corrente pelo paciente.
• Dor.
• Uso de sedativos.
• Repouso prolongado no leito.
ABSORÇÃO
• Oxigênio demasiado impede o nitrogênio de entrar (arcabouço alveo-
lar) e o alvéolo colapsa.
REABSORÇÃO
• Lesões ou tampões mucosos (secreções) bloqueiam a ventilação
alveolar.
• O ar contido no alvéolo é absorvido pelo capilar por difusão e ele colaba.
COMPRESSÃO
• Colapso alveolar por força mecânica externa.
A atelectasia pode ocorrer em qualquer paciente que não pode e/ou não
realiza inspirações profundas periodicamente, necessitando, assim, de
terapia de expansão pulmonar. Dentre esses pacientes, estão inclusos:
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OXIGENOTERAPIA
A oxigenoterapia consiste na oferta de O2 em uma concentração superior
à encontrada no ambiente (21%), visando tratar ou corrigir sintomas ou
manifestações da hipóxia. São aceitos como seguros e devem ser utiliza-
dos como valores-alvo de saturação de oxigênio capilar periférico (SpO2)
de 92 a 95% para crianças e de 88 a 94% para recém-nascidos pré-ter-
mos (RNPT) nas unidades de terapia intensiva neonatais e pediátricas. A
oxigenoterapia está indicada primariamente no caso de hipoxemia agu-
da, na presença de pressão parcial de O2 no sangue arterial (PaO2) < 60
mmHg, com SpO2 entre 88 e 90% para crianças. E PaO2 < 50 mmHg, com
SpO2 < 88% para RN e aqueles pacientes com sintomas de hipoxemia
crônica ou sobrecarga cardiopulmonar. O tempo médio do uso do oxigê-
nio recomendado é de 6 dias, sendo retirado em pacientes com SPO2 >
90%. A exposição prolongada ou em concentrações de O2 elevadas po-
dem ocorrer comprometimento dos sistemas nervoso central, respira-
tório e cardiovascular. Uma série de doenças que acometem crianças e,
principalmente, RN estão relacionadas a essa maior exposição aos radi-
cais livres, como displasia broncopulmonar, retinopatia da prematurida-
de, enterocolite necrosante, leucomalácia periventricular, atelectasias de
absorção, entre outras.
CATÉTER NASOFARÍNGEO
Constituído de material semelhante ao catéter nasal, um tubo plástico,
como uma sonda de aspiração traqueal ou sonda nasogástrica, que é inse-
rido do nariz à nasofaringe, logo abaixo do palato mole. Tem como carac-
terística evitar a perda de O2 ofertado.
Fonte: https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-tubo-do-oxig%C3%AAnio-no-
nariz-do-paciente-image54253283
MÁSCARAS SIMPLES
São de fácil adaptação e relativamente confortáveis, sendo colocadas so-
bre a face do paciente, envolvendo a boca e o nariz. E um método pouco
utilizado em RN e lactentes, em razão da intolerância à máscara, da difi-
culdade de alimentação oral e da pouca confiabilidade na FiO2. Oferta de
O2 com concentração de 40 a 60%.
Fonte: https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-tubo-do-oxig%C3%AAnio-no-
nariz-do-paciente-image54253283
Fonte: Nascimento Milena Siciliano, Santos Érica, Prado Cristiane do. Mistura
hélio-oxigênio: aplicabilidade clínica em unidade de terapia intensiva. Einstein
(São Paulo) [Internet]. 2018.
MÁSCARA DE VENTURI
Um fluxo de O2 alimentado por uma válvula de entrada (adaptador) que
gerar uma FiO2 estável durante o ciclo respiratório. Cada adaptador cor-
responde a uma concentração (24 a 50%) e exige que se ajuste a um de-
terminado fluxo (3-15L/min). Quanto maiores os orifícios e o jato de entra-
da, maior será a concentração de O2 oferecida.
Fonte: https://pediatriaufcspa.wixsite.com/pediatria/dispositivos-para-o2
Fonte: https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2018/06/04/
aprendendo-sobre-a-mascara-de-venturi/
HALO / CAPACETE
São caixas de acrílico que recobrem a cabeça da criança, envolvendo a
região acima do pescoço. Possuem acesso ao paciente através de uma
tampa superior. É o recurso mais utilizado para RN e lactentes jovens, em
situações em que não permitem usar máscara ou catéteres, ou quando é
necessário FiO2 estável. O halo oferece FiO2 de até 100%, de forma precisa.
Fonte: http://www2.udec.cl/ofem/neonat/respir2.htm
Figura 46 - Incubadora
Fonte: https://pt.dreamstime.com/fotografia-editorial-beb%C3%AA-inocente-
rec%C3%A9m-nascido-que-dorme-em-uma-incubadora-image89752847
01 B
02 D
03 C
04 E
05 B
Questões Comentadas
06 B (6-10)
07 B
08 A
09 C
10 E
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10