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E-BOOK

Neuropediatria
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O que caracteriza e diferencia

Fisioterapia Pediátrica

Fisioterapia Neuropediatrica
O que é a fisioterapia pediátrica ?

A fisioterapia pediátrica é uma especialidade voltada


ao tratamento de recém-nascidos, bebês, crianças e
pré-adolescentes.

O objetivo principal da Fisioterapia é promover e


restaurar a funcionalidade. Segundo Gusman & Torre
(2006) o fisioterapeuta, por meio de seu diagnóstico,
identifica os distúrbios cinético-funcionais
prevalentes, elabora a PROGRAMAÇÃO progressiva
dos objetivos fisioterapêuticos, elege e aplica recursos
e técnicas mais adequadas e mantêm o controle da
evolução clínica. Salienta-se a importância da atuação
do fisioterapeuta nos diferentes níveis de
complexidade de atenção à saúde.
Prevenção x Promoção x Reabilitação
Na prevenção a saúde é vista simplesmente
como a ausência de doenças.

Na promoção, a saúde é encarada como um


conceito positivo e multidimensional, que
resulta em um modelo participativo de saúde na
promoção em oposição ao modelo médico de
intervenção.

Na reabilitação é quando o indivíduo está com


uma lesão neurológica ou ortopédica que pode
ter sido ocasionada durante o pré-natal ou
adquirida após o nascimento.
Prevenção
A maioria das pessoas tem uma visão de que a
fisioterapia atua apenas na reabilitação, ou seja, em
crianças que têm algum atraso, síndrome ou
qualquer transtorno em seu desenvolvimento.

Então dentro desse conceito preventivo temos a


intervenção precoce:

A intervenção precoce tem como objetivo auxiliar


os bebês, crianças e adolescentes que já possuem
algum diagnóstico ou que ainda estão em processo
de avaliação e que precisam de intervenção.

O que é a fisioterapia Neuropediátrica

Na neuropediatria a fisioterapia atua com crianças


com o objetivo de recuperação de movimentos
através de exercícios e condutas que gerem a
neuroplasticidade com os processos de
aprendizagem motora do desenvolvimento motor
atípico, das encefalopatias crônicas da infância,
acessibilidades, síndrome de Down,
Mielomeningocele, Duchene, entre tantas outras.
Diagnóstico
O diagnóstico fisioterapêutico é subsídio para que se
trace uma conduta de intervenção, cuja finalidade é
habilitar o indivíduo e capacitá-lo a manter sua
independência funcional. Uma avaliação correta é
fundamental, pois é ela que fornece o diagnóstico
fisioterapêutico preciso que, por sua vez, estabelece
as diretrizes para a intervenção adequada e
individualizada (Levitt, 1995).

Prognóstico
A definição de metas em fisioterapia é parte de um
processo de planejamento terapêutico, o qual deve
ser pautado no modelo biopsicossocial
disponibilizado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), representado pela Classificação Internacional
de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde.
Pontos que influenciam para saber se a criança irá
apresentar um bom prognóstico:

Boa avaliação
Utilização da CIF
Metas Smart
Ambientes da neuropediatria e pediatria

Fisioterapia hospitalar: enfermarias, UTI


Neopediatrica, para tratar de forças respiratória ou
motoras (sequelas). Atualmente algumas forças
respiratórias se não for caso de internação pode ser
acompanhada em um ambulatório.

Curiosidade: Existe um programa chamado de follow-


up: Estes programas surgiram na década de 80 por
meio da iniciativa de pediatras e neonatologistas e
propõem estratégias de avaliação e intervenção
precoce do crescimento e desenvolvimento do bebê
de risco. (Vieira et al., 2009).
Diferença entre Metas e Objetivos

Ambientes da neuropediatria e
pediatria

Fisioterapia ambulatorial: Atua com pacientes de


reabilitação e intervenção precoce.
Fisioterapia em escola: Atua com pacientes que
apresentem diagnóstico fechado e de forma
preventiva, com orientação sobre posicionamento e
adequação postural, transferência, e até manejo da
criança com uso de andador, cadeira de rodas e
muleta canadense.

Fisioterapia na água – hidroterapia: É uma atividade


terapêutica aquática, como uma alternativa para
desenvolvimento neuropsicomotor de bebês e
crianças, com exercícios de forma lúdica.

Fisioterapia em estúdio de pilates: Atualmente tem


vários estúdios de pilates que atendem crianças de
forma preventiva ou que possuem alguma lesão
(ortopédica ou neurológica)

Equoterapia: É uma terapia que utiliza o animal


cavalo como auxílio e que pode ser realizado
exercícios de solo e em cima do cavalo.
ANAMNESE – com família
(responsáveis), escola

Dados da criança (nome, data de nascimento,


idade).
Dados dos pais ou responsáveis (nome, data de
nascimento, idade).
De onde veio o encaminhamento (médico,
espontânea, escola, algum outro serviço)
Histórico familiar.
Doenças pré-existentes dos pais
HMP/HMA: concepção, gravidez planejada, de
forma natural ou inseminação, histórico de
abortos, pré-natal, uso de medicação, alguma
doença ou exame na gravidez.
Trabalho de parto: expectativa e como foi, qual
tipo de parto, tempo de duração, teve alguma
intercorrência. Nasceu de quantas semanas, cm,
kilos, apgar, hospital ou em casa, teve algum
desconforto, chorou ao nascer.
Teve internações? Qual motivo
Doenças infantis?
Medicações
Exames: pezinho, olhinho, ouvido, precisou
realizar algum outro.
Faz algum acompanhamento com terapeuta ou
medico.

- ALIMENTAÇÃO: come via oral? come sozinho,


sonda, dieta, alguma restrição alimentar.
- SONO: sozinho, na cama com os pais, no quarto
com os pais.
- COMPORTAMENTO: faz birra, é nervoso, chora,
agressivo.
- COMUNICAÇÃO: se é verbal, se comunica com
Pac’s.
EXAME FÍSICO E OBSERVAÇÃO
Entra parte de desenvolvimento motor (marcos
motores, reflexos)
EXAME FÍSICO E OBSERVAÇÃO

EXAMES DE IMAGEM: quadril, tornozelo,


coluna, escanometria
AVALIAÇÃO DA MARCHA: como ficam os pés
(fase de balanço para observar pé caído), joelhos,
quadris, tronco, ombros, largura passada, fases
da marcha.
Teste de caminhada de 6 e 10 metros
Teste de caminhada de 6 minutos
Timed up and go
Levar em consideração órteses, andadores,
muletas

Escalas de rastreio

As escalas de rastreio são para identificar atrasos ou


sinais diagnósticos para que você possa encaminhar
a criança para algum profissional específico ou te
nortear sobre os atrasos que essa criança apresenta.

São testes que não há necessidade de realização de


cursos.
M-CHAT - A M-CHAT é uma escala de rastreamento
que pode ser utilizada em todas as crianças durante
visitas pediátricas com objetivo de identificar traços
de autismo em crianças de idade precoce.

CARS - A escala CARS (CHILDHOOD AUTISM


RATING SCALE, em português ESCALA DE
PONTUAÇÃO PARA AUTISMO NA INFÂNCIA) é um
questionário frequentemente utilizado por
profissionais da área da saúde para averiguar a
possibilidade da presença de autismo em crianças.
Costuma ser aplicada a crianças a partir dos 2 anos
de idade e é considerada uma ferramenta pré-
diagnóstica bastante confiável. Dentre todas as
escalas de avaliação do autismo, a CARS é a de maior
validação e preferência.
Escalas de avaliação

Os instrumentos padronizados podem ser utilizados


por inúmeros motivos. Que seriam identificar
atrasos no desenvolvimento, alterações no
desenvolvimento.

Essas avaliações são instrumentos padronizados de


triagem que apresentam itens que mensuram um ou
mais domínio do desenvolvimento infantil.

Instrumentos mais utilizados no Brasil:

BAYLEY – Instrumento americano criado em 1953 por


Nancy Bayley com objetivo de avaliar o
desenvolvimento, do primeiro mês de vida até os 3
anos e 6 meses (motora
grossa/motorafina/linguagem/socioemocional/compo
rtamento adaptativo/ cognitivo).
DENVER II – O teste de triagem de Denver foi
desenvolvido e publicado em 1967 por Frankenburg e
Dodds e revisado em 1990. Está validada e traduzida,
tem como objetivo avaliar o desenvolvimento global
das crianças de 0 aos 6 anos, incluindo pré-termo.

Seus itens de avaliação são divididos em quatro


áreas: motricidade ampla, motricidade fina,
comportamento pessoal-social e linguagem.

Os resultados são classificados em : “passa” (criança


consegue executar a tarefa; “Falha” (criança não
consegue realizar a tarefa); “recusa” (criança não
quer executar tarefa); Não houve oportunidade” (a
criança não executou pois não teve oportunidade
devido ao ambiente ou cuidadores.
ALBERTA INFANT MOTOR SCALE (AIMS) - Teste de
avaliação desenvolvimento motor infantil publicado
em 1994 pelas fisioterapeutas Piper e Darrah. É uma
triagem de observação do desenvolvimento motor
grosso, direcionado a crianças de 0 a 18 meses.

Seu objetivo é identificar os desvios no


desenvolvimento de crianças termo e pré-termo.

São divididos em 58 itens que avaliam a criança em


posições: supino, prono, sentado e em pé.

GMFM - É uma escala de avaliação motora grossa,


aplicada em crianças com paralisia cerebral, com
objetivo de mensurar sua capacidade em realizar
atividades motoras e auxiliar a determinar os
objetivos terapêuticos.

Em 2013 foi publicada a versão simplificada GMFM


-66.
Formação da criança

Concepção: a mulher engravida e inicia o processo de


evolução intra útero e o nosso organismo vai se
formando a partir da concepção. Quando a mãe fica
grávida inicia a afetividade (já dentro do útero), o que
a mãe passa durante a gravidez, alimentação,
exercícios, momentos de estresse, ansiedade,
felicidade, cumplicidade, amor. Todos esses
sentimentos são importantes para a formação do
bebe.

O que se sabe que os hábitos da mãe durante a


gravidez influenciam muito, sua cultura e costumes
estão relacionados a formação de memórias da criança
que está em formação.
Formação da criança

Os neurônios são de várias formas e tamanhos, com


várias ligações em diversos sentidos ( neurônios que
ficam juntos permanecem juntos), quanto mais
ligações neurais ele faz, mas conexões e mais fortes
eles ficam. E com a repetição vai levar a perfeição.

Neurônios que disparam juntos permanecem


unidos.

Formação do sistema nervoso

Nosso organismo se forma e se aperfeiçoa de baixo


para cima ( tronco encefálico e diencéfalo) são órgãos
do sistema límbico. E de fora para dentro. (eu sinto,
percebo e internalizo para aprender)
Nosso corpo forma cefalo caudal e próximo distal
(púbis, ísquio, fêmur, ombros) permitindo à criança
adotar as posturas.

O sistema nervoso surge muito cedo (3ª a 4ª semanas


pós-fecundação) o embrião, como um espessamento
(conjunto de células que se proliferam por divisões
mitóticas ) longitudinal do ectoderma denominado
placa neural; ao invaginar-se, esta placa se transforma
em goteira (ou sulco) neural e, posteriormente, em
tubo neural.

O sistema nervoso surge muito cedo (3ª a 4ª semanas


pós-fecundação) o embrião, como um espessamento
(conjunto de células que se proliferam por divisões
mitóticas ) longitudinal do ectoderma denominado
placa neural; ao invaginar-se, esta placa se transforma
em goteira (ou sulco) neural e, posteriormente, em
tubo neural.
O desenvolvimento do sistema nervoso inicia-se de
poucas células do embrião, denominadas células-
tronco neurais, e sofre, ainda no útero, um explosivo
crescimento chegando a atingir, a partir de
sucessivas, rápidas e precisas divisões mitóticas,
centenas de bilhões de células

Em outras palavras, o desenvolvimento do sistema


nervoso inicia-se de poucas células do embrião,
denominadas células-tronco neurais, e sofre, ainda no
útero, um explosivo crescimento chegando a atingir, a
partir de sucessivas, rápidas e precisas divisões
mitóticas, centenas de bilhões de células

Quando a criança nasce…

Nosso corpo vai se formando e se desenvolvendo, com


isso se formam reflexos. Quando a criança nasce
apaixonada pela mãe, apresenta uma visão sustentada,
apresenta sensibilidade dos gestos ( toque, carinho,
beijo), inicia os gestos e imitação, interação social.
O cérebro infantil tem uma quantidade excessiva de
sinapses; esta exuberância sináptica continua até o
início da adolescência, quando então começa a ser
reduzida por eventos regressivos.

O desenvolvimento infantil vai acontecer a partir


dessas formações neurais. Então a criança vai se
descobrindo e crescendo.

Porém quando algo não se forma corretamente em


nosso sistema nervoso, quando ocorre lesões, sejam
elas no pré-natal, durante o parto ou pós-natal, a
criança pode vir a desenvolver alguma deficiência.
Principais patologias
Encefalopatia crônica não progressiva
A paralisia cerebral (PC) ou encefalopatia crônica não
progressiva (ECNP) é um conjunto de desordens, em
decorrência de distúrbios não progressivos, que
limitam diversos fatores da capacidade funcional,
entre eles o desenvolvimento motor, a comunicação e
a cognição. Tal alteração pode ser resultado de uma
lesão no sistema nervoso central (SNC), no período de
maturação e desenvolvimento, tendo como
consequência o comprometimento do tônus
muscular, da motricidade, deformidades, entre
outros, que variam com a idade da criança e a
localização da lesão cerebral.

Na PC o tônus pode ser classificado em espasticidade,


hipotonia, flutuações, ataxia e misto (Diament et al.,
2010; Fonseca & Lima, 2008). A espasticidade é uma
condição clínica relacionada a lesão de neurônios da
via cortico-espinhal (antiga via piramidal) que modula
os motoneurônios no corno ventral da medula
espinhal.
Alguns pacientes podem apresentar Hipotonia que é o
tônus postural baixo, com cocontracao insuficiente de
tronco e pescoço, o que impede a aquisição de
posturas frente a gravidade. O corpo apresenta-se
excessivamente no plano de apoio, e há falta de
alinhamento devido a uma insuficiente estabilidade
proximal.

No PC também pode ter um estado transitório do


tônus flutuações ou atetoses: são um grupo de
alterações de tônus variável, cujo prejuízo motor é
resultado da lesão nos núcleos da base, ou nas vias
aferentes e eferentes a estes núcleos. A principal
característica deste grupo é a alteração no
planejamento da função motora com consequentes
movimentos involuntários associados ao quadro
clínico.
Topografia funcional e paralisia
cerebral

A classificação topográfica clássica em PC diz respeito


ao local de predomínio da atividade tônica e está
relacionada com a espasticidade.

Hemiparesia: quando há comprometimento de


apenas um hemicorpo, membro superior, tronco e
membro inferior e, usualmente, o prejuízo e mais
acentuado no membro superior;

Diparesia: quando há comprometimento de tronco,


membros superiores e membros inferiores, porém o
prejuízo é mais evidente em tronco inferior e
membros inferiores;

Quadriparesia: quando há envolvimento global dos


membros superiores, inferiores e do tronco e, não
raramente, os membros superiores são mais
comprometidos do que os inferiores.
Mielomeningocele
A mielomeningocele é uma forma de distarfismo
espinhal, causada por defeito no fechamento do tubo
neural durante a quarta semana de gestação.
Resultando em tetraparesia ou paraparesia, bexiga
neurogênica e alterações cognitivas

A lesão ocorre no desenvolvimento embrionário do


sistema nervoso. O tubo neural, que se transforma no
sistema nervoso central, permanece aberto nas
extremidades cranial e caudal por volta do 24º dia de
gestação.

Estudos recentes indicam a influência de fatores


genéticos, ambientais e nutricionais, como a
deficiência de ácido fólico no início da gestação. Os
pacientes podem apresentar outras complicações,
como a malformação de Arnold-Chiari II e a
hidrocefalia. A malformação de Arnold-Chiari II
envolve cerebelo, bulbo e parte cervical da medula
espinhal.
A gravidade e o grau de incapacidade dependem do
local em que ocorreu a lesão medular, bem como dos
outros fatores neurológicos, principalmente a
hidrocefalia.

Síndrome de Down
A Síndrome de Down é uma condição genética causada
pela trissomia do cromossomo 21 e que leva a uma
distribuição cromossômica inadequada durante a fase
de meiose. Cada célula do indivíduo normal possui 46
cromossomos, estes estão divididos em 23 pares; no
portador da Síndrome de Down, o par de número 21
possui um cromossomo a mais, resultando em 47
cromossomos.
Duchene
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma
patologia de caráter genético, que se relaciona
diretamente ao gene x. Pode acontecer devido a
diversos fatores, podendo citar dentre eles: a mutação
relacionada ao gene da distrofina, que irão alterar as
suas quantidades no corpo humano, pois vai acontecer
uma diminuição ou ausência completa desta proteína
no corpo.

As distrofias encontram-se presentes no sarcolema


das fibras musculares. Possui como função principal a
contração muscular, além de proporcionar proteção às
fibras musculares que podem ocorrer devido a danos
pela contração ou necrose (Fortes et al, 2018).
É uma doença genética que causa fraqueza muscular
progressiva e leva à paralisia total e à morte súbita nos
últimos anos da adolescência ou em adultos jovens.

A DMD é caracterizada por padrões bem conhecidos


de degeneração e fraqueza muscular progressivas,
compensações posturais, risco de contratura e
deformidade. O comprometimento grave, progressivo
e irreversível da musculatura esquelética ocorre
devido a um defeito bioquímico intrínseco da célula
muscular denominada Distrofia. Com o aumento da
idade, isso causa uma perda progressiva de habilidades
funcionais que afetam a mobilidade (subir escadas,
caminhar, ficar em pé, sentar e transferir entre objetos
como uma cadeira ou cama), atividades da vida diária
(vestir-se, tomar banho e comer) e, eventualmente a
respiração .
Esta síndrome pode ser repassada de forma
hereditária, por genética familiar. Afeta diretamente o
sistema motor, afetando a questão da mobilidade,
força muscular, equilíbrio, condicionamento físico.
Ocorre de forma progressiva, ocasionando uma piora
do estado físico e motor no paciente, sendo
irreversível. A sua ocorrência se caracteriza pela
ausência e deficiência de protases do sarcolema.

Para se ter um bom resultado no


tratamento
Trabalho em equipe

Família - é uma troca diária, orientação aos pais sobre


as fases do desenvolvimento, importância das
posturas e o modo assertivo de se colocar a criança,
ambiente domiciliar (se precisa realizar alguma
mudança) e o afeto da família faz com que as
orientações sejam seguidas com mais facilidade.
Pontos que precisam ser levados em
consideração
Criança ser o foco central do tratamento
Bem estar geral (emocional, físico)
Poder de escolha da criança e da família para
participar ativamente
Parcerias
Intervenção precoce
Prática baseada em evidência

Terapia intensiva x Reabilitação


intensiva
A terapia intensiva é realizada através de
tratamentos específicos e protocolos que são
utilizados dentro deles. Como por exemplo o
pediasuit.

Já uma reabilitação intensiva se dá quando eu preciso


aumentar o tempo de terapia como paciente. Para
trabalhar determinados objetivos e condutas.
Objetivos x Condutas

Objetivos são o que eu Objetivos são o que


como fisioterapeuta eu como
quero alcançar com fisioterapeuta
meu paciente. quero alcançar com
meu paciente.

São os que a família irá


São os que a
buscar melhorar no
família irá buscar
filho (a). melhorar no filho
(a).
São os que a criança
almeja. São os que a
criança almeja.
Técnicas a tratamentos

A diferença entre método e técnica é que: o método é


o conjunto geral de procedimentos utilizados em um
protocolo de atendimento, enquanto a técnica é um
instrumento que utilizamos dentro do atendimento
para atingir o objetivo.

Métodos

Pediasuit x Therasuit
Bobath
Treinos de marcha
Hidroterapia
Terapia-Espelho
Terapia de movimento induzido por restrição
Medeck
Psicomotricidade
Recursos terapêuticos

Terapia na piscina utilizando as condutas de


fortalecimento
Uso da bola
Plataforma vibratória
Bandagem elástica
Cinesioterapia – (Mobilização articular e
alongamento ativo)
Brincar de forma direcionada
Eletroterapia

Pediasuit

É uma terapia intensiva onde a criança fica com o


fisioterapeuta 80 horas mensais divididas em 20
horas semanais (4 horas diárias).
Possuem três princípios: macacão terapêutico
ortopédico; terapia intensiva quatro horas por dia 5
vezes na semana por 4 semanas – podendo ser
repetida de acordo com a necessidade da criança;
participação motora do paciente

Este protocolo consiste em fases: aquecimento,


colocação do pediasuit, exercícios de solo, spider cage
(gaiola), treino de marcha, monkey cage
(fortalecimento através de roldanas), atividades de
motricidade fina.

O Conceito Bobath está definido como uma


abordagem de resolução de problemas para avaliar e
tratar indivíduos com distúrbio da função, movimento
e controle postural, devido a uma lesão do sistema
nervoso central, independente do grau de
incapacidade.
E seu objetivo é que a criança alcance essa função com
a máxima e qualidade possível, considerando os
limites do indivíduo e do ambiente, otimizando desta
forma sua Atividade e Participação, e subsequente
qualidade de vida. Sendo desta forma congruente com
a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade).

Brincar funcional

Quando a família te pergunta. Meu filho (a) só vem


para brincar em terapia o que você responde?

Bom digamos que eu respondo sim! A criança é um ser


brincante e ela irá aprender as tarefas de várias
maneiras, porém quando se brinca você trás
oportunidades para ela criar o mundo dela.

O brincar estimula imaginação, imitação, repertório


motor, planejamento motor entre outros objetivos.

“ O brincar é um elo que eu estabeleço com a criança.”


Psicomotricidade
É uma ciência que estuda o corpo humano, a
integração das funções motoras e psíquicas em
consequência da maturação neurológica e da
compreensão do funcionamento do cérebro..
Comprovada por lei n° 13794 (03 de janeiro de 2019).

Que possui um tripé: afeto, cognitivo, motor.

Está associada ao movimento, a cognição e a


emoção. Tem relação com o meio.

É uma ciência que estuda o corpo humano, a


integração das funções motoras e psíquicas em
consequência da maturação neurológica e da
compreensão do funcionamento do cérebro..
Comprovada por lei n° 13794 (03 de janeiro de 2019).

Que possui um tripé: afeto, cognitivo, motor.

Está associada ao movimento, a cognição e a emoção.


Tem relação com o meio.
Para se ter um bom tratamento
precisamos levar em consideração
alguns requisitos

Criança ser o foco central do tratamento


Bem estar geral (emocional, físico)
Poder de escolha da criança e da família para
participar ativamente
Parcerias

Para sua terapia funcionar

Intervenção

Ambiente

Tempo

Rotina

Exploração
Para sua terapia funcionar
As combinações de tratamento são necessárias.

Para se realizar uma boa terapia, precisamos ter uma


maleta de recursos. Tudo que aprendemos na
faculdade, cursos, aprimoramento, especialização,
pós graduação, vai se guardando.

Nas terapias combinadas além de eu criar uma maleta


com todas as técnicas que eu aprendi, eu posso
realizar atendimento em conjunto.

Com as áreas de terapia ocupacional, fonoaudiologia,


psicologia

A fisioterapia realizada dentro de um ambiente com


mais de um terapeuta leva ao crescimento pessoal e
profissional e ao desenvolvimento da criança.
Ambiente
Eu posso combinar locais com técnicas que vou
utilizar.

Parques
Piscina
Domicílio
Ambulatório
Hospital

Minha experiencia em atendimento

Bom para você saber qual técnica, método irá utilizar,


você precisa primeiramente conhecer a criança,
conhecer os gostos dela, saber os objetivos que quer
alcançar e aí você irá conseguir decidir quais técnicas e
condutas.

As técnicas são as nossas ferramentas para atingir os


objetivos que queremos.
Bom para você saber qual técnica, método irá utilizar,
você precisa primeiramente conhecer a criança,
conhecer os gostos dela, saber os objetivos que quer
alcançar e aí você irá conseguir decidir quais técnicas e
condutas.

As técnicas são as nossas ferramentas para atingir os


objetivos que queremos.
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o Professor Aline Camargo
para o curso de "Neuropediatria ".

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