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FISIOTERAPEUTICO
O Diagnóstico Fisioterapêutico constitui o conjunto de procedimentos e rotinas
diagnósticas, realizadas pelo fisioterapeuta, com a finalidade de identificar,
quantificar e qualificar o distúrbio cinético-funcional de órgãos e sistemas,
sensíveis à abordagem fisioterapêutica, direta ou sinergicamente.
História
Um homem de 27 anos se apresentou a fisioterapia com um início insidioso de dor na face
lateral do joelho direito. Ele identificou o Cooper como uma atividade provocativa. O
problema começou a 4 semanas atrás durante sua corrida usual de 30 minutos. No inicio a
dor aparecia após 20 minutos de corrida mas atualmente aparece após 5 minutos e o impede
de correr mais do que 20 min. A dor também é notada subindo ou descendo escadas ou ao se
levantar de uma cadeira.
O paciente tem boa saúde e não tem história de trauma no membro inferior. Não há
sintomas de formigamento, fraqueza ou crepitação.
Inspeção
O paciente tem uma postura desleixada, com extensão de quadris bilateral, rotação interna
excessiva de quadris e rotação externa tibial compensatória. ambos os pés são pronados
sendo o direito mais do que o esquerdo.
Análise da marcha
Demonstrou controle pélvico pobre durante a fase de apoio com rotação interna
rápida do quadril no toque do calcanhar. O tamanho do passo a direita está diminuído
assim como o tempo de apoio. Na fase de apoio há pronação excessiva e prolongada do
pé direito.
Avaliação física
Nenhuma alteração foi encontrada no quadril direito com exceção de leve
encurtamento do reto femoral. A capacidade de contração estática do glúteo máximo
estava reduzida e o glúteo médio também demonstrou recrutamento pobre. Na
avaliação do joelho não foi revelado um desalinhamento patelar ou disfunções do
movimento articular tibio-femoral. Teste do menisco, ligamento e TFL se mostraram
negativos. O tecido neural do membro inferior tinha boa mobilidade/alongamento e foi
negativo na palpação. Exame do pé e tornozelo mostraram os maiores desvios, com
redução significante de dorsiflexão talo-crural, valgo de calcâneo de 5 graus e o
primeiro metatarso em plantiflexão.
DIAGNÓSTICO CINÉTICOFUNCIONAL – ANTES E DEPOIS
DO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Caso 5
• Início do problema: após acidente de bicicleta durante treino, sofreu fratura de bordo
inferior da escápula esquerda, permanecendo imobilizada por longo período; na época foi
tratada com fisioterapia tradicional.
• Quadro Clínico: Início do quadro durante seus treinamentos para os Jogos Olímpicos de
Sidney 2000, com dores ao redor do bordo da escápula esquerda com limitação de
movimento para extensão e “desenrolar” do ombro no final da braçada na natação,
prejudicando seus treinamentos, e posteriormente evoluindo para dores em região lombar
e quadril do mesmo lado também nos treinos de ciclismo e corrida.
Caso 7
Paciente relatou que no ano de 2002 ela estava na cozinha de sua casa fazendo suas
AVD’s, quando seu filho, que estava brincando com um amigo, jogou uma tesoura que
veio a atingir a cabeça da paciente; a paciente ficou com paralisia do lado E pelo período
de 1 mês, não realizou fisioterapia, mas se recuperou. Após esse incidente a paciente
tinha desmaios constantes; e nesse mesmo ano a pacientetambém relatou que subiu em
cima do telhado da casa, onde tropeçou e caiu, fraturando a região lombar (T12-L1).
Além disso, um dos filhos da paciente faleceu, o que desencadeou um quadro leve de
depressão. Ela tem insônia e refere conseguir dormir apenas com auxílio de
medicamentos. Diz que “a dor incomoda o dia todo” e, “quando caminha por muito
tempo, sente muitas dores nas pernas e nas costas”; também se descreveu como “muito
nervosa e ansiosa”, e que pela manhã tem dormência nas mãos e pés; apresenta escala
análoga visual de dor em grau 5.
Ao exame físico, apresentou os sinais vitais de PA: 130/90mmhg; FC: 120 bpm; Fr:
24rpm; Padrão Respiratório: misto. Paciente apresentou-se humorada e
colaborativa. Na inspeção estática em vista anterior, apresentou-se com cabeça
rodada à D; ombros assimétricos E mais elevado; clavículas simétricas; triângulo de
Tales assimétrico lado E; pelve assimétrica lado E mais elevado; linha alba côncava à
E; crista ilíaca assimétrica lado E mais elevado; joelhos varo, com rotação externa;
apoio pés normal; em vista posterior, apresentou-se com cabeça rodada à E;
ombros assimétricos E mais elevado; escápulas simétricas; pelve rodada à E; pregas
glúteas assimétricas lado E mais elevado; pregas poplíteas simétricas; processos
espinhoso alinhados; tronco, calcâneo e tornozelos normais; em vista lateral,
apresentou-se com cabeça anteriorizada; ombros normal; coluna torácica normal;
pelve normal; quadril normal; abdome protuso; joelho normal; pés normal.
À inspeção dinâmica em ADM apresentou-se em flexão, extensão, abdução e
adução de ombro e quadril normal; flexão e extensão de joelho, cotovelo e punho
normais; flexão, extensão e inclinação lateral da cabeça normal, porem com a
rotação da cabeça para o lado E diminuído; flexão, extensão e inclinação lateral de
tronco normal. Em flexibilidade, apresentou piriforme normal, quadrado lombar
normal, ísquios tibiais com encurtamento bilateral.
Na marcha e equilíbrio apresentou-se normal. Na palpação teve presença de dor
em região lombar e torácica e em paravertebrais; sem presença de edemas e com
contraturas musculares em paravertebrais; com presença de varizes bilateral nas
pernas. Á palpação dos tender points, dos 18 pontos presentes ela sentiu dor à
palpação em 17 pontos, sendo que referiu uma dor maior em joelho D, trocanter
bilateral, glúteo D, epicôndilo lateral D; sendo que nos outros pontos referiu dor
com menos intensidade, e sem dor em supraespinhal E.
Caso 8
M. A., mulher destra de 74 anos de idade, portadora de fibrilação
atrial, caiu abruptamente de sua cadeira, ficando impossibilitada de mover seu
lado direito. Na emergência onde foi atendida, evidenciou-se uma grande
impossibilidade de movimentar-se à direita associada com amputação de campo
visual à direita, impossibilidade de falar e deficiência sensitiva do hemicorpo
direito. Os olhos estavam desviados e paralisados conjugadamente para a
esquerda. Uma tomografia computadorizada do crânio, realizada 48 horas após
o evento, revelou uma extensa lesão isquêmica no hemisfério esquerdo, e o
exame cardiológico revelou arritmia cardíaca como causa do AVC embólico da
paciente.