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2020
Caderno de Questões
NUTRIÇÃO
INSTRUÇÕES
Este Caderno de 25 Questões compreende a Prova de Nutrição.
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As questões de 01 – 10 (Saúde Coletiva), 11 – 25 (Conteúdo da Área Específica de Nutrição).
2 Cada questão objetiva apresenta cinco opções de resposta, das quais apenas uma é correta.
3 Interpretar as questões faz parte da avaliação; portanto, não adianta pedir esclarecimentos aos Fiscais.
4 Utilize qualquer espaço em branco deste Caderno para rascunhos e não destaque nenhuma folha.
5 Os rascunhos e as marcações feitas neste caderno não serão considerados para efeito de avaliação.
6 Você dispõe de, no máximo, quatro horas para responder as questões e preencher o cartão de respostas.
Antes de se retirar definitivamente da sala, devolva ao fiscal o cartão de respostas e este caderno.
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É terminantemente proibido sair com este caderno de questões até que se conclua o horário das provas.
a) A atenção de urgência e emergência é considerada uma porta de entrada para as ações e os serviços de saúde nas RAS.
b) Tem como característica a formação de relações verticais entre os pontos de atenção, tendo a Atenção Básica como centro de
comunicação.
c) O cuidado na RAS é visto por uma atenção contínua e integral dos usuários, considerando suas necessidades avaliadas por uma
equipe multiprofissional.
d) Tem como centro de comunicação a atenção especializada que permite a organização das ações e estratégias em saúde.
e) A Atenção Básica é a porta de entrada para a RAS e por isso deve incorporar principalmente tecnologias duras no cuidado em saúde.
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Questão 02
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS}
e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
Com base nesta lei, analise as afirmativas abaixo:
I. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a
situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo
Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
II. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo,
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários com igual proporção de representatividade. Os usuários (25%),
representantes do governo (25%), trabalhadores de saúde (25%) e prestadores de serviço (25%).
III. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em
regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
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É correto o que se afirma em:
a) I e II
b) II e III
c) Apenas a I
d) I e III
e) Apenas a II
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Questão 03
A construção da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) iniciou-se a partir do atendimento das
diretrizes e recomendações de várias conferências nacionais de saúde e das recomendações da organização Mundial da saúde (OMS).
Um dos seus objetivos atuais é incorporar e implementar a PNPIC no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e
recuperação da saúde, com ênfase na Atenção Básica, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral em saúde (BRASIL,
2015).
Com base nesta temática, marque a alternativa correta quanto às diretrizes desta política.
a) Incentivo à inserção da PNPIC em todos os níveis de atenção, com ênfase na atenção especializada.
b) Desenvolvimento de estratégias de qualificação em PIC para profissionais no SUS, em conformidade com os princípios e diretrizes
estabelecidos para a educação permanente.
c) Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da PIC para principalmente os gestores dos serviços em saúde, considerando
as metodologias propostas de cuidado em saúde de cada município.
d) Articulação com a Política Nacional de Atenção à Saúde das comunidades ribeirinhas e demais políticas do Ministério da Saúde.
e) Monitoramento dos fitoterápicos por parte dos gestores e profissionais de saúde que atuam com esta prática integrativa.
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Questão 04
A Atenção Domiciliar (AD) é uma forma de atenção à saúde, oferecida na moradia do paciente e caracterizada por um conjunto de ações
de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à Rede de
Atenção à Saúde. Com abordagens diferenciadas, esse tipo de serviço está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com
a necessidade do paciente, esse cuidado em casa pode ser realizado por diferentes equipes. Considerando esta afirmativa analise o caso
abaixo:
Dona Maria, 76 anos, com história de quedas, resultando em fratura de fêmur direito há três meses. A médica da USF realizou visita junto
à enfermeira e registrou no prontuário que: a idosa já está deambulando (com pequena dificuldade), apresentando perda de peso e estável
clinicamente.
Considerando o relato da idosa e a atenção domiciliar, marque os profissionais que deverão prestar assistência nesta fase frente ao seu
quadro clínico:
a) Profissionais da UPA.
b) Profissionais do Programa Melhor em Casa.
c) Profissionais da ESF e NASF.
d) Profissionais da equipe de apoio de atenção domiciliar.
e) Profissionais da equipe do SAMUR.
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Questão 05
As equipes de saúde da Atenção Básica, seus trabalhadores, têm que estar abertos para perceber as peculiaridades de cada situação que
se apresenta, buscando agenciar os tipos de recursos e tecnologias (leves, leve-duras e duras) que ajudem a: aliviar o sofrimento, melhorar
e prolongar a vida, evitar ou reduzir danos, (re)construir a autonomia, melhorar as condições de vida, favorecer a criação de vínculos
positivos, diminuir o isolamento e abandono (BRASIL, 2013).
Leia o texto abaixo:
“A capacidade de acolhida e escuta das equipes de saúde, aos pedidos, demandas, necessidades e manifestações dos usuários no
domicílio, nos espaços comunitários e nas unidades de saúde é um elemento-chave para resolutividade na Atenção Básica” (CAMPOS,
2003).
Considerando o trecho acima, identifique o tipo de tecnologia que o autor se refere no processo do cuidado na Atenção Básica.
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não basta ter uma recepção e um profissional para acolher os usuários, pois o acolhimento não se reduz a uma etapa nem a um lugar
(BRASIL, 2013).
Levando em consideração o acolhimento na Atenção Básica leia atentamente as afirmativas abaixo:
I. O acolhimento como diretriz é um processo que demanda de transformações intensas na maneira de funcionar a Atenção Básica,
exigindo um conjunto de ações articuladas, envolvendo usuários, trabalhadores e gestores.
II. O acolhimento dos usuários exige que a equipe reflita sobre o conjunto de ofertas que ela tem apresentado para lidar com as
necessidades de saúde da população.
III. As necessidades dos usuários durante o acolhimento têm baixo impacto no reconhecimento de riscos e vulnerabilidades e
realização e acionamento de intervenções por parte da equipe que atuam na Atenção Básica.
a) Apenas a I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
e) I, II e III.
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Questão 07
O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por
categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. É formada por diferentes ocupações
(profissões e especialidades) da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos
profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB) (BRASIL, 2017). Quanto às competências dos profissionais
que atuam no Nasf-AB analise as afirmativas abaixo:
I. Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas.
II. Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando
no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos
quanto sanitários.
.
III. Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos,
educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade.
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
e) Apenas a I.
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Questão 08
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada por um conjunto de atores envolvidos historicamente
com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, população, trabalhadores e
gestores das três esferas de governo. As atribuições dos profissionais das equipes que atuam na Atenção Básica deverão seguir normativas
específicas do Ministério da Saúde, bem como as definições de escopo de práticas, protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, além de
outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
São atribuições comuns a todos os membros das Equipes que atuam na Atenção Básica:
a) Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos
expostos a riscos e vulnerabilidades.
b) Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de informação da
Atenção Básica vigente e de outros níveis de atenção, utilizando as informações sistematicamente para a análise da situação de
saúde.
c) Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita, no âmbito da Unidade Básica de Saúde, não sendo possível no âmbito
domiciliar e demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros).
d) Participar do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento humanizado, identificando as necessidades de intervenções de
cuidado e agendamento das consultas conforme disponibilidade da equipe.
e) Realizar consultas clínicas, planos de cuidado e atividades de grupos na UBS, garantindo um atendimento integral a todos os usuários
cadastrados naquele território.
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Questão 09
Leia atentamente a história de Dona Clélia.
Dona Clélia, acompanhada de sua nora Sebastiana, procura a Unidade de Saúde da Família, queixando-se que não consegue dormir
devido às dores nas costas. A paciente é encaminhada pelo acolhimento da eSF para a consulta de enfermagem, onde a residente de
medicina acompanhava os atendimentos. Ana Maria, enfermeira da USF, ao indagar a paciente sobre o motivo das dores, recebe como
resposta: - "É velhice doutora".
Ao realizar o exame físico, a enfermeira observa que a acompanhante não permite que Dona Clélia levante a blusa. Discretamente,
solicita ficar à sós com a paciente para a realização de alguns procedimentos. Após a saída da acompanhante, a enfermeira solicita
autorização para retirar a blusa da senhora e observa equimoses nas costas, sugestivas de violência doméstica.
Ao indagar Dona Clélia sobre as manchas, ela encobre seu rosto com as mãos e com lágrimas no rosto desabafa: -"Meu filho perdeu
a cabeça, mas ele é um bom menino...".
Histórias como as de Dona Clélia são comuns no contexto das equipes de Saúde da Família, diante de situações tão complexas é natural
que a equipe fique em dúvida em como manejá-las. Deste modo, é possível solicitar apoio matricial de profissionais de outras
especialidades para auxiliar na construção do cuidado.
Com base nesta problemática, assinale a alternativa que corresponde ao Apoio Matricial:
a) O apoio matricial oferece apenas retaguarda assistencial às equipes de referência no território de uma única equipe de saúde.
b) O apoio matricial deve realizar apenas o suporte técnico-pedagógico às equipes de referência, não sendo possível participar do projeto
terapêutico da paciente.
c) As diretrizes do apoio matricial não devem prever critérios para acionar o apoio matricial em casos assistenciais, uma vez que é papel
do apoio apenas as atividades de gestão.
d) O apoio matricial deve realizar a retaguarda assistencial de todo o território de uma equipe e oferecer suporte técnico-pedagógico a
mais de uma equipe de referência.
e) O apoio matricial serve de retaguarda assistencial para as equipes de referência, ofertando suporte técnico-pedagógico conforme as
necessidades das equipes.
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Questão 10
Dona Clélia (história relatada acima), acompanhada de sua nora Sebastiana, procura a Unidade de Saúde da Família, queixando-se que
não consegue dormir devido às dores nas costas. A paciente é encaminhada pelo acolhimento da eSF para a consulta de enfermagem,
onde a residente de medicina acompanhava os atendimentos. Ana Maria, enfermeira da USF, ao indagar a paciente sobre o motivo das
dores, recebe como resposta: - "É velhice doutora".
Ao realizar o exame físico, a enfermeira observa que a acompanhante não permite que Dona Clélia levante a blusa. Discretamente, solicita
ficar à sós com a paciente para a realização de alguns procedimentos. Após a saída da acompanhante, a enfermeira solicita autorização
para retirar a blusa da senhora e observa equimoses nas costas, sugestivas de violência doméstica.
Ao indagar Dona Clélia sobre as manchas, ela encobre seu rosto com as mãos e com lágrimas no rosto desabafa: -"Meu filho perdeu a
cabeça, mas ele é um bom menino...".
Diante do caso, avalie as alternativas e assinale a que corresponde a conduta correta a ser realizada pela profissional de saúde e residente
no momento sequencial desta consulta, considerando os pressupostos da Clínica Ampliada e Humanização em Saúde.
a) A enfermeira deverá acionar o SAMU, por ser considerado um caso de urgência, encaminhando a paciente a um atendimento
hospitalar, além de acionar também a delegacia da mulher para averiguação da denúncia.
b) As profissionais deverão realizar escuta qualificada, acolher e apoiar a demanda, registrar em prontuário o exame físico, prescrever
medicamentos sintomáticos, informar os direitos da paciente e notificar as autoridades competentes.
c) A conduta deverá ser baseada no tratamento medicamentoso e sintomático das dores da paciente, visto que não há comprovação da
suspeita de violência, orientando a procurar a delegacia caso necessite.
d) A enfermeira deverá encaminhar para uma avaliação psicológica para que a usuária possa desabafar sobre seus problemas familiares,
além de também encaminhar para o NASF para averiguação da denúncia.
e) A abordagem da profissional deverá ser focada no cuidado psiquiátrico, portanto deverá ser encaminhada para uma prática integrativa
como a Terapia Comunitária para abordagem do sofrimento mental de forma coletiva.
a) Antes do retorno ao trabalho manter o aleitamento materno e introduzir, pontualmente, o leite artificial adequado para a idade,
garantindo assim a nutrição caso, na ocasião do retorno, o leite materno ordenhado e armazenado não seja suficiente.
b) Quinze dias antes do retorno ao trabalho, iniciar o estoque de leite materno praticando a ordenha, preferencialmente com auxílio de
bomba elétrica, procedendo o adequado congelamento.
c) Após o retorno laboral, durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em congelador,
considerando que o leite cru pode ser conservado em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias.
d) Após o retorno ao trabalho para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, esse deve ser descongelado no fogo em banho-
maria. Antes de oferecê-lo à criança, deve ser homogeneizado através de suave agitação.
e) O leite ordenhado deve ser oferecido à criança, de preferência, utilizando-se copo, xícara ou colher. A técnica consiste em encostar a
borda do copo no lábio inferior do bebê, deixar o leite materno tocar o lábio e, posteriormente, despejar o leite na boca do bebê.
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Questão 13
A introdução alimentar, em idade oportuna, além de complementar as necessidades nutricionais, aproxima progressivamente a criança dos
hábitos alimentares da família e ou cuidador e proporciona uma adaptação do bebê a uma nova fase do ciclo de vida, na qual lhe são
apresentados novos sabores, cores, aromas e texturas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).
Uma vez que o profissional de saúde torna-se promotor da alimentação saudável quando é capaz de traduzir, para a comunidade que
assiste, os conceitos técnicos de forma prática, a exemplo de técnicas adequadas de preparo, noções de consistência e quantidades ideais
das refeições e opções de diversificação alimentar que contemplem as necessidades nutricionais para cada fase do desenvolvimento,
analise as assertivas que seguem:
I. Nesta fase, como consequência do seu desenvolvimento, a criança não se satisfaz mais em somente olhar e receber passivamente
a alimentação, deste modo é importante que se dê liberdade para que ela explore o ambiente e tudo que a cerca, inclusive os
alimentos, permitindo que tome iniciativas.
II. No início da alimentação complementar os alimentos devem ser amassados com o garfo, liquidificados ou peneirados, apresentar
a consistência de papas ou purês, respeitando o desenvolvimento das crianças.
III. Aos seis meses de vida da criança a primeira “papa” deve ser oferecida. Tal refeição deve conter alimentos de todos os grupos:
cereais ou tubérculos, leguminosas, hortaliças (verduras e legumes), carnes e, inclusive ovos cozidos, devem fazer parte das
refeições desde esse período.
IV. O consumo de mel deve ser evitado no primeiro ano de vida pois apesar de suas excelentes propriedades, tem sido implicado em
fonte alimentar que pode conter esporos de Clostridium perfringens, sendo a criança nesta fase menos resistente, podendo
desenvolver uma grave doença com repercussões gastrointestinais e neurológicas.
V. Se a criança não estiver sendo alimentada com leite materno e, portanto, em uso de fórmula infantil ou leite de vaca, a partir dos
quatro meses, deve-se iniciar a introdução de outros alimentos para suprir as necessidades nutricionais.
Com relação a alimentação complementar, segundo o Ministério da Saúde (2015), são orientações corretas o que se afirma em:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) III e V.
a) I e V.
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Questão 14
Segundo o Ministério da Saúde (2015) o consumo alimentar saudável é um dos determinantes do estado nutricional, e relaciona-se à saúde
em todas as etapas do curso da vida. Assim, o monitoramento das práticas de consumo alimentar, como parte da Vigilância Alimentar e
Nutricional (VAN), coopera com o diagnóstico da situação alimentar e nutricional e, ao mesmo tempo, fornece subsídios para o
planejamento e a organização do cuidado da população adstrita aos serviços de Atenção Básica.
A respeito da avaliação através de marcadores de consumo alimentar na atenção básica, segundo o Ministério da Saúde (2015), identifique
a alternativa correta:
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a) Os formulários para avaliação de marcadores de consumo alimentar propõem a avaliação através da frequência de consumo de
alimentos (FCA), o que ameniza possíveis vieses de memória.
b) Os objetivos dos formulários para avaliação de marcadores de consumo alimentar são possibilitar a identificação de práticas
alimentares saudáveis e não saudáveis e, sobretudo, viabilizar a realização da VAN por todo profissional de saúde,
independentemente da sua formação.
c) No formulário de marcadores de consumo alimentar o bloco de questões relacionadas às crianças de 6 a 23 meses e 29 dias permitem
avaliar a prática de aleitamento materno assim como a introdução precoce de alimentos.
d) A referida publicação apresenta orientações práticas a serem reforçadas, exclusivamente pelo nutricionista da Atenção Básica, diante
das respostas obtidas na aplicação do formulário de marcadores de consumo.
e) No formulário de marcadores de consumo, instrumento que orienta o profissional de saúde na captação das informações essenciais,
é possível e necessária a avaliação do consumo alimentar de crianças a partir dos seis meses de idade.
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Questão 15
O objetivo do material “Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema
de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN” é divulgar as informações básicas sobre antropometria, visando a coleta de informações
necessárias para a realização da Vigilância Nutricional entre indivíduos de diferentes fases do curso da vida (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2011).
Considerando que o método antropométrico representa um importante recurso para a avaliação do estado nutricional do indivíduo e, ainda,
oferece dados para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, analise as alternativas e identifique
a correta:
a) A Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN recomenda a coleta do peso e da estatura para todos os indivíduos (crianças, gestantes,
adolescentes, adultos e idosos) e da circunferência da cintura no caso de adultos e gestantes.
b) As crianças menores de 2 anos devem ser pesadas e medidas sempre completamente despidas e na presença da mãe ou do
responsável, pois estes devem auxiliar na retirada da roupa da criança, assim como na tomada da medida.
c) A medida da estatura pode ser obtida na posição deitada, em sentido horizontal, quando se trata da altura e, na posição em pé, no
sentido vertical, para o que se denomina comprimento.
d) Com relação as fases do curso da vida e suas faixas etárias contempladas pela Vigilância Nutricional, considera-se: criança aquele
menor de 16 anos de idade; adolescente aquele maior ou igual a 16 anos e menor que 20 anos de idade; Adulto aquele maior ou igual
a 20 anos e menor que 60 anos de idade; Idoso aquele maior ou igual a 60 anos de idade, e gestante qualquer mulher grávida.
e) Na primeira consulta de pré-natal, a avaliação nutricional da gestante adulta ou adolescente, permite conhecer seu estado nutricional
atual, devendo a estatura ser aferida apenas nesta ocasião.
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Questão 16
Considerando a magnitude das carências nutricionais no país e as evidências quanto ao impacto positivo da fortificação com
micronutrientes na redução da anemia e outras carências nutricionais específicas, a partir de 2014, tem início no Brasil a estratégia de
fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó – NutriSUS, como ação optativa nas creches participantes do Programa
Saúde na Escola (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).
A esse respeito, identifique a alternativa correta:
a) O NutriSUS prevê o atendimento de todas as crianças com idade a partir 12 meses e até 48 meses que estão matriculadas em creches
participantes do Programa Saúde na Escola, porém podem ser contempladas crianças de até cinco anos de idade.
b) A intervenção consiste em duas etapas ou ciclos: administração de dois sachês/dia (até completar 60 sachês) e pausa de
administração de três a quatro meses, sendo imprescindível que a ação seja adaptada ao calendário escolar da creche para que não
haja interrupção.
c) Por ser uma ação de saúde pública de caráter universal e preventiva realizada nos estabelecimentos de educação infantil (creches),
os sachês com micronutrientes em pó podem ser oferecidos à criança sem a autorização formal do responsável legal.
d) O uso dos sachês é de fácil administração, devendo ser adicionado na alimentação da criança pronta para o consumo a exemplo de:
no arroz com feijão e papas/ purês, assim como misturado em líquidos tais como água, leite ou suco.
e) A criança que recebe a megadose de vitamina A do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, pode receber o sachê,
porém a criança que recebe o sachê de micronutrientes na creche não deve receber os suplementos de ferro, para fins preventivos,
distribuídos na Unidade Básica de Saúde.
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Questão 17
A humanização da saúde e o atendimento integral aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) são metas que vêm sendo almejadas
pelos trabalhadores e profissionais da saúde pública atualmente. Para tanto, são repensadas estratégias de ação e produção do cuidado
que coloquem o usuário no centro da atenção e sua saúde como fim, a exemplo do Projeto Terapêutico Singular que é um conjunto de
propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe
interdisciplinar. Portanto, é uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o Sujeito com
alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações (BRASIL, 2007). Para a Política de
Humanização do Sistema Único de Saúde, o Projeto Terapêutico Singular é composto por quatro momentos, são eles:
I. Uma vez que o melhor indicativo de que a criança não está recebendo volume adequado de leite é a constatação, por meio do
acompanhamento de seu crescimento, de que ela não está ganhando peso adequadamente, deve-se apontar a necessidade da
avaliação antropométrica.
II. Visto que a má pega da mama é a principal causa de remoção ineficiente do leite, esta deve ser avaliada, pois embora a sucção
do recém-nascido seja um ato reflexo, é necessário que aprenda a retirada do leite do peito de forma eficiente.
III. Esclarecer que o tamanho das mamas não tem relação com a produção do leite e que, nos primeiros meses, é normal que a
criança mame com frequência e sem horários regulares, devendo ser a livre demanda estimulada.
IV. Visto que a alimentação ideal (variada e equilibrada) da nutriz é essencial, deve-se orientar o ajuste desta, uma vez que a produção
do leite materno de boa qualidade e quantidade não é possível através do consumo de dietas subótimas.
V. Usando a técnica do aconselhamento em amamentação, após ouvi-la, entendê-la e dialogar com ela sobre os prós e contras das
opções, deve-se dizer à nutriz o que ela deve fazer. Assim, com vistas a aliviar a tensão materna, deve ser indicada a
suplementação com outros leites, idealmente a fórmula de partida.
I. O nutricionista tem o dever de manter sigilo e respeitar a confidencialidade de informações no exercício da profissão, salvo em
caso de exigência legal.
II. É direito do nutricionista ter acesso a informações referentes a indivíduos e à coletividade sob sua responsabilidade profissional
que sejam essenciais para subsidiar sua conduta técnica.
III. O nutricionista deverá apresentar mais de uma opção ao prescrever suplemento, indicando marcas de produtos, empresas ou
indústrias, mas, caso não haja opção com a mesma composição que atenda a finalidade desejada, deverá apenas indicar a
composição do produto.
IV. Quanto à conduta e prática profissional, é dever do nutricionista realizar o atendimento nutricional e assistir o paciente em relação
a alimentação, atividade física e lazer.
V. No que tange aos meios de comunicação e informação, é dever do nutricionista informar ao seu público, em sítios, blogues e
mídias sociais, suas atividades profissionais mediante a divulgação de imagens, produtos e técnicas.
Assim, de acordo com os dados apresentados e com base no gráfico acima, identifique a alternativa que contempla, respectivamente, o
estado nutricional da gestante e como deve se apresentar a inclinação para o traçado da curva nas consultas subsequentes:
a) Obesidade; Devendo a curva de ganho de peso apresentar curva semelhante ou inferior (desde que ascendente) à curva que delimita
a parte inferior da faixa de obesidade (O) no gráfico.
b) Obesidade; Devendo a curva de ganho de peso apresentar inclinação descendente com vistas a atingir a área de estado nutricional
adequado (A) no gráfico.
c) Adequado; Devendo a curva de ganho de peso apresentar inclinação ascendente paralela às curvas que delimitam a área de estado
nutricional adequado (A) no gráfico.
d) Sobrepeso; Devendo a curva de ganho de peso apresentar inclinação descendente com vistas a atingir a área de estado nutricional
adequado (A) no gráfico.
e) Sobrepeso; Devendo a curva de ganho de peso apresentar inclinação ascendente semelhante às curvas que delimitam a de sobrepeso
(S), a depender do seu estado nutricional inicial.
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Questão 21
Com o intuito de unir forças para a redução da prevalência da anemia por deficiência de ferro no país, o Ministério da Saúde estabeleceu
o compromisso social para a redução da anemia ferropriva no Brasil. O propósito do Compromisso foi definir as bases e os mecanismos
entre as partes (MS, estados e municípios), para promover ampla mobilização nacional, em prol da redução da anemia por deficiência de
ferro. Nesta perspectiva, são ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde:
I. Não interferir no padrão de consumo de alimentos da população brasileira como forma a reverter o aumento de sobrepeso e
obesidade.
II. Valorizar o consumo dos alimentos regionais, preparações tradicionais e promover o aumento na disponibilidade de alimentos
adequados e saudáveis à população.
III. Desenvolver estratégias que promovam a substituição do consumo de produtos processados e ultra processados com altas
concentrações de energia (calorias) e com altos teores de açúcares, gorduras e sódio por alimentos variados, com destaque para
grãos integrais, raízes e tubérculos, leguminosas, oleaginosas, frutas, hortaliças, carnes e peixes, leites e ovos, água.
IV. Promover e garantir a alimentação adequada e saudável nos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional.
V. Organizar a linha de cuidado para atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso/obesidade.
I. A divulgação da nova versão do “Guia Alimentar para a População Brasileira” e do Guia alimentar para crianças menores de dois
anos como instrumentos técnicos estratégicos de educação alimentar e nutricional voltado ao indivíduo, à família e a comunidade,
além de serem orientadores das ações da saúde para os profissionais e todos os setores envolvidos no sistema alimentar.
II. A divulgação da nova versão do “Guia Alimentar para a População Brasileira” e o aperfeiçoamento das técnicas dietéticas usadas
no preparo dos alimentos.
III. À implementação da agenda pública do “Marco de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas” onde estão
explicitadas as referências conceituais, abordagens, práticas e responsabilidades.
IV. À implementação parcial da agenda pública do “Marco de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas”.
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