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TORCICOLO CONGÊNITO

ANDRÉA COLVARA E MARINA SCHOLANT


Definição:

O torcicolo congênito (TC) é definido como uma contratura


unilateral do músculo esternocleidomastoideo que, em geral,
se manifesta no período neonatal ou em lactentes. Em
crianças com TC, a cabeça fica inclinada para o lado do
músculo afetado e rodada para o lado oposto.
➔ hereditariedade;
➔ mau posicionamento
intrauterino;
➔ tocotraumatismo

Causas:
cervical;
➔ isquemia arterial com
hipofluxo sanguíneo
para o
esternocleidomastoideo,
➔ obstrução venosa do
esternocleidomastoideo,
➔ Aparecimento de uma massa
cervical móvel e dolorosa, de
consistência dura, com cerca de
1 a 2 cm (não ocorre em todos

Sinais
os casos);
➔ O bebê assume uma posição
preferencial com a cabeça

e
virada para um dos lados, sendo
bastante evidente no final da
segunda semana depois do

sintomas:
nascimento;
➔ Limitação dos movimentos
cervicais (pode não ocorrer em
todos os casos);
➔ Rotação do pescoço, com o rosto
a orientar-se para o lado
oposto.
Ainda, a criança prefere dormir em posiçãp pronada, com o lado afetado
para baixo. Tal posição provoca pressão assimétrica no crânio e nos ossos
faciais, podendo levar a um remodelamento desses ossos e resultar em
hemi hipoplasia facial ou em plagiocefalia.
PLAGIOCEFALIA
HEMI HIPOPLASIA FACIAL
Diagnóstico:

O diagnóstico é feito clinicamente, realizado


por meio da observação de determinados
sintomas por parte do médico obstetra ou
pediátrico.

Em casos mais graves, pode ser pedida uma


ecografia para documentar a lesão.
Tratamento: a grande maioria dos casos de torcicolo congênito é tratado
com sucesso de forma conservadora através de programas de fisioterapia.

Em casos mais leves:


➔ pode ser realizado no domicílio pelos pais;
➔ deve ser feito um seguimento apertado de modo a avaliar a
evolução e, caso não se verifique uma boa evolução ao fim
de um mês deve-se incluir num programa de fisioterapia.
Em casos mais graves:
➔ realizado por fisioterapeutas quando há limitações
das amplitudes articulares;
➔ é necessário, para além dos posicionamentos e
exercícios realizados pelos pais, a realização de
estiramentos passivos dos músculos afetados e
fortalecimento dos músculos menos usados;
➔ é fundamental na abordagem terapêutica o ensino aos
pais dos exercícios e posturas adequados visando sua
adoção nas rotinas diárias, para um bom resultado
terapêutico;
Após a alta, os pais devem ainda manter por algumas semanas as
estratégias adotadas, para não existirem recorrências dos sintomas,
situação que é frequente.

Nos casos em que o torcicolo persiste mesmo após 6 meses de tratamento


pode-se tentar a infiltração do músculo com toxina botulínica, seguido
de programa intensivo de fisioterapia.

O tratamento cirúrgico está indicado nos casos refratários após pelo


menos um ano de tratamento conservador e nos casos que mantenham
limitação das amplitudes articulares. A cirurgia consiste habitualmente
na libertação das bandas fibrosas do músculo ou na sua incisão
transversa. Após a cirurgia deve-se também realizar um programa de
fisioterapia com estiramento muscular.
FIM

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