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CAMPUS DE VILHENA
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
VILHENA - RO
Maio, 2021
LILDEANI SANTOS COELHO
VILHENA – RO
Maio, 2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
CAMPUS DE VILHENA
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
__________________________________
Prof. Me. Célio Vieira Nogueira
Chefe do Departamento Acadêmico de Ciências da Educação
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Presidente: Prof. Me. Célio Vieira Nogueira
Orientador - UNIR
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Membro: Prof. Ma. Fernanda Emanuele Souza de Azevedo
UNIR
__________________________________
Membro: Prof. Dra. Josiane Brolo Rohden
UNIR
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8
2 O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO ...................................................... 11
3 AUTISMO: ELEMENTOS HISTÓRICOS ...................................................................... 16
4 A ESCOLA INCLUSIVA ................................................................................................... 21
5 O PAPEL DO PROFESSOR NA ESCOLA INCLUSIVA .............................................. 27
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 34
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 35
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1 INTRODUÇÃO
No mundo do autismo,
Um bom professor é aquele que entende,
em primeiro lugar, que pode aprender
muito com a criança com autismo.
(BRITES e BRITES, 2019)
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A sigla como ele é reconhecida Transtorno do Espectro do Autismo, surgiu esse termo em 2013 no DSM V
devido a grande variação do autismo, como autismo infantil, síndrome de Asperger entre outros.
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É considerado autismo severo ou nível três, as pessoas que precisam de muito apoio, terapias,
acompanhante para realizar suas atividades. Nas Atividades de Vidas Diárias – AVD, elas são muito
dependentes, geralmente, não consegue ir ao banheiro sozinha, não se alimenta sozinho, não
consegue ter os cuidados básicos, isso caracteriza uma pessoa com autismo severo.
(Gaiato;Teixeira, 2018).
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Nesse sentido, para Braga (2018), a pessoa com TEA pode apresentar
estereotipias e movimentos repetitivos no que se refere à organização. Observa-se
que o TEA é visto como uma desordem, além de tudo, pode apresentar
hiperatividade, alteração na conduta, ansiedade e depressão. Para Cunha (2019), a
criança autista é aquela mais dispersa que geralmente está entretida com objetos
que giram “[...] a criança autista é especialmente atraída por objetos que rodam e
balança”. Geralmente utiliza uma bola para fazê-la girar (CUNHA, 2019, p.32).
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nos primeiros meses de vida, mas, no geral, os sintomas tornam-se aparentes por
volta dos três anos.
Os sinais do transtorno podem aparecer ainda quando criança. Para
Cunha (2019), os sinais que se manifestam nos primeiros anos de vida, proveniente
de causas ainda desconhecidas, com grandes contribuições de fatores genéticos.
Portanto, é relevante que pais e familiares próximos conheçam os sintomas, é de
suma importância entender que a criança não está agindo como deveria nesta faixa
etária.
O autismo pode surgir nos primeiros anos de vida, mas, em geral, os
sintomas tornam-se aparentes por volta da idade de três anos. Percebe-se
na criança o uso insatisfatório de sinais sociais, emocionais e de
comunicação, além da falta de reciprocidade afetiva. A comunicação não
verbal é bastante limitada, expressões gestuais são inexistentes, porque a
criança não atribui valor simbólico a eles. Quando quer um objeto, utiliza a
mão de algum adulto para apanhá-lo. Não aponta ou faz gestos que
expressem pedidos. Uma das maneiras mais comuns para identificar casos
de autismo é verificar se a criança aponta para algum objeto ou lugar. A
criança tem dificuldade para responder a sinais visuais e, normalmente, não
se expressa mimicamente, mesmo quando é estimada (CUNHA, 2019 p. 24
-25).
crianças que são inteligentes, mas não gosta de se socializar, nem de mudanças
(BRAGA 2018).
Braga (2018), ao descrever as contribuições de Leo Kanner, afirma:
Ao examinar um grupo particular de onze crianças, consideradas bonitas e
inteligentes (sendo oito meninos e três meninas), ambas de classe média
americana e com severos problemas no desenvolvimento, definiu dois
critérios importantes que seriam o eixo desta recém-descoberta condição: a
solidão (dificuldades para as interações sociais e tendências ao isolamento)
e a insistência obsessiva na infância (ou seja, mesmo avançado em idade
cronológica e crescimento físico, elas permaneciam mentalmente
infantilizadas, como perceptível distorção entre idade mental e idade
cronológica, o que conhecemos hoje como Transtorno do Desenvolvimento
Intelectual – Deficiência Intelectual) (BRAGA, 2018 p.26-27).
No ano de 1967, Bruno Bettelheim retoma uma teoria usada por Kanner
sobre “mães geladeiras”. Braga (2018, p. 31) afirma que “Bettelheim propõe separar
essas crianças do convívio de suas mães, levando para espaços institucionalizados
e distantes do convivo familiar”. Para ele com esse afastamento a criança mudaria
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sua questão afetiva. Nessa perspectiva Moreira (2015) diz que Bruno Bettelheim
considerava uma doença diática e que as mães eram frias com seus filhos, por isso
o termo “mães geladeiras” e ele afirmava que a causa era associada a fatores
ambientais. Eric Schopler faz uma crítica a essa intervenção de Bettelheim, para ele
as origens do autismo têm questões biológicas e não decorrem do convívio com
suas mães (BRAGA, 2018 apud SCHOPLER, 1969).
Para Braga (2018) apud Facion (2002), os estudos continuaram, em
1978, o psiquiatra Michel Rutter estabeleceu alguns critérios, que seriam
indispensáveis para a caracterização do quadro de diagnóstico para o autismo, são
eles a falta de reciprocidade social, incapacidade de elaboração para linguagem,
presença de conduta motora bizarra em padrões de brincadeiras limitados e início
precoce. Ele também observou que nem sempre a deficiência intelectual está
associada ao autismo.
Em 1981, a médica inglesa Lorna Winger, após observar as
características do autismo em sua filha, criou alguns critérios de classificação, a
comunicação, socialização e a imaginação (BRAGA, 2018).
Alguns critérios são criados por Lorna Wing para a classificação dessa
condição diagnostica a "tríade de Wing": dificuldade na fala e na
comunicação dificuldades na interação social e presença de
comportamentos com atividades e interesses restritos, repetitivos e
estereotipados (BRAGA, 2018, p.35).
Após a palavra autismo ser dita pela primeira vez, se passaram muitos
anos e foram realizados consideráveis estudos e pesquisas, com inúmeros
equívocos, lutas, erros e acertos até chegarmos ao conceito que temos hoje.
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4 A ESCOLA INCLUSIVA
Não podemos pensar em
Inclusão Escolar
Sem pensarmos em
Ambiente Inclusivo.
(CUNHA, 2019)
Vale ressaltar que o educador não pode estar sozinho na tarefa de incluir
a pessoa com TEA. A equipe gestora, a família do estudante e a equipe terapêutica
devem dar suporte ao educador. Pois, aceitar a inserção da criança com TEA,
embora seja importante, não é suficiente para produzir a desejada inclusão, o ideal é
que a criança seja amplamente acolhida e passe a fazer parte da comunidade
escolar.
Assim, afirma Cunha (2019), que a equipe de profissionais não esteja
buscando somente nos problemas da aprendizagem, mas também nas soluções e
caminhos para a vivencia dessa criança.
Atualmente, tanto na sociedade em geral, quanto na escola o autismo e a
inclusão são assuntos debatidos. Os envolvidos diretamente com esta demanda
buscam compreender o transtorno e as dinâmicas que o envolvem no interior das
escolas.
Cunha (2019) destaca que é importante compreender de fato o que é o
autismo, e como o profissional da educação pode trabalhar com este educando na
sala de aula, buscando parcerias com outros profissionais como psicopedagogos,
psicólogos, gestores e outros. Assim, pode ser concretizada uma formação precoce,
sendo instituída desde a infância até a fase adulta.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRAGA, Wilson Candido. Autismo azul e de todas as cores: guia básico para pais
e profissionais. São Paulo: Paulinas, 2018.
BRITES, Clair; BRITES, Luciana. Mentes únicas. São Paulo: Editora Gente, 2019.
GAIATO, Mayra; TEIXEIRA, Gustavo. O reizinho autista: guia para lidar com
comportamentos difíceis. São Paulo: nVersos, 2018.