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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA “PIO DÉCIMO” S/C LTDA


FACULDADE PIO DÉCIMO
CURSO DE PSICOLOGIA

RAYRA BRIELLY MONTE ALVERNE NUNES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO BÁSICO II


ENFÂSE EM ESCOLAR

JUNHO/2022.1
ARACAJU-SE
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RAYRA BRIELLY MONTE ALVERNE NUNES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO BÁSICO II


ENFÂSE EM ESCOLAR

Relatório de Estágio Básico II com ênfase em


Escolar apresentado pela estagiária Rayra Brielly
Monte Alverne Nunes, no curso de Psicologia da
Faculdade Pio Décimo. Sob orientação da
professora e supervisora acadêmica Msc. Aline
Andrade Rabelo, com a finalidade de obtenção da
nota para a disciplina de Estágio Básico II em
Psicologia.

JUNHO/2022.1
ARACAJU-SE
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Sumário
Introdução 4
Referencial Teórico 4
Ênfase Escolar 4
Análise Situacional 6
Ênfase Escolar 6
Descrição das Atividades Desenvolvidas 8
Ênfase Escolar 8
Análise Crítica do Estágio 9
Ênfase Escolar 9
Conclusão 10
Ênfase Escolar 10
Referências
Anexos
Roteiro para elaboração de plano de intervenção ........................................................
Etapas do plano de intervenção .....................................................................................
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1- INTRODUÇÃO

Este relatório tem como objetivo apresentar a descrição do Estágio Básico II na


ênfase Escolar, realizado pela aluna: Rayra Brielly Monte Alverne Nunes, matrícula:
201910523, sob a supervisão acadêmica da Professora Msc: Aline Andrade Rabelo

CRP: 19/709, na ênfase Escolar com a supervisora do campo: Maria Zuleide Santos
Ferreira CRP: .

Os principais objetivos foram observar a dinâmica da turma do 1° do ensino


fundamental menor, coordenação e instituição, de forma a compreender o
funcionamento do sistema da Psicologia Escolar na área de saúde mental, bem como
analisar as demandas vigentes do campo e diante delas fazer a aplicação de intervenções
junto a eles.

A instituição que me acolheu para a execução do referido estágio foi o Colégio


Michelangelo, localizado no endereço Rua Major João Teles, n° 115- Jabutiana,
Aracaju – SE, cujo CEP: 49095-230. A finalidade do estágio supervisionado em
conjunções educativas deve oportunizar ao estudante compreender que o objetivo
principal da atuação do psicólogo escolar é a intervenção intencional de processos de
conscientização dos atores educativos, tendo em vista maior clareza e autonomia para
tomada de decisão crítica e ética diante dos empecilhos e demandas advindos do
processo de escolarização. Os caminhos para a intercessão do psicólogo escolar devem,
portanto, estar estacionados na compreensão de que as relações histórico-culturais
originam o processo interdependente de construções e assimilações de significados e
sentidos que ocorrem entre os sujeitos, influenciando seus desenvolvimentos.

Aos seguintes meses obtivemos trocas de experiências, com as supervisões de estágio,


de forma presencial na faculdade, todo sábado ás 8h com a supervisora acadêmica Aline
Andrade Rabelo, onde era trazido relatos de cada um dos estagiários nos dias ido ao
campo as visitas presenciais ao Colégio Michelangelo e aos demais campos, e
discussões teóricas com base textos e livros.

A nosso projeto de intervenção foi elaborado a partir das observações feitas no campo,
onde produzimos um plano de intervenção com base nos desafios enfrentados nos anos
iniciais e seus impactos.
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2- REFERENCIAL TEÓRICO

2-1 Ênfase Escolar

Diante da proliferação do coronavírus, onde permeia pelo mundo, entramos em


pandemia e precisamos permanecer em casa para evitar o contágio. Consequentemente
escolas foram fechadas, o ensino aprendizagem que acontecia de forma presencial foi
ofertado que acontecesse de forma hibrida, assim, evitando o contágio do coronavírus e
mantendo-se os alunos protegidos.

No início da Pandemia que iniciou em 18 de março de 2020, foi publicado pelo


Ministério da Educação (MEC) - Portaria nº 343/2020 que dispõe sobre substituição das
aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do
Novo Coronavírus - COVID-19” (Brasil, 2020).

Seguintes decisões foram tomadas pelo Ministério da Educação (MEC) sobre o ensino
remoto, que vem se efetivando desde março de 2020 no Brasil. Tais medidas estão
sendo necessárias, mas sabemos as dificuldades que estamos enfrentando em relação a
isso, desde a não experiência dos professores de usarem as novas ferramentas
tecnologias de ensino por meio digital.

Nesse novo contexto, instituições públicas e privadas têm apresentado alternativas


distintas quanto às medidas sobrepostas nesse momento de isolamento social.
Calendários letivos foram suspensos em algumas instituições públicas, enquanto
instituições privadas adotaram o ensino remoto como forma de manter as aulas em meio
à pandemia.

A despeito da emergência do momento de pandemia, vale destacar que trocas afetivas, e


as formas de nos relacionarmos jamais poderão ser substituídas pela mediação
tecnológica, pois é no outro, e com o outro que nós reconhecemos e somos inseridos no
sistema social.

As dificuldades de aprendizagem são a expressão no aluno de relações de ensino e


aprendizagem que se dão dentro e fora da escola. Estas relações, quando trazem
complicações, podem resultar ou não em dificuldades de aprendizagem.
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Os problemas de aprendizagem que podem ocorrer tanto no início como durante o


período escolar diante das adaptações curriculares, estruturais e didáticas a serem
realizadas no atual momento de crise é importante o papel do professor junto às essas
dificuldades.

O modelo de educação presencial foi sempre o principal modelo existente, o momento


atual configura-se como modelo de adaptação. Psicologia Escolar e Educacional insere-
se nesse processo de intervenção e discussão para propor caminhos, orientar percursos
frente às novas possibilidades de ensino remoto como tática para manter o suporte aos
estudantes, a continuidade do processo de ensino e garantia da aprendizagem.

Nas instituições de ensino, especialmente privadas, seu uso tem sido altamente
difundido por meio de videoaulas, aulas-online e interativas em plataformas de
videoconferência, plataformas virtuais de sistemas de ensino privativos que reúnem
possibilidades interativas, através de ambientes virtuais de aprendizagem.

Agora na escola pública o uso de aplicativos para aulas virtuais, as estratégias de


comunicação têm sido o uso de mídias sociais como Whatsapp, para o envio de
atividades e o sanar de dúvidas.

[...] São apontadas vantagens quanto ao aprendizado na escola, tais


como o suporte do professor para a aprendizagem, o ambiente escolar
como facilitador da aprendizagem devido à organização pedagógica e
a presença de outros alunos. Sendo aspectos que favorecem e
fortalecem o processo de ensino e aprendizagem.
Tavares e Melo (2018)

Levando em consideração, que a Psicologia Escolar e Educacional é uma área de


atuação que promove atividades não somente com os estudantes, mas com a instituição
educacional como um todo, o que abrange ações com os mentores, familiares ou
responsáveis e com a comunidade mais ampla da instituição. Ponderando que todos são
atores que influenciam direta ou indiretamente no processo de ensino e aprendizagem.

Insegurança, ansiedade, medo, tristeza, angústia e incerteza são os principais


sentimentos associados a pandemia, já os sentimentos relacionados ao modelo de
educação mediada por tecnologia são aprendizado e inovação.
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Em presença das referências utilizadas e da experiência em campo como estagiaria, a


atuação do profissional psicólogo na área educacional ainda é alvo de controvérsias
quanto ao seu fazer. O advento da pandemia no mundo mostrou o quanto nós seres
humanos somos frágeis diante das mudanças e incertezas. Neste panorama de alterações
tão drásticas e frenéticas ao nosso redor e, no intuito de minimizar o contágio da
doença, vimos as escolas fecharem os seus portões e as crianças irem para suas casas
sem previsão de retorno às aulas presenciais. Tal fato nos desestruturou, houve a
necessidade de lidar com a imprevisibilidade dos acontecimentos.

As palavras de Moran (2013, p. 16) nos fazem refletir quando diz que “Aprendemos pouco
quando nos acomodamos na rotina, na segurança da previsibilidade, e não nos esforçamos para
evoluir mais”. Talvez tenha sido este o caminho, o mais cômodo, que tenhamos seguido antes da
pandemia, aquele que nos trazia mundos previsíveis, organizados e padronizados, mas que não
nos prepararam para os tempos incertos.

Mediante o estudo de Viana (2016), o fazer do psicólogo escolar ainda se embaraçar-se


com práticas clinicas e atendimentos individualizados, porém, na verdade a prática do
psicólogo escolar ou educacional baseia se em intervenções coletivas, submergindo
grupos e sistemas no qual o sujeito está inserido, e esta divergência de expectativas
versus pratica predominante em profissionais que demandam o serviço. Viana (2016,
p.56) ainda assegura “Mais do que conhecer o processo de desenvolvimento, os
profissionais da psicologia seriam impulsionados a conceber o processo educacional na
sua complexidade, na interação professor e aluno”.

Sabemos que a psicologia pode oferecer à educação informações


científicas e úteis, tais como condições de aprendizagem, avaliação das capacidades
intelectuais e afetivas que se relacional com o processo de aprendizagem dos
indivíduos, além de ampliar a percepção dos educadores sobre os diversos aspectos do
desenvolvimento de crianças e adolescentes, e a relação destes com os fatores sócio
culturais que se estabelecem no meio educacional (VIANA, 2006, p.142).

Segundo Herculano (2016) a pratica profissional em sala de aula, muito mais do que
uma troca de saberes didáticos, envolve uma relação socioafetiva entre os que abitam
esse ambiente, sendo eles professores e alunos e o desenvolvimento de boas relações
nesse ambiente é determinante para que os processos de ensino aprendizado aconteçam
de forma eficaz, tendo visto que o respeito mútuo em sala de aula é de extrema
importância para o desenvolvimento das práticas educacionais.

A autora citada ainda afirma:


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A grande importância da criação de um espaço de troca em


condições favoráveis para professor e aluno não se restringe apenas ao desenvolvimento
cognitivo do aluno, mas também à vinculação do grupo, professor e alunos numa relação
dialética se transformando na medida em que os vínculos acontecem (HERCULANO, 2016,
p.161).

Confirmando com o que foi alegado anteriormente, a autora mais uma vez retrata a
importância do aumento de espaços onde aconteça uma troca de relações entre os
indivíduos em sala de aula, inclusive para que aconteça o desenvolvimento de anseios
empáticos, onde através desses acredita-se ser possível uma ressignificação sobre
conceitos estabelecidos a respeito do sistema educacional, tanto para os educando
quanto para os educadores, pois ainda é possível notar na contemporaneidade um
sistema educacional que de certa forma foi construindo estabelecendo muros entre
professor e aluno, onde o professor não consegue se aproximar do aluno devido a sua
posição de superioridade, e o aluno muitas vezes mantem sentimentos ambíguos em
relação ao professor, que variam do medo até a falta de respeito e compreensão.

A partir disso, vale aqui relacionar o que o autor Freire (1997), intitula de educação
bancária, onde evidencia se no modelo bancário o distanciamento e a falta de relações
socioafetivas entre professor e aluno, colocando cada um em seu lugar e criando
barreiras sociais entre estes, além disso, é ressaltado o uso apenas do modelo
reprodutivo para a aprendizagem sem interação ou variáveis, segundo o autor, a partir
desse sistema educacional, o aluno se torna apenas reprodutor da didática, o que se
diferencia da aprendizagem, onde nesse segundo termo se caracteriza o conhecimento
de significados e sentidos para o que lhe é proposto, enquanto na reprodução o que é
exercido são as habilidades de memorização e repetição, com isso não há uma troca de
experiências e saberes, mas sim um depósito destes.

Tendo em vista as mudanças sociais e tecnológicas a que o mundo está sujeito, a


Educação deve assumir um papel renovador.

A Educação deve propiciar a aquisição de saberes e saber-fazer de acordo com as


transformações sociais, econômicas, políticas e culturais adaptadas a esta nova situação,
alicerçando as competências para o futuro (Delors, 2000).

No entanto, é de sua alçada proporcionar que as pessoas não se percam em meio a tantas
informações sem que saibam o que fazer. É preciso orientá-las a projetos pessoais e
coletivos, nos quais o indivíduo se permite ousar a criar e a enriquecer seus
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conhecimentos, estabelecendo interações que possibilitem o seu desenvolvimento. Cabe


à Educação criar condições que propiciem ao indivíduo uma aprendizagem continua, em
que os conhecimentos acumulados durante os primeiros anos de vida possam ser
explorados, confrontados e aprofundados na instituição escolar. Entretanto, fazer uma
articulação entre os conhecimentos adquiridos formalmente e os acontecimentos
vivenciados no cotidiano exige uma compreensão de quatro aprendizagens que são
essenciais para a formação de cada um.

Estando assim prevalecer-se considerarmos as mudanças que o sistema educacional vem


sofrendo ao longo do tempo, mas é interessante ressaltar que os modelos educacionais
propostos mantêm uma raiz cultural e histórica, sendo assim é evidente que as estruturas
do sistema educacional ainda mantêm em sua essência este modelo, e isso é uma
essência de nossa cultura, história e vivencia. Porém ao considerarmos o ser humano
como consideramos nesse trabalho em ser um ser igualitário, de troca de experiências,
de construção subjetiva através de vivencias e relações com o meio, se faz necessário
refletir sobre essas práticas.

Considerar uma intervenção junto a professores significa considerar a totalidade


institucional e, mais do que isso, refletir sobre a própria sociedade.

Segundo Leão (2008), o projeto que chega na escola é um projeto de sociedade. Nesse sentido, não
podemos deixar de lado o fato de que as práticas exercidas pelos professores/educadores têm como
elemento constitutivo concepções, nem sempre explicitadas, do que é educação, do que se espera da
instituição escolar e do aluno, no caso aqui, a criança pequena.

O psicólogo escolar/educacional deve agir no âmbito da educação formal,


realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva e corretiva em grupo ou
individualmente. Envolvem, em sua análise e intervenção, todos os segmentos do
sistema educacional que participam do processo de ensino e aprendizagem.

Ainda em Andrada (2005), a autora destaca as seguintes possibilidades de atuação do psicólogo


educacional: a) aplicar conhecimentos psicológicos na escola concernentes ao processo
ensino/aprendizagem, em análises e intervenções psicopedagógicas, referentes ao desenvolvimento
humano, às relações interpessoais e à integração família/comunidade/escola, para promover o
desenvolvimento integral do ser; b) analisar as relações entre os diversos segmentos do sistema de
ensino e sua repercussão no processo de ensino para auxiliar na elaboração de procedimentos
educacionais capazes de atender às necessidades individuais.
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No campo específico da Psicologia voltada para as questões escolares a atenção à


estrutura social e à história da educação e da política educacional num país
capitalista depende de uma visão crítica da escola enquanto instituição social que
reproduz em seu interior o estado de coisas em vigor na sociedade que a incluem.

Ponderando que a atuação profissional iniciasse na graduação, na realização de


estágios, faz – se necessário apontar aspectos do estágio básico em Psicologia
Escolar. A partir do estágio em Psicologia Escolar algumas dificuldades se impõem,
como o desconhecimento da escola sobre papéis e funções do estagiário de
Psicologia, o que, limita formas de atuação mais efetivas; Conflitos vividos pelo
próprio estagiário acerca da validade do trabalho que vem desenvolvendo nas
instituições de ensino onde estagia. (AZEVEDO, 2000)

A concepção de que seja um problema educacional a base de toda profissão da


psicologia escolar a maneira como compreende a origem dos problemas educacionais
determina toda ação, suas respostas estarão baseadas no indivíduo. Os problemas não
são os alunos, mas a transformação não será o sujeito, mas a compreensão dos processos
psicológicos e pedagógicos. (MEIRA, 2008 apud CRP SP, 2008, p.30).

As socializações de informações históricas foram produzidas, por classes


dominantes e seus interesses. É necessário atender que atualmente é o pensamento
fatores que influenciam nas decisões construindo políticas públicas de educação
comprometidas com as práticas pedagógicas realmente inclusiva e transformadora
com os interesses das classes populares.

Aprender a conhecer implica aprender a aprender, ou seja, construir um


conhecimento necessário que dará subsídios a aprendizagens subsequentes. A partir
do momento em que o indivíduo começa a entender o ambiente que o cerca e a
cultura à qual pertence, pode apreender o mundo de uma forma mais significativa,
desenvolvendo capacidades para que outros conhecimentos sejam construídos.
Nesta perspectiva, podemos entender como se processa a construção de
conhecimentos desde o início da vida.

A educação de 0 aos 6 anos deve propiciar as bases para a continuidade do


aprendizado. Para se desenvolver, a criança requer um amparo que lhe forneça
instrumentos e referenciais para criar e transformar conceitos pré-elaborados. O
aprender a fazer na Educação refere-se a uma preparação do indivíduo além das
habilidades práticas. Leva em consideração a subjetividade humana, suas
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potencialidades e qualidades, promovendo as relações interpessoais. Desta forma, o


objetivo da Educação está em mostrar ao indivíduo as diversas possibilidades de
aplicação dos conteúdos aprendidos, sem negligenciar o contexto social que o cerca
e a capacidade de compreensão do mundo que lhe é inerente.

Neste sentido, aprender a viver juntos, outro pilar da Educação, significa uma
aceitação das diferenças, isto é, compreender o outro e perceber que nessa interação
se dá o conhecimento sustentado nas expectativas de cada um e nas trocas de
experiências.

Por intermédio da cultura e do meio social historicamente construído o homem vai


ressignificando a sua atividade psicológica, ou seja, vai internalizando os signos externos e
apreendendo os comportamentos (Vygotsky, 1989).

Para tanto, fica claro a importância do trabalho em grupo para a concretização de


objetivos comuns e para a resolução de conflitos. O aprender a ser refere-se a um
preparo para o mundo de uma maneira geral que possibilite o desenvolvimento
global do indivíduo. A Educação deve caminhar rumo ao descobrimento das
aptidões e interesses da pessoa, levando em consideração suas crenças e valores
formados.

A partir daí, o indivíduo cria formas adequadas de comunicação com o mundo,


posicionando-se na sociedade com autonomia. Piaget refere-se à autonomia como a
capacidade que as pessoas possuem para refletir os valores e regras sociais como
relativos, sendo que as interações entre as pessoas são estabelecidas no respeito e
cooperação.

A moral autônoma analisa a possibilidade de modificar as leis, mesmo sabendo que as regras
devem ser seguidas para preservação da ordem social (La Taille, 1992).

A Educação formal não deve apoiar-se apenas no conhecimento codificado e


repassado dentro das salas de aula. Deve promovê-lo de forma ampla, buscando
questões pertinentes à atualidade e ao contexto do indivíduo.

Conforme Gadotti (1999), a educação deve assumir um papel transformador na sociedade e


preparar o indivíduo para a vida social, integrando os conhecimentos educacionais com a

realidade vigente.
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Porém, isso só pode acontecer na prática educativa havendo uma integração dos
quatro pilares da educação, propostos pela Comissão Internacional sobre Educação
para o século XXI (Delors, 2000).

Compreender a Educação desta maneira implica adotar novas posturas no espaço da


creche e da pré-escola, com nova conotação centralizada nas questões
desenvolvimentais dos aspectos físicos, intelectuais, emocionais e sociais. Mas nem
sempre foi assim, para tanto, é necessário nos remeter à história da Educação
Infantil para compreender seu percurso até o momento atual.

Existem muitos questionamentos acerca do papel do psicólogo na instituição


educacional. Algumas práticas do passado perduram ainda hoje e, em busca de uma
identidade profissional, muitas atuações do psicólogo no espaço escolar ficaram
restritas a uma aplicação dos conhecimentos psicológicos na educação (uma
psicologia da aprendizagem aplicada à educação, uma psicologia do
desenvolvimento aplicada à educação...). Entretanto, sabe-se que há uma nova
posição perante a atuação do psicólogo na Educação, que se difere da anterior, e
que, por conseguinte, pode trazer muitas mudanças no espaço escolar, constituindo-
se também em práxis do psicólogo escolar/educacional.

Uma posição diferenciada deste profissional implica um “olhar” para além do


âmbito educativo, ou seja, perceber as questões históricas, econômicas, políticas e
sociais que engendram a instituição educativa. Partindo da compreensão de que o
homem é social e historicamente constituído (Zanella, 1997), a intervenção do
psicólogo deve estar centrada para as situações educativas, considerando o indivíduo
em todos os aspectos (físicos, afetivos, sociais, cognitivos).

Perante este posicionamento, o profissional da Psicologia não atua somente diante das
dificuldades que surgem, mas também na prevenção de que tais dificuldades possam emergir do
contexto escolar (Delpizzo, 1999).

O psicólogo na instituição educativa pode trabalhar diversos aspectos que fazem


parte do contexto educacional. Sua intervenção pode se dar na contribuição de
conhecimentos para a formação dos profissionais que atuam neste nível de ensino;
auxiliar a formação de uma proposta pedagógica que promova o desenvolvimento
infantil por meio de um ambiente escolar adequado; analisar e formular uma rotina
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de atividades considerando as interações criança-criança e criança-adulto, entre


outros. Isto mostra o profissional da Psicologia como membro da equipe da
Educação disponibilizando os conhecimentos psicológicos para serem utilizados no
espaço educativo.

Deste modo, procurando conhecer a realidade em suas múltiplas determinações, o


psicólogo pode atuar perante inúmeras questões que, por um lado, trazem
contribuições para a Educação (a Psicologia a serviço da Educação possibilitando
um redimensionamento das práticas vigentes), e, por outro, trazem colaborações
para o fortalecimento da própria atuação, enquanto profissional da Psicologia
escolar/educacional.

O panorama atual da Educação Infantil visa uma modificação no sistema


assistencial. Um entendimento global da criança aponta para todas as relações do
âmbito educacional e em particular para a relação entre pais e escola. A
aproximação destas duas instituições visa melhorar as condições da Educação
Infantil, bem como favorecer questionamentos acerca das atribuições que cada uma
tem na constituição da criança

Portanto, como participantes deste processo, colaborando por meio do conhecimento


psicológico, buscamos de certa forma promover o contato entre a família e a escola,
buscando- se o estabelecimento de estratégias que proporcionaram uma implicação
maior dos pais com a instituição de educação infantil.

3- ANÁLISE SITUACIONAL
3.1 Ênfase Escolar
O estágio foi desenvolvido no Colégio Michelangelo, localizado no endereço Rua
Paulo César Novais, 425- Jabutiana, Aracaju – SE, cujo CEP: 49095-330. Sendo ele
uma instituição de rede privada, que sede ao público a modalidade ensino infantil,
fundamental menor e maior e ensino médio.

O Colégio Michelangelo oferece toda a estrutura necessária para o conforto e


desenvolvimento educacional dos seus alunos, possui diretor, secretária, coordenadores
pedagógicos, uma equipe ampliada de professores, psicóloga dentre outros. A
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instituição é se inicia do berçário ao ensino médio, constituída com turmas manhã e


tarde e possui ensino integral do berçário até a 6° série, fraldário, banheiros distribuídos
entre masculino, feminino e para pessoas com necessidades especiais.

4- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

4.1 Ênfase Escolar


As supervisões acontecem aos sábados com orientação da professora Aline
Andrade Rabelo de maneira presencial na Faculdade Pio Décimo com início às 08:00
horas e finalizando em torno de 11:30 da manhã.

São discutidos textos, capítulos de livros, roda de conversa e/ou debates como esta as
escolas e os alunos em sua relação escolar pós-pandemia, dinâmicas dos grupos sobre
seus respectivos planos de intervenção, palestras com as supervisoras de campo,
explanações e sugestões sobre possíveis propostas de intervenção, orientação sobre
diário de campo, plano de ação, construção do relatório, vivências das pessoas nos seus
devidos campos presencialmente e executaram a intervenção, esclarecimento de
dúvidas.

4.2. Ida ao campo: 14 de março

No dia 14 de março, segunda-feira às 14 h, tivemos a 1° ida a campo no Colégio


Michelangelo, onde inicialmente fomos acolhidos pela psicóloga Maria Zuleide Santos
Ferreira. Onde, foi trazido por ela todo seu trabalho feito há 7 anos na instituição, nos
foi trazido algumas regras e possíveis demandas existentes no respectivo colégio.

A psicóloga enfatizou um dos projetos que faz na instituição, que é o de inclusão entre
os alunos, onde dessa forma os alunos e os próprios funcionários conseguem acolher e
respeita qualquer tipo de especificidade que venha a surgir naquele devido local. Além
disso, foi elucidado alguns possíveis temas a serem trabalhados, durante nosso estágio e
que podemos utilizá-lo como projeto de intervenção na respectiva turma que iremos
residir.

Posteriormente, acertamos algumas coisas quanto a horário de entra e saída do campo, e


finalizamos conhecendo as dependências do colégio. Na próxima segunda-feira já
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iremos apresentados nas respectivas salas que faremos a observações e será base para
nosso projeto de intervenção.

4.3. Ida ao campo: 21 de março

Inicialmente, na segunda- feira dia 21 de março, a psicóloga Zuleide designou a turma


que iremos fazer as observações devidas e que a partir delas iremos desenvolver nosso
projeto de intervenção. A turma foi o 1° ano B do ensino fundamental, onde ela nos
trouxe que possui uma aluna com diagnostico já fechado de autismo, outro com TDAH
e outra com suspeita de TDAH que ainda está passando pelo processo de fechamento de
diagnostico.

Num segundo momento, fomos apresentadas a turma onde é composta por


aproximadamente 30 alunos, uma professora e uma AT que está ali para orientar e
conduzir os alunos com algum tipo de especificidade. Pude observar que, é uma turma
bastante agitada, mais conseguem desenvolver bem na hora das atividades, uma
observação a aluna com autismo que possui já um livro especifico para ela.

Num terceiro momento, acompanhamos a turma até o pátio para brincarem e, pude ter
uma conversa com a AT sobre o comportamento e funcionamento da turma dentro e
fora de sala de aula. Finalizamos nosso dia observando-os fora da sala de aula, e após
fomos até a sala da psicóloga onde compartilhamos nossas devidas observações feitas
na turma e ela nos trouxe algumas possíveis ideias para desenvolvermos junto a sala em
outros momentos.

4.4. Ida ao campo: 24 de março

No dia 24 de março às 14h, demos continuidade as observações na turma do 1° ano B


do ensino fundamental menor, no Colégio Michelangelo. Pudemos notar que
diferentemente da semana anterior, os alunos estiveram concentrados e quietos durante
a ministração da aula.

Entretanto, o aluno que possui TDAH estava bastante agitado durante toda a aula, onde
mesmo a AT chamando a atenção dele para sentar-se para realizar as atividades, ele
continuava desatento e agitado. Após, a realização das atividades avisou que cada aluno
só iria descer para brincar, quando à mostrasse a atividade completa a ela, o devido
aluno com TDAH só conseguiu realizar a atividade quando a professora o colocou
sentado ao lado dela e foi conduzindo junto a ele.
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Posteriormente, todos finalizaram a atividade e toda a turma desceu para o pátio para o
momento de recreação deles. É assim, finalizamos nossa tarde de estágio.

4.5. Ida ao campo: 28 de março

Iniciamos a tarde, com a turma particularmente tranquila. A aluna com autismo estava
bastante tranquila, apesar de não interagir muito com os demais colegas, brinca sozinha
e em alguns poucos momentos fez o compartilhamento de seus brinquedos. Tanto o
aluno com TDAH, quanto a com suspeita estavam muito quietos e concentrados com
seus devidos brinquedos.

Logo após, os alunos foram orientados pela professora a guardarem todos os matérias, e
só deixarem sobre a mesa lápis e borracha, que iram iniciar a prova de história com eles.
O aluno com TDAH fez a prova acompanhado com a AT, se manteve concentrado,
apenas em alguns momentos se dispersava, mas foi o 1° da turma a finalizar a prova,
quanto os outros alunos inda estavam acompanhando a leitura da professora em relação
a prova e realizando aos poucos a prova.

Finalizamos, nossa tarde com a ida deles ao pátio brincar como e de costume sempre
nos últimos horários, até retornarem a sala para irem para casa.

4.6. Ida ao campo: 31 de março

No dia 31 de março foi passada uma pesquisa sobre o TDAH pela supervisora de
campo.

4.7. Ida ao campo: 04 de abril

A tarde se iniciou, com a turma visivelmente tranquila enquanto a professora fazia a


distribuição das provas de matemática. Professora inicia fazendo a leitura da prova,
enquanto os alunos prestam atenção e desenvolvem a prova.

O aluno com TDAH desenvolveu a prova juntamente com a AT. Em alguns poucos
momentos, se distraia, mas logo continuava a realizar a prova. A aluna com autismo
estava tranquila, apenas andando ao redor da sala, mas sem atrapalhar a prova dos
devidos colegas. Quando a AT finalizou com o aluno com TDAH, foi realizar a prova
especifica para a aluna com autismo.

As nossas tardes sempre finalizam com a descida dos alunos para o pátio para brincarem
e logo após aguardam para irem embora.
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4.8. Ida ao campo: 07 de abril

Iniciei a tarde com a turma, tranquila sentados em seus devidos lugares, enquanto
copiavam a agenda que estava no quadro. Aluna com autismo particularmente tranquila
enquanto brincava com seus brinquedos.

Alguns vieram até eu perguntar, o porquê de eu vinha toda semana para deles e eu
expliquei o porquê. Notei uma aluna um pouco triste e de cabeça baixa, perguntei a ela
porque estava assim e me respondeu apenas que não era nada.

Os alunos acompanham bem e desenvolvem juntamente com a professora na aula.


Aluno com TDAH desenvolveu bem as atividades de sala juntamente com a AT.
Finalizamos a tarde com os alunos descendo até o pátio para brincar.

4.9. Ida ao campo: 11 de abril

Iniciamos a tarde com a turma concentrada enquanto desenvolviam suas atividades.


Aluna com autismo desenvolveu suas atividades juntamente com a AT, super bem, ela e
bastante inteligente.

Já o aluno com TDAH, mesmo com a AT ao seu lado o auxiliando a fazer a atividade,
muitas vezes se dispersava e começava a presta atenção em outras coisas. Mas, apesar
de demora a fazer a atividade conseguiu finaliza-la.

Como de costume, finalizamos nossa tarde com eles descendo para brincar no pátio e
irem logo após para casa.

4.10. Ida ao campo: 13 de abril

Iniciamos a tarde com os alunos indo até a educação física. Muitos não se comportaram
durante e ficavam inquietos, inclusive o aluno com TDAH.A aluna com autismo apesar
de não interagir participou das brincadeiras junto com os colegas.

Após a educação física retornamos para sala e alguns alunos fizeram prova do dia que
faltaram. E logo após a coordenadora do ensino fundamental veio até a sala entrega
umas lembrancinhas para turma da Páscoa.
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Teve um lanche com a turma do 1° ano e 2° juntas, logo após eles tiveram aula de
informática. Aluna com autismo estava chorando bastante por conta que outro aluno
gritou alto com ela.

Finalizamos a tarde com a colocando as máscaras de coelhinho nos alunos e eles


aguardando para irem embora.

4.11. Ida ao campo 18 de abril

A tarde iniciou-se com a turma realizando uma atividade do livro de português,


enquanto a professora fazia a leitura junto a eles. Turma estava particularmente
tranquila.

Aluna com autismo circula bastante pela sala e alguns momentos senta-se para desenhar
ou brincar com seus brinquedos. Aluno com TDAH estava tranquilo desenvolvendo
suas atividades juntamente com a AT.

A tarde ficou um pouco mais agitada após a hora do lanche deles, pois, muitos
acabaram não seguindo as orientações da professora de ficarem sentados enquanto
corrigia as agendas deles. Finalizamos com eles na sala, diante do comportamento deles
a professora preferiu não desceu para o pátio com eles, e apenas arrumarem as mochilas
e aguardarem a hora de irem embora.

4.12. Ida ao campo: 20 de abril

A tarde iniciou-se com eles na educação física, a professora de educação física após a
aula os trouxe para sala e reclamou do comportamento da turma.

E logo após eles desceram para o lanche e retornaram para sala para terem aula de
informática. Após eles receberam um desenho da Páscoa para pintarem

Depois desceram para o pátio para brincarem e retornaram para sala e aguardaram
serem chamados para ir embora.

4.13. Ida ao campo: 25 de abril


Iniciou-se a tarde com os alunos finalizando a atividade português do livro, logo após
fui com a minha dupla de estagio acompanha um pouco de como e de fato as demandas
da psicóloga escolar do colégio. Observamos todas as demandas dela, conversamos com
ela sobre nossa ideia de projeto de intervenção, ela gostou bastante da ideia.
Em outro momento, fomos acompanhar os alunos da turma que vamos fazer o nosso
projeto de intervenção, durante a aula de ciências deles, depois subimos e conversamos
19

com a professora sobre nossa proposta de projeto com a turma e as datas e dias da
semana disponíveis para realizarmos.
Finalizamos, alinhando com a professora a data que iremos realizar o projeto, enquanto
os alunos arrumavam suas mochilas para aguardarem irem embora.
4.14. Ida ao campo: 02 de maio
A tarde iniciou-se com a turma, realizando as atividades do livro de português. Aluna
autista circulando bastante e pulando pela sala, e em alguns momentos senta em sua
cadeira onde brinca com seus brinquedos.

Logo após, a professora pegou as agendas, enquanto os alunos se mantiveram sentados.


Em seguida, tiveram a hora do lanche, realizaram atividade de ciências no caderno.
Finalizamos a tarde, com os alunos descendo até o pátio, para brincarem como e de
costume.
4.15. Ida ao campo: 03 de maio
Iniciamos, a tarde com os alunos na quadra ensaiando para a quadrilha, em seguida
retornaram para sala onde lancharam. Após, aguardaram sentados enquanto a professora
entregava as atividades na folha para casa.
No finalzinho da tarde, tiveram aula de inglês onde a professora dessa disciplina, não
possui um domínio da turma, de forma que eles acabam brincando e não se concentram
na aula.
A tarde foi finalizada, como e de costume a turma descendo para brincar no pátio, e em
seguida subindo para arrumar as mochilas para aguardarem serem chamados a ir
embora.
4.16. Ida ao campo: 04 de maio
Iniciamos, a tarde com os alunos na quadra ensaiando para a quadrilha, em seguida
retornaram para sala onde lancharam. Após, aguardaram sentados enquanto a professora
entregava as atividades na folha para casa.
No finalzinho da tarde, tiveram aula de informática onde a professora dessa disciplina,
não possui um domínio da turma, de forma que eles acabam brincando e não se
concentram na aula.
A tarde foi finalizada, como e de costume a turma descendo para brincar no pátio, e em
seguida subindo para arrumar as mochilas para aguardarem serem chamados a ir
embora.

5- ANÁLISE CRÍTICA

5.1 Ênfase Escolar


20

O debate sobre o retorno das aulas presenciais gira em torno das normas de
segurança sanitária. Mas, no segundo momento, outro aspecto importante deve ser
levado em consideração: o lado emocional dos estudantes. é importante a gente
refletir que a saúde mental já é o segundo fator de maior incidência de morte em
adolescentes e jovens no mundo, segundo a ONU.

Então, antes da pandemia, já era um problema. E aí tem diversos estudos sobre


gerações, endereçados à geração Z, que são os alunos nascidos a partir de 1995 e
estão na educação básica. Os jovens e crianças da geração Z já têm muitos
problemas em relação às emoções por muitos fatores, mas, em especial, pelo aspecto
da mudança da conduta familiar, que torna esses alunos mais dependentes, com
menos autoestima, menos resilientes, gerando maior ansiedade, depressão e aumento
das taxas de suicídio.

Portanto, isso já era um problema antes da pandemia, com ela, o que se criou foi um
ambiente ainda mais insalubre, tóxico, no sentido de você ter uma mudança nas
relações sociais. Todos ficaram mais distantes dos amigos, houve um isolamento
físico, que não é social, mas acaba afetando o aspecto social. Além disso, o
ambiente familiar ficou ruim para todos, o que causa um impacto muito grande nos
alunos. Problemas econômicos, desgaste familiar, e isso afeta a figura do aluno. A
saúde mental é a base para qualquer aprendizagem, pois você não consegue ter um
ambiente produtivo se você não tem uma situação de saúde mental estável.

É um grande desafio como a escola vai lidar com tudo isso. Esses alunos estão vindo
de um momento que não foi férias, um simples recesso, foi algo de muito abalo,
todos estão com saudades, sofrendo com a crise, seja de saúde ou financeira, ou com
a perda de familiares, então tudo isso é muito complexo.

Foram feitas, as observações presencialmente toda segunda-feira e quarta-feira de


14h as 18h na exceptiva turma escolhida por cada estagiário. Até porque houve uma
divisão de dois grupos entre as turmas presencial a ida a escola foram alternadas.
Diante, das observações presencialmente conseguimos socializar e criar um vínculo,
pouco a pouco com nosso público-alvo que eram as crianças, do 1° ano do
fundamental menor.

A princípio foi uma turma de 30 alunos regulares, onde tivemos o suporte da


professora e AT da turma, interação e trocas de experiências que foram primordiais
21

para o desenvolvimento do projeto de intervenção. Apesar, da boa relação com a


turma, foi notado que os alunos possuem algumas alterações muito repentinas nos
seus estados de humor e quando perguntados não sabem expressá-los.

6- CONCLUSÃO
Após tudo o que foi exposto aqui, cabe-nos agora deixar nossas últimas impressões
acerca do estágio em Psicologia Escolar. Primeiramente, relatar a enorme bagagem de
conhecimentos que nos foram ofertados – tanto na parte teórica, na supervisão e
orientação específicas, como também a incrível e inesquecível vivência dentro de uma
instituição de ensino.
Foram momentos de trocas – tanto nós deixamos algo novo na escola, como dela
recebemos inúmeras experiências. Esse intercâmbio comprova, mais uma vez, que
Psicologia e Educação podem e devem trabalhar em conjunto. Uma fornece à outros
seus conhecimentos específicos, e dessa interação surge algo novo, mais completo e
cada vez mais rico.
Relatar tantos momentos vivos nos parece um tanto quanto difícil, pois no papel
não cabe os pequenos gestos, os desafios, as novas relações de confiança, de ética e de
amizade. A escola nos abraçou em seu meio e essa experiência é algo muito além do
que um simples aprendizado teórico. Foi uma troca vivencial, onde relações foram
construídas e vínculos foram feitos.
Trabalhar como profissional de Psicologia no ambiente escolar, um ambiente de
educação e de transformação do conhecimento requer, antes de tudo, uma investigação e
uma análise e planejamento do trabalho, pois na escola existe uma grande demanda e
inúmeras formas e possibilidades de trabalho, e se o profissional não se planejar, não
fizer cronogramas, não traçar objetivos e desenvolver projetos ele acaba se perdendo
dentro da própria instituição. Isso por conta do dinamismo da escola e suas várias
demandas, o profissional precisa estar focado na sua função e no seu papel de Psicólogo
Escolar.
As supervisões em si foram enriquecedoras, juntos com todo o material teórico
trabalhado, lido e discutido. Trouxeram reflexões, conhecimento, as rodas de conversas
foram esclarecedoras junto com a explanação da professora Aline Andrade Rabelo.
22

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Ênfase Escolar:

FACCI, Marilda Gonçalves Dias, SILVA, Silvia Maria Cintra, SOUZA, Marilene
Proença Rebello. A psicologia escolar e educacional em tempos de pandemia.

SciELO - Brasil - A PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL EM TEMPOS DE


PANDEMIA A PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL EM TEMPOS DE
PANDEMIA
Educação e pandemia: desafios e perspectivas. Educação e pandemia: desafios e
perspectivas – Jornal da USP

Cartilha com Orientações para atuação de Psicólogas (os) na Educação em tempos de


Crise Sanitária Pandemia da Covid-19. Publicação da Comissão de Psicologia na
Educação – PSINAED – CRP/15 Maceió - AL, 2020.
www.crp15.org.br/wpcontent/uploads/
2020/06/1593004836021_cartilha_PSICOLOGIA-ESCOLAR-EM-TEMPOS-DE-
CRISE-SANITAěRIA_COVID19.pdf
SILVA, Maria da Glória Silvia da. Psicologia e Educação Disciplina na Modalidade a
Distância. Palhoça, UNISUL Virtual, 2011.
https://drive.google.com/file/d/0B6iUb5FeOhzCTERLVkNqRmwtcGc/view?
usp=sharng

ANEXOS:
 FREQUÊNCIAS
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 DIÁRIOS
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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE INTERVENÇÃO

1. Identificação Da Instituição
Nome Completo: Associação de Ensino e Cultura “Pio Décimo” S/C LTDA
Razão Social: Colégio Michelangelo
Endereço: Rua Major João Teles, n° 115- Jabutiana, Aracaju – SE
Bairro/Município: Jabutiana, Aracaju Estado: Sergipe CEP: 49095-230
Nome do representante pelo estágio: Maria Zuleide Santos Ferreira
Cargo: Psicóloga Escolar
E-mail: tecnologias@colegiomichelangelo.net
Telefones: (79) 3247-1512

2. Dados de Identificação do Estagiário


Estagiários: Rayra Brielly Monte Alverne Nunes
Hevenny Hana Santos Melo
Local de estágio: Colégio Michelangelo
Supervisor Local: Maria Zuleide Santos Ferreira
Supervisor Acadêmico: Aline Andrade Rabelo
Período de Estágio: Março à Junho
Horas Previstas: 60 h.

3. Título do Projeto: “Projeto Sentimentos”

4. Introdução
A formação da ideia foi estruturada a fim de estabelecer sentido e significado
aos sentimentos e a saúde emocional no ensino fundamental menor, afim de
reconhecerem cada sentimento de maneira didática e prática sob o ponto de vista
do dia a dia dentro e fora dos estudantes do Colégio Michelangelo. Aplicar o
Projeto Sentimentos na turma do fundamental menor contribuiu para eles
refletirem e falarem sobre cada situação e característica de forma leve e
dinâmica sobre os sentimentos.
É um meio de motivar o estudante a fazer bom uso das oportunidades
educativas. Aos professores, cabe a tarefa de apoiar o "Projeto Sentimentos" de
seus estudantes e garantir a qualidade de suas ações. Contudo, cabe também aos
36

colegiais a corresponsabilidade no seu desenvolvimento, já que são os


interessados diretos. A ideia é compreender as emoções e suas peculiaridades
para conseguir aprender a desenvolver a educação emocional. Só assim é
possível trabalhar cada um dos sentimentos de maneira mais assertiva. Com o
desenvolvimento dessa habilidade, se torna mais fácil interagir com outras
pessoas dentro e fora da escola.

5. Análise Situacional:

O estágio foi desenvolvido no Colégio Michelangelo, localizado no endereço Rua


Paulo César Novais, 425- Jabutiana, Aracaju – SE, cujo CEP: 49095-330. Sendo ele
uma instituição de rede privada, que sede ao público a modalidade ensino infantil,
fundamental menor e maior e ensino médio.

O Colégio Michelangelo oferece toda a estrutura necessária para o conforto e


desenvolvimento educacional dos seus alunos, possui diretor, secretária, coordenadores
pedagógicos, uma equipe ampliada de professores, psicóloga dentre outros. A
instituição é se inicia do berçário ao ensino médio, constituída com turmas manhã e
tarde e possui ensino integral do berçário até a 6° série, fraldário, banheiros distribuídos
entre masculino, feminino e para pessoas com necessidades especiais.

6. Referencial Teórico
Diante da crise causada pela pandemia da covid-19 que iniciou em março de
2020, e foi decidido o fechamento das instituições de ensino por serem possíveis
espaços de contaminação do coronavírus.

O fechamento das escolas trouxe questionamentos e dúvidas para o contexto escolar no


qual o ambiente tem como foco a aprendizagem, trocas afetivas e de experiências e de
convivência diária, interação entre professor e aluno. Professores, familiares e alunos
tiveram que lidar com a situação inusitada onde interação aluno-professor não poderia
mais acontecer de forma presencial, e sim na modalidade online.

O Brasil é o país que por mais tempo funcionou apenas com o ensino remoto – 13
meses. De acordo com levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a
Infância) em parceria com Cenpec Educação, estima-se que cinco milhões de crianças
ficaram sem aulas em 2020. A escola é responsável pela construção e transferência do
37

conhecimento, e essa inter-relação afetivas adéqua troca de experiências entre os


indivíduos.

As crianças de 6 a 10 anos foram as mais afetadas pela exclusão escolar. Em 2019, antes
do mundo parar devido ao coronavírus, cerca de 1,4 milhão de crianças entre 6 e 7 anos
de idade não sabiam ler nem escrever no Brasil. Em 2021, esse número passou para 2,4
milhões. Um crescimento de 66,3% em apenas dois anos. Os dados são da ONG Todos
pela Educação.

É preciso que haja um grande preparo para saber lidar com o aluno individualmente e
entender que, além de aluno, também é alguém com sentimentos. Diante de situações
assim, o ambiente escolar precisa estar preparado para ser o suporte do estudante na
hora de desenvolver a própria capacidade de lidar com as emoções, que são intensas.

Aprender a lidar com as emoções é crucial para que haja maior possibilidade de acertos
em situações problemáticas. O primeiro passo é saber reconhecer as próprias limitações
e como elas interferem nas relações com outras pessoas, sabendo que há a necessidade
de haver respeito pelo próximo. Um dos grandes auxílios para o aluno nessa etapa, deve
ser o professor.

A escola pode e deve auxiliar tanto alunos quanto professores para que a habilidade de
autoconhecimento, autopercepção e empatia sejam trabalhadas pelo próprio aluno de
forma que ele as entenda e saiba lidar com isso, sendo auxiliado pelo professor. Dessa
forma, o trabalho iniciado no ambiente educacional se estende para além da sala de aula,
sendo possível perceber a formação daquele aluno como parte da sociedade.

E é exatamente por isso que elaboramos este projeto, para auxiliar na orientação
didática e leve sobre os sentimentos entre as crianças, do 1° ano do ensino fundamental
menor, para que pouco a pouco consigam compreender melhor e trabalharem suas
emoções e sentimentos, de forma simples e prática. A proposta de intervenção é que
dois dias na semana, entre os horários 15h as 16h os estudantes deverão dialogar,
descobrir e compartilhar sobre o que eles sabem sobre esse tema e diante disso
aprenderem um pouco mais sobre ele. Evidenciar a importância de cada sentimento e
ajudá-los a reconhecer os próprios sentimentos é um crucial para o projeto.

7. Objetivos:
38

  7.1 Objetivo Geral: Mostrar a importância de cada sentimento e ajudá-los à


reconhecer os próprios sentimentos.
  7.2 Objetivos Específicos:
1. Questionar: o que acontece quando não sentimos nada?
2. Dizer o porquê precisamos de cada emoção.
3. Relacionar a cor de cada personagem com cada
emoção.
1.Estratégias de Ação:
Estratégia 01:
Objetivo: Trabalhar as habilidades emocionais para quebrar barreiras que vão além dos
conhecimentos do contexto escolar. Assim, se torna mais fácil ter equilíbrio, sendo
possível ensinar crianças a lidar com suas emoções para o mundo. E mesmo que cada
aluno tenha um perfil diferente, é possível adaptar à realidade de cada um para que o
ensino de qualidade seja garantia.
Procedimento: Presencial
Público-alvo: Alunos do 1° ano do Ensino fundamental menor (entre 6 até 8 anos de
idade)
Horário: 15:00 as 16:00 horas
Carga Horária: Uma hora semanal
Local de Realização: Colégio Michelangelo
Divulgação: Oratória e convite da professora

Recursos Envolvidos (Humanos, Materiais, Financeiros).

Responsável pela ação: Rayra Brielly Monte Alverne Nunes e Hevenny Hana Santos
Melo.

1. Meta a ser atingida: O projeto vem para auxiliar os alunos, a se conhecerem e


falarem sobre seus sentimentos no dia a dia.

2. Intervenções
2.1 Primeiro dia de intervenção de estágio
No dia 23 de maio de 2022 às 15h, iniciamos falando com a turma que iremos
desenvolver uma atividade com eles, onde precisaríamos da atenção deles. Em seguida,
foi feita uma roda com os alunos do 1° ano do Ensino Fundamental Menor, foi passado
um curta-metragem do filme: Divertidamente, com duração de 2:26. Onde os alunos se
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mantiveram atentos e em silêncio, ao finalizar o vídeo perguntamos os alunos “Quais os


sentimentos que eles conheciam e os que foram identificados, por eles no vídeo”, um de
cada vez foram respondendo perfeitamente cada um deles. Logo após, feita essas
perguntas explicamos sobre a importância dos sentimentos e entregamos o desenho de
cada personagem do filme em branco, onde frisamos que eles deveriam recriar outras
cores para eles. Finalizamos, perguntando aos alunos como eles se sentiram durante o
desenvolvimento da atividade e eles falaram que gostaram bastante, e comunicamos que
no outro dia voltaríamos para dá continuidade as demais atividades.
Recursos
a. Materiais: Curta-Metragem – Filme Divertidamente (Duração de 2:26 minutos)
Desenho dos personagens para colorir
b. Físicos: Desenhos na folha para recriarem as cores dos personagens
c. Humanos: Roda de conversa

2.2 Anexos 1° de intervenção de estágio


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41
42
43

2.3 Último dia de intervenção de estágio:


No dia 24 de maio de 2022 às 15h, explanamos para a turma mais uma vez sobre os
sentimentos e a importância de cada um deles. Após, explicamos que iremos realizar
mais uma atividade com eles, onde essa atividade eles deveriam ler o que estava escrito
em cada quadradinho da tabela, e de acordo com que estiver escrito deverão colar um
emoji ou desenharem uma carinha como se sentem a determinada situação. Toda a
atividade foi feita e conduzida desde a entrega das tabelas até a colagem com os emojis
com os alunos, pela dupla de estagiárias Rayra e Hanna.

Finalizamos, nosso último dia de intervenção distribuindo pirulitos aos alunos, enquanto
eles traziam seus feedbacks sobre os dois dias de atividades. E, nos despedindo dos
alunos, professora e AT agradecendo todo acolhimento, atenção e receptividade com a
gente, e que esperamos que eles levem para os seus dias a dias os aprendizados vividos
conosco.

Recursos
a. Materiais: Folha com tabela dos sentimentos, emojis emborrachados e cola
b. Físicos:
c. Humanos: Circulo com os alunos

2.4 Anexos último dia de intervenção de estágio:


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45
46
47
48
49
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Referências

ANDRADE, J. M.; MEIRA, G. R. J. M; VASCONCELOS, Z. B. (2002). O processo de


orientação vocacional frente ao século XXI: Perspectivas e desafios. Psicologia Ciência
e Profissão, 22(3), 46-53. Disponível:
em:HTTP://PEPSIC.BVSALUD.ORG/SCIELO.PHP?
PID=S167933902008000100010&SCRIPT=SCI_ARTTEXT. Acesso: 10/05/2015

ALMEIDA, S.F.C. O psicólogo no cotidiano da escola: re-significando a atuação


profissional. Em R. S. L. Guzzo (Org.). Psicologia escolar: LDB e educação hoje.
Campinas: Editora Alínea, 1999. Acesso em: 15/03/2015

BOHOSLAVSKY, R. (1991) A identidade profissional do orientador vocacional.


Disponível:http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S141498932010000200005&script=sci_arttext

BOHOSLAVSKY, R. (1993). Orientação vocacional: a estratégia clínica. 9 ed.


SãoPaulo: Martins Fontes. Acesso em: 15/03/2015

CARVALHO, M. M. M. J. (1995). Orientação Profissional em grupo: Teoria e técnica.


Campinas: Editorial Psy.

Disponível:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S167933902003000100002. Acesso em: 10/06/2015.

Ferri, M. G. & Motoyama, S. (Eds.) (1979). História das Ciências no Brasil (3 vol.).

São Paulo: EPU/EDUSP.

Foulon, R. (1981). Contribuition à la validation du Berufsbilder-Test de Martin

Achtnich. (Memorial não publicado). Louvain-la Neuve, Belgique: Université

Catholique de Louvain - Faculté de Psychologie et des Sciences de l'Education.


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