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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
2ª Avaliação a Distância (AD2) – 2021.1

Disciplina: Gestão na Educação 2


Coordenadora da Disciplina: Profª Cláudia Barreiros
Mediadoras Pedagógicas à Distância: Professoras Vera Russo e Rebeca Brandão

Aluna (o): Cássia Maria Carvalho Marques Matr.: 18212080043


Aluna (o): Lidiane Fernandes de Oliveira Perestrelo Matr.: 13112080278
Aluna (o): Rosana Tavares Costa de Oliveira Matr.: 19112080136
Aluna (o): Joelma Santos Matr.: 12112080114
Polo: Itaguaí Nota: _______________________

Desafio escolar e a pedagogia abordada nesse período de pandemia.

Este trabalho tem como pano de fundo o vídeo “Educação em roda de


conversas: fazeres e reconfiguraçõesno contexto atual - com Edméa Santos”. Este mostra,
como no meio acadêmico, as lives vêm levando e reconfigurando para o ciberespaço
eventos científicos já praticados em nossas universidades: palestras, conferências, mesas,
rodas de conversas, encontros de e entre grupos de pesquisa, aulas, entrevistas. A diferença
agora é que estamos geograficamente dispersos e praticando outras formas de
presencialidade em rede. A comunicação em tempo real é a marca das lives. Podemos
reutilizá-las em nossas aulas, atividades formativas ou para uso privado e autoestudo. Com
isso, seu conteúdo se democratiza e se valoriza o tempo individual e o estilo de
aprendizagem de quem prefere estudar sozinho valorizando o autoestudo, caso a live não
seja disparadora de atividades colaborativas.
No vídeo em questão, buscou-se a discussão teórica e metodológica sobre
metodologias ativas e a sala de aula invertida na educação online. Foi falado sobre a
incompatibilidade teórico-metodológica das metodologias ativas com os fenômenos da
cibercultura e da educação online como um fenômeno da cibercultura. A live com quase
três horas incluiu conteúdo produzido a partir de questões trazidas por seus participantes.
Foi um encontro com bastante conteúdo e informação.
Para discutir o tema dentro do contexto atual, o grupo articulou um bate-
papo com a coordenadora do projeto, Andrea Fernandes; e a professora da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Edméa Santos. A mediação é do pró-reitor de
graduação da UERJ, Lincoln Tavares Silva.
Entre os desafios contemporâneos da educação temos uma sociedade
envolvida com tecnologias digitais, por redes sociais, por estudantes que vivem o digital
com seus dispositivos móveis, com suas páginas pessoais nas redes sociais. Por isso, um
dos grandes desafios da educação online é fazer professores e alunos vivenciarem situações
de aprendizagem nesse novo contexto sociotécnico, cuja característica principal é a
informação digitalizada e em rede, diferente do que ocorre nas mídias de massa.
Sabe-se que a pandemia veio para ficar e isso nos leva a repensar a
educação. O isolamento social, preventivo e obrigatório fez com que o seu cotidiano
educativo não se acontece como antes, nas salas de aula e na instituição. Isso gera nos
adultos responsáveis um novo papel: O ensino era destinado totalmente à instituição de
ensino e agora, neste contexto que nos parece desolador, faz com que a família precise se
posicionar em um lugar anteriormente destinado apenas a professores. A realidade é que
hoje o contexto da quarentena obriga-nos a rever práticas e estratégias relacionadas com a
“continuidade pedagógica”. A casa foi transformada em escola, trabalho e na vida
cotidiana. Ela convive com tudo isso e muito mais, porque a partir do isolamento, tudo
acontece nela. Os vínculos, os medos, as angústias, as brincadeiras, os momentos e também
a educação e aprendizagem escolar.
Por registro pessoal de experiências segue se o registro breve da aluna
Lidiane, componente do grupo, com a “aula à distância”. Com dois filhos matriculados no
colégio Instituto Progresso no município do Rio de janeiro, sendo um no 2º ano e outro no
5º ano: Diante das mídias socias e opções de discorrer esse ensino, o método utilizado foi
por meio de whatssap, onde os professores enviam o conteúdo no inicio da aula às
08h00min horas e por volta das 11h00min horas voltava pra correção; No segundo ano
postava áudios com uma breve explicação do conteúdo, o do quinto nem isso. Como
pedagoga em formação, não se viu capaz de administrar a situação. Pois houve por certo a
ausência da figura real do professor no desempenho do seu papel de educador e percebeu
em todas as turmas um excesso de conteúdo aplicado, para as famílias que não tinham
nenhum preparo para ensinar, o que é totalmente diferente de revisar, ou explicar. A
ausência de alunos por não terem acesso a internet, ou celulares disponíveis no momento da
aula, era um fato, uma vez que o celular também se transformou em ferramentas de
trabalho para muitos pais. Distribuíram material impresso, que continuavam sem o
detalhamento de explicações do conteúdo para o auxilio da família. Essas experiências não
obtiveram muito sucesso, e no início do ano letivo mudou-se a abordagem, seguindo com
aulas de transmissão ao vivo com uso da mídia do Google classroom onde a professora se
mantia conectada com a turma durante tudo o período da aula e os alunos podiam consulta
los quando encontra se alguma dificuldade com o conteúdo aplicado. Apesar de ainda
esbarrar no fato de nem todos os alunos terem acesso a internet ou recursos necessários, foi
o método que obteve maior sucesso.
A denominação educação “à distância” tenta enfatizar o uso de algum tipo
de mediação tecnológica, mas também acarreta a possibilidade de sugerir a separação, que
vale a pena questionar, entre o professor e o aluno (García, 2014). O termo “à distância” se
junta a muitos outros presentes na selva terminológica que faz parte do mercado
relacionado a essas novas tecnologias (García, 2014). Embora seja pertinente assinalar que
atualmente poderíamos falar mais em virtualização da educação do que em educação à
distância; Pode-se também aludir ao raciocínio de Emília Ferreiro, que, dada a pluralidade
de classificações do letramento: informática, acadêmica, até beisebol, nos convida a pensar
em UM letramento, simplesmente. Podemos pensar na educação que a Covid-19 está nos
forçando a criar e recriar: Tecnologia e conectividade. Reitera-se que a tecnologia é um
meio que não garante o aprendizado por si só. Em um país desigual e que a pandemia
provavelmente aumentará ainda mais a lacuna entre aqueles que têm ou não têm
equipamentos e conectividade onde nem todos são nativos digitais e nem todos têm
internet.
Quando Paulo Freire (1987) mencionou que "ninguém educa ninguém e
ninguém se educa", nos remete ao papel que devemos ter nisso, já que estamos nos
educando no mesmo interjogo, em um aprendizado coletivo. “Você aprende ensinando e
quem ensina, aprende a aprender”.
Essa frase, que parece um jogo de palavras, nos remete à reflexão de que
somos os mediadores entre a escola e nossas crianças e adolescentes. O ensino e a
aprendizagem ocorrem e se constroem, no mesmo quadro, porque “o sujeito que ensina,
também aprende e quem aprende, também ensina”. E estamos vivendo isso dia após dia.
Vivemos como nossas novas gerações, que abraçaram as tecnologias quase desde o
nascimento, nos desafiam na gestão de redes e outros conhecimentos. Continuar ensinando
e continuar aprendendo são duas faces da mesma moeda que, sem qualquer consentimento,
nós como grupo sentimos e concordamos que nos foi imposta uma situação que nos
ultrapassa, e essa situação de desafio, longe de ser complicada, deve ser uma oportunidade
de transformação.
Observa -se também que como consequência da Pandemia global, as escolas
têm procurado encontrar estratégias que visem manter não somente os vínculos de
aprendizagem também os afetivos com os estudantes, através do ensino remoto
emergencial, normatizado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB
9394/96), onde o ensino a distância deve ser utilizado apenas como complementação da
aprendizagem ou em situações emergenciais. Com a suspensão dos calendários letivos nova
tarefa se anuncia para professoras e professores: como garantir o direito à educação em
meio à pandemia? Apesar dos grandes esforços por parte de professores e todos os
envolvidos nos processos educativos durante esse período, muitas dificuldades surgiram
para que a proposta de uma educação de qualidade, com equidade e que promova o
desenvolvimento integral do aluno – como pontuam os atuais documentos legisladores para
a Educação seja realmente posta em prática em todo o país.
Os impactos na saúde mental dos docentes acerca da relação entre o meio de
trabalho e os desafios são relevantes, portanto, é preciso que todos os envolvidos nos
contextos escolares reflitam sobre que tipo de aprendizagem está sendo propiciado aos
alunos e principalmente os reflexos na comunidade escolar e quais objetivos serão possíveis
para atingirem com essas propostas e modalidades de ensino, sendo preciso que sebusque
meios efetivos de democratizar a educação que está sendo disponibilizada nessemomento.
Nosso grupo se comunicou através do Fórum da disciplina na Plataforma e
através desse contato formamos um grupo de Whatsapp. A nossa trajetória foi satisfatória,
apesar dos contratempos, e eu Joelma Santos, como narradora afirmo que conseguimos
alcançar o nosso objetivo, que é debater o conjunto de desafios à escola e à pedagogia
abordados no período da pandemia, considerando que o contexto atual tornou a mediação
tecnológica imprescindível.
REFERÊNCIAS :

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Os saberes necessários à pratica educativa. 25


ed Rio de Janeiro Paz e terra 1996
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed Rio de Janeiro Paz e terra. 1987
GARCIA, R. M. C. Para além da ‘inclusão’: crítica às políticas educacionais
contemporâneas. In: EVANGELISTA, O. (Org.). O que revelam os slogans na política
educacional. Araraquara: Junqueira & Marin , 2014. p. 101-140.,
GARCIA, R.M.C. Políticas públicas em Educação: uma análise no campo da Educação
Especial no Brasil. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis, 2004
https://www.youtube.com/watch?v=hOND8Wv_asI
https://www.youtube.com/watch?v=-9bbhqBelAI&feature=youtu.be
https://youtu.be/TFIAkTxnwos
https://www.youtube.com/watch?v=8E1CkaVqlNU
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
40362007000100002&lng=pt&tlng=pt
CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos
modelos de mediação. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. [online]. 2007, vol.15, n.54, pp. 11-28.
ISSN 0104-4036.

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