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Itatiba
2020
Carolina Galvão RA 002201701129
Grazielle L. Lambert RA 002201700973
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Itatiba
2020
SUMÁRIO
1 Introdução............................................................................................................. 4
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2 Método.................................................................................................................. 7
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2.1. Instituição...................................................................................................... 7
2.2. Necessidade da Proposta de Intervenção....................................................... 7
2.3. Objetivo......................................................................................................... 7
3 Proposta de Intervenção........................................................................................ 8
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3.1. Descrição e definição dos encontros.............................................................. 8
3.2. Objetivos de cada encontro e a forma de trabalhar........................................ 8
4 Discussão.............................................................................................................. 11
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5 Referências........................................................................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO
Segundo Antunes, (2008) cabe ao psicólogo, praticar uma psicologia que seja
capaz de entender o processo de ensino aprendizagem e a sua relação com o
desenvolvimento humano. Neste sentido, é importante ressaltar que na atuação do PEE
deve estar amparado por teorias que privilegiem a correlação entre processos
psicológicos e processos educacionais, considerando muito mais questões históricas e
sociais da constituição humana e não apenas sua individualidade, consciente de que há
uma subjetividade institucional que se estende não só a alunos, mas também a equipe
pedagógica, a família e todos os envolvidos na instituição (Marinho-Araújo, 2010).
Segundo Vigotsky (1993, citado por Gaspar & Costa, 2011, p. 123), uma das
principais falhas da prática psicológica tradicional no âmbito escolar, é separar a
dimensão afetiva da cognitiva no processo de ensino-aprendizagem, como se o processo
do pensamento não tivesse relação com as necessidades e interesses pessoais, bem como
seus impulsos. Daí a importância de desenvolvermos uma intervenção visando o
desenvolvimento da afetividade no presente estágio.
A volta às aulas esse ano, não será como era antes. Estaremos saindo de um
período totalmente novo da história mundial e muito delicado. Precisamos considerar
que algumas crianças terão perdido entes queridos, que a situação financeira pode ter
afetado muito a dinâmica familiar e o relacionamento entre pais e filhos, até mesmo o
fato de famílias nunca terem passado tanto tempo juntas dentro de casa é uma mudança
importante a se considerar. Também é primordial, entender que não será a volta de um
período de férias, afinal, as crianças não estavam de férias, período em que costumam
viajar ou brincar, as crianças estavam em casa de forma “forçada”, não havia outra
escolha.
Além disso, devemos considerar que algumas das crianças são do grupo de risco,
e que muitas das vezes as notícias são muito presentes em sua vida, causando medo e
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Vale ainda ressaltar que a proposta será feita em uma escola de ensino particular
e segundo Souza, Ribeiro e Silva (2011) para entender os limites da inserção do
psicólogo escolar no ensino privado, é necessário entender que a escola particular tem
algumas características peculiares, como por exemplo: clientela de classe média e alta,
condições de trabalho diferenciadas, disponibilidade de recursos humanos e financeiros
que proporcionam à sua administração autonomia e liberdade e, comparada à escola
pública, melhor remuneração de professores e funcionários, além de ser caracterizada
por forte pressão institucional. Porém, essas características podem se apresentar de
diversas maneiras nos vários contextos do ensino particular.
Sendo assim, o presente estágio tem como objetivo trabalhar a afetividade com
as crianças do Ensino Básico de uma escola particular, uma vez que entende-se que os
alunos na volta as aulas estarão sensibilizadas com tudo o que aconteceu, sendo
necessário fazer com os mesmos conheçam os sentimentos e as emoções que estão
sentindo e a partir disso, ensiná-los a se expressarem de forma saudável, contribuindo
para o bom desenvolvimento social, emocional e intelectual, pois é sabido que a fase da
infância é uma das mais importantes e nela ocorrem experiências que deixam marcas
para o resto da vida podendo influenciar positiva ou negativamente todas as condutas
vindouras e o bem-estar físico, cognitivo, emocional e social.
2. MÉTODO
2.1. Instituição
A instituição onde o estágio será realizado trata-se de uma Escola que atende o
Ensino Infantil e Fundamental 1.
2.3 Objetivo
3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Oficina das
Emoções e Duração Objetivo Materiais
Sentimentos
Encontro destinado aos pais e docentes Material explicativo sobre
a fim de explicar o que é o fenômeno afetividade
Encontro 1 1h30min afetividade a ser trabalho com as
crianças, apresentar o projeto e expor
como acontecerão as oficinas.
Conhecer as emoções primárias Filme “Divertidamente”,
Oficina 1 1h30min
básicas televisão
Nomear e identificar as emoções Cartões das emoções
Oficina 2 1h30min
primárias
Saber expressar as emoções positivas - Fantasias, máscaras e
Oficina 3 1h30min
Alegria demais acessórios lúdicos
Saber lidar e expressar as emoções Massinha
Oficina 4 1h30min
negativas - Medo, Nojo
Saber lidar e expressar as emoções Livro
Oficina 5 1h30min
negativas - Raiva, Tristeza
Conhecer os principais sentimentos Folha sulfite, lápis e livro
Oficina 6 1h30min
Saber reconhecer e identificar as Materiais recicláveis
Oficina 7 1h30min emoções e sentimentos nos outros -
Empatia
Exercer a criatividade a partir do que Aparelho de som; materiais
Oficina 8 1h30min
se aprendeu recicláveis
Devolutiva aos pais e docentes Documento com
Encontro 9 1h30min
devolutivas
Serão feitos encontros denominados oficinas, com duração de 1:30h cada com
atividades que elucidam ou expliquem as emoções e sentimentos e assim se trabalhe
com as mesmas. Antes do início das oficinas será realizada uma reunião com os pais e
docentes a fim de se apresentar o projeto, mostrar a importância de trabalhar com o
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tema e até mesmo contar com o apoio de todos os envolvidos da esfera educacional.
Serão um total de 8 oficinas, uma por semana além dos encontros com os pais e
docentes no início e no final do encontro.
Oficina 1: O objetivo desse encontro é fazer com que as crianças conheçam suas
emoções primárias. As emoções consideradas básicas são Alegria, Tristeza, Raiva,
Nojo/Repulsa e Medo. Iremos trabalhar isso com as crianças através de uma sessão
Pipoca, onde elas irão assistir ao filme “Divertidamente”, que ilustra de forma lúdica,
simples e divertida essas emoções primárias e, depois do filme, poderá ser feita uma
discussão para elas falarem o que acharam do filme e o que sentiram ao assisti-lo.
Oficina 2: O objetivo dessa oficina é fazer com que as crianças, após o que
aprenderam no último encontro, nomeiem e identifiquem as suas emoções primárias.
Para isso, os nomes das emoções básicas serão colocados em cartõezinhos de cores
diferentes e, após a estagiária ou a professora falar uma frase relacionada a uma delas,
como por exemplo “eu estou muito feliz por ver meus coleguinhas novamente” ou
“minha vovó está doente e isso me preocupa”, as crianças terão que escolher a que
melhor se encaixa com a situação descrita. Assim elas aprenderão a identificar suas
emoções e, assim, nomeá-las.
elas acham que aqueles personagens estão sentindo e por quê, após elas responderem, a
psicóloga poderá perguntar se alguma vez elas já sentiram isso e como podem fazer para
mostrar para as pessoas que estão tendo uma determinada emoção e o que podem fazer
para ela passar, já que é uma emoção negativa, mas necessária para o processo de
crescimento de todo ser humano.
Ao final de todos esses encontros, será realizada uma reunião com os pais e
docentes a fim de discutir o impacto das atividades desenvolvidas com as crianças,
perguntando a eles se houve alguma mudança no comportamento das crianças e será
importante dar um feedback sobre o que a estagiária observou durante o processo.
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4. DISCUSSÃO
É certo que a pandemia do Covid 19, trouxe grandes mudanças na vida de toda a
humanidade e as crianças também foram afetadas pelo contexto de crise na saúde
mundial e inclusive são as que mais podem ser afetadas psicologicamente (Linhares &
Enumo, 2020), visto que estão em desenvolvimento e muitas coisas podem parecer
confusas ou até mesmo incompreensíveis. Suas rotinas foram alteradas, aumentou a
presença dos familiares em casa, as aulas passaram ser feitas em ambiente virtuais e
muitas outras consequências de acordo com as circunstâncias familiar de cada criança.
Neste sentido, este trabalho propõe uma intervenção com alunos, na volta às
aulas pós-pandemia, e se objetiva a trabalhar com sentimentos e emoções das crianças,
pois entende-se que quando as crianças retornarem para o ambiente escolar
presencialmente estarão com suas emoções muito mais intensificadas ou desreguladas,
porém, poderão não compreendê-las ou saber lidar com elas.
medo, desespero, irritação, dentre outras que podem ser de difícil resolução, essas
emoções podem ser muitas vezes, contagiosas. Cabe não só ao professor, mas também
ao psicólogo, trabalhar com essas emoções, tendo consciência de seu impacto, e
desenvolver intervenções que visem não só o caráter individual de cada aluno, mas
também o coletivo (Gaspar & Costa, 2011).
5. REFERÊNCIAS
Conselho Federal de Psicologia (2007). Resolução CFP N.º 013/2007 -Consolidação das
resoluções relativas ao título profissional de especialista em psicologia. Brasília
Linhares, Maria Beatriz Martins, & Enumo, Sônia Regina Fiorim. (2020). Reflexões
baseadas na Psicologia sobre efeitos da pandemia COVID-19 no desenvolvimento
infantil. Estudos de Psicologia (Campinas), 37, e200089. Epub June 05,
2020.https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200089
Loos-Sant’Ana, Helga, & Barbosa, Priscila Mossato Rodrigues. (2017). Dando voz
às crianças: percepções acerca do papel da dimensão afetiva na atividade
pedagógica. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 98(249), 446-466.
https://dx.doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.98i249.2639
Souza, C.S, Ribeiro, M.J., & Silva, S.M.C.. (2011). A atuação do psicólogo escolar na
rede particular de ensino. Psicologia Escolar e Educacional, 15(1), 53-61.