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Disciplina: Psicologia Geral/Relações Humanas

Profa: Maria Luisa Carvalho

BOCK, A. M. B.; FURTADO, O. e TRASSI, M. L. Psicologias.São Paulo: Saraiva,


14 ed. 2008, cap. 11.

CAPÍTULO 13

Vida afetiva:
A IMPORTÂNCIA DA VIDA AFETIVA

"O coração tem razões que a própria razão desconhece."


Quais são essas razões?
São nossos afetos que dão o colorido especial à conduta de cada um e às nossas
vidas. Eles se expressam nos desejos, sonhos, fantasias, expectativas, nas palavras, nos
gestos, no que fazemos e pensamos. E o que nos faz viver.
Para falarmos de afetos, seria preferível dar a palavra aos poetas. Estes sim,
expressam-nos de uma maneira tão clara, tão precisa, que traduzem com perfeição estados
internos que não cabem na racionalidade científica:
Quanto mais desejo
Um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver.
Antonio Chaves, Ester Vieira Chaves. Deus e amor

Por que os psicólogos precisam falar da vida afetiva?

Porque ela é parte integrante de nossa subjetividade. Nossas expressões não podem
ser compreendidas, se não considerarmos os afetos que as acompanham; mesmo os
pensamentos, as fantasias - aquilo que fica contido em nós - só têm sentido se sabemos o
afeto que os acompanham. Por exemplo, aquela idéia de que o melhor amigo irá se sair mal
em uma competição, só adquire sentido quando descobrimos que sua origem está na inveja
que se tem dele. O Psicólogo, em seu trabalho, não pode deixar de lado esse aspecto
constitutivo da subjetividade - a vida afetiva - e estudar apenas a vida cognitiva e racional
dos indivíduos. Agindo, assim, certamente não irá compreendê-los em sua totalidade.
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim.
Pense em quantas vezes você já programou uma forma de agir e, na hora "H",
comportou-se completamente diferente. Por exemplo, uma jovem soube algo de seu
namorado que a aborreceu, mas
ela racionalmente resolveu não criar caso e pensou: "Quando ele chegar, vou ser carinhosa
e não vou deixar transparecer que me aborreci" e, de repente, quando o tem à sua frente,
ela se vê esbravejando, agredindo, enciumada. Seus afetos a traíram. Foi difícil ou, no caso,
impossível contê-los. Tanto nesse exemplo, como em muitas situações de vida, não há a
mediação do pensamento - são os afetos que determinam nosso comportamento. É nesta
circunstância que se ouve aquela frase tão corriqueira: "Como ele é impulsivo!".
Por isso, os afetos são importantes para os psicólogos.
Marx afirmou "que o homem se define no mundo objetivo não somente em
pensamento, senão com todos os sentidos (...). Sentidos que se afirmam, como forças
essenciais humanas (...). Não só os cinco sentidos, mas os sentidos espirituais (amor,
vontade...)".

O ESTUDO DA VIDA AFETIVA

O estudo da razão tem sido privilegiado no interesse dos homens, principalmente


na ciência, pois os afetos têm sido vistos como deformadores do conhecimento objetivo.
Mesmo na Psicologia, não são todas as teorias que consideram a importância da vida
afetiva, tendo, muitas delas, priorizado apenas o estudo da cognição, das funções
intelectivas. Consideramos que estudar apenas alguns aspectos do homem é considerá-lo
como um ser fragmentado, correndo-se o risco de deixar de analisar aspectos importantes.
Como diz Bader Sawaya: "O homem se afirma no mundo objetivo, não só no ato
do pensar, mas com todos os sentidos, até com os sentidos mentais (vontade, amor e
emoção)".
Minha mãe achava estudo
A coisa mais fina do mundo,
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
Ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com
Água quente.
Não me falou em amor,
Essa palavra de luxo.
A vida afetiva, ou os afetos, abarca muitos estados pertencentes à gama prazer-
desprazer, como, por exemplo, a angústia em seus diferentes aspectos - a dor, o luto, a
gratidão, a despersonalização - os afetos que sustentam o temor do aniquilamento e a
afânise, isto é, o desaparecimento do desejo sexual.
Ao procurarmos compreender a vida afetiva, é importante adotarmos a
terminologia adequada por tratar-se de uma área de estudo repleta de nuances. Portanto, se
até o século 19 usavam-se, indiscriminadamente, termos como emoção e sentimento, hoje,
no estudo da vida afetiva, já fazemos uma distinção mais precisa entre esses termos:
* a emoção: estado agudo e transitório. Exemplo: a ira.
* o sentimento: estado mais atenuado e durável. Exemplo: a gratidão, a lealdade.

Os afetos

Os afetos podem ser produzidos fora do indivíduo, isto é, a partir de um estímulo


externo – do meio físico ou social -qual se atribui um significado com tonalidade afetiva:
agradável ou, desagradável, por exemplo. A origem dos afetos pode também nascer, surgir
do interior do indivíduo. O universo dos afetos é comunicável na medida que as
representações de coisa e palavra formam, com os afetos, um complexo psíquico inteligível.
É importante lembrar aqui que, para a Psicanálise, não há afeto sem representação, isto é,
sem idéia. Se assim fosse, poderíamos ter a impressão que existe afeto solto dentro de nós -
uma sensação de mal-estar, por exemplo-, isso porque a idéia à qual o afeto se refere pode
estar inconsciente.
O prazer e a dor são as matrizes psíquicas dos afetos, ou se constituem em afetos
originários. Entre estes dois extremos encontram-se inúmeras tonalidades, intensidades de
afetos, que podem ser vagos, difíceis de nomear ou discriminados.
Com açúcar, com afeto
Fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa.
Existem dois afetos que constituem a vida afetiva: o amor e o ódio. Estão sempre
presentes na vida psíquica - de modo mais ou menos integrado-, associados aos
pensamentos, às fantasias, aos sonhos e se expressam de diferentes modos na conduta de
cada um.
Freud, quando postulou a teoria do Complexo de Édipo, concebeu-o como
conflito desses afetos básicos (ambivalência de sentimentos), pois uma das suas principais
dimensões é a oposição entre "um amor fundamentado e um ódio não menos justificado,
ambos dirigidos à mesma pessoa".
As aparências enganam
Aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio
Se irmanam na fogueira das paixões.

Os afetos ajudam-nos a avaliar as situações, servem de critério de valoração positiva


ou negativa para as situações de nossa vida; eles preparam nossas ações, ou seja, participam
ativamente da percepção que temos das situações vividas e do planejamento de nossas
reações ao meio. Essa função é caracterizada como função adaptativa.
Quando olhaste bem
Nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me debrucei sobre o teu corpo
E duvidei
E me arrastei.
Os afetos também têm uma outra característica - eles estão ligados à consciência, o
que nos permite dizer ao outro o que sentimos, expressando, através da linguagem, nossas
emoções. E é isso o que fazem, incessantemente, os poetas, até mesmo quando não
querem falar:
Não quero falar,
Pois sinto.
Não tenho de amar,
Pois amo.
Contudo, muitas vezes os afetos são enigmáticos para quem os sente. Exemplos:
quando temos muitos motivos para não gostar de alguém de quem gostamos; -ou quando
deveríamos ser gratos a alguém de quem temos raiva. Há motivos dos afetos que estão fora
do campo da consciência nem mesmo quem os vivencia consegue explicar - só sente a
estranheza daquele sentimento que parece "fora do lugar".
Eu queria ficar triste
Mas não consigo parar de rir...
Os afetos também podem ser enigmáticos para aqueles que os supõem em nós a
partir de alguma expressão, isso porque, muitas vezes, nossa reação não condiz com o que
sentimos (com que o outro esperava), ou seja, nem sempre o comportamento está em
conformidade com os nossos afetos, os quais não queremos (ou não podemos)
demonstrar.
Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família
Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos.
Que é pra ver se você volta
Que é para ver se você vem
Que é pra ver se você olha pra mim.

AS EMOÇÕES

As emoções são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do


organismo, em resposta a um acontecimento inesperado ou, às vezes, a um acontecimento
muito aguardado (fantasiado) e que, quando acontece...
Nas emoções é possível observar uma relação entre os afetos e a organização
corporal, ou seja, as reações orgânicas, as modificações que ocorrem no organismo, como
distúrbios gastrointestinais, cardiorrespiratórios, sudorese, tremor. Um exemplo é a
alteração do batimento cardíaco.
Meu coração
Não sei por quê
Bate feliz
Quando te vê.

Durante muito tempo, acreditou-se no coração como o lugar da emoção, talvez


pelo fato de, ao manifestar-se, vir freqüentemente acompanhada de fortes batimentos
cardíacos. Por isso, até hoje desenhamos corações para dizer que estamos apaixonados.
Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração.
Outras reações orgânicas acompanham as emoções e revelam vivências ou estados
emocionais do indivíduo: tremor, riso, choro, lágrimas, expressões faciais etc. As reações
orgânicas fogem ao nosso controle. Podemos "segurar o choro", mas não conseguimos
deixar de "chorar por dentro", sentindo aquele nó na garganta e, às vezes, tentamos, mas
não conseguimos segurar duas ou três lágrimas que escorrem, traindo-nos, demonstrando
nossa emoção. Assim como o riso e a aceleração dos batimentos cardíacos, o choro -
cantado e recantado pelos poetas como expressão de amor, saudade e desejo - é uma das
reações mais freqüentes e comuns em nossa cultura.
Você partiu
Saudades me deixou
Eu chorei.
Quem parte leva saudades
De alguém que fica.
Todas essas reações de que vimos falando são importantes descargas de tensão do
organismo emocionado, pois as emoções são momentos de tensão em um organismo, e as
reações orgânicas são descargas emocionais.
Se eu chorasse
Talvez desabafasse
O que sinto no peito
E não posso dizer
Só porque não sei chorar
Eu vivo triste a sofrer.
Infelizmente, nossa cultura estimula algumas reações emocionais e reprime outras.
Os homens sabem bem disso. "Homem não chora" é uma das frases mais comuns na
educação de nossos jovens.
Infelizmente, o senso comum não foi sensível para aprender com os poetas que se
chora, sim, e que choro é expressão de vida afetiva, de amor e de ódio; de força de um
organismo que se adapta a uma situação de tensão - nunca sinal de fraqueza!
Por outro lado, as reações emocionais orgânicas são, até certo ponto, aprendidas,
ou seja, nosso organismo pode responder de diversas maneiras a uma situação, mas a
cultura "escolhe" algumas formas como sendo mais adequadas a determinadas situações ou
tipo de pessoas (por exemplo, de acordo com a idade, o sexo ou a posição social). Durante
nossa socialização, aprendemos essas formas de expressão das emoções aceitas pelo grupo
a que pertencemos. Assim, passamos a associar reações do organismo às emoções, as quais
podemos distinguir. Por exemplo, distinguimos o choro de tristeza do choro de alegria; o
riso de alegria do riso de nervoso.
As emoções são muitas: surpresa, raiva, nojo, medo, vergonha, tristeza, desprezo,
alegria, paixão, atração física - ora são mais difusas, ora mais conscientes; às vezes
encobertas, às vezes não.
As emoções, por estarem ligadas diretamente à vida afetiva -aos afetos básicos de
amor e ódio - estão ligadas também à sexualidade (amor).

Quando transmites o calor


De tua mão para o meu corpo
Que te espera
Me deixas louca
E quando sinto que teus braços
Se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras
Outros sons enchem o espaço
Você me abraça
A noite passa
Me deixas louca. (18)
Não temos por que esconder nossas emoções. Elas são nossa própria vida, uma
espécie de linguagem na qual expressamos percepções internas; são sensações que ocorrem
em resposta a fatores geralmente externos. São fortes, passageiras; intensas, mas não
imutáveis. Isto quer dizer que o que hoje nos emociona, poderá amanhã não nos
emocionar mais. Essa força e mutabilidade foi expressa neste poema de Vinicius de
Moraes:
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

OS SENTIMENTOS

Os afetos básicos (amor e ódio), além de manifestarem-se como emoções, podem


expressar-se como sentimentos.
Os sentimentos diferem das emoções por serem mais duradouros, menos
"explosivos" e por não virem acompanhados de reações orgânicas intensas. Assim,
consideramos a paixão uma emoção, e o enamoramento, a ternura, a amizade,
consideramos sentimentos, isto é, manifestações do mesmo afeto básico - o amor.
O importante é compreender que a vida afetiva - emoções e sentimentos - compõe
o homem e constitui um aspecto de fundamental importância na vida psíquica. As emoções
e os sentimentos são como alimentos de nosso psiquismo e estão presentes em todas as
manifestações de nossa vida. Necessitamos deles porque dão cor e sabor à nossa vida,
orientam-nos e nos ajudam nas decisões. Enfim, são elementos importantes para nós, que
não podemos nos compreender sem os sentimentos e
as emoções.
Socorro, não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo.
Não vai dar mais pra chorar.
Nem pra rir.
Socorro, alguma alma, mesmo que penada, me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor, já não sinto nada.

Socorro, alguém me dê um coração,


Que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
Qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos,
Deve ter algum que sirva.

Socorro, alguma rua que me dê sentido,


Em qualquer cruzamento,
Acostamento,
Encruzilhada.
Socorro, eu já não sinto nada.

Saber e compreender o mundo que nos rodeia é fundamental para que possamos
estar nele. A apreensão do real é feita de modo sensível e reflexivo e, portanto, realizada
pelo pensar, sentir, sonhar, imaginar.
Para finalizar este CAPÍTULO - o poeta não poderia estar ausente! - escolhemos o
trecho de uma poesia cujos versos destacam a importância da vida afetiva:
O que pode o sentimento não pode o saber
nem o mais claro proceder
nem o mais amplo pensamento.
Só o amor com sua ciência
nos torna tão inocentes.

Texto Complementar:

O ENAMORAMENTO

Quando nos enamoramos, por muito tempo continuamos a dizer a nós mesmos
que não o estamos.
Passado o momento em que se revelou o acontecimento extraordinário, retornamos
à vida quotidiana e pensamos que tudo foi passageiro. Mas, para nosso espanto, esse
momento nos volta à mente, nos cria um desejo, uma ânsia que só se aplacam quando
revemos a pessoa amada ou escutamos sua voz. Mas tudo volta logo a desaparecer, e
dizemos a nós mesmos que foi apenas uma exaltação que não tem importância alguma.
Talvez haja um pouco de verdade nisso, pois no começo não se distingue bem se é
realmente um enamoramento ou se tudo não passa de uma reestruturação radical do
mundo social em que vivemos, e que faz parte orgânica de todos nós. Mas se esse desejo
reaparece, e torna a reaparecer e se impõe, então estamos verdadeiramente enamorados. O
enamoramento é um processo no qual a outra pessoa, aquela que encontramos e que nos
correspondeu, se nos impõe como o objeto pleno do desejo. Esse acontecimento nos
impõe a reorganização de tudo, e esse fato obriga-nos a repensar tudo, especialmente o
nosso passado. Na realidade, não é um repensar, mas um refazer. É, com efeito, um
renascimento. O estado nascente (do enamoramento ou dos movimentos sociais) tem a
extraordinária propriedade de refazer o passado. Na vida quotidiana, não podemos refazer
o passado. Nosso passado existe com suas desilusões, suas recordações, suas amarguras.
(...) As pessoas enamoradas (e muitas vezes ambas conjuntamente) revêem o passado e se
dão conta de que o que aconteceu foi assim porque, naquele momento, fizeram opções,
que elas quiseram e agora não querem mais. O passado não é negado nem oculto, é privado
de valor. É verdade que amei e odiei meu marido, mas não o odeio mais; enganei-me, mas
posso mudar. Então o passado se configura como pré-história, e a verdadeira história
começa agora. Desse modo terminam o ressentimento, o rancor e o desejo de vingança.
Não se pode odiar o que não tem mais valor nem importância. Essa experiência muitas
vezes provoca nos enamorados uma angústia, uma inquietação. A pessoa amada fala na
minha frente sobre o seu passado, sobre seus amores e sobre a pessoa com quem se casou
ou com quem vive. De início fala com rancor, num desabafo; depois, pouco a pouco, quase
com ternura. Diz: “Ele foi mau para mim, mas me ama; gosto dele, não quero fazê-lo
sofrer, gostaria que fosse feliz". Essas palavras indicam um distanciamento que existe
apenas porque não há mais tensão, nem medo, nem vingança. Mas podem ser interpretadas
como um amor que persiste e que, por vezes, provoca ciúme.
A pessoa enamorada pode até relacionar-se com o marido (ou com a mulher), se
este não cria obstáculo, sem rancor, com afeto. Seu passado adquiriu outro significado à luz
de seu novo amor. No fundo, pode até continuar gostando do marido ou da mulher
justamente por estar apaixonada. A alegria desse amor a torna dócil, meiga, boa. É
geralmente a outra pessoa enamorada que não aceita esse fato, que não acredita nele, que
deseja a pessoa amada somente para si. Como cada um dos dois almeja essa exclusividade e
essa certeza, ambos se vêem obrigados muitas vezes a se magoarem mais do que cada um
desejaria. (...)
Francesco Alberoni.Enamoramento e amor.Trad.Ary Gonzales Gaivão.Rio de Janeiro, Rocco,
1986 p.18-9

1.Por que os psicólogos estudam as emoções?


2. Por que, por vezes, as emoções são consideradas como deformadoras da realidade?
3. O que são os afetos?
4. Quais os dois afetos básicos de nossa vida psíquica?
5. O que é a ambivalência de sentimentos?
6. O que são emoções?
7. Por que se pensava que o lugar das emoções era o coração?
8. Quais tipos de reações orgânicas acompanham as emoções?
9. Qual a importância dessas reações orgânicas para a saúde?
10. Como se explica a função adaptativa das emoções?

Atividades complementares:
1. Descreva para seus colegas um momento de emoção que você viveu, procurando
completar a descrição com as reações orgânicas que você sentiu.
2. Qual a importância das emoções e sentimentos na nossa vida? Falem de situações que
vocês viveram.
3. Discutam a influência da socialização na expressão dos afetos. Vocês conhecem alguma
cultura em que as pessoas expressem diferentemente de nós os seus afetos?
4. Escolham uma emoção ou um sentimento e pronunciem-se sobre:
-O que aquele afeto significa para você;
-Quando e como você o sente?
5. Debatam se os nossos sentimentos e as nossas emoções são sentidos da mesma forma
por todos nós. As pessoas sentem emoções sempre da mesma forma?
6. De acordo com o texto complementar, respondam: que é enamoramento e o que
acontece quando nos enamoramos?
7. Discutam um filme visto por vocês e que os tenha emocionado. Falem sobre a emoção
sentida e suas causas.

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