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- MATERIAL DE APOIO -

AMOR E
SOLIDÃO:
UMA PSICANÁLISE DAS
CONEXÕES HUMANAS
COM ANA SUY
Este material de apoio foi preparado pela curadoria da Casa do Saber e tem
como objetivo acompanhar você ao longo da sua jornada de
aprendizagem nos cursos, masterclasses e palestras disponíveis na
plataforma de streaming Casa do Saber +.

Procuramos trazer aqui pontos importantes abordados ao longo das aulas


e também outras informações que possam te auxiliar na compreensão dos
conhecimentos tratados no curso.

Com o intuito de expandir o conteúdo que foi abordado nos cursos,


incluímos aqui algumas referências bibliográficas, audiovisuais e também
indicações dos professores e professoras.

Conectamos neste material o universo de conteúdo produzido pela Casa


do Saber. Preparamos uma curadoria exclusiva de cursos e indicamos
vídeos do canal no YouTube relacionados ao tema do curso que você está
assistindo.

Além disso, você pode acessar o Quero Saber, o blog de conhecimento da


Casa do Saber.

Esperamos que este material de apoio sirva como importante ferramenta


que possa potencializar o seu processo de
aprendizagem e de educação continuada.

Curadoria Casa do Saber.


curadoria@casadosaber.com.br
O CURSO

O que quer dizer amor e solidão? Por que ter medo da solidão, como se ela
fosse o contrário do amor? Qual o lugar e a importância do amor próprio?
Paixão, desejo, ciúme: como eles influenciam o amor e a solidão?
Compreender as nuances do amor e da solidão na nossa vida é crucial na
abertura para conexões mais autênticas, significativas e generosas.

O curso apresenta abordagens da psicanálise a respeito de duas questões


fundamentais das relações humanas consigo, com os outros e com o
mundo: amor e solidão. E isso não é nem um pouco trivial: cada momento
atravessa um elemento central destas questões, desde suas definições
básicas até as contradições, dilemas e inusitadas relações entre elas para a
constituição do sujeito.
AULA A AULA

Aula 1 | Afinal, o que quer dizer "amor"?

- O amor não é um conceito da psicanálise, apesar de ser um aspecto


central na teoria e na clínica.
- Quando falamos de amor - pela via da filosofia, da literatura, ou
mesmo da biologia -, assumimos a ideia falsa de que ele tem um
significado comum.
- A questão básica da idealização e da influência dos amores vividos
na forma como cada pessoa pensa, entende e pratica o amor.
- O amor como movimento em busca de uma completude que não se
dá por completo.
- Só existe completude se houver falta.
- O nosso passado não é algo estático, ele é constantemente revivido e
construído.
- O mito de Aristófanes (447 a.C. – 385 a.C.), presente na obra O
Banquete, de Platão (428/427 a.C. – 348/347 a.C.): Aristófanes "usará
esse mito para tentar dar conta do humano como um todo, falando
de todos os tipos de amores possíveis e não somente um em
específico. Ele começa dizendo que no princípio haviam três
gêneros: masculino, feminino e o andrógino" (Saiba mais).

"É só na aparência que a criança se separa da mãe. Na realidade, só se


separa de uma parte de si mesma que ficou dentro da mãe."

Françoise Dolto, "Solidão" (Martins Fontes, 1998).


- O amor é uma fantasia, e para a psicanálise, a fantasia é uma
condição para a realidade.
- Somos seres desnaturalizados.
- A nossa história de vida é marcada pelo amor.

Aula 2 | Quem tem medo da solidão?

- A solidão é também uma idealização, mas no sentido oposto do


vetor.
- Temos a crença de que algo e seu oposto são mesmo diferentes, mas
a psicanálise e a lógica nos demonstram que nem sempre é assim.
- É possível pensar a solidão como parte do amor (e vice-versa), não
uma forma terrível e monstruosa oposta a ele. Por outro lado, como
essa noção transforma a ideia de amor?
- Na cultural atual, a solidão e estar sozinho/sozinha é visto como algo
pejorativo.
- O medo da solidão parece não estar relacionado à quantidade de
pessoas que temos em volta da gente, mas sim ao medo da
sensação de solidão, de desamparo, de vazio e de tristeza.
- O Eu como uma estrutura de fachada para Freud: o Eu, então, seria
uma ficção.
- Lacan ensina, citando o poeta Rimbaud, que “o eu é um outro”.

Aula 3 | O Eu como primeiro amor

- Amar a si é algo que começa no amor que sentimos pelo outro.


- A ideia de que o amor não é algo que se aprende de forma linear
(primeiro um, depois o outro).
- No amor, eu e outro são um bem bolado, já que, no psiquismo, o eu
se constrói a partir dessa relação.
- Nós precisaríamos amar primeiro a nós mesmos, mas isso é algo que
aprendemos sendo amados.
- O Eu como um emaranhado de outro.
- O nome é uma palavra, um som, que nos antecipa.
- O desejo não é algo que tenha um objetivo que vá satisfazê-lo na
realidade, mas sim um movimento que nos atormenta por não ter
este objeto que nos satisfaça em definitivo.
- Para Lacan, o desejo é desejo de desejo. E ainda: quando a falta, falta,
a angústia aparece.

Aula 4 | Entre amor e paixão: o tempo?

- Sobre a paixão há um consenso: ela tem data de validade. E repleta


de desafios: o encontro, a reciprocidade, a ilusão de completude. E é
aí que o verdadeiro desafio começa, depois do “felizes para sempre”.
- Como fazer a paixão durar? Como alimentá-la e praticar uma certa
“economia” para que, ao longo do tempo, ela se transforme em
amor?
- Tem sempre um luto pelo objeto perdido no campo do amor.
- Quando falamos de paixão e de amor, necessariamente precisamos
falar sobre o tempo.

Aula 5 | Ciúme, quem te chamou?


- A paixão tem como característica uma grande consistência narcísica:
o apaixonado acredita ter encontrado algo seu no outro, como uma
complementaridade materializada.
- O surgimento da paranóia: o medo que essa sua metade seja
roubada. E essa ameaça de perda de completude pode vir de
qualquer lugar.
- Como é preciso que o apaixonamento perca um tanto de suas cores,
a fim de que o ciúme dê lugar a alguma paz no amor.
- A gente atravessa o Complexo de Édipo podendo suportar que não é
tudo para o outro.
- Em psicanálise, satisfação e prazer não são a mesma coisa.

Aula 6 | O desejo como vetor fundamental

Fernando Pessoa
Não quero rosas, desde que haja rosas

Não quero rosas, desde que haja rosas.


Quero-as só quando não as possa haver
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?...

Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa. (Direcção, recolha e notas de


Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.)
Lisboa: Ática, 1973 (4ª ed. 1993). - 123.
- O amor sempre vai depender do tempo que vivemos, portanto, ao
pensar sobre ele, devemos levar em conta o contexto de vida atual.
- O ciúme, para Freud, pode ser de três tipos: normal, projetado e
delirante.
- O ódio como um afeto anterior ao amor.
- Para a psicanálise, o desejo não tem objeto específico - ele é
movimento, “desejo de desejo”. É ele quem trará mais dignidade ao
campo amoroso, na medida em que o objeto amado cai do seu lugar
de “O” objeto: aí a paixão é tocada pelo amor e os amantes podem
respirar (ou não, já que não há garantias).
- O jogo de equilíbrio entre, de um lado, certa sustentação do
encontro pela imagem narcísica de completude; de outro, a
necessidade de suportar alguma falta ou desencontro em relação ao
outro (e, portanto, a si mesmo).
- Quanto mais desencontros os parceiros podem suportar, mais
podem se encontrar no amor?
- A gente não conhece o objeto do nosso desejo. Não por falta de
conhecimento, mas por ele não existir.
- O amor se realiza porque não se realiza, ou seja, amar é uma
realização que acontece no fracasso.

Aula 7 | Amor e solidão: de mãos dadas

- Amor e solidão andam de mãos dadas.


- O que significa dizer que ama-se sempre só, ainda que o outro
também ame?
- Ou que o amor é feito de matéria orgânica, é vivo? Assim como toda
conquista, o amor precisa ser mantido, cultivado.
- Apresentação de um balanço de encerramento das questões
tratadas no curso e busca delinear as fronteiras dessa aposta sem
garantias, baseada em suposições e confiança - ainda assim, algo
que ilumina e colore nossas vidas.
- Como equilibrar os momentos de escuro para aproveitarmos melhor
essa luz?
SOBRE A PROFESSORA

Ana Suy é psicóloga e


psicanalista.

Doutora em pesquisa e
clínica em psicanálise pela
UERJ, mestre em psicologia
pela UFPR, com
pós-graduação em psicologia
clínica - abordagem
psicanalítica pela PUC-PR,
onde é professora da
graduação do curso de
psicologia.

É Autora, entre outros, de “A Gente Mira no Amor e Acerta na Solidão”


(Paidós, 2022), “Amor, Desejo e Psicanálise” (Juruá, 2015) e de livros de
crônicas poéticas.
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