Você está na página 1de 26

FILOSOFIA

A FILOSOFIA
DO AMOR
Prof. Felini
O que é o amor?
Amor Platônico

O amor platônico é qualquer relacionamento amoroso idealizado no


qual não existe um relacionamento amoroso por vários motivos,
como uma amizade entre duas pessoas em que pelo menos uma
deseja um tipo diferente de relacionamento.
O amor platônico é assim chamado por conta das idealizações. A
teoria de Platão é pautada no mundo das ideias e no mundo
sensível. Onde tudo que é perfeito está no mundo das ideias.
O Banquete - Platão

• Elogios ao amor.

• Pausânias: Discurso sobre o amor.

Existe dois tipos de amor: amor vulgar e amor celeste.

• Amor vulgar é o amor do corpo, é passageiro, amor frágil.

• Amor celeste é da alma, das ideias, é bom e permanece.


EXERCÍCIO

(Enem 2ª aplicação 2016) Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro
momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo,
é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam
reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro,
desejando formar um único ser.

PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o

a) bem supremo como fim do homem.

b) prazer perene como fundamento da felicidade.

c) ideal inteligível como transcendência desejada.

d) amor como falta constituinte do ser humano.

e) autoconhecimento como caminho da verdade.


EXERCÍCIO

(Enem 2ª aplicação 2016) Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro
momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo,
é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam
reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro,
desejando formar um único ser.

PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o

a) bem supremo como fim do homem.

b) prazer perene como fundamento da felicidade.

c) ideal inteligível como transcendência desejada.

d) amor como falta constituinte do ser humano.

e) autoconhecimento como caminho da verdade.


EXERCÍCIO

RESOLUÇÃO:

A alegoria descrita no texto refere-se à ideia do amor como busca permanente da plenitude, ou melhor, da
"parte que falta" para restaurar o "todo" original da alma. Assim, o amor seria o desejo pelo que não se
tem, uma falta constitutiva do ser humano.
Aristófanes – Mito do andrógino

• No início os seres humanos eram


completos.
• Círculos homem, mulher e homem-
mulher.
• Círculo forma perfeita.
• Zeus parte os círculos – Uma metade
passa a buscar a outra para encontrar
sua plenitude.
Sócrates: O amor é busca

• Só desejamos aquilo
que a gente não tem.
• Aprender sobre o amor
com Diotima de
Mantinea.

FILO+SOFIA
Estoicos e Epicuristas sobre o amor

• Erradicação das paixões –


Estoicos.

• Moderação das paixões e


prazeres – Epicuristas.
Santo Agostinho: Virtude – Ordenação do Amor

• Amor aos elementos


materiais, necessários a
sobrevivência.
• Amor aos seres humanos.
• Amor a Deus.
EXERCÍCIO
(Unioeste 2020) “(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma coisa de todo ignorada, deve-se examinar
com diligência de que natureza é o amor dos estudantes, entendendo-se por estudantes os que ainda não sabem,
mas desejam saber. Naqueles casos em que a palavra estudo não é usual, podem existir amores de ouvido: como
quando o ânimo se acende em desejo de ver e de gozar devido à fama de alguma beleza, porque possui uma noção
genérica das belezas corpóreas pelo fato de ter visto muitas delas, e existe no interior dele algo que aprova o que no
exterior é cobiçado. Quando isto acontece, o amor não é paixão de uma coisa ignorada, pois já conhece seu gênero.
Quando amamos um varão bondoso, cujo rosto nunca vimos, amamo-lo pela notícia das virtudes que conhecemos na
própria verdade”
SANTO AGOSTINHO, De Trinitade, livro 10.
A partir do texto de Santo Agostinho, assinale a alternativa CORRETA.

a) Amamos porque desconhecemos; se conhecemos, não amamos.

b) Em primeiro lugar, não existe amor entre os estudantes.

c) O amor desconhece o seu gênero porque somos livres.

d) Basicamente, os amores de ouvido são superiores.

e) Aquilo que amamos não é de todo ignorado.


EXERCÍCIO
(Unioeste 2020) “(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma coisa de todo ignorada, deve-se examinar
com diligência de que natureza é o amor dos estudantes, entendendo-se por estudantes os que ainda não sabem,
mas desejam saber. Naqueles casos em que a palavra estudo não é usual, podem existir amores de ouvido: como
quando o ânimo se acende em desejo de ver e de gozar devido à fama de alguma beleza, porque possui uma noção
genérica das belezas corpóreas pelo fato de ter visto muitas delas, e existe no interior dele algo que aprova o que no
exterior é cobiçado. Quando isto acontece, o amor não é paixão de uma coisa ignorada, pois já conhece seu gênero.
Quando amamos um varão bondoso, cujo rosto nunca vimos, amamo-lo pela notícia das virtudes que conhecemos na
própria verdade”
SANTO AGOSTINHO, De Trinitade, livro 10.
A partir do texto de Santo Agostinho, assinale a alternativa CORRETA.

a) Amamos porque desconhecemos; se conhecemos, não amamos.

b) Em primeiro lugar, não existe amor entre os estudantes.

c) O amor desconhece o seu gênero porque somos livres.

d) Basicamente, os amores de ouvido são superiores.

e) Aquilo que amamos não é de todo ignorado.


EXERCÍCIO

RESOLUÇÃO:

Para responder à questão, você deve atentar para a reflexão acerca do amor formulada por Agostinho no
texto apresentado. Nessa reflexão, o filósofo medieval destaca que o amor está relacionado ao conhecimento,
ainda que parcial, do gênero daquilo que se ama. Essa inferência é indicada no início do texto em que se diz
“ninguém pode amar uma coisa de todo ignorada” e fica mais clara no trecho final “(...) o amor não é paixão de
uma coisa ignorada, pois já conhece seu gênero”.
René Descartes e as paixões

Afeição
Amizad
e
Devoção
Fisiologia do amor

A paixão do amor, segundo Descartes, é útil para saúde. Em relação a


ela, quando não é acompanhada de nenhuma outra, sente-se o
batimento cardíaco mais forte do que de costume; e “se sente um
doce calor no peito, e que a digestão dos alimentos se faz muito
prontamente no estômago”
(DESCARTES, As Paixões da Alma, Art. 97, 1979, p. 254).
Rousseau: Amor de si e compaixão

“A compaixão é um sentimento
natural que, ao moderar a
violência do amor pelo próprio
ego em cada indivíduo contribui
para a preservação de toda
espécie. É ela que nos impele a
consolar imediatamente aqueles
que estão sofrendo sem que
tenhamos pensado sobre isso
antes.” (Rousseau)
EXERCÍCIO

(Enem PPL 2019) TEXTO I

Eu queria movimento e não um curso calmo da existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-
me por meu amor. Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoadouro em nossa vida.

TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.

TEXTO II

Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro homem, a um enunciado mais exato da verdade; não sendo
suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o meu interesse e as minhas simpatias, era preciso sacrificar-lhe também
minha fraqueza e minha natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre verdadeiro em todas as
ocasiões.

ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009.

Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência humana e defendem uma experiência
EXERCÍCIO

a) lógico-racional, focada na objetividade, clareza e imparcialidade.

b) místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e espiritualidade.

c) sociopolítica, constituída por integração, solidariedade e organização.

d) naturalista-científica, marcada pela experimentação, análise e explicação.

e) estético-romântica, caracterizada por sinceridade, vitalidade e impulsividade.


EXERCÍCIO

a) lógico-racional, focada na objetividade, clareza e imparcialidade.

b) místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e espiritualidade.

c) sociopolítica, constituída por integração, solidariedade e organização.

d) naturalista-científica, marcada pela experimentação, análise e explicação.

e) estético-romântica, caracterizada por sinceridade, vitalidade e impulsividade.


EXERCÍCIO

RESOLUÇÃO:

O modo de vida que Rousseau e Tolstoi defendem está associado a uma experiência
estético-romântica, pois valoriza atributos como sinceridade, impulsividade e coragem.
Zygmunt Bauman (1927 – 2017)
Diferença entre comunidade e rede

• A comunidade precede a nossa existência, nascemos em comunidade.


• Rede – Relações de conexão e desconexão
• Romper relações: virtual e real
Liquidez da modernidade e do amor

- Identidades: montadas, demonstradas, adaptadas, transformadas.


- Vínculos Sociais: descartáveis, efêmeros, voláteis.
A qualidade perde lugar para a quantidade (mercado do amor)
“Nós entramos nos chats e temos ‘camaradas’ que
conversam conosco. Os camaradas, como bem sabe
todo viciado em chat, vêm e vão, entram e saem do
circuito – mas sempre há na linha alguns deles se
coçando para inundar o silêncio com “mensagens”.
No relacionamento “camarada/camarada”, não são as
mensagens e, si, mas seu ir e vir, sua circulação, que
constitui a mensagem – não importa o conteúdo. Nós
pertencemos ao fluxo constante de palavras e
sentenças inconclusas (abreviadas, truncadas para
acelerar a circulação). Pertencemos à conversa, não
àquilo sobre o que se conversa.” (BAUMAN)

Você também pode gostar