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ENCONTRO CATEQUESE DE CRISMA – TURMA 2023

Data: 26 de maio

Tema: Amor e responsabilidade: Somos templos do Espírito Santo

Objetivo: Compreender a importância e a dignidade da pessoa, assim como o valor de sua sexualidade na
relação com os outros.

Local: Anfiteatro ADM

FUNDAMENTAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA OS MONITORES


Ler o texto de 1Cor 6, 12-14. 19-20

O ser humano traz consigo uma série de dimensões que o constituem pessoa. É um ser físico, racional,
afetivo, social e espiritual doto do de vontade e liberdade. O ser humano também é um ser dotado de
sexualidade.
A sexualidade é uma força que permeia toda a vida humana. Segundo o Conselho Pontifício para a Família
(1995, n. 10-11),

E um componente fundamental da personalidade. modo de ser, de se


manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o
amor humano (...) Enquanto modalidade de se relacionar e se abrir aos
outros, a sexualidade tem como fim intrínseco o amor, mais precisamente o
amor como doação e acolhimento, como dar e receber. A sexualidade deve
ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la
verdadeiramente humana.

Quando falamos de sexualidade, geralmente nos referimos dos órgãos genitais e a tudo o que está voltado
aos aspectos físicos exteriores do homem e da mulher. Embora sendo um aspecto importante, a
genitalidade não é a sexualidade por inteiro, mas apenas uma de suas expressões. Enquanto a sexualidade
se coloca numa dimensão de todo o ser da pessoa, a genitalidade é compreendida como um aspecto que
apresenta uma característica física. Ser pessoa é ser alguém, e não algo, e não uma coisa, e não o mero
elemento de um grupo qualquer.

Seres humanos são dotados de sentimentos e emoções que caracterizam sua dimensão afetiva. Para a
psicologia, a principal ciência que estuda a afetividade, emoção e sentimento estão associados ao coração,
principal símbolo da afetividade humana, representante do amor em suas diversas formas. A emoção é
uma reação biofisiológica, uma espécie de alteração do corpo de curta duração diante de um
acontecimento, como quando a alegria ou o medo fazem com que nossos batimentos cardíacos
aumentem. sentimento já é um evento de longa duração e está associado à razão e ao pensamento. A
pessoa ama apaixonadamente, mas sabe a quem ama e seus batimentos cardíacos não aceleram por isso.
Para saber da emoção de alguém, basta olhar suas atitudes: riso, choro, euforia. Para saber o sentimento é
preciso perguntar: "O que você está sentindo?". A resposta passa pela razão.

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A sexualidade é perpassada pela emoção e pelo sentimento, mas se ficar somente no campo das emoções,
o que teremos é o sexo, a genitalidade. Podemos compreender, então, a grande confusão entre amor e
sexo inconsequente, ou entre amor e a erotização, a banalização. Há um reducionismo barato nessas
relações, divulgando Um egoísmo que não preenche. pois busca a mera satisfação individual momentânea
e vazia, Levantando a bandeira da liberdade, do "tenho o direito de fazer o que quero com meu Corpo", há
a constante ideia de que o prazer e a satisfação devem ser buscados a qualquer custo. Isso leva as pessoas
a um individualismo que reduza beleza da sexualidade ao ato sexual. Assim, para viver a beleza da
sexualidade, somos chamados à vivência da castidade, ou seja, da integração correta da sexualidade de
equilibrando o ser corporal e espiritual. A Castidade possibilita à pessoa o distanciamento de todo
comportamento que possa ferira si mesma e aos outros. Orienta ao aprendizado do autodomínio e ao
verdadeiro uso da liberdade, o que garante a dignidade e a harmonia entre todos.

Reflexão bíblica de 1Coríntios 6,12-14.19-20: "Tudo me é permitido" talvez seja o preceito bíblico mais
evocado no mundo atual. A mídia, as ideologias, as estruturas econômicas (que necessitam do consumo
para existirem) estimulam a sociedade a entoar em coro: "eu posso", "eu quero", "tenho direito", "a vida é
minha", "sou livre para tudo". É tanto individualismo e egoísmo que o ser humano passa a ser escravo da
sua liberdade – se é que se pode falar em liberdade quando só o que importa é seguir os padrões. A
permissão, entretanto, vem sucedida de um "mas nem tudo me convém". Podemos ler "mas nem tudo
fará bem, trará felicidade e harmonia".

A liberdade cristã só é vivida plenamente pelo exercício do autodomínio. Se não é assim, chama-se
libertinagem. A primeira eleva a dignidade da pessoa, a segunda escraviza e faz sofrer. A liberdade tem
limites.

Paulo lembra à comunidade de Corinto que o ser humano, Com seu copo, é destinado à salvação realizada
plenamente em Jesus Cristo. Fala também que o corpo cristão é habitado pelo Espírito divino, por isso
deve ser respeitado como espaço sagrado.

No capítulo 13, em seu hino ao amor, Paulo resume os fundamentos da vida plena no amor que vence o
individualismo e o egoísmo, trazendo consigo todas as virtudes que levam à felicidade: "O amor é paciente,
benigno, não é invejoso, orgulhoso ou Vaidoso, não é inconveniente, interesseiro ou agressivo, O amor,
desculpa, acredita, espera e dá suporte". Por tudo isso o amor é eterno (cf. 1Cor 4-8). E para o amor que
nossa sexualidade precisa ser direcionada.

Depois de ler a fundamentação, reflita um pouco. Para ajudá-lo, apresentamos algumas questões:

1. Como compreendo e vivencio minha sexualidade?


2. Como posso ajudar os crismandos a valorizar a dignidade de serem pessoas amadas por Deus?
3. Como trabalhar os temas sexualidade, amor e afetividade de uma maneira que os crismandos
descubram a beleza de seus sentimentos e a grandeza do plano de Deus para o ser humano?

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Materiais necessários:
 Duas caixas (uma com papel bonito, embalada para presente a outra suja, furada)
 Lixos: Papeis rasgados, amassados, latas vazias, embalagens, copos, etc
 4 tarjas de papel grandes escritas “Tudo posso!” “Mas nem tudo me convém” “Liberdade”
“Libertinagem”

Atividade a ser desenvolvida:


1. Início: Ao chegar na Capela, esperar para todos entrarem juntos. Ao entrar, verão os lixos
espalhados e as duas caixas ao centro. Motivar para os crismandos recolherem e escolherem uma
das duas caixas para depositar os lixos. Após recolherem, sentamo-nos em círculo para a oração
inicial
2. Oração Inicial: Pausa inaciana, na Capela Santo Inácio. Colocar música de fundo
3. Narração do texto de 1 Cor 6, 12-14. 19-20: No terceiro passo da pausa, faremos a narração do
texto, dando atenção aos sentimentos durante a fala, se colocando ao lado dos discípulos e das
pessoas ao redor de Jesus. Como me sinto ao ouvir essas palavras duras? Como os discípulos
devem ter se sentido ao ouvir? Houve espanto no povo? Como estavam seus rostos ao falar sobre
isso? Como vejo o semblante de Jesus ao falar sobre essas palavras?
Explicar a diferença entre liberdade e libertinagem, viver com responsabilidade os dons recebidos.
4. Fala sobre sexualidade: Convidamos a Teóloga Kelma Petillo para falar sobre sexualidade aos
crismandos, levando em consideração a verdadeira visão da igreja, desmistificando alguns
conceitos e levando os crismandos a compreenderem o sagrado em seus corpos e o motivo pelo
qual devemos preservarmo-nos, buscando viver uma sexualidade sadia.
5. Círculos Magis (reorganizar os círculos para meninos e meninas) (30min) – Como compreendo e
vivo minha sexualidade? O que fez sentido em todas essas falas? Entendo a diferença entre
sexualidade, amor e afetividade?
6. Retornar ao grupo grande: Retomar brevemente a intenção do encontro, perguntar como se
sentiram.
Relembrar a organização para a missa e marcar ensaio com a banda. Como os demais irão se
envolver?
7. Oração Final
8. Monitores ficam ao final para formação (30 minutos)

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