O documento discute quatro aspectos da ética individual: Amor, Indiferença, Ódio e Sentimentos. O Amor é definido como uma inclinação para com algo ou alguém considerado bom. A Indiferença é quando outra pessoa é vista apenas como um funcionário substituível. O Ódio é a negação ou rejeição do outro. Sentimentos são reações positivas ou negativas discretas sobre alguém.
O documento discute quatro aspectos da ética individual: Amor, Indiferença, Ódio e Sentimentos. O Amor é definido como uma inclinação para com algo ou alguém considerado bom. A Indiferença é quando outra pessoa é vista apenas como um funcionário substituível. O Ódio é a negação ou rejeição do outro. Sentimentos são reações positivas ou negativas discretas sobre alguém.
O documento discute quatro aspectos da ética individual: Amor, Indiferença, Ódio e Sentimentos. O Amor é definido como uma inclinação para com algo ou alguém considerado bom. A Indiferença é quando outra pessoa é vista apenas como um funcionário substituível. O Ódio é a negação ou rejeição do outro. Sentimentos são reações positivas ou negativas discretas sobre alguém.
Os aspectos da ética individual representam as formas de coexistência com os outros, a
saber: Amor, Indiferença, Ódio e Sentimentos. O Amor O amor (lat. Amor: afeição, simpatia) é a tendência da sensibilidade susceptível a transportar-nos para um ser ou um objecto reconhecido ou sentido como bom. Ex.: o amor materno, o amor da glória. Segundo Japiassú (2001: 12) Amor é o sentimento de inclinação e de atracção ligando os homens uns aos outros, à Deus e ao mundo, como também o individuo a si mesmo. O amor é uma emoção da alma causada pelo movimento dos espíritos, levando-a a unir-se voluntariamente aos objectos que lhe parecem ser convenientes (DESCARTES citado por JAPIASSÚ, 2001: 12). Há vários tipos de amor: o amor familiar (fraterno, filiar, maternal, paternal); o amor à pátria (ligado às grandes causas ou grandes princípios, como o amor à verdade ou à honestidade); o amor à Deus (chamado de amor puro); o amor-próprio traduzido em sentimento de dignidade pessoal e respeito a si (ARANHA & MARTINS, 2000: 143). As teorias sobre o amor propostas pelos filósofos ao longo do tempo tende a agrupar-se ao redor de duas posições fundamentais: O amor como total unidade e identificação. Nas palavras de Hegel o amor é o sentimento pelo qual dois seres não existem se não em uma unidade perfeita e poe nessa identidade toda a sua alma e o mundo inteiro. Nessa perspectiva, o amor deixa de ser um fenómeno humano para ser fenómeno cósmico (natural) ou princípio de realidade suprema. O amor humano, finito como aspiração de identidade e fusão com o infinito está condenado ao insucesso. Os principais representantes dessa corrente são: Spinoza, Hegel, Feuerbach, Bergson e os românticos (Idem: 143). O amor como troca reciproca entre dois seres que preservam a individualidade e autonomia. A troca reciproca, é emotivamente controlada de atenções e cuidados, tem por finalidade o bem do outro como se fosse o seu próprio. Na forma feliz desse tipo de amor, há reciprocidade, há união, mas não unidade. Esta corrente é representada por Platão, Aristóteles, S. Tomas, Descartes, Leibniz, Scheler e Russell. A Indiferença Este e o relacionamento mais comum em sociedade. Tematizado por autores personalistas e existencialistas esta forma de relacionamento tem, fundamentalmente duas características: «outro» é, em primeiro lugar, a função que desempenha, sendo a pessoa substituída pelo funcionário; a segunda característica é o tratamento com o outro na terceira pessoa: o outro não é um «tu» mas um «ele». Este Ele implica uma certa objectivação da pessoa e a redução da subjectividade à soma da qualidade e função. Portanto, o outro lado, este «ele» significa «ausência» em relação a mim. Não uma ausência espacial como e óbvio mas uma ausência acfetiva. Se enquanto funcionário, o outro pode muito bem ser constituído por uma maquina, então «ele» é como se noa existisse. Estamos no reino da fria burocracia e tecnocracia. Ódio É uma outra forma de relacionamento. Enquanto o amor, como vimos, e afirmação e a promoção do outro, odio e a negação e a rejeição do outro. Neste caso, talvez, não se deve usar o termo «objectivação». Se outro ficasse «objetivado», deixaria de pode ser odiado. O objecto não se odeia nem se ama. O odio é a negação ou a rejeição do Outro enquanto sujeito. O ódio é a rejeição da subjectividade do outro e a sua «apropriação». Enquanto na indiferença, o outro e «como se não existisse; o odio exige, por assim dizer, existência do outro, não para o promover, mas para o rejeitar. Os Sentimentos Sentimentos são reacções positivas ou negativas, discretas e suaves, sobre alguém. Sentimento pode significar: o mesmo que emoção, no significado mais geral, ou algum tipo ou forma superior de emoção. Os sentimentos caracterizam-se pela presença de adesões intelectuais ou representativas imagens, ideais, representações e a quase de repercussões fisiológicas. Dai pode se definir os sentimentos como reações que na se excedem nem pela violência nem pela desorganização ou desadaptação da pessoa. Tendo em conta o número das nossas tendências, multiplicidade de obejctos com que cada um se pode relacionar e a diversidade de situações em que nos podemos encontrar, facilmente poderemos imaginar a qualidade de sentimentos maus, e forçosamente, uma vida infeliz. Alguns dos sentimentos desadaptados que tem sido objecto de estudo da psicologia: inferioridade, inadaptação, culpabilidade, morbosa, recusa e não – aceitação ou esprito de contradição insegurança, ressentimento, hostilidade, ansiedade e frustração. Para o controlo e orientação dos nossos sentimentos, devemos ter em conta os seguintes princípios: a) A facilidade com que os sentimentos, deixados a si mesmo, se transforme em emoções e paixões, com os respectivos desajustamentos. b) Os sentimentos positivos, optimistas e altruístas devem predominar sobre os sentimentos negativos, pessimistas, egoístas. Os primeiros dilatam a alma, activam o bom funcionamento de todo o organismo; todo o organismo; enquanto os segundos atrofiam, oprimem, azedam o sangue. c) Para controlar os sentimentos e necessário dominar os actos e as ideias, pois as ideias precedem e promovem os actos: os actos e as ideias modificam os sentimentos. d) Agir como, se de facto, tivéssemos os sentimentos bons que desejamos ter. Por exemplo: se desejarmos amar alguém que não simpatizamos, comecemos a por ver nele o lado bom, relacionam-nos com ele como se, de facto fosse nosso amigo…e pouco a pouco, amá-lo-emos. Outros factores psíquicos ligados aos sentimentos são as emoções, paixões e humores. Apesar da grande importância que eles têm no desenvolvimento dos sentimentos não lhes dedicaremos muita atenção, senão uma simples informação: Emoções: são respostas psicofísicas intensas, ordinariamente repentinas e imprevistas, ligadas a acontecimentos que alteram bruscamente o equilíbrio do comportamento humano, e por isso, marcadas por modificações psicológicas normalmente fortes. Existem diferentes espécies de emoções, sendo de destacar as seguintes dimensões: rapidez, e intensidade e nível de excitação, agradabilidade, desagradibilidade, atracão ou rejeição. Paixões: são estados afectivos intensivos, duradouros polarizadores da vida psíquica da pessoa humana. A paixão e uma inclinação dominante que tende a tornar-se exclusiva, podendo chegar dirigir todo o nosso comportamento, comandar os nossos juízos de valor, impedir o exercício imparcial do raciocínio, absorver, por assim dizer, a inteligência, a imaginação, o coração e a vontade. A paixão e um caracter absorvente ou centralizador, imperioso estável, intenso e, por vezes, violento. Reveste-se também, frequentemente de um certo caracter de fatalidade, fazendo perder o controlo ou o domínio pessoal. Humores: são estados ou disposições, de ânimo difusos, passageiros ou persistentes, sem objecto nem estímulos bem precisos. Predispõem, inconscientemente, as pessoas para um determinado comportamento emocional, incluindo-as para a exaltação ou a depressão, a calma ou tensão, a alegria ou a tristeza, a euforia u melancolia. São uma espécie de «música de fundo» permanente da vida afectiva. Não existe uma linha rigorosa que separa o sentimento dos humores. Contudo, os humores são persistentes, penetram com frequência mais fortemente na personalidade, invadem mais globalmente a vida psíquica.