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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ÉRIKA VITÓRIA AMORIM CAVALCANTE

AFETIVIDADE E ENSINO: UMA REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA

  

TERESINA-PI
2022
ÉRIKA VITÓRIA AMORIM CAVALCANTE

AFETIVIDADE E ENSINO REMOTO: UMA REFLEXÃO SOBRE A PRATICA


EDUCATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Federal do Piauí-UFPI, como parte
dos requisitos necessários para obtenção de título
de Licenciada em Pedagogia.
Orientador (a): Profa. Dra. Renata Gomes
Monteiro

TERESINA-PI
2022

ÉRIKA VITÓRIA AMORIM CAVALCANTE


Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Federal do Piauí como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia sob a orientação
da Prof.ª. Dra. Renata Gomes Monteiro.

Aprovado em: _____ / _____ / __________.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Prof.ª Dra. Renata Gomes Monteiro
Universidade Federal do Piauí – UFPI
Presidente

_______________________________________________
Prof.ª
Universidade Federal do Piauí – UFPI
Examinadora

_______________________________________________
Prof.ª
Universidade Federal do Piauí – UFPI
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1 INTRODUÇÃO

Essa pesquisa tem como intuito analisar a dimensão afetiva dentro dos espaços
educativos escolares em tempos de ensino remoto. A afetividade se caracteriza na capacidade
do ser humano de se afetar positiva ou negativamente no contato às sensações internas ou
externas proporcionadas pelo convívio com o meio.
A teoria de Vygotsky fundamenta o conceito de que a relação de ensino aprendizagem
se dá através do meio que o indivíduo está inserido. No ambiente educacional acredita-se que
a aprendizagem também se materializa de forma mais efetiva através das interações sociais,
portanto é de suma importância o reconhecimento da troca de experiências fora do seio
familiar que a sala de aula proporciona.
Henri Wallon (1947 ), em sua teoria psicogenética diz que a dimensão afetiva ocupa
um lugar central tanto no ponto de vista da construção do indivíduo, quanto do conhecimento
(LA TAIELLE,1992, p.85). Para ele a afetividade está relacionada ao processo de
aprendizagem, sendo o professor o mediador de tais relações. O desenvolvimento dessa
relação acontece através da troca com o meio que a criança está envolvida. Assim, “à
constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus
efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência,
onde a escolha individual não está ausente” (Wallon, 1959, p. 288). Sendo assim, não foi de
escolha pessoal, mas pelo meio social que foram afastadas do convívio social essa relação foi
afetada devido ao isolamento social, e as aulas remotas.
No ano de 2020 o mundo se deparou com a pandemia do vírus COVID- 19. Um vírus
desconhecido que teve origem na China e que se alastrou rapidamente pelo o mundo. Tendo
em vista esse cenário global da doença, o governo brasileiro decretou a Lei nº 13.979, de 6 de
fevereiro de 2020, incluindo medidas de enfrentamento a nova doença que se configurou
como pandemia devido às grandes proporções de alcance mundial e número de mortes
causadas (Presidência da República, 2020).
No Brasil, o número de casos avançou de maneira muito rápida, onde o primeiro caso
da doença foi detectado em 26 de fevereiro de 2020. Através da Portaria nº 454, de 20 de
março de 2020, foi declarado estado de transmissão comunitária do novo corona vírus
(Ministério da Saúde, 2020a, 2020b). Por isso, serviços de saúde, transporte e educação
pararam suas atividades normais para dar-se início ao isolamento social. E como estratégia de
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amenizar esse impacto na educação surgiu o ensino remoto. Nesse cenário, os estudantes
assistiam aulas em casa por um sistema online, que poderia ser em tempo real ou gravadas,
tiravam suas dúvidas por meio virtual e assim, pais e professores iam orientando como
podiam e se adaptando as dificuldades surgidas nesse processo.
O ano letivo que acabava de iniciar foi brutalmente interrompido e com isso ações
foram tomadas com a finalidade de adaptar as formas de ensino para que os alunos não
perdessem um períodos prolongados de aula. Umas das estratégias fulcrais foi lançar mão do
ensino e através de plataformas virtuais.
Essa pesquisa foi pensada, pois, acredita-se na importância e contribuição da
afetividade no processo de ensino-aprendizagem, destaca como o afeto tem como grande
influência na aprendizagem escolar através da interação com o meio e todos que nele estão
envolvidos, contribuindo para a formação integral da criança. Não há como negar a
interligação da afetividade e a aprendizagem, pois na escola a criança se relaciona
emocionalmente com os colegas e professores em sala de aula, o que nos remete a refletir
sobre como essa relação foi atingida devido ao ensino remoto.
Diante do cenário descrito, sem dúvidas, há uma necessidade de resgatar o tema da
relação professor aluno levando em conta a ação pedagógica como facilitadora do processo de
ensino-aprendizagem, despertando no discente a motivação, a segurança e a melhora no seu
desempenho escolar, a partir de atividades e atitudes que direcionam a um maior
conhecimento do aluno e de sua realidade.
Em meio a esse panorama, decidimos fundamentar a pesquisa tendo como perspectiva
metodológica a revisão sistemática. Tendo em vista o uso dessa metodologia iremos buscar
trabalhos científicos que trazem no seu bojo conceitual o tema da relação professor e aluno no
contexto pandêmico, a fim de analisar aspectos estruturais e conceituais dessas pesquisas para
entender de uma forma mais abrangente como e quais singularidades que atravessaram os
aspectos da relação docente e aluno mediante o ensino virtual. A pesquisa se deu em torno de
crianças que estavam cursando ensino fundamental, anos inicias.
Partindo desse contexto, a pesquisa apresenta o seguinte questionamento: Como se
constituíram as relações entre professores e alunos no contexto pandêmico frente ao ensino
por meio de plataformas virtuais. A partir dessa problemática, o presente trabalho tem como
objetivo geral: Analisar a relação professor- aluno no contexto da pandemia frente ao ensino
remoto devido ao isolamento social. Com objetivos específicos têm-se: identificar como os
aspectos afetivos da relação aluno professor foram impactados levando em conta o novo
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formato de ensino exigido pela pandemia; verificar metodologias utilizadas em artigos


científicos que fazem referências ao tema da afetividade, relação professor-aluno e ensino
remoto; descrever os aspectos pontuais descritos nos artigos estudados na revisão no que diz
respeito a relação professor e aluno durante a realização do ensino remoto

Dimensão essa que diz a respeito da relação professor-aluno e a constante presença na


vivência da criança, independentemente de sua origem, gênero ou classe social. Porém, por
conta da pandemia global o ensino passou a ser de forma remota levando os professores e
alunos a se distanciar fisicamente. A partir disso surgiram as aulas remotas como meio de
continuar os estudos visto que as escolas estavam fechadas. Antes disso, as escolas sofreram e
sofrem fortemente com a influência de métodos que privilegiam o tradicionalismo que, com
frequência desvaloriza a importância da vivência afetiva na formação do aluno.
O aluno geralmente é convidado a se manter imóvel numa carteira por horas,
tornando-se mero expectador do processo de ensino-aprendizagem, prática adotada
anteriormente na tendência tradicional de ensino, onde o discente era visto como um depósito
de conhecimentos.

Ao longo do trabalho, abordaremos sobre conceitos afetivos relacionado a relação


professor-aluno que consiste em pesquisas relacionadas a temas que se correlacionam ao
pesquisado para nos inteirarmos sobre o assunto. A próxima seção abordará na sequência
fundamentos que tem por títulos: (Afetividade, Ensino Remoto, Pandemia, Relação aluno-
professor,...), Dando continuidade à organização do trabalho, apresentamos o percurso
metodológico da pesquisa, posteriormente, a discussão dos dados analisados, e por fim as
considerações finais a respeito da pesquisa

DESCREVER SEÇOES NO FINAL


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2 O CONTEXTO PANDÊMICO E SUA INFLÊNCIA NO CAMPO EDUCACIONAL


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O Brasil, assim como mundo, em 2020 se deparou com a pandemia do COVID-19, um


vírus cujo quadro clínico varia de infecções assintomáticas a crise respiratória grave (BRASIL,
2020a). A doença se alastrou pelo mundo causando diversas mortes e internações. Com isso,
serviços básicos entraram em colapso.
De acordo com FULANO ANO...(NÃO SEI CITAR POR QUE É DE UM ARTIGO
COM VÁRIOS AUTORES – LEIA AS NORMAS DA ABNT E VEJA COMO FAZ!!)..
SEU TRABALHO DEVE ESTAR TODO NAS NORMAS DA ABNT.:

A doença Covid-19 originou-se na China em dezembro de 2019, levando a


Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar, em janeiro de 2020,
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) devido à
doença constituir-se um risco de saúde pública para os demais países, e a
caracterizá-la, no mês seguinte, como pandemia em razão da rápida dispersão
geográfica do vírus pelo mundo, facilitada pela dinâmica circulação
internacional de pessoas na era globalizada.

No Brasil, foi declarado situação de emergência em saúde pública por meio da Portaria
nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, onde o governo a anunciou em âmbito nacional, que a
situação vigente demandava medidas urgentes de prevenção, controle e contenção de riscos,
danos e agravos à saúde pública (BRASIL, 2020b).
Uma das medidas adotadas foi o isolamento social ou a quarentena, que forçou o país a
paralisar ou reinventar as atividades em diferentes áreas, sendo uma delas, a educação, que
sofreu com a suspensão das aulas presenciais e o novo formato escolar. Em vista disso, as
secretarias de educação iniciaram medidas de combate ao vírus, suspendendo as aulas no
período de isolamento, e reorganizando as atividades no modelo não presencial e utilizando-se
das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) como saída para cumprir a
carga horaria letiva.
Com o isolamento social sendo adotado como meio de controle e contenção à
propagação da Covid-19, foi possível evitar um possível colapso total na saúde pública
brasileira. Dentro desse cenário, as escolas iniciaram a suspensão de suas atividades presenciais
a partir de março de 2020. De forma improvisada, as secretarias de educação do Brasil
desenvolveram um planejamento, a fim de favorecer a continuidade das atividades escolares e
garantir a aprendizagem dos estudantes de forma não presencial.
A partir disso, é nos apresentado o ensino remoto com uso de plataformas on-line,
vídeo-aulas gravadas e compartilhamento de materiais digitais, como estratégias adotadaa pelas
secretarias estaduais de educação (CIEB, 2020).
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Pautada na portaria divulgada pelo o governo em 2020, nos é situado a seguinte


afirmação:

Em abril, o CNE, por meio do Parecer Nº 5/2020, posicionou-se dizendo que


as atividades pedagógicas não presenciais serão computadas para fins de
cumprimento da carga horária mínima anual. O órgão destacou que essas
atividades podem ser desenvolvidas por meios digitais (vídeo-aulas, conteúdos
organizados em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem, redes sociais,
correio eletrônico, blogs, entre outros); por meio de programas de televisão ou
rádio; pela adoção de material didático impresso com orientações pedagógicas
distribuído aos alunos e/ou seus pais ou responsáveis; e pela orientação de
leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados nos materiais
didáticos (BRASIL, 2020c).

O ensino desenvolvido por meio de plataformas virtuais e outros recursos digitais, a


distribuição de materiais de estudos impressos e a transmissão de aulas via TV aberta e rádio
foram as principais estratégias adotadas pelas secretarias de educação durante o período de
quarentena.
Para Behar (2020, s.p), pelo caráter excepcional do contexto de pandemia, esse novo
formato escolar é chamado de Ensino Remoto Emergencial (ERE), “uma modalidade de ensino
que pressupõe o distanciamento geográfico de professores e alunos e foi adotada de forma
temporária nos diferentes níveis de ensino por instituições educacionais do mundo inteiro”. A
pesquisadora ainda complementa, dizendo que:
“O ensino é considerado remoto porque os professores e alunos estão
impedidos por decreto de frequentarem instituições educacionais para evitar a
disseminação do vírus. É emergencial porquê do dia para noite o planejamento
pedagógico para o ano letivo de 2020 teve que ser engavetado (BEHAR, 2020,
s.p).” Há, ainda, o entendimento de que o ensino remoto ou a educação
remota configura-se como as práticas pedagógicas mediadas por plataformas
digitais (ALVES, 2020).
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A implementação do ensino remoto não foi algo simples. A ruptura do ensino presencial
e migração para o virtual fez com que as práticas pedagógicas explorassem ainda mais os
recursos tecnológicos no ambiente escolar. Com essas mudanças, as metodologias de ensino
foram reformuladas, dando espaço para novas estratégias mediadoras, na qual a abordagem dos
conteúdos precisou ser feita de uma forma diferenciada. Senso assim, num cenário de pressa e
novas ações que remetiam a recursos digitais, percebeu-se alguns estudantes com acesso
restrito a meios tecnológicos e internet, apresentaram severos prejuízos em relação à
compreensão significativa dos conteúdos.
É bem verdade, que na sala de aula o suporte oferecido é maior do que através das telas.
Por isso, foi necessário repensar e redirecionar um novo jeito de interação entre os sujeitos
envolvidos no contexto educacional, mais especificamente, o professor e o aluno.
Diante do que foi exposto, vale ressaltar que a ideia do trabalho dentro desse contexto
de ensino virtual é também analisar a dimensão afetiva na relação aluno professor no cenário
do ensino remoto. Sendo assim o tópico seguinte irá fazer menção mais específico sobre este
tema.

3 A DIMENSÃO AFETIVA DA RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO NO


CONTEXTO DO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL

Na psicogenética de Henry Wallon, a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do


ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento (LA TAILLE, 1992, p. 85).
Para este pensador, a emoção ocupa o papel de mediadora. O processo de desenvolvimento
infantil se realiza nas interações, que objetivam não só a satisfação das necessidades básicas,
como também a construção de novas relações sociais, com o predomínio da emoção sobre as
demais atividades. As interações emocionais devem se pautar pela qualidade, a fim de ampliar
o horizonte da criança e levá-la a transcender sua subjetividade e inseri-la no social.
Na concepção walloniana, tanto a emoção quanto a inteligência são importantes no
processo de desenvolvimento da criança, de forma que o professor deve aprender a lidar com
o estado emotivo da criança para melhor poder estimular seu crescimento individual. No
âmbito educacional, a inter-relação dos professores com o alunado é constante, vivida em
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todos os espaços escolares, em resultado dessa convivência a proximidade afetiva se dá pela


interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente.
O exercício da afetividade faz mediação com conhecimento . A escola, por ser o
primeiro agente socializador fora do círculo familiar da criança, torna-se a base da
aprendizagem quando oferece todas as condições necessárias para que ela se sinta segura e
protegida. Portanto, não nos restam dúvidas de que se torna imprescindível a presença de um
educador que tenha consciência de sua importância não apenas como um mero reprodutor da
realidade vigente, mas sim como um agente transformador, com uma visão sócio crítica da
realidade.
A criança, segundo Marly Santos Mutschele (1994), ao entrar na escola pela primeira
vez, precisa ser muito bem recebida, porque nessa ocasião dá-se um rompimento de sua vida
familiar para iniciar-se uma nova experiência, e esta deverá ser agradável, para que haja um
reforço da situação. Assim, quando a criança nota que a professora gosta dela, e que a
professora apresenta certas qualidades como paciência, dedicação, vontade de ajudar e atitude
democrática, a aprendizagem torna-se mais efetiva; ao perceber os gostos da criança, o
professor deve aproveitar ao máximo suas aptidões e estimulá-la para o ensino.
Ao contrário disso, o autoritarismo, inimizade e desinteresse podem levar o aluno a
perder a motivação e o interesse por aprender, já que estes sentimentos são consequentes da
antipatia por parte dos alunos, que por fim associaram o professor à disciplina, e reagiram
negativamente a ambos. A escola tem o papel de facilitar a educação nos tempos atuais, que
seria construir pessoas plenas, priorizando o ser e não o ter, levando o aluno a ser crítico e
construir seu caminho. Com isso, na sala de aula o professor precisa conhecer e entender seu
alunos conduzindo-os a um clima agradável e facilitador da aprendizagem. Para Vygotsky
(apud Lopes 2009):

[...] a sala de aula é, sem dúvida, um dos espaços mais oportunos para a
construção de ações partilhadas entre os sujeitos. A mediação é, portanto,
um elo que se realiza numa interação constante no processo ensino
aprendizagem. Pode-se dizer também que o ato de educar é nutrido pelas
relações estabelecidas entre professor-aluno (p.6).

A afetividade está presente na vida da criança e também na vida do professor, pois o


mesmo já tem passado por esse período de transição entre vida na infância e vida adulta.
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Portanto o docente deve estar ciente da real importância de estar se aproximando de seus
alunos como forma de aquisição e fortalecimento dos laços cognitivos do aluno, adquirindo a
confiança necessária para o aprendizado do mesmo.
Para Wallon (1999), o indivíduo é um ser corpóreo, concreto e deve ser visto como tal,
seus domínios cognitivos, afetivos e motores fazem parte de um todo da própria pessoa. Com
isso seu lado emocional deve ser reconhecido pelo professor como meio de transição de seus
modos de pensamento com a realidade que o mesmo enfrenta em seu dia a dia.
Segundo Almeida (2004, p.126), tudo que ocorre com a pessoa tem um lastro afetivo,
e a afetividade tem em sua base a emoção que é corpórea, concreta, visível, contagiosa, o
professor pode ler o seu aluno: o olhar, a tonicidade, o cansaço, a atenção, o interesse, são
indicadores do andamento do processo de ensino que está oferecendo. Sendo o docente um
mediador da aprendizagem, deve buscar mecanismos que ajudem seu aluno a se desenvolver,
além de dar suporte para que o mesmo supere suas expectativas de aprendizagem.
A afetividade é algo que deve ser visto pelo professor como meio que pode ajudar o
mesmo a adquirir proximidade com seus alunos, ajudando na aceitação dos conteúdos a serem
estudados pelos alunos. Nessa perspectiva Galvão (1995) salienta que: “As emoções, assim
como os sentimentos e os desejos, são manifestações da vida afetiva”, sendo indispensável
esse reconhecimento por parte do professor da capacidade do aluno de aprender quando se
tem afeto pelo que ensina.
A mesma se dar dentro da sala de aula, pela consequência de tempo que o professor
passa com seus alunos, sendo assim indispensável a proximidade com eles. A afetividade
vem ao encontro do docente que trabalha com crianças, onde cada vez mais essa proximidade
é estudada para que sua importância seja revista a todo tempo, onde a educação se faça das
escolhas que o indivíduo é capaz de fazer e executar. Observa-se que sem afetividade o
indivíduo não adquire uma total liberdade de expor seus sentimentos e anseios sobre o que se
é estudado, além de ter uma barreira que o impede de socializar o que aprende com os demais
que convive com o mesmo na sociedade.
Como diz no depoimento da diretora Maria Thereza Marcílio, (CITAR A
REFERÊNCIA) para a revista instrucional “Aprender é muito mais do que só ficar diante de
um livro ou computador. Sem as relações presenciais de ensino-aprendizagem na Educação
Básica, até o domínio da cognição pura e simplesmente é comprometido”. Com isso, vale
salientar a importação das interações presenciais como meio para se devolver tais relações,.
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(ERYKA, EXPLICA A AFIRMAÇÃO ACIMA! TU VAI EVIDENCAIR A AFIRMAÇÃO


DA AUTORA COM AS TUAS PALAVRAS)
Amparado em Wallon e em seus estudos sobre as emoções em sala de aula, Almeida
(1999, p. 63) afirma que: “o desenvolvimento psíquico da criança é marcado pelo meio social,
pelas relações que se estabelecem entre os indivíduos”. Dessa forma, vale destacar que o
desenvolvimento afetivo se dão por meio das relações de troca social, que foram altamente
afetadas nesse período.
Quando falamos de educação sempre citamos a importância do aprender bem, “aprender
bem inclui educação não formal ao lado da formal, aparecendo crescente rivalidade entre
ambas, em grande parte porque a nova geração propende para o lado não formal” (DEMO,
2012, p. 57), com o ensino remoto tivemos a tecnologia ao nosso favor, de modo que foram
mais exploradas para envolver os alunos, sendo assim uma alternativa de não parar o ano
letivo, uma prática que atendeu o processo educativo, já que não foi possível no cotidiano da
socialização de forma presencial.
Com isso, “a relação dos professores com seus alunos incorre em fator essencial para
aquisição do conhecimento, uma relação afetiva equilibrada traz consequências na formação
do autoconceito dos estudantes”. (SANTOS & SANCHES, 2015, p. 32). Por isso, não se
limita a mediação de conteúdos, mas uma avaliação geral de vários aspectos, como a
linguagem corporal, a fala e a transições das emoções. A pandemia evidenciou as fragilidades
na educação afetiva em paralelo com o contato com os alunos, pois o acolhimento e
acompanhamento de perto já se mostraram eficazes no processo de ensino e aprendizagem.

3 PERCURSO METODOLÓGICO 

O presente trabalho de investigação tratasse de uma revisão sistemática, onde se


buscou em artigos científicos assuntos relacionados a afetividade no contexto do ensino
Remoto. Estes artigos foram publicados entre os anos de 2020 e 2022, anos em que a
pandemia estava no seu pico. Foi feita uma busca em bases de dados eletrônicos brasileiros,
que agrupam grande parte das revistas científicas da área da educação, que são Google
acadêmico e Scielo, no mês Maio de 2022. Nessas bases, foram usados os seguintes
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descritores para busca dos artigos: Afetividade, Ensino Remoto, Pandemia, Afetividade na
relação professor e aluno.
Assim, um total de (...) artigos cumpriu a todos os critérios. As informações foram
buscadas nos resumos e quando não foi possível encontrá-las, procedeu-se a consulta ao texto
completo. Foram analisados e comparados todos os artigos selecionados. As variáveis
investigadas foram quantidade de autores, instituições e estados de origem dos autores, tipos
de pesquisa e análises de dados utilizadas.

1- Escolher os descritores,
2 - Os critérios de inclusão e exclusão (CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: SE FOR
LIVRO, SE FOR EM OUTRO IDIOMA QUE NÃO FOR O PORTUGUÊS, SE FOR
RESUMO, )

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

LA TAILLE, Yves de et al. Piaget,Vygotsky,Wallon:teorías psicogenéticas


em discussão. São Paulo: Summus,1992

GALVÃO,Izabel.Henri Wallon:Uma concepção dialética do


desenvolvimento infantil. 5. ed. Petrópolis,Vozes,1995.

SISTO, F.F. & MARTINELLI, S.C. Afetividade e dificuldades de


Aprendizagem –uma abordagem psicopedagógica. São Paulo:Vetor, 2006;

WALLON,H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70,1999.

ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. São Paulo: Papirus, 2001.
21

GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil.


Petrópolis: Vozes, 1995.

ARANTES, Valéria Amorim (org.). Afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas.


São Paulo: Summus, 2003.

ALMEIDA, A. R. S. A afetividade no desenvolvimento da criança. Contribuições de Henri


Wallon*. Revista Inter Ação, Goiânia, v. 33, n. 2, p. 343–357, 2008. DOI:
10.5216/ia.v33i2.5271. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/interacao/article/view/5271. Acesso em: 17 abr. 2022.

BEHAR, Patricia Alejandra. “O Ensino Remoto Emergencial e a Educação a Distância”.


Jornal da Universidade [06/06/2020]. Disponível em: <https://www.ufrgs.br>. Acesso em:
20/05/2022.

CHARDELLI, Rita de Cássia Rocha. Brincar e ser feliz. Endereço eletrônico:


http://7mares.terravista.pt/forumeducacao/Textos/textobrincareserfeliz.htm,
acesso em 07/10/2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. “Coronavírus Brasil”. Portal Eletrônico do Ministério da


Saúde
[2020]. Disponível em: <https://covid.saude.gov.br>. Acesso em: 20/04/2022.

Brasil (2020a). Portaria nº 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas
presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo
Coronavírus - COVID-19. Disponível em: http://abre.ai/bgvB. Acesso em: mai. 2022.

Brasil (2020b). Portaria Nº 544, de 16 de junho de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas
presenciais por aulas em meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo
coronavírus - Covid-19, e revoga as Portarias MEC no 343, de 17 de março de 2020, no 345,
de 19 de março de 2020, e no 473, de 12 de maio de 2020. Disponível em:
https://cutt.ly/9inmB8v.

Brasil (2020c). Medida Provisória nº 934, de 1o de abril de 2020. Estabelece normas


excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior decorrentes das
medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº
13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Disponível em: http://abre.ai/bgvH. Acesso em: mai. 2022.

LOPES, R. C. S. A Relação professor aluno e o processo ensino aprendizagem. Paraná: Ponta


Grossa 2009. Disponível
em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf >. Acesso em
mai. 2022.

https://educacaointegral.org.br/reportagens/a-potencia-da-educacao-presencial-e-das-relacoes-
de-ensino-aprendizagem/
22

DEMO, Pedro. O mais importante da educação importante. São Paulo: Atlas, 2012.

SANTOS, Geny Alexandre dos & SANCHES, Isabel Rodrigues. A inclusão de pessoas
com necessidades educativas especiais. Recife: Libertas, 2015.

ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999.

ERYKA, É NECESSÁRIO ORGANIZAR O ESPAÇAMENTO DOS PARÁGRAFOS!


ATENÇÃO! A PRIMEIRA LINHA DO PARÁGRAFO ESTÁ SEM O RÉCUO!

COLOCAR AS REFERÊNCIAS DE ACORDO COM O QUE ESTABELECE A ABNT.

1- ELABORAR SUMÁRIO

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