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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DO


PEDAGOGO

VALQUÍRIA DE ARAÚJO SANTOS

NATAL-RN
2016
VALQUÍRIA DE ARAÚJO SANTOS

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DO


PEDAGOGO

Artigo Científico apresentado ao


Curso de Pedagogia a Distância do
Centro de Educação da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito parcial para obtenção
do título de Licenciatura em
Pedagogia, sob a orientação do
professor Me. Djanni Martinho dos
Santos Sobrinho.

NATAL-RN
2016
FICHA CATALOGRÁFICA
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DO
PEDAGOGO

Por

VALQUÍRIA DE ARAÚJO SANTOS

Artigo Científico apresentado ao


Curso de Pedagogia a Distância do
Centro de Educação da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito parcial para obtenção
do título de Licenciatura em
Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________
Me. Djanni Martinho dos Santos Sobrinho
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________
Dr (a). Tânia Cristina Meira Garcia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________
Dr (a). Ione Rodrigues Diniz Morais
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A EaD NO BRASIL E NA UFRN ...................... 7

3 CONHECENDO O PERFIL DOS DISCENTES ............................................. 11

4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DESAFIOS VIVENCIADOS ....................... 12

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 21

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 22
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DO
PEDAGOGO

Valquíria de Araújo Santos1

Djanni Martinho dos Santos Sobrinho2

RESUMO

O artigo visa analisar a importância do estágio supervisionado na formação de


alunos graduandos em Pedagogia EaD no polo/Caicó, considerando suas
contribuições para a formação deste profissional, além das dificuldades
encontradas durante esta atividade no curso. O estágio supervisionado é objeto
de estudo e reflexão por contribuir na formação docente, visto que possibilita o
vislumbre do contexto escolar na prática aliada à teoria. Para a realização dessa
investigação, utilizou-se como metodologia a pesquisa qualitativa e documental,
buscando conhecer a problemática estudada. Metodologicamente a investigação
partiu da aplicação de entrevistas e pesquisas bibliográficas ancoradas em:
Moore e Kearsley (1996), Pimentel (2000), Lima e Pimenta (2002), Tardif (2002),
Perrenoud (2002). Ao concluir a pesquisa fica entendido, como ápice do estudo,
que o Estágio Supervisionado, enquanto objeto de estudo, contribui
positivamente para a construção de novos saberes do futuro pedagogo, além de
promover um grande desenvolvimento em uma dimensão extremamente salutar
na formação profissional do licenciado: a atitude investigativa, sendo esta a
premissa para a concepção de uma prática competente e adequada ao contexto
educativo.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Formação de professores. EaD.

1Licenciada em Geografia e graduanda em Pedagogia pela UFRN – valq_santos@hotmail.com


2Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Departamento de Geografia – CERES - Caicó.
E-mail: djannigeo@yahoo.com.br
6

1 INTRODUÇÃO

É perceptível, no meio em que se vive, que a tecnologia da informação


está imprimindo uma nova cultura, a cultura da comunicação. Para tal, é através
do grande acervo de informações que nos é disponibilizado que obtemos este
conhecimento em tempo real.
Com essa dinâmica do mundo contemporâneo, as tecnologias, a ciência,
o mundo social, e particularmente falando, na atividade docente, estes nunca
estão se sentindo inteiramente formados, estão sempre em busca de
informações e atualizações. Nesse ínterim, a formação inicial configura-se como
o início de uma busca por uma base para o exercício da atividade em diferentes
áreas de atuação.
Todavia, para atender as necessidades da profissão docente, é preciso
que a formação deste profissional esteja galgada em concepções e práticas que
levem a reflexão, no sentido de proporcionar os saberes teóricos e práticos,
possibilitando ao futuro professor uma reflexão integral e sistemática da ação
educativa de forma investigativa e colaborativa.
Com base nas considerações acima, o objetivo desse artigo é analisar a
importância do estágio supervisionado na formação do pedagogo, percebendo
quais são as contribuições para a formação desse profissional, além das
dificuldades encontradas durante essa atividade. Para detalhamento dessa
prática, foram realizadas algumas entrevistas com seis estudantes de
Pedagogia, três são graduandas e as outras, graduadas.
Para a realização dessa investigação, utilizamos uma metodologia de
cunho qualitativo, buscando analisar a problemática estudada. Para tal, Neves
(1996, p.1) esclarece que ela tem por objetivo “[...] traduzir e expressar o sentido
[...] do mundo social; trata-se de reduzir a distância entre indicador e indicado,
entre teoria e dados, entre contexto e ação”. No sentido de corroborar com as
afirmações supracitadas, Lüdke (1996, p.45) nos afirma que:

[...] a pesquisa qualitativa por trabalhar com dados descritivos,


obtidos no contato direto daquele que pesquisa e a situação
pesquisada, dá ênfase maior ao processo, ou seja, o produto se
7

torna reflexo e/ou retrato daquela perspectiva da realidade


estudada.

A análise dessa prática teve como aporte teórico Lima e Pimenta (2002),
Tardif (2002), Perrenoud (2002), Lüdke (2005), Fontana (2006), Moore (1998),
Passerini (2007) objetiva responder que importância há nessa atividade como
uma prática instrumental na formação do pedagogo. Essa análise relaciona-se à
concepção de estágio, sua organização a partir das Diretrizes Curriculares para
o curso de Pedagogia (BRASIL, 2006), assim como o Projeto Político
Pedagógico do curso de Pedagogia EaD da UFRN, bem como à relação
universidade-escola, possibilitando realizar algumas inferências quanto às
possíveis contribuições para a formação do pedagogo.
Para aprofundar os estudos sobre o perfil dos alunos, optou-se pela
realização de algumas entrevistas com seis alunos e ex-alunos do curso de
Pedagogia a distância do polo UAB de Caicó, a fim de levantar informações que
nos façam encontrar as respostas para o estudo em questão.
De acordo com Bogdan e Biklen (apud LUDK, 1998, p. 13), este tipo de
pesquisa “envolve a obtenção de dados descritivos obtidos no contato direto do
pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o
produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes”.
Os dados coletados na pesquisa apontam que os discentes estão
inseridos na faixa etária entre 28 e 45 anos. Foram abordadas questões como:
no que consiste o estágio supervisionado em Pedagogia; como avalia o curso de
Pedagogia; ao longo da disciplina de estágio quais foram as dificuldades
encontradas e quais os pontos positivos e negativos desta atividade.
Com a realização da pesquisa, ficou evidenciado que estes estudantes,
são em sua maioria pessoas mais maduras, que buscam o conhecimento para
a entrada no mercado de trabalho. Além de compreenderem que a atividade de
estágio, é de suma importância para a formação deste profissional.

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A EaD NO BRASIL E NA UFRN


8

A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para a


superação de deficiências educacionais para a qualificação profissional e
aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. No Brasil, a primeira forma
de utilização da educação a distância se deu em 1939 pelo Instituto Rádio-
Monitor3 e em 1941 pelo Instituto Universal Brasileiro. Essas experiências
brasileiras, governamentais e privadas, levaram a mobilização de grandes
contingentes de recursos nas últimas décadas e, devido a essas transformações
da sociedade, a educação a distância chegou as universidades.
Há inúmeras definições para a Educação a Distância - EaD, entretanto, a
mesma envolve um enorme território de informações e mesmo que utilize-se das
TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) a mesma não é recente, e nos
remete as suas particularidades que estão enraizadas em circunstâncias
históricas, políticas e sociais, mais do que na própria modalidade de ensino.
Para compreender melhor sobre essa modalidade de ensino, Moran (1998
apud PIMENTEL, 2006, p. 9) cita alguns conceitos que fundamentam as
características da EaD:

[...] Mediado por tecnologias, no qual professores e estudantes


estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino-
aprendizagem quando professores e estudantes são estão
normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados,
interligados por tecnologias, principalmente as temáticas, como
a Internet, mas também podem ser utilizados o correio, o rádio,
a televisão, o vídeo, o CR-ROM, o telefone, o fax e tecnologias
semelhantes. Na expressão “ensino a distância” a ênfase é dada
ao papel do professor (como alguém que ensina a distância).
Preferimos a palavra “educação”, que é mais abrangente,
embora nenhuma das expressões, segundo o professor, seja
perfeitamente adequada.

A partir desses conceitos, compreende-se que a tecnologia possibilita que


Educação a Distância seja praticada de fato. Porém, Moran (1998), utiliza da
palavra educação ao invés de ensino e isso leva a compreensão de outras

3 O Instituto Radio técnico Monitor, hoje Instituto Monitor, foi fundado em outubro de 1939, pelo
imigrante húngaro Nicolás Goldberger, em São Paulo. Este instituto foi considerado como a
escola pioneira na implantação da educação a distância no Brasil. As experiências brasileiras,
governamentais e privadas, estavam se organizando e representaram, nas últimas décadas, a
mobilização de diversos recursos educacionais.
9

definições de EaD. Assim, segundo Moore e Kearsley (1996, p. 206), a definição


mais utilizada de educação a distância é criada por Desmond Keegan, em 1980:

O ensino a distância é o tipo de método de instrução em que as


condutas docentes acontecem à parte das discentes, de tal
maneira que a comunicação entre professor e o estudante se
possa realizar mediante textos impressos, por meios eletrônicos,
mecânicos ou por outras técnicas (apud NUNES, 1992).

A partir da definição supracitada, infere-se que, em detrimento do


modelo de EaD e o avanço das tecnologias de comunicação e informação, o
conhecimento acontece por meio de professores, tutores e alunos, estes estando
geograficamente distantes, contudo, há um acervo de materiais e múltiplas
metodologias para esta finalidade.
Nesse contexto, insere-se a Universidade Federal do Rio Grande do Norte
– UFRN. Entretanto, a implantação do Ensino a Distância só esteve ao alcance
a partir da elaboração do plano de desenvolvimento Institucional (1999 – 2008),
que incentivou e estimulou essa modalidade de ensino na instituição.
Desse modo, as primeiras ações só se iniciaram com a incorporação das
Políticas Nacionais de EaD a partir de 2005 e ganharam ressalvas, segundo
Dantas e Rego (2012), com a edição do Programa Pró-Licenciatura, coordenado
pela Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação
(SEED/MEC), que tinha intuito na formação de professores excepcionalmente
nas áreas com maior déficit de profissionais na Educação Básica como
Pedagogia, Física, Matemática, Química e Biologia.
No ano de 2003, foi criada a Secretaria de Educação a Distância (SEDIS),
com o intuito de dar suporte nas ações da EaD dentro da UFRN. Está Vinculada
ao Gabinete do Reitor, passando a ser responsável pela viabilização dos projetos
voltados à Educação a Distância, hoje sendo um órgão com espaço próprio e
estrutura para suporte aos cursos de graduação, pós-graduação e capacitação
no âmbito da EaD.

É nesse contexto de mudanças, avanços das tecnologias e a necessidade


de formação acadêmica para professores que nasce o curso de Pedagogia na
modalidade a distância na UFRN.
10

O curso de Pedagogia nasceu através da demonstração das demandas


dos municípios por meio da Plataforma Paulo Freire4 e do Plano de Ações
Articuladas – PARFOR/MEC, que apontou a inexistência de formação inicial dos
professores, tendo em vista a implantação da Educação Infantil no FUNDEB e a
recente obrigatoriedade ao atendimento das crianças de 4 e 5 anos, além da
ampliação do Ensino Fundamental em 9 anos. Esses fatos demostraram a
necessidade de qualificar educadores para atuarem com uma prática
pedagógica voltada aos ideais de transformação de uma sociedade inclusiva,
justa e solidária.
Para que este trabalho seja desenvolvido de modo a garantir qualidade
aos cursos, a UFRN dispõe de uma estrutura física e de pessoal (docentes do
quadro da instituição, técnicos administrativos e outros). Como também, é
mantenedora de vários polos de apoio presencial, dentre eles o Polo UAB Caicó.
Considerando o que venha ser o polo de apoio presencial:

Estes são as unidades operacionais para o desenvolvimento


descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas
relativas aos cursos e programas ofertados a distância pelas
instituições públicas de Ensino Superior no âmbito do Sistema
UAB. [...] os polos oferecem a infraestrutura física, tecnológica e
pedagógica para que os alunos possam acompanhar os cursos
a distância. (GARCIA et al, 2014, p. 59)

Como polo de apoio presencial dos cursos a distância ofertados pela


UFRN, temos o Polo UAB Caicó5, que deu início as suas atividades no ano de
2005, inicialmente com o curso de administração, mas atualmente conta com
oito cursos em andamento, sete são de licenciaturas e um em Administração
Pública, atendendo a demanda social e funcionários públicos de várias
instituições.

4
A Plataforma Freire é um sistema informatizado, por meio do qual os professores poderão se
inscrever em diversos cursos de formação em todo o País. Para tal, basta que o professor se
cadastre, inserindo seus dados de formação e atuação profissional para proceder às pré-
inscrições.
5
É a unidade operacional para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e
administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância na cidade de Caicó, pela
Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN). O referido Polo, iniciou suas atividades no
ano de 2005, com apenas um curso piloto em administração.
11

Assim, o polo vem ganhando destaque no Seridó Potiguar por realizar um


excelente trabalho, atuante e eficaz. Logo, o espaço de Ensino a Distância só
tem crescido no decorrer desses anos, ganhando notoriedade nos estados
vizinhos da Paraíba e Ceará, oportunizando que vários sujeitos adquiram o nível
superior com qualidade.

3 CONHECENDO O PERFIL DOS DISCENTES

Com as mudanças ocorridas no perfil socioeconômico dos brasileiros,


percebe-se que há um aumento significante de estudantes nas universidades
brasileiras, uma boa parcela desse público é formada por aqueles que foram
excluídos historicamente pela elite, os grupos menos favorecidos. Para tanto,
estas mudanças só estão sendo possíveis devido aos programas do governo e
nas ações afirmativas por meio das reservas de vagas (cotas) que possibilitam
a entrada de pardos/negros, estudantes de escola pública e candidatos de baixa
renda.
Dados do censo de 2014 da Associação Brasileira de Educação a
Distância (ABED), revelam que, na última década, a educação superior alimenta-
se, em sua maioria, por grupos de adultos, ou seja, são pessoas com mais de
24 anos, excluídos da Educação Superior por terem que entrar no mercado de
trabalho mais cedo. Esses estudantes primeiro trabalham para depois
procurarem o Ensino Superior. E quando conseguem entrar na universidade, não
deixam de trabalhar.
Dentre esse alunado, há uma predominância feminina. As mulheres estão
cada vez mais atuantes no mercado de trabalho e buscam condições para se
especializarem e conquistarem bons cargos e remunerações. Entretanto, além
destas, os homens também buscam o Ensino Superior como uma oportunidade
de se aprimorar em atividades que proporcionam prazer e realização
profissional. Sendo assim, além de uma jornada dupla de trabalho e estudos, os
graduandos atuais executam múltiplas atividades em sua rotina diária como
cuidar dos filhos e da casa, por exemplo.
12

Para aprofundar os estudos sobre o perfil dos graduandos e graduados


de Pedagogia a distância do polo UAB de Caicó, optou-se pela realização de
entrevistas para levantar informações que caracterizem o perfil sócio-profissional
dos discentes.
Ao tabular os dados, pôde-se perceber que a Educação a Distância é uma
modalidade de ensino que absorve alunos em várias faixas etárias,
principalmente aqueles que não tiveram a oportunidade de ingressar no Ensino
Superior logo após o término do Ensino Médio. Muitas vezes, são sujeitos que
desejam conciliar o trabalho com afazeres domésticos e, em boa parte, conviver
harmoniosamente com filhos e companheiros (as), além do aprimoramento
profissional para manter a empregabilidade e possibilitar o desenvolvimento
profissional.
Com relação aos municípios de origem desses alunos, verificou-se que
pertencem aos estados do Rio Grande do Norte (RN), mais precisamente na
região do Seridó e Paraíba (PB), mais precisamente no Seridó paraibano.
Fica evidente que esta modalidade de ensino apresenta um diferencial
quando possibilita englobar alunos de diversas áreas geográficas que podem ser
acompanhados por docentes, diariamente, mesmo estando distantes.
Em termos de ocupação, essas pessoas trabalham em diversas
atividades: dona de casa; balconista; monitora de creche (auxiliar de professor);
assistente social e professores da Educação Infantil. Já do ponto de vista da
qualificação profissional, a maioria possui graduação em cursos de licenciaturas
e bacharelado.
Portanto, faz-se necessário, a partir do supracitado, conhecer as questões
práticas e constituintes do cotidiano dos docentes e futuros professores. Essas
situações ficam bem evidentes através da realização do estágio.

4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DESAFIOS VIVENCIADOS

Para atender as necessidades da profissão docente, torna-se preciso que


a formação deste profissional esteja galgada em concepções e práticas que
levem a reflexão, no sentido de proporcionar os saberes teóricos e práticos,
possibilitando ao futuro professor uma reflexão integral e sistemática da ação
educativa de forma investigativa e colaborativa.
13

Nesse contexto, para formar um profissional reflexivo, de acordo com


Perrenoud (2002, p. 24), deve-se primar por:

[...] formar um profissional capaz de dominar sua própria


evolução, construindo competências e saberes novos ou mais
profundos, a partir de suas aquisições e de sua experiência. O
saber analisar é uma condição necessária, mas não suficiente,
da prática reflexiva, a qual exige uma postura, uma identidade e
um habitus específico.

Considerando as afirmações supracitadas, entende-se que o Estágio


Supervisionado desempenha um importante papel na formação do discente,
uma vez que, toda ação educativa para que seja válida, deve ser precedida de
uma reflexão.
Nesse ínterim, é de suma importância que, em sua formação permanente,
o docente se perceba e se assuma professor, refletindo sobre as teorias,
crenças, valores que permeiam sua práxis, desenvolvendo atitude de pesquisa,
objetivando melhorar o processo de ensinar e aprender.
Para tanto, o estágio supervisionado é um dos componentes obrigatórios
do curso de licenciatura em Pedagogia na EaD. Trata-se de um momento em
que o acadêmico pode tecer uma teia entre o conhecimento teórico adquirido ao
longo do curso e a parte prática, no qual irá proporcionar ao estagiário observar
o exercício da profissão por meio de participação em situações reais de trabalho.
As Diretrizes Nacionais para o curso de Pedagogia instituíram a
Resolução CNE/CP nº. 1, de 15 de maio de 2006, prever que, para a
integralização dos estudos, os discentes deverão cumprir atividades de Estágio
Supervisionado (Art. 7º) e segundo o Parecer CNE/CP nº. 5/2005, pressupõe
atividades pedagógicas efetivadas em um ambiente institucional de trabalho,
reconhecido por um sistema de ensino, que se concretiza na relação
interinstitucional estabelecida entre um docente experiente e o aluno estagiário.
Partindo desta premissa, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
(LDBEN 9394/96), faz ressalva ao estágio supervisionado em seu artigo 61:

I- a presença de sólida formação básica, que propicie o


conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas
competências de trabalho;
14

II- a associação entre teorias e práticas, mediante estágios


supervisionados e capacitação em serviço;
III- o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em
instituições de ensino e em outras atividades (BRASIL, 1996, p.
26).

No sentido de corroborar com as disposições citadas, Tardif (2002)


esclarece que o Estágio Supervisionado é uma das etapas mais importantes na
vida acadêmica dos alunos de licenciatura [...], o estágio se constitui numa
proposta que oportuniza ao aluno a observação, a pesquisa, o planejamento, a
execução e a avaliação de diferentes atividades pedagógicas; uma aproximação
das teorias acadêmicas com a prática em sala de aula.
Para tal, o Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em
Pedagogia, na Modalidade a Distância da UFRN, dispõe que o Estágio
Supervisionado deve ser cumprido em 300 horas de atividades, de acordo com
as Diretrizes Curriculares para o referido curso.
Apoiando-se no princípio da flexibilidade, será permitido o
aproveitamento de 150 horas de atividades docentes como estágio
supervisionado, considerando-se a particularidade dos alunos que já se
encontram em exercício, fazendo sentido tomar a prática docente como a
experiência a ser refletida e a sala de aula como campo do estágio. Tal decisão
se apoia no que foi previsto na Lei 9.394/96, de acordo com o disposto no art.
65, que se aplica a formação de professores em serviço, os quais estão
contemplados no parágrafo único do Art. 1° da Resolução CNE/CP 2/2002.
Dessa forma, o Estágio Supervisionado é dividido em três etapas: a
primeira etapa compreende “A Organização e Gestão dos Processos
Educativos”, objetiva-se o contato do discente com a organização do
atendimento educacional na educação infantil e nos anos iniciais do ensino
fundamental, no que concerne a organização do espaço, tempo e materiais para
a prática docente.
A segunda desenvolve-se na Educação Infantil e a terceira nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, ambas as etapas inserem o discente na
docência, desenvolvendo atividades de caráter teórico-prático que permitam a
vivência do aluno docente em espaços escolares e não-escolares, possibilitando
15

a aplicação de conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridos no decorrer do


curso e indispensáveis ao exercício da docência na educação infantil.
Segundo Pimenta e Lima (2002), é necessário que as atividades
desenvolvidas no decorrer do curso de formação considerem o estágio como um
espaço privilegiado de questionamentos e investigação.
O estágio proporciona ao discente adotar um olhar de educador em
relação às questões do ofício da profissão. Nesse sentido, buscamos
compreender o que os alunos do curso de Pedagogia expressam no que
concerne às dificuldades e às possibilidades encontradas nesta etapa de
formação.
Para facilitar o entendimento e compreensão da análise dos dados,
chama-se atenção para o gráfico 1, que representa as manifestações dos
discentes, no que se refere as contribuições da escolha pela EaD.

Gráfico 1 – Fatores que contribuíram para escolher EaD


5%
5%

13%

50%
13%

13%

Não haver necessidade de deslocamentos diários;


Conciliar a rotina;
Dinâmica de estudos;
Flexibilidade nos horários;
Necessidade de entrar no mercado de trabalho;
Graduação de qualidade.

Fonte: Elaborado pela autora, (2016).

Diante do exposto, verificou-se que a maioria dos entrevistados, no caso


50%, optou pela EaD, porque esta modalidade de ensino não tem a necessidade
de haver deslocamentos diários para a universidade, ou seja, essa flexibilidade
proporcionada pela modalidade de ensino, causa um certo conforto aos seus
discentes, uma vez que, muitos destes, residem na região do Seridó potiguar, no
sertão paraibano e de municípios cearenses.
16

Nesse sentido, é perceptível que, no meio em que se vive, a tecnologia


da informação ganha um espaço promissor, pois nesse contexto não há mais
empecilhos temporais ou territoriais que possam delimitar o espaço/fonte de
onde se procura o conhecimento.
Além disso, a pesquisa também nos mostrou outros quesitos: a
dificuldade das pessoas em conciliar a rotina de trabalho com um curso
presencial foi citada por 13% dos entrevistados e outros 13% também
concordam com a comodidade na dinâmica de estudos. Um fator também citado
foi a flexibilidade nos horários de estudos que a EaD possibilita aos discentes,
estes podem organizar seus horários e locais de estudo sem causar prejuízos
em sua aprendizagem.
Também podemos verificar que 5% citam a EaD como uma abertura para
o mercado de trabalho. E por fim, 5% comenta que veem a oportunidade de ter
uma formação de qualidade em uma das maiores universidades do Nordeste.
Outra questão abordada na pesquisa, diz respeito a avaliação que estes
fazem do curso de Pedagogia na EaD.

Gráfico 2: Avaliação do curso de Pedagogia EaD

6,60%
6,60%
25%
6,60%

15%

25%
15%

Exercício da docência;
Suporte dos tutores;
Teorias e práticas;
Excelente curso;
Profissão docente;
Autonômia do aluno;

Fonte: Elaborado pela autora, (2016).

A partir do gráfico 2, pode-se verificar que houve uma maior ênfase no


quesito exercício da docência e no bom suporte dos tutores, ambos foram
apontados por um percentual de 25% dos entrevistados. Assim, 15% dos
discentes avaliam o curso como um aporte de excelência para adquirir
17

conhecimentos e mais 15% citam que o curso é embasado em teorias e práticas.


6,6% apontam para o bom exercício da docência. Outros pontos também tiveram
ênfase: 6,6% mencionam que o mesmo oportuniza a entrada no mercado de
trabalho, 6,6% também lembraram que a modalidade EaD contribui para a
autonomia do aluno.
Perguntados, ainda, em que consiste o estágio supervisionado em
Pedagogia. Gráfico 3, aponta diversas respostas.

Gráfico 3: Em que consiste o estágio supervisionado em Pedagogia


5%
7,50%

7,50%

50%
15%

15%

Pôr em prática as concepções teóricas;


Vivência da prática docente;
Aquisição de novos saberes;
Problemas que a profissão impõe;
Perfil profissional;
Escolha profissional.

Fonte: Elaborado pela autora, (2016).

Verifica-se que, 50% dos discentes compreendem que o estágio


representa o momento de pôr em prática as concepções teóricas adquiridas ao
longo do curso. 15% indicam que o estágio oportuniza ao graduando a vivência
da prática docente. Pode-se também constatar que 15% mencionam a aquisição
de novos saberes, habilidades e conhecimentos com os quais vão ajudar a atuar
profissionalmente.
Um total de 7,5% aponta as contribuições que este oferece ao futuro
docente, na construção do seu perfil profissional. Outros 7,5% indicam
problemas que a profissão impõe. E, por último, podemos perceber que 7,5%
18

compreendem que este momento é quando o discente irá fazer suas escolhas
em relação a qual profissão irá seguir, se é a docência ou o distanciamento
desta.
Ademais, questionou-se também os discentes sobre as dificuldades
encontradas no campo do estágio, como mostra o gráfico 4.

Gráfico 4: Dificuldades Encontradas no Estágio Supervisionado

5% 5%
5%
12,50%

12,50%

5%

5%

50%

Articular o estágio e o trabalho: Preparar as aulas;

Atrelar teoria com prática; Pouco tempo;

Pouca orientação; Preparação dos planos;

Falta de colaboração das escolas; Falta de experiência.

Fonte: Elaborado pela autora, (2016).

Pelos dados do gráfico 4, fica evidenciado que 50% apontam que a maior
dificuldade encontrada pelos discentes é a pouca orientação dada pela equipe
de docentes; 12,5% citam a dificuldade de atrelar os conhecimentos teóricos
estudados com a prática do professor regente;12,5% reclamam da falta de
colaboração por parte das escolas eleitas para acontecer o estágio.
Outros itens foram apontados em menor proporção: 5% elencam a
articulação do período de estágio com o trabalho; 5% mencionam o tempo para
preparar as aulas; 5% apontam que é pouco tempo para adquirir a prática; 5%
reclamam que sentem dificuldades na realização dos planos de aula e, por fim,
5% apontam a falta de experiência na área.
19

Ainda no contexto do estágio Supervisionado, os discentes foram


instigados a mencionarem pontos positivos e negativos, conforme gráficos 5 e 6.

Gráfico 5: Aspectos Positivos do Estágio Supervisionado em Pedagogia


3,30%
6,60%
3,30% 20%

6,60%

6,60%

3,30%

50%

Vínculo da teoria e prática;


Possibilidade de vivência a docência;
Contato com a escola e a ótima receptividade;
Novas relações profissionais e sociais;
Busca por uma identidade profissional;
Conviver com a diversidade;
Perceber o clima do ambiente de trabalho;
Aproximar-se das crianças.

Fonte: Elaborado pela autora, (2016).

Ao analisar o gráfico 5 dos pontos positivos, percebe-se que 50% tem


como ponto mais relevante, para os estudantes, a possibilidade de vivenciar à
docência no estágio. Outro ponto elencado como relevante, comentado por 20%
do grupo, é o vínculo da teoria e da prática, que puderam vivenciar.
Enfatizaram também, em 6,6%, as novas relações profissionais e sociais
que ganharam com a atividade, assim como, 6,6% a busca por uma identidade
profissional e 6,6% perceberem o clima do ambiente de trabalho que irão
vivenciar diariamente em uma futura docência.
Foram citados, além desses pontos, o contato com a escola e a ótima
receptividade da mesma, tomando um percentual de 3,3%, a convivência com a
diversidade que há na escola mais 3,3% e a aproximação com as crianças que,
20

embora seja por pouco tempo, cria-se um vínculo afetivo, levando mais 3,3% do
percentual entrevistados.
Com relação aos pontos negativos vivenciados no campo do estágio. Os
discentes mencionaram, ver gráfico 6.

Gráfico 6: Aspectos Negativos do Estágio Supervisionado em Pedagogia


8%
20%
8%

8%

8%

20%
20%

8%

Aceitação do professor regente:


Respeito dos alunos e indisciplina;
Distanciamento dos professores e tutores;
Disponibilidade de tempo para o estágio;
Discrepância entre teoria e prática;
Olhares de estranheza nos primeiros contatos;
Professores desacreditados e desmotivados
Dilema entre a relação professor/aluno.

Fonte: Elaborado pela autora, (2016).

Percebe-se que 20% dos entrevistados citam pontos referentes a


aceitação do professor regente, que muitas vezes vê o estagiário como um
espião; um total de 20% dos discentes apontam o distanciamento dos
professores e tutores da disciplina, que deixam a desejar nas orientações no que
tange ao campo de estágio e a como elaborar relatórios e planos de aula. Mais,
20% mencionaram o distanciamento entre a teoria vista ao longo do curso e a
prática vivida e observada pelo estagiário.
Pode-se verificar outros quesitos elencados como a falta de respeito dos
alunos para com os professores (8%), que foi percebida em algumas escolas; a
21

disponibilidade de tempo para o estágio (8%), uma vez que fica complicado
conciliar trabalho e afazeres domésticos com o estágio.
Os olhares de estranheza também foram observados por 8% dos
estagiários, tanto pelos funcionários da escola, como alunos e professores. 8%
observaram que há muitos professores desacreditados e desmotivados pela
profissão, que de certo modo, passa negatividade para todos que ali estão,
deixando os estagiários ainda mais apreensivos com a profissão.
Por fim, 8% citaram o dilema entre a relação professor/aluno que, algumas
vezes, o professor não se comporta como tal, e o aluno também não o vê como
aquele que está ali para ser a ponte entre ele, o conhecimento e as práticas
sociais que irá vivenciar ao longo da vida.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término do trabalho, foi possível inferir que, os alunos da EaD,


precisam conciliar trabalho e estudos, o que pode dificultar a frequência nos
métodos de ensino tradicionais presenciais e, assim, optam pelo curso a
distância para sanar a necessidade da qualificação adequada para lecionar.
Assim, isso nos remete a crer, que estes discentes optaram por fazer
Pedagogia, devido a expansão das atividades deste profissional, além da
carência de professores com formação, para atuarem na Educação Básica, e por
conseguinte, aliar os novos conhecimentos aos já existentes da formação
anterior.
Além disso, a partir dos dados coletados, foi possível compreender que o
Estágio Supervisionado, contribui de modo imprescindível para a formação
docente, visto que possibilita o vislumbre do contexto escolar na prática ao
mesmo tempo em que o discente se constitui teórico e criticamente para o campo
de atuação pretendido como carreira profissional.
Outrossim, é possível apontar questões pertinentes no que se refere às
práticas de ensino nos estágios. As entrevistas mostraram que esta atividade
possibilita ao educando vivenciar à docência, oportunizando executar as teorias
dentro do espaço escolar, novas relações profissionais, uma identidade
profissional e social, o convívio com a diversidade, aproximação das crianças,
ou seja, torna-se uma experiência relevante no campo de atuação.
22

Com base no exposto, o estágio é visto como o momento em que os


futuros docentes estarão em contato com a sala de aula. Por meio da
observação, da participação e da regência, o licenciado poderá construir
conjecturas para as ações pedagógicas (PASSERINI, 2007). Durante o estágio,
o discente passa a enxergar a educação com outro olhar, procurando entender
a realidade da escola e o comportamento dos alunos, dos professores e dos
profissionais que a compõem (JANUÁRIO, 2008).
Assim, um docente bem qualificado profissionalmente exerce o verdadeiro
papel de cidadão dentro do contexto social; à medida que atua como um agente
multiplicador de conhecimentos, contribui com a formação de mais cidadãos
participativos e possuidores de espírito crítico, verdadeiro objetivo da Educação
Nacional (FERNANDEZ; SILVEIRA, 2007).
Entretanto, dificuldades também foram constatadas: o papel do tutor
presencial, a pouca orientação por parte da equipe de professores, a falta de
experiência para planejar as aulas, a aceitação de todos que compõem o campo
de trabalho e a falta de respeito dos alunos para com seus professores.
Assim, cabe ressaltar que é de suma importância compreender a origem
das dificuldades elencadas, visto que se faz necessário amenizar os impactos
negativos para que no futuro não afetem a formação docente.
Destarte, compreende-se que esta atividade contribui positivamente para
a construção de novos saberes do futuro pedagogo, além de promover um
grande desenvolvimento em uma dimensão extremamente salutar na formação
profissional do licenciado: a atitude investigativa, sendo esta a premissa para a
concepção de uma prática competente e adequada ao contexto educativo.

REFERÊNCIAS

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