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UNIVERSIDADE NILTON LINS

CURSO DE PSICOLOGIA

ADRIANA BARRONCAS DE ALMEIDA


WENDERSON VIEIRA DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO II
Projeto Plantão Psicológico nas Escolas

MANAUS
2023
ADRIANA BARRONCAS DE ALMEIDA
WENDERSON VIEIRA DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO II
Projeto Plantão Psicológico nas Escolas

Relatório de Estágio Supervisionado


apresentado como requisito final para
acompanhamento dos acadêmicos de
Psicologia da Universidade Nilton Lins,
orientado pelo Prof. Dr. Ewerton
Bentes de Castro.

MANAUS
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2. RELATO DOS ATENDIMENTOS 5
2.1 Relato dos Atendimentos 8
2.2 Descriçao das Atividades 10
2.3 Atividades no Local de Estágio 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS 35
REFERÊNCIAS 37
1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem por objetivo relatar todas as atividades presencias realizadas pelos
acadêmicos do curso de Psicologia da Univerdidade Nilton Lins, do 5º período em ambiente
escolar. O principal foco desse estágio, foi adquirir experiência prática e participar do projeto
de plantão psicológico e obter o máximo de conhecimentos acerca das escutas
emergenciais, além de atender aos requisitos básicos da Disciplina Estágio Básico
Observacional II.
Com base na proposto apresentada foi realizado atendimentos na escola estadual
Ana Neire Marques da Silva, no período de 06 de março de 2023 à 30 de maio de 2023,
com carga horária de 60 horas. Nesse periodo foi efetuado o total de 11 atendimento na sala
de esculta e foi realizado dinâmicas de grupo em salas de aula, no total de 02 interveções,
as escultas foram desenvolvidas pelos acadêmicos.
De acordo com a Matriz curricular do Curso, essas atividades devem ser
proporcionadas aos estudantes de universidades públicas ou privadas, que consiste em
atendimentos clínicos a serem realizados por acadêmicos do curso de psicologia, que
desenvolvem atividades em diferentes posições de acordo com o período no qual se
encontram (do básico observacional I ao Ênfase finalista) e possui cunho de aprendizado ao
atendimento terapêutico, disponibilizado ao público de estudantes, professores e pais, que
necessitam desse tipo de serviço e não possuem um poder aquisitivo que suporte o
pagamento dessas sessões.
A realização do estágio curricular obrigatório numa instituição escolar, possibilitou a
vivência da prática, e também maior conhecimento da Psicologia Escolar, pois é um
segmento de atuaçao bem recenete, e que por esta razão, existe carência de profissionais
atuando nas escolas.
Além disso, o estágio também proporcionou uma maior reflexão do papel do
psicólogo escolar, que tem como papel a promoção da saúde bio-psico-social dos que
participam do ambiente escolar. Pois, este profissional pode desenvolver suas atividades
com os grupos existentes na escola por exemplo: grupos de alunos, de professores, equipe
técnica, gestores etc.
Em termos de perspectivas de atuação são as mais variadas também, já que se trata
de um ambiente dinâmico, dando ao profissional a oportunidade de utilizar sua criatividade,
fazendo jus ao casamento da Psicologia e da Educação. Em nossa vivência prática, através
deste trabalho foram plantadas sementes de novas consciências em relação ao seu
comportamento e a sua forma de se comunicar e se integrar verdadeiramente. Expondo,
assim, a importância e a enorme contribuição da Psicologia Escolar como formadora de
indivíduos mais equilibrados.
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2. RELATO DOS ATENDIMENTOS

A Escola Ana Neire Martins Marques da Silva, foi criada pelo decreto nº.
29.717/2010 e inaugurada no dia 1º de março de 2010, pelo Decreto-Lei 29.717 de 15 de
março de 2010, situada na Avenida Marginal Esquerda S/N, Quadra 29, Conjunto Galileia
II, Bairro Nova Cidade. Seu nome foi escolhido para homenagear uma comunitária que em
vida trabalhou em prol dessa comunidade e das comunidades adjacentes, na Gestão do
então Governador Carlos Eduardo Braga.
Iniciou o ano letivo em 22 de fevereiro de 2010, atendendo alunos de Ensino
Fundamental de 1º ao 5º ano, de 6º ao 9º ano e 1ª Série do Ensino Médio, distribuídos por
faixa etária, mas, a partir do ano letivo de 2011 a escola passou a funcionar somente com
alunos do Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano atendendo uma média de 846 alunos.
Atualmente, funciona com 11 turmas e 01 sala de recurso, dividido em dois turnos:
Matutino: 6º a 9º anos e Vespertino: 1º a 5º anos do Ensino Fundamental.
O objetivo principal estabelecido pela Instituição é a prática educativa do corpo
docente e discente desta Escola garantindo um ensino significativo, permitindo a
reflexão sobre: as capacidades de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a ser. Ainda, tem como objetivos específicos:
⮚ Promover a participação e integração escola-família e comunidade, através de
reuniões, palestras e eventos.
⮚ Garantir que nossos discentes possam estabelecer relações que valorizem a
capacidade individual e coletiva.
⮚ Tornar efetiva a aprendizagem, valorizando o conhecimento, a ética, a
formação de hábitos e atitudes, a solidariedade, o exercício da liberdade com
responsabilidade.
⮚ Efetivar juntamente com a BNCC as competências gerais da Educação Básica
nas quatro áreas do conhecimento como afirma o RCA, trabalhando com a
sensibilização dos educadores que essas informações se desdobrem em conhecimento
e promova a práxis da vida.
⮚ Desenvolver no discente a capacidade de aprendizagem viabilizando os meios
básicos para o pleno domínio da leitura, escrita, da interpretação e do cálculo.
⮚ Trazer a família para o convívio com a escola, pois acredita-se que a presença
destes pode demonstrar ao discente o empenho e responsabilidade com a sua
formaçãoescolar.
⮚ Desenvolver o potencial dos discentes, através de ações educativas,
comoprojetos externos e internos reafirmando sua postura enquanto cidadãos.
⮚ Prestar assistência ao discente nas dificuldades de seus estudos ou
relacionamento com docentes, colegas e demais pessoas e/ou profissionais;
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⮚ Envolver os discentes nas ações escolares, mostrando a eles que a


participação e envolvimentos nas atividades podem torná-los mais independentes,
autônomos e responsáveis com sua formação escolar.
⮚ Estimular no discente o exercício da cidadania plena, respeitando as regras
morais, cívicas e éticas que norteiam a sociedade.
⮚ Auxiliar o docente e o discente quanto ao seu autodesenvolvimento - cognitivo
e emocional.
A Escola Estadual Ana Neire Marques da Silva, teve como primeira gestora a
Professora Maria Ivete Lima Moreira, graduada em Licenciatura Plena em Língua
Portuguesa- Letras/ UFAM e Pós Graduada em Gestão Escolar pela UEA. Sua gestão à
frente da Escola iniciou em fevereiro de 2010, onde pôde com o apoio da equipe de
profissionais, desenvolver atividades diretamente vinculadas a dar suporte à comunidade
local, a principal delas, é o atendimento escolar ao público do Ensino Fundamental I e II.
A partir da funcionalidade educacional, D. Ivete, junto com os demais atores
escolares escolheram a bandeira, o hino e o fardamento, para assim identificar as
características pessoais e físicas da referida escola. A Instituição atende uma clientela
de baixa e média estrutura financeira, que tem como expectativa garantir uma
educação voltada para a formação cidadã e humanista, levando em consideração os
conhecimentos prévios dos alunos por meio de um ensino dinâmico e movido pelas
relações entre os docentes e o meio histórico. Possui um ambiente participativo e
democrático, onde tem como características primordiais: ser ativa, dinâmica e
aberta ao encontro com a vida, interagindo com a família e demais atores do
processo educativo.
Nessa perspectiva, a unidade de ensino reelabora seu Projeto Político
Pedagógico, por meio da Base Nacional Comum Curricular - BNCC e o Referêncial
Curricular Amazonense – RCA e a Proposta Curricular e Pedagógica – PCP,
possibilitando assim, um ensino voltado para o compromisso, a ética, o desenvolvimento
social e intelectual.
A diretriz elementar da Escola Estadual Ana Neire Marques da Silva, é a
educação como um espaço de formação humana, possibilitando um desenvolvimento
crítico e consciente a respeito da sociedade e das formas de relações interpessoais,
bem como desenvolver atividades, sejam destinadas a melhoria e qualidade de ensino
na Educação do Ensino Fundamental I e II, formando cidadãos conscientes de seu papel
social e bem preparados para o prosseguimento dos estudos posteriores.
Em relação as séries, atualmente a escola abrangem o Ensino Fundamental I (1º
ao 5º ano – no turno Vespertino) e Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano – no turno
Matutino).
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No tocante a Gestão Pedagógica esta instituição dispõe de: 01 Gestor, 01


Pedagogo que atende no turno Matutino e Vespertino, 01 Secretaria, 01 Assistente
Administrativo, e professores: 19 no turno Matutino e 20 no turno Vespertino. A Escola,
funciona das 07 horas da manhã às 17 horas da tarde de Segunda a Sexta-feira.
As atividades são baseadas na cooperação e no entendimento de que todos são
capazes de aprender e ensinar, concepção que abrange os docentes e discentes, por
meio de ações desenvolvidas de forma autônoma e significativa.
O prédio possui 11 salas de aula, auditório, biblioteca, laboratório de ciências e
matemática, laboratório de informática, secretaria, diretoria, sala pedagógica, sala dos
professores com banheiro privativo 01 masculino e 01 feminino, cozinha, refeitório,
depósito da merenda escolar, depósito de utensílios domésticos, depósito de material de
limpeza, área de serviço com 01 banheiro masculino e 01 feminino, 02 banheiro para
deficientes, sendo 01 masculino e 01 feminino, 02 banheiros de alunos 01 feminino e 01
masculino, uma quadra poliesportiva coberta com 01 banheiro masculino e 01 banheiro
feminino, uma quadra de areia descoberta e uma área externa descoberta.
Esta unidade de ensino faz uso dos recursos financeiros dos seguintes programas:
Mais Alfabetização, que está sendo substituído pelo Programa Tempo de Apender,
Educação Conectada, Mais Educação, e Escola Acessível. Ainda, são desenvolvidos
projetos a nível Estadual e Internos sob responsabilidade dos professores e alunos, tais
como: a Escola que Cuida; Projeto de Recuperação da Aprendizagem (Português e
Matemática).
A seguir a Tabela 1, apresenta toda estrutura física da escola, informando a
quantidade de ambientes:

Tabela 1:
Estrutura física
Ambientes Quantidade Ambientes Qtde
Sala da Direção 01 Auditório 01
Secretaria 01 Salas de 12
aula
Sala Coord. 01 Brinquedoteca 00
Pedagógica
Sala dos 01 Escovódromo 00
Professores
Biblioteca 01 Almoxarifado 01
Sala de leitura 00 Depósito de 01
merenda
Sala 00 Cozinha 01
Multifuncional
Sala de 01 Banheiro 01
Recurso Feminino
8

Escadas de 01 Banheiro 01
Acesso Masculino
Horta 01 Quadra Esportiva 01
Refeitório 01 Estacionamento 01

Tabela 2:

Distribuição dos alunos por turno e ano/fase/série

Ano/Fase/ Série Turma Nº de alunos Turnos


Matutino Vespertino
1º Ano 01 28 X
1º Ano 02 31 X
2º Ano 01 34 X
2º Ano 02 35 X
3º Ano 01 33 X
3º Ano 02 35 X
4º Ano 01 33 X
4º Ano 02 34 X
5º Ano 01 33 X
5º Ano 02 34 X
5º Ano 03 34 X
6º Ano 01 45 X
6º Ano 02 43 X
6º Ano 03 42 X
7º Ano 01 43 X
7º Ano 02 42 X
7º Ano 03 43 X
8º Ano 01 43 X
8º Ano 02 45 X
9º Ano 01 45 X
9º Ano 02 44 X
9º Ano 03 44 X
Fonte: Adaptado do Projeto Político Pedagógico, 2022

Durante o ano letivo, são desenvolvidos vários projetos tais como, a escuta
Psicológica que é um projeto interno com parceria da Universidade Federal do
Amazonas – UFAM, aulas de reforço com os professores de matemática e língua
portuguesa e conta com a participação de estagiários e professores voluntários, além de
projetos de pesquisa financiados pela FAPEAM.

2.1 Relato dos Atendimentos

Participantes: 820 atendimentos a alunos em escolas do sistema público de


ensino, nos níveis fundamental e médio que se apresentaram ao plantão psicológico em
13 escolas (10 estaduais e 3 municipais). Deste número, o n total foi de 754 alunos e o
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restante (66) foram os atendimentos realizados duas ou três vezes com o mesmo aluno.
Locais de atendimento: salas previamente disponibilizadas pelos gestores das
escolas estaduais e municipais, climatizadas, ambiente reservado.
O processo: o aluno se dirigia ao local onde estavam os plantonistas eali,
inicialmente, lhe eram requeridos dados específicos (nome, idade, série, raça, religião) e
em seguida, o plantonista se coloca em disponibilidade para escutá-lo, o que poderia
ocorrer no tempo de 30 minutos a 2 horas e 45 minutos, por exemplo.
Demandas: Foram demandas variadas e diversificadas trazidas pelos alunos que
estarão sendo apresentadas em tabela específica.

Tabela 3:
Quantidade de alunos por escola
Escola Natureza Nível Faixa etária
institucional
Esc. 1 – AN Estadual Fundamental 9-19
Esc. 2 – CETIJB Estadual Fundamental 10-19
Esc. 3 -CETIML Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 4 – EP Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 5 – SN Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 6 – RA Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 7 – RV Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 8 – VT Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 9 – EP Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 10 – MV Estadual Fundamental e 10-19
Médio
Esc. 11 – PG Municipal Fundamental 9-17
Esc. 12 – VL Municipal Fundamental 9-16
Esc. 13 – EP Municipal Fundamental 9-16
Fonte: Formulário de relato do plantão psicológico

Tabela 4:
Demandas mais Prevalentes em Alunos de E.E
Demandas Quantidade %
Ansiedade 84 12,5
Bullying 58 8,64
Autolesão 38 5,66
Abuso sexual 54 8,04
Relações familiares 125 18,63
10

Violência doméstica 73 10,88


Outros 239 35,65
Total 671 100
Fonte: Formulário de relato do plantão psicológico

A tabela 4 acima, demonstra as demandas mais prevalentes nas falas dos alunos
das escolas da rede estadual de ensino e sinaliza como maior quantitativo de demanda
(18,63%) relações familiares, seguido por violência doméstica (10,88%), crises de
ansiedade (12,5%) e bullying (8,64%).

Tabela 5:
Demandas mais Prevalentes em Alunos da E.M
Demandas Quantidade %
Ansiedade 22 14,76
Bullying 04 2,68
Autolesão 07 4,7
Abuso sexual 24 16,10
Relações familiares 31 20,8
Violência doméstica 08 5,37
Outros 53 35,59
Total 149 100
Fonte: Formulário de relato do plantão psicológico

A tabela 5 acima, traz as demandas mais prevalentes em alunos de escolas do


ensino fundamental, ou seja, do 5º ao 9º ano em quepercebemos as relações familiares
em primeiro posto com 20,8%; seguido por abuso sexual com 16, 10% e crises de
ansiedade com 14,7

2.2 Descrição das Atividades

A seguir serão descritas as atividades desenvolvidas duarente a supervisão


acadêmica:
15.02.2023 - Primeiro dia de aula, professor Darcir Castro convidou o professor Dr.
Ewerton Helder Bentes da UFAM, fundador do projeto Plantão Psicológico nas escolas, para
apresentar e disponibilizar aos acadêmicos de Psicologia a possibilidade de adquirirem
experiência de aplicação prática de atendimento e escuta psicológica nas escolas, para o
cumprimento da carga horária exigida e obrigatória da disciplina estágio básico II;
22.03.2023 - Feriado de carnaval. Não houve aula;
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01.03.2023 - Nesse dia o Professor Darcir M. Castro iniciou sua aula explicando
sobre a ementa da disciplina estágio básico II, detalhando a respeito de cada tópico;
08.03.2023 - Nesse ocasião, o Professor Darcir M. Castro iniciou sua aula explicando
sobre a ementa da disciplina estágio básico II, detalhando a respeito dos locais de estágios,
informando como seriam realizados durante o semestre, quais campos seriam abordados e
como os relatórios deveriam ser elaborados segundo a ABNT para posterior entrega;
15.03.2023 - Nesta aula a acadêmica H. explicou acerca de sua atuação em
atendimentos como assistente de terapia na abordagem metodológica ABA(Denver),
voltada para crianças atípicas e seus procedimentos durante os atendimentos. O professor
orientou os acadêmicos, no sentido de elucidar algumas dúvidas, bem como pontuar
algumas dificuldades enfrentadas pelo cuidador(a)/Tutores dessas crianças. Falou a
despeito das dificuldades encontradas desde o início do diagnóstico, suas rotinas diárias e
processo de inclusão dessas crianças nas escolas hoje e o não preparo de profissionais
qualificados para tais atividades.
22.03.2023 - Nesta aula, o professor iniciou sua fala perguntando aos acadêmicos
que estavam realizando estágio no SEPA para que relatassem os casos atendidos até
aquele momento. A acadêmica H.M. apresentou um caso que havia atendido em triagem,
que se tratava de uma paciente que apresentava alguns sintomas de agorafobia. Relatou
como havia procedido e que em alguns momentos ficou em dúvida como agir. Durante o
relato, a acadêmica A.C. pediu a palavra dizendo que havia atendido um caso semelhante e
com sintomas bem parecidos. O professor pontuou acerca das falas e completou o fator
mais preponderante desses problemas esta no continuo aumento da violência urbana nos
últimos tempos, e que isso tem gerado muitos transtornos e traumas na população de um
modo geral. Na sequência, a acadêmica A.C. relatou outro caso de que havia feito triagem,
que se tratava de uma jovem que apresentava múltiplas personalidades, e tal fato suscitou o
interesse de vários acadêmicos da sala a despeito do assunto que foram debatidos ao
longo da aula e sanados pelo orientador ao final da aula;
29.03.2023 - Nesse dia de aula o professor relatou que iria tirar dúvidas acerca do
relatório de estágio para todos aqueles que ainda precisam de explicações mais detalhadas.
Durante esse processo, ainda foram relatados alguns casos e a acadêmica V. compartilhou
um caso atendido que se tratava de auto lesão e explicou como se deu seu atendimento.
Outros acadêmicos trouxeram casos semelhantes, onde a aluna M.L. relatou ter
atendido uma paciente que trazia em seu discurso a ideação suicida, todavia disse que não
sentiu verdade em suas palavras e que não conseguiu sentir empatia pela paciente e que
por isso, considerou seu atendimento “a desejar”, por não conseguir realizar um “raport”, isto
é vínculo com a paciente.
Na sequência foram relatados outros casos que ocorriam nos plantões das escolas,
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sendo pontuados muitos casos de ansiedade, depressão e ideação suicida que foram
clarificados pelo orientador acadêmico.
05.04.2023 - Nessa aula, o professor orientador solicitou da aluna T. para que
relatasse como ocorriam a atuação do psicólogo em seu local de estágio (empresarial) no
contexto de Recursos Humanos, recrutamento e seleção. A mesma explicou como procede
com os candidatos e como a supervisão é realizada e quais instrumentos são utilizados para
realização do trabalho. Ainda na sequência, o orientar pediu para que a acadêmica T.
relatasse como ocorria a atuação do psicólogo em seu local de estágio.
A acadêmica relatou que tem supervisão de uma psicóloga e que são avaliados,
investigados e encaminhados caso haja maus tratos com crianças, idosos e PCD´s e que a
abordagem aplicada nesses casos é de psicologia Breve, onde é ofertado 5 sessões de
escuta qualificada, dependendo da demanda e das circunstâncias do momento.
12.04.2023 - Período da 1ª avaliação;
19.04.2023 - Período de 2ª chamada;
26.04.2023 - Neste dia o professor Darci inciou sua aula falando dos erros
encontrados nos relatórios de estágio entregues na 1ª avaliação e como seria as novas
regras para a 2a avaliação;
03.05.2023 - Neste dia o professor Darci, continuou falado sobre as normas ABNT e
NBR-6027. Solicitou que nas próximas aulas começariam as apresentações de cada
academico dos casos atendidos durante o semestre;
10.05.2023 - Inicio das apresentações de caso pelas acadêmicas T.e L., que tem
com campo de estágio seus trabalhos (Psicologia Organzacional e Juridica);
17.05.2023 - Não houve aula neste dia;
24.05.2023 - Nesta aula houveram apresentações de casos dos acadêmicos (H., N.
A. T.C.V) que atuam no SEPA local;
31.05.2023 - Nesta aula houveram continuações de apresentações de casos dos
acadêmicos (ML.K.G.A.T.H.) que atuam no SEPA local;
07.06.2023 - Nesta aula houveram apresentações de casos dos acadêmicos
(J.A.W.ME.) que atuam no Plantão Psicológico das escolas públicas.

2.3 Atividades no Local de Estágio

Como citado anteriormente, o local do estágio se deu na Escola Estadual Ana Neire
Marques da Silva, nos dias Terças e Quintas-feiras, de 07h às 11h, no período de 06 a 31
de Março (32h) / 01 a 30 de Abril´23 (30h) / 01 a 31 de Maio´23 (22h), totalizando 84h.
A seguir serão relatadas as atividades dos acadêmicos de forma individual, iniciando
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pela acadêmica Adriana Barroncas de Almeida, a seguir:


06.03.2023- de 07:10 às 11h- A gestora da escola A.F. recepcionou os acadêmicos
A.B e W.V. em sua sala juntamente com o Diretor J.N., nos apresentaram todas as
dependências e aos funcionários da escola, bem como a sala onde seriam realizados os
futuros atendimentos, mostrando os armários com os documentos necessários para que
apoio e arquivamento. Na sequência, o Diretor J.N. iniciou as devidas apresentações aos
alunos
por sala e explicou o funcionamento do projeto plantão psicológico.
Após isso, retornaram a sala de escuta e a A adolescente foi encaminhada até a sala
de escuta pelo Diretor da escola J.N., pois o mesmo já havia escutado a aluna em outro
momento e identificou muita ansiedade em seu comportamento. A acadêmica A.B. iniciou os
questionamentos básicos da paciente, que informou que mora com a mãe desde que seus
pais se separaram, próximo a escola. Queixa-se de estar muito nervosa, sente aperto no
peito, sensação de desmaio, coração acelerado e “nó na garganta”. Relatou gestora
apresentou alguns casos já identificados para possíveis atendimentos.
Foi atendida na data do dia 06 de março de 2023 a adolescente A.M.S (1º
atendimento) de 14 anos, nas dependências da Escola Estadual Ana Neire Marques da
Silva, pela acadêmica A.B.A. que desde 2020, após um episódio de agressão física de seus
pais começou a sentir esses sintomas. Contou que nesse episódio, o pai deu vários
“murros” em suas pernas e partes inferiores pelo pai e um tapa forte no rosto pela mãe, por
ter levado um amigo da escola para fazer um trabalho escolar sem avisa-los em casa.
Relatou que um vizinho contou para seus pais que ela teria ficado “nua” com esse colega da
escola e ter feito “merda”. Afirma que não fez isso aos pais, porém eles não acreditaram e a
agrediram fisicamente e com palavras, tais como: “vagabunda.”
Ao relatar esse acontecimento, chorou muito e apresentou tremor no corpo ao
lembrar. Quando se acalmou, falou que depois disso não teve mais contato frequente com
pai, e que falava esporadicamente com o mesmo.
Relatou que por 2 (duas) vezes, quando teve os sintomas informados acima, sua
mãe a levou ao hospital por ter desmaiado, que tomou uma medicação e que o médico que
a atendeu disse que se tratava de crise de ansiedade, visto que não houve comprovação de
qualquer diagnostico clinico. Desde então, sente-se muito ansiosa e chora sem maiores
motivos, visualmente demonstrado em suas pernas que paravam durante toda a escuta.
Foi perguntado pela acadêmica A.B. quais as alternativas ela buscava para o alívio e
o que ela gostava de fazer durante seu dia. A paciente respondeu que gostava de sair com
as amigas, porem desde do ocorrido, sua relação com a mãe estava distante e que sua mãe
não a deixa sair muito, porque não confia mais nela. Relatou que sua infância não teve
muito contato com outras crianças e que se sentia muito sozinha, pois a mãe a “prendia”
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muito em casa.
Relatou que é muito controlada pela mãe, e que seu celular é bloqueado para muitas
coisas e que isso dificulta até suas atividades escolares. Foi perguntado sobre seu humor, e
ela disse que se sente muito triste e sozinha em casa e que tem somente uma amiga na
escola com quem mais conversa. Quando menciona sua relação com o pai, disse que não
gosta de ir para a casa do pai, pois ele a trata mal. Quanto a seu sono, disse que não estava
dormindo bem e demora a dormir, visto que tem muito pensamentos negativos. A
acadêmica A.B., após ouvir todo o relato, acalmou aplicando a técnica da respiração para
oxigenar e tranquilizar a paciente, que após o relaxamento ficou mais calma. Foi perguntado
a paciente como ela poderia resolver essa dificuldade com a mãe e a mesma respondeu
que não sabia como e perguntou a acadêmica como poderia fazê-la. Sendo assim, foi
sugerido a paciente que precisaria ter uma melhor comunicação com a mãe, isto é, um
diálogo para que ela expresse melhor seus sentimentos e que assim ela possa aos poucos
conquistar novamente sua confiança.
A paciente acatou a sugestão e disse que iria começar a praticar e que iria voltar a
escuta para relatar mais sobre isso. Ao final, a aluna estava mais calma e voltou à sala de
aula. Os acadêmicos A.B e W.V. finalizaram os atendimentos para de pontuar as
percepções de cada acadêmico sobre a escuta e ajustes para os próximos atendimentos.
Atendimento realizado pelo acadêmico W.V. do paciente B.L.C de 11 anos, estudante do 6º
ano que iniciou seu atendimento relatando que mora com a mãe, dois irmãos e avó materna
e que não gosta de fazer tarefas, pois sente muita dificuldade em ler e escrever e que não
consegue acompanhar as aulas e nem consegue fazer as atividades solicitadas, por conta
dessa situação. Relata que em sua sala não tem muitas amizades e que não gostam dele
por ser assim.
Foi perguntado como era sua rotina em casa, e disse que não tem muito
acompanhamento e apoio em sua tarefas em casa. Pediu para ter aulas de reforço, para
tentar acompanhar a sua turma. O acadêmico W.V. pediu para que o mesmo escrevesse
seu nome dando-lhe caneta e papel, mas mesmo assim ele teve dificuldade para finalizar a
escrita. O acadêmico relatou que iria checar com a gestão da escola, alguma forma de
ajuda-lo, mas que iria aplicar algumas atividades que o ajudasse com esse déficit de leitura
e escrita.
09.03.2023- de 07:30 às 10:40, Foi atendido na data do dia 09 de março de 2023 o
adolescente R.H.M.S. de 12 anos, nas dependências da Escola Estadual Ana Neire
Marques da Silva, pela acadêmica A.B.A. O adolescente foi encaminhado até a sala de
escuta pelo Diretor da escola J.N., pois o mesmo já havia escutado o aluno em outro
momento devido um comportamento muito agitado na sala de aula causando problemas, de
aprendizado para os demais colegas. Falou ainda, que o R.H possui problemas familiares, e
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que vive com uma família “disfuncional”.


A acadêmica A.B. iniciou os questionamentos básicos o adolescente, que informou
que mora no Galiléia com a avó paterna, uma irmã mais nova, um tio e um primo, desde
quem seus pais se separaram. Foi perguntado pela acadêmica A.B. ao paciente que
descrevesse sobre sua vida, destacando sua relação com seus pais. O paciente relatou que
seus são separados e que desde desse momento foi morar com sua avó. Falou que hoje
seus pais trabalham em fábricas e que hoje, já possuem novas famílias e que e que sempre
vai visita-los. Descreveu que tem um bom relacionamento com o pai, e que é muito
“mimado” por ele. Diz que o pai sempre compra tudo que ele pede, toda vez que vai passar
os fins de semana com o mesmo. Diz que a madrasta e os irmãos mais novo gostam muito
dele e que se sente bem na casa do pai. Quando relata sobre a mãe, diz que vez por outra
visita sua mãe no interior e que também possui 2 irmãos mais velhos que moram com ela.
Não entrou em muitos detalhes sobre esse relacionamento com a mãe e esses irmãos.
Em relação a sua convencia na casa da avó, diz que a avó é carinhosa com ele e
que quem “dá as ordens” é o tio, que ensina tudo para ele e sua irmã e que ele trabalha em
um lava-jato para sustentar a casa. Quanto a avó disse que o trata bem, cuida dele e da
irmã, mas que todos os dias sua avó faz a comida, mas nunca sobra pra ele e para a irmã,
pois o tio “come muito” e ele precisa fazer mais para ele e a irmã todos os dias. Foi
questionado sobre o que gosta de fazer e como é sua rotina diária, e o mesmo disse que
dorme tarde, pois gosta muito de assistir filmes de terror; gosta jogar futebol no clube dos
sargentos e que pretende seguir a carreira de policial. Faz academia com o tio para “ficar
forte” e correr melhor no futebol. Gosta de jogar jogos da vida real, policiais e anime. Pintou
o cabelo de loiro e disse que o tio o ajudou a pintar.
Relatou que certa vez, quando saiu para se exercitar (correr) na rua, assistiu um
assassinado em sua frente, e descreveu que o homem foi esfaqueado e que caiu no
momento que corria na rua. Afirmou que ficou muito nervoso e que correu pra casa. Foi
perguntado pela acadêmica o que ele havia sentido sobre esse ocorrido, e mesmo ficou
pensativo e disse isso é “normal” onde eu moro, mas nunca tinha visto tão de perto e ficou
em silencio durante alguns segundos. Foi perguntado se queria descrever mais alguma
coisa, e o mesmo não entrou mais em detalhes.
A acadêmica A. B. arguiu sobre seus estudos e ele disse que gostava mais de
matemática e que suas notas eram boas, mas que português era muito difícil. Relatou que
era monitor de matemática em sua classe e que fez um vulcão que foi muito elogiado,
trazendo satisfação visível ao falar dessa atividade realizada por ele.
Não trouxe uma queixa para o atendimento, a priore apresentou comportamentos
normais; boa desenvoltura, e fala com segurança. Porém, foi notado que não fixava seu
olhar no momento da escuta, sempre desviava o olhar.
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Foi perguntado sobre seu humor, e ele disse que se sente bem morando com a avó
e o tio. E quanto as suas relações interpessoais disse que são sempre os amigos que o
incentivam a “bagunçar” na hora das aulas e que sempre os colegas mentem e envolvem
ele em confusões. Contou que certa vez, estava na sala e que um colega deu um murro na
porta e cortou o braço e que foi suspenso, mas que não teve nenhuma “culpa”.
Quanto a seu sono, disse que dorme tarde, porque gosta muito de jogar com os
amigos até tarde. Foi perguntado ao paciente como ele poderia melhorar seu
comportamento na sala de aula, e ele disse que não sabia, mas que iria tentar ser mais
calmo e não se “misturar” aos que o bagunçam. Paciente se disse que iria voltar a escuta
para relatar mais sobre seu comportamento. Ao final, o aluno deu um abraço na acadêmica
A.B. e voltou à sala de aula.
O acadêmico W.V. atendeu a adolescente M.C.S.S. de 13 anos do 8º ano. A mesma
foi encaminhada a sala de escuta pela Gestora A.F., com queixas de estar se comportando
de maneira muito exagerada na sala de aula, onde está prejudicando o aprendizado dos
demais alunos. O acadêmico W.V. perguntou com quem a paciente morava, que respondeu
que morava com uma tia e a avó materna. Foi perguntado como a adolescente se sentia e o
porque estava tendo muitos problemas comportamentais. Ela relatou que os pais se
separam e que hoje vivem outros relacionamentos. Disse que se sente desprezada pelo pai
e que não mantem muito contato com o mesmo. Diz que hoje em sua casa tem atenção
dessa avó e da tia que a criou desde a separação dos pais. Tem uma maior identificação
com a prima, mas não gosta muito das atitudes da mesma, pois ela gosta de se “machucar”
causando cortes fundos.
O acadêmico W.V. perguntou o que ela achava sobre a atitude da prima e ela disse
que era errado e não faria isso consigo mesma. Disse que começou um namoro com um
aluno de sua sala, mas que não tem coragem de conversa sobre isso com a avó e a tia, pois
elas não permitiriam pela pouca idade. Disse somente as amigas e a prima sabem do
namorado. Disse que gosta de desenhar e que pretende fazer faculdade de arquitetura. Ao
final da escuta, o acadêmico orientou para que M.C. tentasse procurar a tia para esclarecer
acerca do namoro e para que ela possa saber o que esta acontecendo na vida dela e
buscasse uma rede de apoio em casa.
11.03.2023- de 9:30 ás 11h- Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online orientação dos casos
atendidos durante a semana de 06.03 a 09.03.2023.
13.03.2023- de 08h às 10:45. Atendimento realizado com a paciente N.E. (1º
atendimento) de 14 anos, do 9º ano (1). A paciente foi trazida pela Gestora A.F para a
escuta, visto que a mesma havia tido um surto na sexta-feira da semana anterior. Iniciada a
escuta, foi apresentado a paciente sobre o projeto e perguntado se ela entendia o por que
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estava no local. A paciente que estava com a aparência tranquila mencionou que estava lá
por que tinha tido esse episódio de ansiedade dias antes. Foi perguntado a mesma onde
morava e quem eram os membros de sua família. Relatou que mora com a mãe, 2 irmãos
(de outro casamento) e o padrasto. Disse que possui uma vida de altos e baixos e que tudo
se dá devido o humor da mãe, que por vezes acorda estressada e desconta sua raiva, mas
nela do que nos outros filhos. A mãe reclama muito que ela não ajuda nos afazeres de casa
e que todos lá possuem um dia para realizar seus afazeres domésticos. O dia que o irmão
não faz, ela a culpa por não ajudar. Se sente muito injustiçada pela mãe não reconhecer seu
esforço, pois quando é seu dia das atividades, a mãe a critica muito e que nunca está
satisfeita com nada que ela faz. Não tem intimidade com o padrasto e que fala com ele
somente o essencial, mas diz que no geral tem uma boa convivência com ele. Relatou que
frequenta uma igreja próximo a casa dela e que não concorda com a conduta dos pais
quando bebem, e sente uma vergonha muito grande dos mesmos nesses momentos.
Demonstra momentos de muita inconstância ao falar da mãe, sente uma raiva muito forte e
fala com agressividade e expressão de ódio da mesma. Contou tem o desejo muito grande
estudar em uma escola integral, por ter outras atividades além das matérias escolares e que
quando teve a oportunidade de ir, a mãe a vetou porque ela precisava estudar na mesma
escola do irmão. Apresentou um semblante muito forte de frustação nesse momento. Diz
que família a vê como ovelha negra e que ninguém a quer bem. Foi perguntado sobre seu
pai biológico, e ela disse que não tem contato com ele, pois o mesmo é ex-presidiário e que
inclusive foi preso por não pagar pensão. Não gosta de ter o sobrenome dele e que gostaria
de ter o sobrenome do padrasto para que todos parem de falar que ela é a única que tem o
nome diferente. Relatou ainda que faz atividade física (futebol) próximo a sua casa, que é
obrigada pela mãe a fazê-la.
Contou que o professor de futebol fazia bullyng com a mesma por conta de seu
comportamento organizado. Relata que gosta de organização e que se algo sai diferente do
que ela planeja, ela sente tonturas, visão escura e treme muito, pois fica muito nervosa.
Conta que tem hora cronometrada para fazer suas atividades de rotina, como acordar, tomar
banho, café e que nunca atrasa sua chegada na escola. Quando ocorre atrasos entra em
crise de choro.
A família diz que ela é louca, pois diz ouvir vozes, que tem uma psicóloga imaginária
que a atende em casa todos os dias a tarde a 2 (dois) anos desde 2020. Diz que ora ela se
apresenta fisicamente e ora somente a voz. Foi perguntado desde quando ela via e ouvi
essa voz, ela disse que uma vez estava em uma parada de ônibus e viu uma moça falando
ao telefone e desde então gravou sua fisionomia e sua voz e é a mesma que fala com ela no
quarto. Disse que essa voz a ajuda quando está em crise e que a acalma muitas vezes.
Relatou que contou a mãe e diz que ela é louca e que está se fazendo para chamar
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atenção. Nesse momento começou a fazer movimentos repentinos como virar a cabeça
como se estivesse sendo observada, trazendo um aparência de medo e preocupação. Foi
perguntado se a mesma estava se sentindo bem e ela disse que sim. Relatou que a mãe
veio buscar no dia em que teve a crise de pânico na escola, e que a mãe fez pouco caso do
que ela estava sentindo e ela se sentiu muito mal pela não confiança da mãe. Relatou que
teve várias crises de pânico que a mãe não deu muita atenção para a mesma. Ao final foi
pedido para que ela voltasse na segunda 20.03.23, para nova conversa. Foi atendida pelo
acadêmico W.V a adolescente H. M. de 14 anos do 9º ano. A aluna trouxe em seu discurso
que estava se sentindo mal, pois não conseguia ficar parada em sala de aula, pois havia
iniciado a tomar medicamento dias antes para a ansiedade, pois foi diagnosticada com um
autismo de grau “leve” e que precisaria tomar esse medicamento por 4 meses. Disse que
estava com mal-estar devido a medicação e que sua mente não parava de pedir para que
ficasse em pé, pois era a única forma de se “acalmar”.
Disse que para se acalmar além de levantar, sente a necessidade de falar muito na
sala de aula. Pedindo para ser atendida pela escuta, visto que já não estava conseguindo
controlar sua ansiedade de levantar a todo momento e que os professores já haviam
reclamado dela árias vezes, e que era angustiante ficar assim o tempo todo. Foi perguntado
sobre sua família, e ela relatou que mora com a mãe, o pai e um irmão e que se sente
acolhida por sua família, apesar de sua mãe e seu pai trabalharem muito, pois tem uma
escola de ensino fundamental em tempo integral. Tem boa convivência com o irmão mais
velho e que sua queixa seria somente em saber lhe da com uma voz que insiste em
controla-la para se manter em pé.
16.03.2023 de 08h às 10h. Foi atendido na data do dia 16 de março de 2023 a
adolescente A.S. (2º atendimento) de 14 anos, nas dependências da Escola Estadual Ana
Neire Marques da Silva, pela acadêmica A.B.A. A adolescente foi encaminhada até a sala
de escuta pela Gestora A. F., pois a mesma, foi atendida na semana anterior com forte crise
de ansiedade e foi chamada novamente para saber da sua situação atual. A acadêmica A.B.
recepcionou a paciente, que trouxe uma aparência mais alegre, estava bem arrumada e
com o semblante tranquilo. A acadêmica A.B. iniciou os questionamentos a respeito de sua
semana, e mesma relatou que tinha tido uma semana bem melhor e que nada tinha
acontecido mais. Relatou que estava se sentindo muito bem, porem o relacionamento com a
mãe nada tinha mudado. A paciente apresentou-se com um pouco de resistência para
desenvolver um diálogo nesse dia. Foi deixado livre para colocar questões pela paciente,
porém não houve mais questionamentos. Ao final, a aluna deu um abraço na acadêmica
A.B. e voltou à sala de aula já sem o moletom escondendo o rosto e com o semblante mais
relaxado. A paciente A.M.S (2º atendimento) de 14 anos foi atendida na data do dia 16 de
março de 2023 em sua 2ª sessão, nas dependências da Escola Estadual Ana Neire
19

Marques da Silva, pela acadêmica A.B.A. A adolescente foi encaminhada até a sala de
escuta pela Gestora da escola A.F., pois foi solicitado pela acadêmica A.B. seu retorno para
acompanhamento semanal.
A acadêmica A.B. iniciou os questionamentos básicos da paciente, que perguntou
sobre sua semana na ocasião. A paciente informou que havia tido 2 dias antes uma crise de
ansiedade, onde sentiu-se muito angustiada por ter tirado uma nota baixa (4,5) em um
trabalho de ciência e que por esse motivo havia desmaiado em sala de aula e na ocasião foi
encaminhada a sala de escuta com outros acadêmicos M. E. e D. para tentar restabelecer
seu equilíbrio emocional naquele dia. Diz que sentiu muita vergonha e tristeza com o
ocorrido e que teve uma dor muito forte no peito por conta dessa situação. Disse que iria
fazer uns exames médicos para ver se não havia algo físico e que a mãe iria leva-la. Foi
perguntado o que a mesma havia sentido quando se deparou com a nota, e foi respondido
que tinha feito o trabalho de forma errada e não tinha perguntado do professor como era
para realizar tal atividade.
Foi questionado ainda a paciente, qual seria sua dificuldade em perguntar do
professor e de que forma ela poderia reverter essa situação. Nesse momento, suas
expressões percebidas foram: dúvida, perplexidade e reflexão visto que relata que deveria
ter apenas perguntado do professor. Foi perguntado se ela teria alguma dificuldade de se
comunicar com o professor e ela respondeu de forma calma que não. Foi sugerido que ela
tentasse conversar a acerca de sua nota, informando o porquê de tal nota, dado o não
entendimento da atividade e se havia alguma outra oportunidade de reverter esse quadro.
Sua resposta visual foi de aceitação e mais satisfeita, dizendo que iria falar com o docente a
respeito da nota.
Na sequência, trouxe o discurso de que está fazendo aulas de computação e que
está gostando muito de aprender nas aulas e se sente feliz em participar das mesmas.
Relatou ainda que está produzindo pulseiras artesanais para vender na escola, com o intuito
de realizar seu aniversário de 15 anos em maio. Disse com muito entusiasmo que já tinha
conseguido 50,00 em suas vendas até o momento e que produziria muito mais até
conseguir o suficiente para a realização de seu tão sonhado 15 anos, mesmo sendo um
aniversário simples. Disse que esse aniversário significava muito para ela, visto que não
havia tido muitos durante sua vida. Foi sugerido que ela pudesse expandir suas criações,
como colares e brincos para um maior alcance de vendas. Sua atenção estava bem voltada
para o diálogo e parecia muito aberta as sugestões. Ao final perguntou a acadêmica A.B.
expressando curiosidade como o Plantão havia chegado naquela escola, foi respondido que
já existia desde do ano anterior e que tinha sido solicitado pelo Diretor J.N. tal projeto na
escola. Ela respondeu que achava muito “legal” o projeto e que estava muito satisfeita em
fazer parte disso.
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Não trouxe nenhuma demanda que quisesse expor do ambiente familiar, frisando
que seu relacionamento com a mãe estava bem nesse período. Foi ainda sugerido que caso
ela venha sentir novamente as crises, ou que ela sentisse que iria ter uma nova crise ela
parasse e entendesse o que o corpo dela estava sentindo nesse momento, e que prestasse
atenção no que ela estava fazendo ou passando. Para alivio imediato, foi ensinado a técnica
do copo d´água em tomar devagar e sentindo a sensação da água entrar o corpo em
conjunto com a respiração diafragmática para tranquilizar. Ao final, a aluna deu um abraço
na acadêmica A.B. e voltou para a sala com a ficha de atendimento assinada.
17.03.2023 de 09:30 às 11h. Reunião dos pais no auditório da Escola Ana Neire
Marques, para a apresentação do Projeto aos pais e informação de extensão aos familiares
e professores.
18.03.2023 de 09:30 às 11h. Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online para análise e orientação
dos casos atendidos durante a semana de 13.03 a 17.03.2023.
20.03.2023 de 07:50 às 10:12.Atendimento realizado com a paciente N. E. (2º
atendimento) de 14 anos, do 9º ano (1). A paciente foi trazida pela Gestora A.F. para a
escuta a pedido da acadêmica A.B., visto que a mesma havia tido uma outra crise de
ansiedade na sexta-feira da semana anterior. A Paciente adentrou a sala de escuta um
pouco apreensiva, mas se mostrava disposta ao atendimento. Iniciada a escuta, foi
perguntado a paciente sobre seu final de semana e a mesma relatou que não tinha sido
muito bom, visto que novamente traz em seu discurso problemas de críticas excessivas e
depreciativas por parte se sua genitora. Relata ainda que a genitora, a chama de “sebosa”
muitas vezes e que não cuida de sua higiene física, expressando com muita angústia que
considera a mãe uma pessoa muito falsa porque em casa é uma “coisa” e na rua é outra
pessoa e que fala mal dela sempre.
Análise observada referente ao E.M. (Exame Mental)*, a paciente apresentou boa
aparência, com boa higiene física, porém sua fala estava desconexa em alguns momentos,
sem uma sequência temporal; olhar fixo para baixo e alternava para os lados, com
semblante assustado, embora sua atenção e percepção estavam respondendo todos os
questionamentos realizados.
Trouxe ainda que não está se adaptando bem a escola e não se sente bem lá e que
a mudança de escola trouxe problemas de relacionamentos para ela, pois relata que ficam
“zoando” dela e a acham estranha.
Na sequência, começou a falar que havia uma prima que era muito sua amiga, que
por muitas vezes ajudou essa prima em seus problemas de relacionamentos. Disse que
gosta de falar com pessoas e que muitos a procuravam na escola anterior, pois gostavam
de seus conselhos. Disse que tinha um namorado que se chamava Sayron na outra escola,
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mas que não estavam mais juntos, porque ele queria ter mais intimidade com ela, e como
ela não queria, decidiu finalizar a relação, apesar de serem melhores amigos.
Voltou a falar da mãe, que disse que tinha o desejo que ela fosse bailarina, porque
ela não conseguiu ser, visto que engravidou da mesma aos 14 anos, isto é “a idade que ela
tem atualmente” e que por essa razão cobra muito dela para não ter o mesmo fim. Continua
seu diálogo enfatizando que o pai é muito estranho, pois não conversa com ela, somente o
essencial. Mudou seu discurso dizendo que naquele dia, tinha dado um “cotoco” para o
rapaz da condução, por que pediu para ela adentrar a escola, mas que se arrependeu
depois e pediu desculpas.
Após esse episódio, voltou a falar de casa e disse que algumas noites acorda as 3h
da manhã, abre a porta de casa e fica parada rindo algumas vezes e que depois chora
muito. Disse que por vezes, corre dentro de casa sem nenhuma razão aparente. Diz que
tem alguns pensamentos estranhos, mas não relatou quais. Contou que certa noite, foi
tomar banho e se afogou no chuveiro e que ficou muito assustada com isso. Na sequência,
falou novamente que na sala de aula, no meio das aulas tem pensamentos ruins e se
levanta e se “taca” na parede e que por vezes tem pensamentos de solidão e que tem
vontade de se jogar na frente dos carros. Foi perguntado o porquê ela tem essas atitudes, e
respondeu que tem apagões mentais nesses momentos.
Quando perguntado sobre a sua “pseudo” Psicóloga, que a atende em seu quarto
todos os dias à tarde, ela respondeu que ela não aparecia com mais tanta frequência e
desde de que começou ser atendida no plantão ela não vem mais orientá-la. Após esse
relato, disse que precisava subir, pois precisava assistir aula. A acadêmica perguntou se ela
gostaria de falar mais alguma coisa e a mesma disse que não e que estava bem. Foi
solicitado que na próxima semana ela viesse novamente para a sala, para que
prosseguissem com o acompanhamento semanal. N.E. deu um abraço ao final na
acadêmica A.B. e voltou para a sala de aula.
Atendimento realizado pela acadêmica A.B.., onde o adolescente G.F.S. de 12 anos
do 6º ano que trouxe como queixa dos docentes, irritabilidade extrema e aversão a regras.
Em seu relato, G.F.S. não demonstrou dificuldades em falar sobre, disse que mora com a
avó e o avô maternos e que tem pouco contato com os pais biológicos. Disse que o pai vem
visita-lo eventualmente e que a ultima vez que tinha visto foi nas festas de fim de ano. Gosta
de jogar futebol 2x por semana, de filmes de ação e que se sente muito irritado quando as
pessoas pegam suas coisas.
23.03.2023- Ausência por motivo de saúde.
25.03.2023 de 09:30 às 11h. Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online para apuração dos casos
atendidos durante a semana de 20.03 a 24.03.2023.
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27.03.2023- Ausência por motivo de saúde.


30.03.2023 de 08:44 às 09:50. Atendimento realizado com a paciente N.E (3º
atendimento) de 14 anos, do 9º ano (1). A paciente chegou a sala de escuta trazida pela
Gestora A.F. análise observada referente ao E.M. (Exame Mental)*, demonstrando
tranquilidade, apresentou boa comunicação e fala conexas, estava com boa aparência e
disposta ao diálogo terapêutico. Foi perguntado como havia sido seu final de semana e os
dias que antecederam a escuta e a mesma disse que havia tido uma conversa com sua
genitora e que haviam tipo uma discussão, porém disse que dessa vez havia sido diferente,
pois sua mãe começou a desqualifica-la com críticas, N.E. pediu para que se acalmasse e
refletisse como ela estava tratando-a. A paciente relata que a mãe não esperava tal atitude
da filha e pediu -lhe desculpas o que trouxe um sentimento de surpresa a filha, a qual
denominou como sentimento “estranho”, mas que havia ficado muito feliz por isso. Relatou
que a partir disso, acredita que agora começou a ter um relacionamento de verdade com
sua mãe.
Falou novamente sobre o relacionamento com o padrasto, e disse que gostaria de ter
uma relação mais intima como ele, pois quase não sabe da vida dele. Disse que naquela
semana, começou a perguntar mais e que queria saber como era a vida dele antes e como
é no seu trabalho.
Relatou que teve mais uma crise de ansiedade na escola, pois havia se metido em
confusão e que dizia que a colegas de sua sala a acusavam de ser falsa e dissimulada e
que era muito estranha e que tinha várias personalidades. Disse que nesse mesmo dia o
Diretor J.N. também a acusou e a chamou de dissimulada e que sua “máscara havia caído”
e que não enganaria mais ninguém.
Nesse momento quando relata sobre os colegas a acharem estranha, tem vontade
de “tacar-se na parede”. Foi perguntado em que momento ela tem vontade e
pensamentos de se jogar na parede e qual a frequência isso acontece na escola e em casa.
A paciente respondeu que perde a noção de realidade e não lembra quando esses
pensamentos tomam sua mente. Diz que em outros ambientes faz isso para não se jogar na
frente dos carros e que uma vez já fez essa tentativa, mas que foi salva por uma outra
colega do antigo colégio.
Foi perguntado como era sua vida diária na outra escola e ela hesitou por um
momento em falar como era na ocasião, pois não queria relembrar o que tinha passado
enquanto era aluna e o porquê havia mudado de escola. Acabou por falar que tinha uma
colega a qual ela gostava muito de lá e que havia aprendido muito com ela. Disse ela tinha
boa desenvoltura no falar, e sabia que apesar de ser manipuladora a considerava uma boa
pessoa. Disse que algumas vezes “fugiu da escola”, mas que uma vez tinha sido pega.
Relatou que é muito protetora e que gosta de ajudar as pessoas e que fazia isso com
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seus amigos e irmãos. Disse que ainda continua falando com sua “psicóloga” e que ela tem
sua idade e que essas conversas a ajudam a falar com seus amigos e que os ajuda com
seus conselhos também.
A partir desse momento começou a trazer vários assuntos ao mesmo tempo, e
iniciou outra fala a respeito da antiga escola e que sofria bullying e que a chamavam de
“bruxa”, pois sentia a energia das pessoas. Voltou a falar da escola atual, onde relata que
diante da “confusão” em que esteve envolvida, fez um acordo com o Diretor que iria se
comportar melhor, e que não iria mais causar confusão com os colegas de classe. Foi
perguntado o que ela achava do acordo que ele tinha feito e ela concordou para não causar
mais problemas. A estagiária A.B. perguntou a respeito das anotações que foi pedido para
ela na última semana e ela disse que havia feito, mas rasgou tudo pois achou que não seria
mais importante relatar. Foi pedido para que realizasse novas anotações e a mesma
concordou em trazer nas próximas sessões.
Ao final, solicitou para falar de garoto novo que estava gostando dele, mas que ela
não sabia dizer se gostava dele, pois acredita que gostar das pessoas atrapalha a vida e
que tinha medo que ele a machucasse.
Foi solicitado que na próxima semana ela viesse novamente para a sala, para que
prosseguissem com o acompanhamento semanal. N.E. deu um abraço ao final na
acadêmica A.B. e voltou para a sala de aula.
01.04.2023 de 09:30 às 11h.Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online para apuração dos casos
atendidos e orientação durante a semana de 27.03 a 30.03.2023.
03.04.2023-Ausente por motivo de trabalho.
06.04.2023-Ponto Facultativo (Feriado)
08.04.2023 de 09:30 às 11:30. Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online para apuração dos casos
atendidos e orientação durante a semana de 03.04 a 07.04.2023.
10.04.2023 de 07h às11h. Não houve atendimento pela acadêmica, somente do
parceiro Wenderson Vieira.
13.04.2023- Ausente por motivo de saúde.
15.04.2023 de 09:30 às 11:30. Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online para apuração dos casos
atendidos e orientação durante a semana de 10.04 a 14.04.2023.
17.04.2023 de 07h às 11h. Foi solicitado pela supervisão do projeto que na semana
17.04 a 28.04.2023 todos os acadêmicos de psicologia realizassem estágio curricular nas
escolas, com um plano ou dinâmicas que abordasse em rodas de conversas o tema
violência nas escolas, dado os últimos acontecimentos ocorridos na cidade de Manaus,
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onde um adolescente de uma escola particular levou um artefato cortante para sala de aula
e feriu vários adolescentes na ocasião.
Dessa forma, foi procurado pela acadêmica em vários livros e sites e aplicou-se a
seguinte dinâmica na série 9º ano 2 que será descrita abaixo como foi realizada, informando
todos os detalhes e conclusões acerca da metodologia aplicada.
- Nome da Dinâmica: Conhecendo as emoções
- Tempo de duração: 8:30 as 9:45
- Descrição da atividade:
Foi perguntado o que eles entendiam por emoções e após a arguição, vários alunos
explanaram seus entendimentos sobre o assunto. Relatou-se o conceito de emoções, a luz
da visão de Sartre como sendo uma maneira de apreender o mundo e que a emoção não
necessariamente deve ocorrer de forma consciente de si como um agente transformador,
mas ela deve ser concebida como um agente transformador do mundo. Isto é, na
consciência é como ela pode ser dita, e entendida por cada indivíduo ou como aparece para
o “ser no-mundo” (SARTRE, 2014). É preciso que as emoções passem, fundamentalmente,
pela significação para que se possa compreendê-las.
Após esse conceito teórico (voltado para uma linguagem adaptada a idade
predominante), foi solicitado que os alunos identificassem quais eram as emoções mais
recorrentes, e que desenhassem através de “emojis” essas emoções. Após tal atividade,
uma segunda atividade foi solicitada, para que identificassem uma fraqueza, uma fortaleza,
uma oportunidade e uma ameaça de cada participante. Esse dinâmica teve como intuito o
auto-conhecimento e caso tivessem desenhado na primeira atividade algum ruim ou triste,
fizessem um paralelo e pudessem ajudar a compreender como poderiam resolver suas
problemáticas. Ao final adentrei o assunto das emoções com a violência e que a partir das
emoções não curadas e não compreendidas, e como elas podem originar as mais variadas
formas de violências e de como é importante falar sobre elas. Foi perguntado a opinião dos
participantes ao exemplo dos últimos casos da mídia e possíveis soluções e a quem recorrer
para denúncias, caso haja alguma suspeita de prováveis ameaças de violência, como forma
de prevenir futuros caso semelhantes na escola. Ao final foi pedido feedback de todos e eles
responderam que gostaram muito e que deveríamos trabalhar outros temas.
20.04.2023 de 07h às 11h. Não houve atendimento pela acadêmica, somente do
parceiro Wenderson Vieira.
21.04.2023 de 09:30 às 11:30. Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online para apuração dos casos
atendidos e orientação durante a semana de 17.04 a 21.04.2023.
27.04.2023 de 08h às 11h .Foi atendida na data do dia 27 de abril de 2023 a
adolescente A.S. de 14 anos, nas dependências da Escola Estadual Ana Neire Marques da
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Silva, pela acadêmica A.B.A. A adolescente foi encaminhada até a sala de escuta pela
gestora da A.F., que informou que a mesma havia tido outra crise de ansiedade na sala de
aula.
A paciente A.S. chegou na sala de escuta trazendo um quadro mental alterado, com
muita ansiedade e choro compulsivo, sentando-se na cadeira onde se manteve por alguns
minutos a cabeça baixa sem conseguir se expressar. A acadêmica A.B. com calma, iniciou
os questionamentos e perguntou se a mesma já estava condições de falar, caso não poderia
esperar até que ela se sentisse bem para falar. A paciente relatou que conseguia falar, e
que tinha ficado daquela forma devido um comentário realizado por um professor e que ele
havia constrangido a mesma na frente de todos na sala. Disse que o professor havia
comparado a mesma a uma personagem do “Pokemon” e que esse personagem era gordo
e que ela também era. Disse que estava naquele estado por estar muito envergonhada (sic),
pois ele falou isso na frente das colegas que riram dela.
Após se acalmar mais, trouxe em seu discurso que lembra sempre do episódio em
que seu pai lhe bateu e ofendeu também chamando-a de gorda, por isso fez lembrar desse
“trauma”. Disse que sabe como esquecer tal momento e que não perdoa o pai por isso. Foi
perguntado pela acadêmica como ela estava em casa e a paciente relatou que se da bem
com a mãe e que seu problema é o pai que a trata muito mal.
Falou ainda, que começou a ver vultos em casa e que isso tem trazido muito medo e
inquietação quando está em casa. Foi perguntado desde quando ela vê esses vultos e ela
relatou que desde que se mudou quando seus pais se separaram. Foi pedido para que
falassem com a mãe sobre esse assunto, e a mesma se propôs a procura-la.
Ao final da sessão, a acadêmica A.B. sugeriu para que a aluna procurasse o
professor e falasse a respeito do constrangimento ocorrido e que se retratasse para todos
que ouviram sua “brincadeira”. Foi realizada a respiração diafragmática para que a aluna,
respirasse e ficasse mais calma para seu retorno a sala de aula.
Foi perguntado a paciente como ela poderia resolver essa dificuldade com a mãe e a
mesma respondeu que não sabia como e perguntou a acadêmica como poderia fazê-la.
Sendo assim, foi sugerido a paciente que precisaria ter uma melhor comunicação com a
mãe, isto é, um diálogo para que ela expresse melhor seus sentimentos e que assim ela
possa aos poucos conquistar novamente sua confiança. A paciente acatou a sugestão e
disse que iria começar a praticar e que iria voltar a escuta para relatar mais sobre isso.
Ao final, a aluna estava mais calma e disse que iria falar com o professor e mãe com
o intuito de resolver suas demandas e que na próxima ida a sala iria relatar como foram
solucionados tais situações e voltou à sala de aula.
27.04.2023 de 10h às 11h. Atendimento realizado com a paciente N. E. de 14 anos,
do 9º ano (1). A paciente foi trazida pela Gestora A.F. para a escuta a pedido da paciente,
26

visto que a mesma gostaria de compartilhar algumas novidades de sua vida. Estava muito
eufórica para relatar os acontecimentos externando muitas vezes a Gestora durante a
semana anterior.
A paciente adentrou a sala de escuta muito sorridente e bem disposta ao diálogo
terapêutico. Mostrou-se muito alegre, pois em sua igreja tornou-se diaconisa, e que essa
posição na igreja tem um papel muito importante. Relatou que não sabe muito bem ao certo
suas novas funções, mas disse que irá exercer com muita vontade (sic).
Referente ao E.M. (Exame Mental) *, a paciente apresentou boa aparência, com boa
higiene física, sua fala estava coesa e apresentou uma sequência temporal mais equilibrada
sequenciada. Seu olhar estava mais centrado nas perguntas da acadêmica e sua atenção e
percepção estavam respondendo todos os questionamentos e estímulos produzidos pela
acadêmica A.B.
Foi perguntado a paciente sobre sua semana e a mesma relatou que não tinha sido
muito bom, visto que a mãe estava “forçando” (sic) que a mesma viajasse com ela para um
interior de Manaus, para ajudá-la em um aniversário de 15 anos que seria bem luxuoso.
Destacou que sua convivência com sua genitora tem melhorado bastante, pois estão
conversando um pouco mais, mas ainda se queixa que não é muito reconhecida pelas
atividades que faz em casa. Relatou que teve melhoras em seu relacionamento com o
padrasto e que tem conversado um pouco mais com ele, e quem em casa algumas vezes
ele a protege das críticas excessivas da mãe.
Após essa declaração, trouxe em seu discurso que teve vontade de agredir uma
colega de classe simplesmente porque veio esse pensamento em sua mente. Mas,
racionalizou e não fez o ato. Diz que vez por outra tem esses pensamentos recorrentes, da
mesma forma que tem vontade de se jogar na parede.
Começou a reconhecer que a psicóloga que outrora relatou que “atende em seu
quarto” todos os dias, trata-se dela mesma e que agora consegue identificar que são
diálogos consigo mesma.
Relatou na oportunidade que o Diretor a persegue por seu comportamento e fica
jogando “indiretas” para ela na sala de aula e que isso a deixa muito constrangida diante de
seus colegas, pois ela sabe que aquelas palavras são pra ela. De um modo geral, N.E.
relatou que tem estado bem melhor com as sessões e que pretende cada vez mais fazer as
atividades solicitadas pela acadêmica.
Foi pedido pela acadêmica que a paciente obtenha um caderninho e descreva todas
suas emoções, para que sejam trabalhadas em seus próximos atendimentos. A paciente
concordou e disse que irá providenciar para as próximas sessões. Foi solicitado que na
próxima semana ela viesse novamente para a sala, para que prosseguissem com o
acompanhamento semanal. N.E. deu um abraço ao final na acadêmica A.B. e voltou para a
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sala de aula.
29.04.2023-Ausente por motivo de trabalho.
04.05.2023 de 09h às 11h. Primeiro atendimento realizado com a paciente H.S.B. de
12 anos, do 7º ano (2). A paciente foi trazida pela Gestora A.F. para a escuta a pedido da
gestora, visto que a mesma estava tendo uma crise de choro. A Paciente adentrou a sala de
escuta chorando muito e muito angustiada e não conseguia a priore falar o que estava
sentindo.
A acadêmica a segurou pela mão e pediu que se sentasse relatando que ela ficasse
a vontade e que falasse quando estivesse mais calma. Aos poucos foi se acalmando e a
acadêmica A.B. sugeriu que fizessem juntas a respiração diafragmática para oxigenar sua
mente. A medida que a paciente fazia, notava-se mais controle de suas sensações.
Foi realizado um exame de Estado Mental (E.M)*, e H.S.B. apresentou boa
aparência e higiene física, sua fala aos pouco foi ficando mais equilibrada. Seu olhar a
medida que se acalmava ficou mais centrado nas perguntas da acadêmica e sua atenção e
percepção estavam respondendo todos os questionamentos e estímulos produzidos pela
acadêmica A.B.
Foi sugestionado a paciente que poderia falar quando estivesse mais calma e o que
sentisse vontade, sem perguntas direcionadas. A paciente iniciou sua fala relatando acerca
de seus relacionamentos familiares, mais precisamente de seus pais, que estavam tendo
muitas brigas em casa, e gritavam muito um com outro.
Ela relata que o pai é o provedor de tudo em casa e está passando por problemas
financeiros e não esta conseguindo sustentar a família. Disse também que sua avó paterna
está com problemas de saúde e quem a ajuda é somente seu pai, mesmo ele tendo outros
irmãos.
Contou que sua mãe é obesa e que está desempregada há anos e quem ajudava
com as despesas era uma tia muito próxima e que a mesma havia morrido final do ano
passado e que desde então sua família tem passado por muitas dificuldades. Se emociona
muito ao falar dessa tia falecida, pois tinha muita consideração pela mesma. Nesse
momento faz uma pausa, e chora um pouco mais ao falar dessa perda por ainda não
acreditar que essa tia se “foi”(sic).
Na sequência, mudou seu discurso dizendo que faz parte de uma congregação
chamada Getisemani próximo a sua casa e que gosta muito de dançar no corpo de dança
da mesma. Relata que seu irmão é músico e também faz parte do coral da igreja e que tem
um bom relacionamento com ele, apesar de ter alguns desentendimentos normais de
irmãos.
Tocou no assunto de igreja porque disse que talvez pare de dançar, devido esta com
problemas cardiovasculares e está fazendo vários exames para descobrir o que está
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acontecendo com ela. Foi perguntado pela acadêmica A.B. desde quando ela sente esses
problemas de coração e ela relatou que desde o ano passado e que isso veio acompanhado
de desmaios repentinos, ansiedade, tremores, aperto na garganta. Foi perguntado quando
mais ela sente esses sintomas e ela respondeu quando tem esses pensamentos e recorda
que seus pais não cuidam muito bem de sua saúde. Disse que tem um avô por parte de pai
que muito próximo e que se ele souber que ela está com esses problemas, o avô a levara
de sua casa e cuidará dela. Disse que teme falar isso para ele para não decepcionar seus
pais, visto que seu pai está com vários problemas financeiros e com a mãe dele.
Retoma o assunto de relacionamento com sua mãe, que ela é obesa e só fica em
casa e quando chega em casa é muito criticada pela mesma. Sempre a compara com
vizinhas e outros parentes e que nunca está satisfeita com suas notas, mesmo tirando uma
nota que considera boa.
Visto que a paciente estava mais calma, a acadêmica sugeriu que anotasse suas
emoções durante a semana e que falassem na próxima semana para melhor entendimento
de seus sentimentos.
Ao final a acadêmica perguntou se ela estava mais tranquila e a mesma respondeu
que sim, bem mais “leve” (sic) e deu um abraço na paciente H.B. que retornou à sala de
aula mais equilibrada e com aparência mais alegre.
04.05.2023 de 10:15 às 11h. Atendimento realizado com a paciente N. E. de 14
anos, do 9º ano (1). A paciente foi trazida pela Gestora A.F. para a escuta a pedido da
paciente, visto que a mesma gostaria de compartilhar sobre seu caderno de anotações e as
emoções que estavam descritas. Estava muito ansiosa e disse que não estava se sentindo
muito bem, pois estava novamente com pensamentos agressivos e que foi até a biblioteca
para tentar se acalmar, para aguardar ser atendida na sala de escuta.
A Paciente adentrou a sala de escuta um pouco apreensiva, mas bem disposta ao
diálogo terapêutico. Referente ao E.M. (Exame Mental) *, a paciente apresentou boa
aparência, com boa higiene física, sua fala estava coesa e apresentou uma sequência
temporal mais equilibrada sequenciada. Seu olhar estava mais centrado nas perguntas da
acadêmica e sua atenção e percepção estavam respondendo todos os questionamentos e
estímulos produzidos pela acadêmica A.B.
Foi perguntado a paciente sobre sua semana e a mesma relatou que tinha sido boa,
e que havia realizado a atividade solicitada de anotar suas emoções. Abriu o caderno
mostrando com entusiasmo, explicando como tinha construído suas anotações. Pediu para
que a acadêmica lesse alguns trechos que ela destacou com cores e letras diferentes, para
falar sobre tal assunto.
Ao ler, a acadêmica identificou as seguintes escritas:
-Mencionou como pensamentos de um primeiro dia sobre alguém da família muito
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mau, pensamentos de vergonha e de algo no passado que não superou e que sente
vontade de “chutar”. Seus pensamentos dão medo e muitas vezes descarrega tal
pensamento quebrando copos de “vidro” no chão. Sente uma raiva que não consegue
explicar, a visão escurece e sente que seu corpo fica fraco e quando consegue se livrar
desses pensamentos, se vê jogada na parede. Diz estar presa a esses pensamentos e
essas atitudes. Relata que para se acalmar busca desenhar, ouvir música, fazer caretas
para se distrair. Diz que em sua casa e na escola acham seu comportamento estranho, mas
se acha inteligente e responsável.
Não gosta de seguir regras, mas faz para não ser punida. Percebe-se em alguns
momentos inquieta, pois não consegue prestar atenção na aula. Distrai-se em seus
pensamentos e no que os outros dizem sobre sua aparência. Sente constante vontade de
chorar quando a perturbam em sua sala de aula. Sente muita vontade de bater neles e
algumas vezes faz. Diz que gostou de voltar a escrever e que isso tem ajudado muito a
compreender seus sentimentos, pois havia perdido a vontade após sua “depressão”.
Foi solicitado pela acadêmica que na próxima semana ela viesse novamente para a
sala, para que prosseguissem com o acompanhamento semanal e falassem um pouco mais
sobre suas escritas. N.E. deu um abraço ao final na acadêmica A.B. e voltou para a sala de
aula mais tranquila.
06.05.2023- Não houve supervisão.
08.05.2023- Ausente por motivo de trabalho.
11.05.2023 de 10:15 às 11h. Atendimento realizado com a paciente R.O.S. de 13
anos, do 8º ano (2). A paciente foi trazida pela Gestora A.F. para a escuta a pedido da
própria, visto que foi encontrada no banheiro da escola, segundo alguns alunos utilizando
drogas ilícitas (cocaína). Referente o E.M. (Exame Mental) *, a Paciente adentrou a sala de
escuta em estado letárgico (sonolência), aparentemente com leve rebaixamento da
consciência, respondia todas as perguntas sem muita orientação espacial e temporal e com
atitudes instáveis. Demonstrou-se aparentemente com boa higiene física, todavia sua parte
cognitiva como a fala e percepção estavam alterados, visto que trouxe aspectos como
humor e afeto desconexos e sem pensamento sequenciado. Sua atenção não estava
centrada nos questionamentos e estímulos produzidos pela acadêmica A.B.
Ficou por alguns minutos deitada com a cabeça sobre a mesa, chorando em silêncio.
Falou que tinha ido ao banheiro pois estava se sentindo sufocada e que teve delírios, pois
havia deixado o telefone cair e havia quebrado e ia ficar sem comunicação. Após essa fala,
relatou que havia sido abusada, e que sua mãe não havia ligado para que tinha falado e não
se importa com ela. Comentou, que sua mãe a agredia verbalmente e que não consegue ter
um diálogo com a mesma. Após isso, ficou um pouco mais em silêncio, e quando foi arguida
pela acadêmica o que havia ocorrido no banheiro, coloca as mãos sobre a boca e disse que
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“estava com vontade de gritar dentro do copo”(sic) e demonstra como fez no momento com
o copo. Foi perguntado a paciente o por que de tal volição, e mesma relatou que era devido
a pressão que sua mãe estava impondo sobre ela e chora após esse fala.
A acadêmica ao ver que a paciente havia se acalmado, perguntou como era sua
rotina em casa. Ela relata que mora com o pai, a mãe e 3 (três) irmãos pequenos e que
cuida deles quando a mãe sai para trabalhar e a noite para a faculdade. Faz o almoço
quando chega em casa, dorme um pouco e acorda para cuidar dos irmãos enquanto a mãe
vai para a faculdade. O pai está desempregado no momento, pois esta como uma micose
no braço e que o mesmo é pedreiro. Diz que seu pai é muito amigo e que fala bastante
como era a adolescência dele.
Foi perguntado se a paciente possui amigos perto de casa e na escola e o que ela
fazia para se divertir. Ela respondeu que sim, mas que não se divertia muito. Foi perguntado
se ela conhecia drogas e se em algum momento foi oferecido a ela por seus amigos. Fica
em silencio e reflexiva nesse momento, mas diz que so conhece por meio dos meios de
comunicação e não relata mais nada. Cuidadosamente, a acadêmica explica que na sala de
escuta é um lugar onde ela pode se sentir segura e que nenhum assunto sairia dali, sem
seu consentimento. A paciente reafirma que nunca utilizou e mantem seu discurso até o fim,
já com aparência mais centrada.
Foi solicitado pela acadêmica que na próxima semana ela viesse novamente para a
sala, para que prosseguissem com o acompanhamento semanal e falassem um pouco mais
sobre suas demandas e qualquer outro assunto que ela se sentisse vontade de relatar. R.O.
concordou em voltar e deu um abraço ao final na acadêmica A.B. e voltou para a sala de
aula um pouco mais equilibrada e sem muitas alterações em seu estado mental.
15.05.2023 de 09h às 09:30. Atendimento realizado com a paciente K.S.M. de 14
anos, do 9º ano (1). A paciente estava sendo atendida pelo acadêmico W. V., mas gostaria
de saber um pouco mais sobre vida sexual e relacionamentos e solicitou orientações da
acadêmica A.B. A Paciente adentrou a sala de escuta com muitas expectativas e bem
disposta ao diálogo terapêutico. Referente ao E.M. (Exame Mental) *, a paciente apresentou
boa aparência, com boa higiene física, sua fala estava coesa e apresentou uma sequência
temporal mais equilibrada sequenciada. Sua atenção apresentou-se bem centrado nas
perguntas da acadêmica e sua atenção e percepção estavam respondendo todos os
questionamentos e estímulos produzidos pela acadêmica A.B.
Questionou a despeito de seu relacionamento amoroso, e que sente pressionada
pelo namorado em iniciar atividade sexual com a mesma, porem ela não se sente preparada
sobre esse início e se essa pessoa seria ideal para tal responsabilidade, pois considera
muito importante esse momento em sua vida.
Foram explicados pela acadêmica A.B. sobre o funcionamento do corpo, sobre
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gravidez, doenças sexualmente transmissíveis e sobre conhecimento do corpo da mulher e


do homem. A paciente fez muitos questionamentos e ao final se sentiu melhor a despeito de
suas dúvidas.
Ainda fez algumas perguntas sobre outros tipos de relacionamentos, citando seus
amigos da escola e como poderia lidar melhor com colegas que não tem tanta afinidade com
ela, pois se sentia por vezes mal, por não pensarem como ela. A acadêmica pontuou
algumas observações sobre amizade e pediu para que a paciente refletisse que tipo de
pessoas ela gostaria de se relacionar para poder escolher com que ela gostaria de manter
vínculos.
Foi solicitado pela acadêmica que na próxima semana se a paciente quisesse vir
novamente a sala, para que prosseguissem com o acompanhamento semanal e falassem
um pouco mais sobre suas demandas estaria sempre disposta a escutá-la. K.M. afirmou
que voltaria sim e deu um abraço ao final na acadêmica A.B. e voltou para a sala de aula.
18.05.2023 de 07h às 11h. Relatório da Atividade Desenvolvida acerca do tema: Dia
Nacional de Combate à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolecentes.
• Quantitativo de alunos presente: 22 alunos
• Acadêmicos que participantes: 02 Plantonistas
• Material Utilizado: 1 quadro branco e 1 pincel; 1 computador; 1 projetor; papel e
caneta.
A atividade ocorreu na data do dia 18 de maio de 2023 no período da manhã de 8:00
as 11:00, na sala de aula da própria escola, onde participaram 22 alunos com idades entre
11 a 14 anos) de várias séries do ensino fundamental (6º a 9º anos) na E.E. Ana Neire
Marques da Silva, visto que os professores estaduais encontravam-se em greve desde 17
de maio 2023 e muitos alunos não haviam ido para a escola.
Iniciamos, com uma explicação sobre o assunto que seria apresentado e como se
dariam as atividades naquele momento. Foram esclarecidos o porquê da campanha e sua
origem (através do caso Araceli), qual o significado de abuso sexual e do símbolo, que tem
como uma flor, uma lembrança dos desenhos da primeira infância e associação entre a
fragilidade de uma flor e a de uma criança. Em seguida, foi desenhado um boneco ao
quadro branco, perguntando sobre as partes que poderiam e não poderiam ser tocas por
familiares e/ou quaisquer amigos ou desconhecidos. Também houve a possibilidade de
passar algumas orientações e cuidados com o corpo dos mesmo dentro das redes sociais,
salientado a abordagem de pessoas desconhecidas com envio de fotos de suas partes
intimas, bem como o “não tocar” no corpo de outros que pedissem para serem tocados
pelos mesmos.
Na sequência, foram exibidos 3 (três) vídeos em formato de desenhos de pequena
duração, explicando de forma lúdica para que pudesse ter o melhor entendimento possível e
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de como poderiam agir caso haja algum investimento para com eles dentro desse assunto.
Depois dos vídeos, foram realizadas 2 (duas) dinâmicas, sendo a primeira teve como intuito
saber se os conteúdos foram aprendidos de forma satisfatória através de uma frase ou
palavra que mais marcou, e se caso quisesse atendimento, adicionassem a informação e
entregassem em pequenos papeis junto a frase apreendida, “eu preciso de atendimento”,
tudo de forma “sigilosa” para não causar constrangimentos. A segunda dinâmica, foi
solicitado pelo acadêmico W.V. que fizessem um desenho de cada família, desenhando os
membros que eram mais próximos e os mais distantes, com o objetivo de identificar alguma
característica que venha revelar alguma dificuldade e problema de abuso entre os
familiares.
Ao final, apuramos que houve uma aluna que pediu para ser atendida e será
devidamente levada a solicitação para a Direção para providenciar a escuta, bem como,
quanto aos desenhos foram identificados alguns traços que poderão ser discutidos com a
Direção no decorrer dos plantões.
20.05.2023 de 09:30 às 11:30. Reunião de supervisão de estágio com os
Coordenadores do projeto plantão nas escolas, realizado online para apuração dos casos
atendidos e orientação durante a semana de 15.05 a 19.05.2023.
De 22.05 a 02.06.2023- Período de greve dos professores da rede pública. Não
houveram atendimentos nesse período.
Relatos da atividades no local de estágio do acadêmico Wenderson Vieira da Silva:
27.03.2023- Nas dependencia da Escola E.E. Ana Neire Marques da Silva, a aluna,
A.J.V.C., foi encaminhada para atendimento na sala de escuta, pela professora Ana Fátima,
, informou que a aluna havia sido acometida de abusos sexuais. Ao iniciar o acolhimento da
aluna, foram feitos alguns questionamentos básicos de atendimento, no qual a aluna
declarou que sofreu abuso sexual, aos 8 anos de idade, e que o agressor foi o seu tio, pois
sua mãe a entregou para ser criada pelos tios maternos.
Ao relatar o que lhe havia acontecido, demostrou frieza e não tristeza, falou com
naturalidade como se fosse algo normal, e que o abuso se repetiu por muitas vezes. Ao
questioná-la se ela pediu ajudar ou falou para alguém sobre o que estava acontecendo,
respondeu que falou para tia, mais a mesma não acreditou e que ainda a expulsou, e foi
morar na casa de sua professora e depois disso foi morar com a mãe, na casa de outra tia
por parte de pai, onde ocorreu a incidência de novos abusos só que agora por conta do
primo de 14 anos, mais ela não permitiu que ele a toca-se ,relata que hoje ela já sabe se
defender. Falou sobre seus sonhos e que tem muita vontade de ser modelo, demonstrou
maturidade, mais é percebido um olhar de angústia e tristeza. Diante dessa realidade, foram
realizados os procedimentos básicos e dados os conceitos, a aluna demostrou alegria e
esperança para seu futuro.
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16.03.2023- foi atendida a adolescente M.C.,13 anos nas dependências da Escola


Estadual Ana Neire Marques da Silva, adolescente foi encaminhada até a sala de
acolhimento pela professora Ana Fátima , que relata que a adolescente é muito bagunceira
e que não tem muita atenção nas aulas. Iniciou com os questionamentos básicos com a
adolescente,que informou que estava se sentindo bem e que estava feliz, demostra um
raciocínio claro, coerente e bem articulado, se mostra bem segura de seus objetivos, relata
sobre o namorado e que ainda não tem coragem de contar para seus familiares. A
adolescente fala que mora com sua vó e sua tia e seus primos, diz que está muito feliz, falou
que gosta de desenhar e vai procura melhorar dentro de sala de aula.
H.M.P.F . 14 anos , foi encaminhada para sala deacolhimento pela professora que
não teve seu nome revelado, à mesma relatou que H.M.P.Festava muito inquieta em sala
de aula. Ao chegar na sala de acolhimento, a adolescente estava muito agitada e falava
muito rápido, demostrando ansiedade pois afirmava que estava muito mau, pois havia
tomado um remédio há 4 dias, pois ela afirma ter autismo de grau leve, e que sua mãe tinha
levado ela ao médico. Durante o acolhimento f o i q u e s t i o n a d a sobre o que ela
estava sentindo, H.M.P.F, falava que seu cérebro ficava brigando com ela e que ele
pedia para ela ficar em pé, isso fazia com que ela ficasse muito ansiosa e desesperada
pois sabia que não podia obedecer seu cérebro, pois estava em sala de aula, disse que
estava muito cansada e que queria dormi, relatou que mora com seus pais e que tinha
um irmão e que tinha uma boa convivência com seus familiares. Relatou que sua mãe tem
uma creche e que ela ajuda sua mãe nos trabalhos da creche para ter seu dinheiro e que
isso a deixa muito feliz, falou que gosta de estudar e que se dar muito bem com seus
colegas de sala de aula.
No decorrer do acolhimento, a adolescente H.M.P.F, se mostra mais calma sua fala
volta ao normal, raciocínio claro, trouxe recursos importantes em sua vida como a sua
relação com seus pais e seu irmão. Ao Final do acolhimento a professora Ana Fátima relata
que a aluna é diagnósticada com Autismo de grau leve, os acadêmicos se dispõe a acolher
a adolescente H.M.P.F, caso ocorra alguma alteração no seu comportamento. Estava no
acolhimento os acadêmicos: Adriana Barrocas e Wendeson Vieira.
10.04.2023 - foi atendida adolescente K.S.M.N. 14 anos, adolescente foi
encaminhada para sala de escuta pela professora Ana Fátima, pois a aluna já havia
procurando a professora para fazer seu acolhimento, ao chegar na sala de acolhimento a
adolescente foi recebida e apresentada a outra plantonista que se fazia presente na escuta,
a acadêmica A.B. que lhe deu um abraço de boas vindas, feito os procedimentos básicos de
acolhimento, a aluna se mostra bem alegre e bem mais confiante do que se notou na sua
última presença na sala de escuta, fala que gostou muito de ter estado na sala de escuta e
que muitas coisas mudaram em sua vida e que não sente mais desejo de se auto- lezionar ,
34

demostra firmeza nas palavras, quando questionada sobre seu relacionamento com
familiares, realata que ainda tem alguma dificuldade de ter uma boa comunicação com sua
madrasta e que a filha dela implica um pouco com ela e ela não se sente muito bem com
isso, diz que faz de tudo para ajudar sua madrasta e sua filha, mais diz não saber mais o
que fazer, diz que tem receio de contar sobre sua intimidade com ela, pois tem medo ser
descriminada, pois se interessa por garotos de sua idade, falou que seu pai a entende e
conversa com ela sobre o assunto e que ele é bem compreensivo, mais sua ma drasta não,
e isso a deixa frustrada.
Falou que já está falando com a mãe com mais frequência e que procura entender
os motivos de ela não está participando de sua vida, demostra tristeza ao falar da mãe,
adolescente demonstra melhoras em seus comportamos dentro de sala de aula e está
procurando fazer novas amizades.
Dados os fatos, é importante e satisfatório vê o avanço no comportamento e atitudes
apresentada pela adolescente K.S.M.N. tendo em mente o seu primeiro acolhimento. Foi
realizada orientações básicas de comunicação para com sua madrasta, e sua desenvoltura
em sala de aula, para com seus amigos e colegas de aula, e para melhor se vê como
pessoa, e que ela é muito importante para sua família e para seus amigos. Estavam
presente fazendo o acolhimento o acadêmico W.V.S. e a acadêmica A.B. que escreveu os
relatos da adolescente. Wenderso Vieira da Silva
Também o acolhimento do adolescente P.E.O.V. 12 anos, o mesmo foi
encaminhado para sala de escuta pela professora Ana Fátima. Que informou que o
adolescente tem faltado as aulas e que ele tem alguns problemas de comunicação com
outros alunos da sala, e que o adolescente já tem o diagnóstico de TDAH. Ao chegar na
sala de acolhimento foram realizados os questionamentos básicos, como sua idade, com
quem ele reside no momento, qual os nomes dos pais o bairro onde mora, o adolescente
apresentou um pouco tímido, mais falou que mora com sua mãe e com sua a vó, quando
questionado sobre o nome da mãe, informou somente o primeiro nome, foi questionado
sobre o nome do pai e o adolescente informou o nome completo do pai, falou que tem mais
duas irmãs uma de 6 anos e a outra de 4, falou que gosta de suas irmãs, mais fica muito
chateado quando alguma delas pegam seus brinquedos, falou que não tem um bom
relacionamento com a mãe e que eles moram com avó, com quem se sente mais seguro, foi
realizada a pergunta de onde eles residiam o mesmo não soube responder, falou sobre o
motivo de estar faltado as aulas e que não consegue acordar no horário e que tem
dificuldade para dormir cedo, porque os irmãos da igreja vão para sua casa aos términos
das reuniões e como a casa só tem um quarto fica difícil dormir, mostra problemas de se
localizar , falou que já pegou o ônibus errado algumas vezes e que não tem ninguém para
deixá-lo na escola, é um dos motivos de faltar as aulas, e tem perdido o ânimo de estudar.
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Foram realizadas as orientações, cujo objetivo foi trabalhar as potências do


adolescente, para focar nos estudos, e procurar expor a sua mãe o que estava acontecendo
quando alguém vai para sua casa , de forma respeitosa comunicar que as pessoas estão
incomodando e que isso tem o prejudicado na escola, falou que já tinha feito isso mais sua
mãe não lhe dera ouvidos, mostra-se frustrado com essa situação. A aluno P.E.O.V.
apresenta dificuldade de atenção mais manteve-se calmo em todo tempo que esteve na sala
de escuta. O aluno falou que voltaria a sala de esculta ,e que estava se sentindo melhor e
mais a vontade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, consideramos como nossas últimas impressões acerca do


estágio em Psicologia Escolar (Plantão Psicologico nas escolas) a priore relatar a enorme
gama de conhecimentos que nos foram apresentados – tanto na parte teórica
(disponibilização de vários artigoe e documentos como referecial), na supervisão e
orientação específicas, bem como a incrível e inesquecível vivência dentro de uma
instituição de ensino público.
Ocorreram momentos únicos de trocas – tanto nós deixamos algumas ideias na
escola, como dela recebemos várias experiências. Esse intercâmbio corrobora, mais uma
vez, que Psicologia e Educação podem e devem trabalhar em conjunto sempre que
possivel. Uma fornece à outra seus conhecimentos específicos, e dessa interação surge
algo novo, mais completo e cada vez mais rico. Relatar tantos momentos vivos nos parece
um tanto quanto difícil, pois no papel não cabe os pequenos gestos, os desafios, as novas
relações de confiança, de ética e de amizade.
36

A escola Ana Neire nos acolheu em seu meio e essa experiência é algo muito além
do que um simples aprendizado teórico. Foi uma troca vivencial, onde relações foram
construídas e vínculos foram feitos. Trabalhar como Psicologia no ambiente escolar, traz
transformação do conhecimento, e antes de tudo, uma investigação e uma análise e
planejamento do trabalho, pois na escola existe uma grande demanda e inúmeras formas e
possibilidades de trabalho, e se o academico não se planejar, não desenvolve e acaba se
perdendo dentro da própria instituição e com os casos atendidos. Isso por conta do
dinamismo da escola e suas várias demandas, o academico precisa estar focado na sua
função e no seu papel de acolhedor Escolar.
Através da vivência desse projeto na escola foi possível perceber o quanto à
comunicação é indispensável no relacionamento entre as pessoas, principalmente num
ambiente como a escola, que possui um grupo onde estão reunidos alunos, professores,
diretores e demais funcionários; e ainda a comunidade composta por familiares. Sendo
assim, se a comunicação não fluir as demais necessidades da escola acabam direta ou
indiretamente sendo afetadas, pois a maioria das atividades desenvolvidas na escola passa
pela “comunicação”, como por exemplo, o ensinar, o aprender, as decisões que precisam
ser tomadas, as votações, entre outras.
Entender o outro, o que ele diz, e se fazer entender, dependem de comunicação.
Comunicar envolve pois, compartilhar modo de vida, pensamento, atitude e comportamento.
A utilização da linguagem vocalizada na comunicação varia de indivíduo para indivíduo,
relacionado-se com a cultura, a classe social e a educação da sociabilidade.

Foi possível perceber na execução desse projeto que o ambiente escolar é muito rico
para a Psicologia e o casamento Psicologia e Educação é essencial, pois a escola oferece
um campo de estudo de comportamentos e relacionamentos dos mais simples aos mais
complexos e que precisam ser explorados. Em contrapartida a Psicologia pode vir
oferecendo o conhecimento de uma observação diferenciada, pois o ambiente da escola se
mostrou ser estressante, principalmente por lidar com a motivação e o desejo das pessoas,
motivação em educar, em estudar, em trabalhar, em participar, em cooperar entre outros.
Tarefa essa que nem sempre é simples, já que depende da vontade e necessidade da outra
pessoa, das relações construídas no âmbito escolar.
E por conta desse manejo com o outro e dessa interdependência podem acontecer
dificuldades e frustrações, mas quando os objetivos de um trabalho são concretizados e
atingidos, como aconteceu no nosso projeto, fica o sentimento de satisfação e realização.
Foi observada a necessidade de uma ampliação e uma maior abertura no canal de
comunicação na escola e o projeto desenvolvido pôde proporcionar uma conscientização
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maior dessa carência e dessa falta de comunicação, de integração e de união. E através do


projeto, conseguimos plantar uma semente, oferecer um novo olhar, uma nova maneira de
comunicar, novas sugestões para antigos problemas e novos posicionamentos emergiram.
Finalmente, pode-se dizer que a escola é um ambiente de desafios, de criação, não
apenas do conhecimento, mas de uma realidade que oferece novas possibilidades a todos.
Onde cabe à Psicologia se inserir cada vez mais, buscando o seu espaço de valor e de
direito. Mostrando o quanto pode contribuir, permitindo trocas, criando novas oportunidades,
valorizando as pessoas verdadeiramente responsáveis pela educação.

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