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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
RIO DE JANEIRO
JULHO – 2017
REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
INFANTIL, MEDIANTE O ALUNO AUTISTA, NUMAPERSPECTIVA DE
EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Por:
JAQUELINE DA SILVA MEDEIROS
Matrícula:
13212080369
RIO DE JANEIRO
JULHO – 2017
REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
INFANTIL, MEDIANTE O ALUNO AUTISTA, NUMAPERSPECTIVA DE
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Por:
JAQUELINE DA SILVA MEDEIROS
Matrícula: 13212080369
Monografia apresentada
________________________________
Professor
Examinador
RIO DE JANEIRO
JUNHO - 2017
Ao meu filho Matheus por me mostrar um
novo olhar diante à diversidade.
AGRADECIMENTOS
Quando temos um sonho, a vida faz mais sentido. Quando temos algo pelo qual
queremos e precisamos lutar, ganhamos motivação e planejamos o futuro. Sempre que
cumprimos nossos objetivos merecemos ser aplaudidos, mas nunca podemos esquecer
de dar louvor a quem nos deu oportunidade de vencermos. Por isso, hoje agradeço
primeiramente a Deus.
Agradeço também à minha família, por acreditar que eu era capaz.
Mãe (in Memorem) serei eternamente grata.
Pai, suаs palavras de incentivo me deram segurança е certeza dе quе não estou
sozinha nessa caminhada.
Meus filhos, obrigada por participarem desse momento tão único em minha vida!
As colegas de trabalho que participaram das entrevistas meu muito obrigado.
Agradeço a minha orientadora Alzira Brando pela sua interminável paciência,
e obrigada a todos que de alguma forma participaram dessa etapa.
INTRODUÇÃO...............................................................................................................5
CAPÍTULO I...................................................................................................................5
CONCEITUANDO O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)............5
1.1) Considerações Breves Sobre o Autismo............................................................................5
1.2) O Comportamento de Uma Criança Autista......................................................................5
1.3) TEA e a Teoria da Mente...................................................................................................5
CAPÍTULO II..................................................................................................................5
ABORDAGENS EDUCATIVAS PARA O AUTISMO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL - UMA PROPOSTA INCLUSIVA............................................................5
2.1) O autismo e a Educação Infantil.......................................................................................5
2.2) Qual o Papel da Escola?....................................................................................................5
2.3) Qual o Papel da Família?..................................................................................................5
2.4) O Papel do Professor de Educação Infantil .......................................................................5
CAPÍTULO III................................................................................................................5
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA.........................................................5
3.1) Metodologia e Pesquisa:..................................................................................................5
3.2) Análise de dados coletados:..............................................................................................5
O autismo foi mencionado pela primeira vez por Bleuler (1911), ao se referir ás
características presentes em pessoas que apresentavam uma perda de contato com a
realidade, onde descrevia clinicamente evidências de perturbações básicas que
caracterizavam as esquizofrenias.
De acordo com o censo de 2010, 24% da população brasileira têm algum tipo
de deficiência, ou seja, alguma limitação visual, auditiva ou intelectual. Isso mostra a
tarefa urgente do poder público e das instituições privadas de investir em ambientes
inclusos, desde o primeiro ciclo da educação.
Atualmente existem muitas leis que garantem que isso aconteça: desde a
Constituição de 1988, passando pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
culminando no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), cujos eixos incluem a
formação de professores para a educação especial, a implantação de salas de recursos
multifuncionais e a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, além da
regulação em nível federal, como a Lei Estadual 6491/13, do Rio de Janeiro, que
regulamenta o papel do Poder Público na promoção de educação inclusiva. Porém,
historicamente, durante séculos, a educação da criança no Brasil era de responsabilidade
exclusiva da família, onde no convívio com os adultos e outras crianças de sua família
que a criança aprendia as normas e regras da sua cultura.
As primeiras tentativas de atendimento às crianças foram nas creches, nos
asilos e orfanatos que surgiram com um caráter assistencialista. Uma das instituições
brasileiras mais duradouras de atendimento à infância, que teve seu início antes da
criação das creches, foi a roda dos excluídos. Um dispositivo onde se colocavam os
bebês abandonados nas instituições ou nas casas de misericórdia. Por mais de um século
a roda foi à única instituição de assistência à criança abandonada no Brasil e somente
em meados de 1950, que o Brasil efetivamente a extinguiu, sendo o último país a acabar
com o sistema da roda dos enjeitados (MARCÍLIO, 1997).
Foi necessário quase um século para que a criança tivesse seu direito à
educação garantida na Constituição Federal de 1988. A partir desta lei a criança passou
a ser sujeito de direito, e as creches que anteriormente eram vinculadas á área de
assistência social, passam a ser de responsabilidade da educação.
Desta forma, para que a escola realize a inclusão escolar de crianças autistas é
necessário que o seu conteúdo programático esteja de acordo com o potencial deste
aluno. Em conformidade com a sua idade e com o seu interesse.
De acordo com Mantoan:
1
A palavra “inclusão” expressa idéia de reconhecimento das diferenças e necessidades específicas de
cada pessoa, valorizando, convivendo, aceitando-as.
O objetivo na inclusão escolar é reconhecer e valorizar a diversidade como
condição humana facilitadora de aprendizagem. Segundo Pietro (2006) ao invés de
aproximar o aluno incluso aos chamados padrões normais, o objetivo da escola inclusa
seria a construção de alternativas que garantam o seu crescimento escolar e social.
A partir do momento em que a criança entra na escola, o desenvolvimento
infantil adquire um novo rumo; as experiências e os conhecimentos
vivenciados na escola, e por meio da escola, passam a ter um papel
significativo no desenvolvimento social e afetivo da criança. (ALMEIDA,
199, p.13)
2
O conceito de “integração” traz a concepção de que a pessoa tida como “diferente” e precisa se normalizar diante
da maioria, isto é, precisa se adequar ao local.
Segundo Castro (2004), algumas das dificuldades para a educação dos autistas
são os comportamentos inapropriados, facilmente observados pelo professor, como a
estereotipia motora; o isolamento; fracasso em desenvolver relações de coleguismo;
demora ou falta de desenvolvimento na linguagem falada.
É preciso estar disponível e atento, principalmente no caso de crianças cuja
linguagem verbal e gestual é limitada ou é não desenvolvida. Assim, o professor deve
intervir de modo a favorecer a atenção, a motivação e também o acolhimento, com uma
postura tranqüila e que transmita segurança a criança autista.
Segundo Bosa (2006) alguns estudos sugerem que, com educação apropriada,
mais crianças autistas serão capazes de utilizar as habilidades intelectuais que possuem
para avançar em níveis acadêmicos. Esses conceitos são muitas vezes ancorados em
Vygostky (2000), que afirma que é a partir do “outro” que a criança se socializa; é na
interação com outros sujeitos que se adquire a capacidade de internalização de conceitos
e de regulação interna das ações. O educador na mediação lúdica, por exemplo, não se
limita ao preparo das brincadeiras, ele media a interação entre as crianças e favorece a
inclusão da criança autista.
Dessa forma é importante o papel do professor na busca de informações, que
possibilitem a melhoria no cotidiano escolar e social, juntamente com os familiares de
um aluno autista, pois o seu comprometimento com o ensino através de estratégias
pedagógicas aplicadas às necessidades dos alunos autistas, os levará a superarem grande
parte das dificuldades que a deficiência lhes causa, promovendo assim seu
desenvolvimento, sua inclusão e o esclarecimento sobre o autismo.
Vale ressaltar que o professor de Educação Infantil não diagnostica nenhum
transtorno, e em específico, o autismo, mas deve ter o conhecimento necessário sobre
ele para fazer uma atuação pedagógica adequada.
Portanto, caso o professor de educação infantil suspeite de algum atraso no
desenvolvimento da criança este deverá buscar, juntamente com a família, ajuda
profissional especializada. É fundamental atentar para a importância da intervenção
precoce e para o fato de que a partir do momento em que há uma dificuldade, seja ela no
campo da linguagem, da interação ou da disfunção sensorial, é possível intervir e assim
visar um melhor prognóstico da criança.
Diante do diagnostico, o professor poderá criar um plano de ensino adequado
para aquela criança, com conteúdos próximos a idade global do autista. Não devemos
pensar no autismo como algo distante e condenado ao isolamento em escolas
especializadas. Existem muitas coisas que podem ser feitas pelo autista, a principal é
acreditar que ele tem potencial para aprender, é preciso saber que ele enxerga o mundo
de forma diferente, mas vive no nosso próprio mundo, e cabe a nós não deixá-lo ficar
fora da escola e privado do convívio social.
Bassedas (1996) elucida o papel do professor numa atuação constante, de modo
a privilegiar todo o grupo e com ações de forma particular com cada aluno. Essa atuação
exigirá que o educador tenha um olhar sensível mediante as necessidades educacionais
de seus alunos, e particularmente de seus alunos autistas, realizando de forma adequada
as intervenções necessárias ao seu aprendizado.
CAPÍTULO III
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA
Local:
O estudo foi realizado em uma escola pública no Município de Rio de Janeiro,
que atende crianças de idades entre 04 e 06 anos.
Instrumentos
A pesquisa foi realizada por meio de instrumentos de entrevistas semi
estruturadas (apêndice) aplicadas aos professores de educação infantil da escola em
questão, onde se buscou saber como elas identificam o TEA e de que forma atuam
pedagogicamente.
Uma entrevista também foi realizada com a direção escolar com perguntas
referentes ao modo como a escola trabalha com a inclusão escolar de crianças autistas.
Sabe-se que entrevistas semi estruturadas são perguntas previamente
estabelecidas onde o entrevistador não se limita á elas, pois tem liberdade de incluir
outras mediante as respostas dadas pelos entrevistados.
Nessa categoria iremos trazer para a discussão a fala das professoras, quando
questionadas sobre o que é o autismo.
É uma síndrome que se caracteriza por prejuízos nas áreas da iteração social,
linguagem e comportamental. (Professora D)
Observa-se pela fala das professoras B, C e D, certo entendimento sobre o
autismo, destacando o comportamento social e comunicação como centro da
definição da síndrome. Em relação à professora A, podemos perceber que a mesma
teve o contato com uma criança autista, mas não demonstrou ter um conceito
apropriado sobre a real definição do transtorno.
A realidade é que encontrarmos nas nossas escolas, professoras que pouco ou
nada sobre o autismo. Contudo, a demanda de alunos com necessidades especiais vêm
crescendo. Neste sentido, Pietro (2006) considera que o objetivo da inclusão escolar é
tornar reconhecida e valorizada a diversidade como condição humana favorecedora de
aprendizagem.
Além disso, o professor precisa estar ciente que estes alunos estão na escola
para aprender e não somente para socializar. Portanto é necessário oferecer
possibilidades de formação continuada aos educadores, para que possam atuar na prática
de forma consistente diante das diferenças.
Percebi que meu aluno evita o contato visual, tem uma fala diferenciada com
a emissão de sons além de demonstrar um desconforto em ambientes
barulhentos. (Professora D)
Permito que meu aluno realize as atividades no tempo dele, pois percebo
que o ritmo dele é diferente dos outros. (Professora A)
Procuro fazer com que ele participe das atividades como todos os outros no
tempo dele. (Professora A)
De acordo com Pietro (2006), a integração escolar tem como objetivo ajudar
pessoas com deficiências a estarem inseridas em um ambiente cotidiano de forma
possível ao normal, proporcionando uma proximidade física e a inserção nos espaços
públicos como a escola, usufruindo dos mesmos recursos educacionais que os demais
alunos. E para que a integração aconteça é necessário que haja a comunicação pela
participação ativa do aluno autista como elemento do próprio grupo, de forma
espontânea e natural. Fato observado pelo depoimento das professoras.
Segundo a Declaração de Salamanca:
Quando questionada sobre a escola estar preparada para receber este tipo de perfil, a
diretora relata que as escolas do município caminham na perspectiva da inclusão:
ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus,
1999.
Nome:
______________________________________________________________________
Graduação______________________________ quanto tempo? __________________
Especialização? _________________ em que área?_____________________________
Há quanto tempo trabalha nessa escola?______________________________________
O que você entende por TEA (Transtorno do Espectro Autista)?
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Você já sabia algo sobre o transtorno antes de lecionar para esse aluno?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Como você identificou que este aluno tem TEA?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Ele tem diagnóstico? _____________________________________________________
Se sim, este diagnóstico foi realizado por intermédio da escola ou da família?________
______________________________________________________________________
Você tem contato com outros profissionais que acompanham a criança?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Você recebeu alguma formação para trabalhar com crianças com necessidades
educacionais?___________________________________________________________
______________________________________________________________________
Você recebe alguma orientação que auxilie no seu trabalho com esses alunos?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
A presença de um aluno com TEA na sua sala de aula modificou o seu planejamento de
ensino e/ sua pratica? _________________ como? _____________________________
_____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Qual o processo de inclusão desse aluno com TEA no cotidiano da sala de aula?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM A DIREÇÃO
3) Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas com a criança durante este período?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
6) Os professores são capacitados para estarem trabalhando com esses alunos? De quê
forma?
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7) Existe parceria entre a escola e os pais?
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