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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JUARA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA

LUCIANE LIMA RODRIGUES

INTERAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA: uma relação necessária

Juara - MT
2017
1

LUCIANE LIMA RODRIGUES

INTERAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA: uma relação necessária

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca de


Qualificação do Departamento de Pedagogia –
UNEMAT, Campus Universitário de Juara,
como requisito parcial para obtenção de nota
na disciplina de Seminário de Orientação de
Pesquisa Educacional IV da 5º fase.

Orientador: Prof. Esp. Berenice Mª Dalla Costa


da Silva.

Juara - MT
2017
2

LUCIANE LIMA RODRIGUES

INTERAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA: uma relação necessária

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca


Examinadora do Departamento de Pedagogia –
UNEMAT, Campus Universitário de Juara, como
requisito para qualificação do Trabalho de
Conclusão do Curso.

Apresentada em ___/___/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
Prof.ª Esp. Berenice M. Dalla Costa da Silva
Orientadora
Curso de Pedagogia - Unemat

___________________________________________________
Profº Esp.
Avaliador
Curso de Pedagogia - Unemat

___________________________________________________
Profª Ms.
Avaliadora
Curso de Pedagogia - Unemat

Juara - MT
2017
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA.......................................................................................3

2. QUESTÃO NORTEADORA...............................................................................................6

3 OBJETIVOS...........................................................................................................................7
3.1 Objetivo Geral....................................................................................................................7
3.2 Objetivos Específicos........................................................................................................7

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................................7
4.1 Caracterização da Pesquisa............................................................................................7
4.2 Sujeitos do Estudo............................................................................................................8
4.3 Instrumentos de Coleta....................................................................................................8
4.4 Descrição das Atividades.................................................................................................8

5- REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................9

6. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES..............................................................................13

REFERÊNCIAS......................................................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA

Numa sociedade cada vez mais exigente e competitiva não tem como pensar
numa educação sem a participação da família dentro desse processo. Ambas as
instituições escola e família são presentes no sucesso escolar do aluno, de modo
que o sucesso educativo pode ser provocado através deste trabalho conjunto. A
educação é um papel que cabe tanto a família como a escola, ainda que haja alguns
enfoques diferentes. Portanto, havendo reciprocidade nesta relação, maior e melhor
será o resultado. Assim, família e educadores precisam ter objetivos comuns,
cordialidade, coerência e responsabilidade nesse processo.
Quando se fala na necessidade da relação entre a família e escola, se verifica
a necessidade de compartilhamento de critérios educativos para minimizar
diferenças entre os dois espaços. Ao aluno, será mais produtivo quando estes dois
espaços possuírem ideias parecidas sobre a educação. A busca da participação da
família deve ser um dos rumos previstos na politica da instituição escolar com o
intuito de melhoria do processo ensino aprendizagem, onde todos percebam a
importância do envolvimento nas atividades escolares dos filhos, e criando situações
de integração entre pais, alunos e comunidade escolar, lhes mostrando quanto todos
são importantes no processo de ensino aprendizagem dos alunos.
A escolha dessa temática se justifica por que a família é considerada como
uma importante base social, e sendo assim tem a responsabilidade de dar uma boa
educação para o seu filho, contribuindo para seu desempenho escolar, pois a escola
não educa, ela vem qualificar o filho bem educado. Para muitas crianças a escola é
um local onde passam boa parte do dia e uma boa parte da vida até sua formação.
Assim, educação é responsabilidade da família e da escola e dever do Estado para
preparar o homem para vida futura diante da sociedade e a escolarização é um
papel primordial da escola onde passa o seu conhecimento e prepara a criança para
aprender novos conhecimentos.
Os pais precisam valorizar o trabalho da escola, mostrar interesse e valorizar
as produções de seus filhos, respeitar o momento que a criança fala, pois ela esta
em formação e a infância é um período de muita curiosidade. A família contribui para
o desenvolvimento da criança. Dessa forma, a relação família e escola se faz
necessário para que ambas realizem um trabalho conjunto, construam coletivamente
uma relação de diálogo mútuo, buscando meios para que se concretize essa
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parceria, apesar das dificuldades e diversidades que as envolvem. De acordo com


Winnicott (1982, p. 217):

A escola, que é um apoio, mas não uma alternativa para o lar da


criança, pode fornecer oportunidade para uma profunda relação
pessoal com outras pessoas que não os pais. Essas oportunidades
apresentam-se na pessoa do professor (a) e das outras crianças e no
estabelecimento de uma tolerante, mas sólida, estrutura em que as
experiências podem ser realizadas.

Educação começa antes mesmo que a criança nasce, com o comportamento,


atitude e postura da mãe. Quando se diz a respeito da família e escola, há um papel
de grande responsabilidade perante a sociedade. É preciso ter um equilíbrio entre o
limite e afeto, ser pai e ser mãe é saber que o mundo tem consequências e que tudo
aquilo que você faz gera consequências. A educação, na atualidade, é um desafio
da sociedade, o Brasil tem a terceira maior taxa de abandono escolar entre os 100
países com maior IDH.

É preciso incutir nas crianças pequenas, ainda desprovidas de


raciocínio lógico e de participação responsável no estabelecimento
de normas, hábitos de conduta, como vestir-se, dormir, comer, cuidar
da higiene, deslocar-se etc., com afeto, mas também com firmeza em
sua aplicação (LÓPEZ, 2009, p.17).

Os pais devem saber e ter consciência que, ensinar boas normas para a
criança, também é responsabilidade deles, uma parceria com a escola, que juntos
alcançarão resultados positivos na missão de ensinar as regras básicas às crianças.
Conforme Polonia e Dessen (2005, p. 304):

A escola e a família destacam-se como duas instituições


fundamentais cuja importância só se compara à própria existência do
Estado como fomentador dos processos evolutivos do ser humano,
proporcionando ou inibindo seu crescimento físico, intelectual e
social. No ambiente escolar, uma vez atendida às demandas
psicológicas, sociais, culturais e consequentemente cognitivas, esse
desenvolvimento irá acontecer de forma mais estruturada e
pedagógica, que no ambiente doméstico familiar.

A pesquisa busca analisar como e se a escola proporciona momentos para


que a família participe de forma efetiva e colaborativa na vida escolar de seus filhos
Pretende analisar a influência da família na vida escolar dos alunos, porque quando
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se trata de educação e filhos é uma guarda compartilhada entre família e escola.


Quanto ainda, a importância dessa pesquisa é de se verificar as possibilidades do
feedback entre escola e família para que sejam mais assertivos nos resultados
tendo como peça-chave a comunicação.
Quanto à pesquisa e sua importância às ciências sociais, esta se mostra
como uma experiência necessária na realização de analises acadêmicas que
poderão servir de referencial no futuro e ainda possibilitar na prática, a afirmação do
acadêmico como autor diante dos resultados colhidos e analisados.
Dessa forma a ciência vem a ser uma atividade desenvolvida em grupo e ao
longo do tempo, vai recebendo a marca dos condicionamentos sociais vigentes
estabelecidos dentro de um grupo social, logo assim, a conjuntura de estudar os
processos científicos nos permite conhecer e analisar os fatos, as relações destes
fatos e as etapas formativas entre os do mundo natural ou do mundo social.
(GOLDENBERG, et al,.2004). Na visão de Fonseca (2009, p. 10):

O homem é, por natureza, um animal curioso. Desde que nasce


interage com a natureza e os objetos à sua volta, interpretando o
universo a partir das referências sociais e culturais do meio em que
vive. Apropria-se do conhecimento através das sensações, que os
seres e os fenômenos lhe transmitem.

Na atualidade a escola vem aumento seu significado para além de sua


abordagem educativa e vem sendo do mesmo modo colaboradora na educação da
criança e assumindo uma atitude global às demais esferas ligadas a ela como a
família. Escola e família se apresentam como corresponsáveis no processo
educativo, entretanto, ainda há contradições, como o fato que muitas famílias
verem a escola como assistencialista e não como educativa de fato como ela deve
ser considerada e as expectativas dirigidas a essa relação não são tão fáceis e
constituem um desafio árduo, pois na maioria das vezes não há retorno de uma
das partes.
Enquanto pesquisadora me proponho a pesquisar o tema de modo a
estabelecer um diálogo com o grupo pesquisado permitindo identificar as
potencialidades de crescimento e engajamento além de buscar e permitir novas
adesões ao descortinar outras possibilidades que poderão ser exploradas.
7

2. QUESTÃO NORTEADORA

A questão norteadora incide na analise de como a relação família e escola


influencia no processo de aprendizagem do aluno. Ou seja, se buscará a reflexão
sobre até que ponto a família pode influenciar no processo ensino aprendizagem, e,
portanto se indagará: a escola trabalha de maneira que as famílias participem de
forma efetiva e colaborativa na vida escolar de seus filhos?

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


Verificar se e como a escola trabalha para que as famílias participem de
forma efetiva e colaborativa na vida escolar de seus filhos.

3.2 Objetivos Específicos


 Identificar quais são os momentos que a escola busca a família para a
participação, e como é trabalhada essa temática,
 Verificar se a família acompanha o desenvolvimento da aprendizagem de
seus filhos,
 Verificar se a escola promove espaços e eventos voltados para a interação
entre familiares e professores.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 Caracterização da Pesquisa

Este estudo vem a ser definido por dois critérios principais: quanto aos fins e
quanto aos meios: onde se entende quanto aos fins ser de caráter descritivo. As
pesquisas descritivas abrangem estudos que caracterizam, descrevem e trazem
informações sobre determinado assunto, e ainda traz uma descrição de
características ou particularidades de determinada população ou fenômeno (GIL,
2007).

A descrição objetiva descrever como ocorre a participação da família na


escola e as consequências advindas desse processo no desenvolvimento cognitivo
8

das crianças a escola pública de Educação Infantil, localizada no município de


Juara/MT.

4.2 Sujeitos do Estudo


Os sujeitos pesquisados serão 03 pais, 03 professores, 01 e coordenador e
01 diretor (a).

4.3 Instrumentos de Coleta

Como instrumento de coleta de dados pretende-se utilizar o levantamento


documental, bibliográfico e ainda questionários dentro da pesquisa de campo para
conclusão da pesquisa.
A pesquisa de campo geralmente se utiliza de entrevistas abertas, por
assunto, que serão realizadas com sujeitos selecionados para dar respostas as
indagações do trabalho. Anteriormente ao início de cada entrevista, se é feito um
teste prévio com as perguntas que farão parte da pauta com os colaboradores que
possuem certo conhecimento satisfatório sobre participações privadas com o intuito
de se averiguar a eficácia das perguntas e se serão suficientes para fornecer
respostas aos problemas da pesquisa. “A pesquisa de campo é a investigação
empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de
elementos para explicá-lo. Entrevistas, aplicação de questionários, testes e
observação participante ou não” (VERGARA, 2009, p. 48).

4.4 Descrição das Atividades

A pesquisa ocorrerá por meio de três fases, a saber:


Primeiro passo, entrar em sala e analisar a relação entre alunos, professores
e pais. Segundo passo será a utilização de questionários e relatar as respostas
fornecidas no questionário aplicado para os pais.
A terceira fase será de acolhimentos dos dados e em seguinte seu
escrutinamento com analises fundamentadas luz de autores do tema.
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5- REFERENCIAL TEÓRICO

A participação familiar, no âmbito escolar, corresponde aos ideais


pedagógicos da gestão democrática participativa e na compreensão que, o trabalho
coletivo, especialmente na unidade escolar, tende a ser muito proveitoso, pois
resulta de uma reflexão conjunta, onde a possibilidade de errar é muito menor se
comparada à escola quando trabalha sozinha. Se “a escola está sempre impondo
atitudes comportamentais, porque não tentar negociar normas institucionais com
pais e filhos, porque a família deve participar da vida escolar de seu filho” (CORTEZ,
2012, p.12).
Uma forma bem sucinta dessa participação é quando a família participa
através dos conselhos escolares, de forma a representar uma garantia de práticas
pedagógicas conquistadas num histórico de lutas quando poucos tinham acesso à
educação. A escola que caminha sem a participação da família, mostra indiferença
na execução das ações pedagógicas, dificultando o combate a entraves na
educação como, violência escolar, indisciplina e dificuldades de aprendizagem e
também a regulamentações de participação social como a constituição de conselhos
escolares, por exemplo. Santos e Toniosso (2014, p.133) ressaltam:

Sendo assim, cabe às duas instituições auxiliar o indivíduo no seu


processo de desenvolvimento, sendo que um ambiente saudável,
cercado de incentivos e boas relações, tende a fazer com que o
aprendizado da criança seja positivo. Dessa forma, escola e
família devem estabelecer relações de colaboração, em que a
família possa agir como potencializadora do trabalho realizado
pela escola, de forma a incentivar, acompanhar e auxiliar a
criança em seu desenvolvimento.

Quando escola e família tem uma afinidade, se fortalecem laços de grandes


significados, que são indispensáveis aos educandos, e a escola tem o compromisso
de estar voltada às necessidades dos seus alunos. Nessa concepção, Paschoal
(2011, p.18) reitera:

A família também deve patrocinar a educação formal e informal,


sendo um compromisso social de garantir escolarização a todas as
crianças e adolescentes, até os 18 anos, porém na história este
principio foi regulado. A educação teve progressos em sua
democratização, diante da Constituição Federal de 1988, que traz a
educação como direto social. Este direito propunha como direito de
10

todos, dever do Estado e da família, com a função de garantir o


desenvolvimento pelo do ser humano, o inserindo no contexto social
e para o mundo do trabalho. O dever da família com o processo de
escolaridade e a acuidade da sua presença no contexto escolar é
publicamente reconhecido e obrigatório na legislação nacional e nas
diretrizes do Ministério da Educação. A escola tem seus objetivos
sociais insubstituíveis a qualquer outra instituição social, pois a
mesma é um espaço legítimo, ou seja, ela tem o papel que incumbi
na formação plena do indivíduo, transformando a informação em
conhecimento elaborado, mas como em toda etapa da vida do
indivíduo necessita do amparo familiar para nortear e acompanhar a
vida escolar.

À necessidade de estarmos estreitando laços entre escola e aqueles que dela


participam direta ou indiretamente. É preciso que a família acompanhe o
desenvolvimento da criança em todo o seu processo de aprendizagem, tanto no lar
quanto na sua atividade escolar, se envolvendo e participando com seus filhos. A
família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de
socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos
e influências culturais (AMAZONAS, et al 2003).
A família, dentro dos projetos desenvolvidos pelas escolas, comumente são
relacionadas como temas geradores para se trabalhar a afetividade, socialização e
cognição, ajudando a cumprir com as metas das propostas pedagógicas. A escola
vem se constituindo como espaço de suporte fundamental à família; sendo ainda um
ambiente onde a mesma espera ficarem tranquilos em relação a seus filhos. Reis
(2010, p.11) pontua:

Tradicionalmente, a família tem sido apontada como parte


fundamental do sucesso ou fracasso escolar. A busca de uma
harmonia entre família e escola deve fazer parte de qualquer trabalho
educativo que tem como foco a formação de um indivíduo autônomo.

De acordo com a tradição, a família é assinalada como uma parte efetiva do


sucesso ou fracasso escolar e ainda se verifica em múltiplas pesquisas acadêmicas,
que deve haver a concordância entre família e escola e precisando se ter práticas
educativas na formação de um sujeito autônomo, participativo e crítico consciente de
seus direitos e deveres (SIQUEIRA, 2009).
Na escola, se torna possível à resolução de problemas de aprendizagem da
criança e que pode ser ainda uma forma de verificar alguns de várias ordens que
acontece no seio familiar.
11

A constituição de um bom trabalho pedagógico garante os direitos dos alunos


da aprendizagem significativa. A família ao participar mais do cotidiano escolar pode
observar as situações que despertam o desenvolvimento cognitivo de seu filho.
Conforme o artigo 4º do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente (1990,
p.11):

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do


poder público assegurar, com absoluta prioridade a efetivação dos
direitos referente à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária.

Também na Constituição Federal de 1988, esta garantido o direito à educação,


onde nos artigos abaixo ressalva “a educação, direito de todos e dever do estado e
da família”, será garantida mediante a colaboração social e visando ao
desenvolvimento integral do sujeito e preparando-o e o qualificando para o trabalho”.

Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,


será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão.
Art. 229 - Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais
na velhice, carência ou enfermidade (BRASIL, 2003).

Outro documento oficial que reafirma o direito a educação é a LDB – Lei de


Diretrizes e Bases, Lei 9.394/96, em seu artigo 2º:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos


princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem
por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
(LDB, 1996, p.13)
12

Em conformidade com LDB de 1996, a educação sobreveio a se configurar


como direito, sendo garantida legalmente. É imprescindível ressaltar que até os
quatro anos de idade, a frequência é optativa na Educação Infantil (creches); sendo
competência do poder público municipal à obrigatoriedade de oferta de vagas nestes
espaços que tem grande enfoque no brincar e cuidar. A respeito da criança na
creche, Mayeroff (1971 apud VERISISMO & FONSECA, 2003, p. 04) pontua:

É preciso também compreender as características particulares da


cultura na qual as crianças estão inseridas. Isso implica a necessidade
de contato aprofundado com a família, o que, além de permitir o
conhecimento dos valores, saberes, atitudes educativas, também
possibilita o conhecimento de suas expectativas, medos e
necessidades em relação à creche. O cuidado foi explicado ainda
como uma atitude de atenção individualizada, respeito às dificuldades
e ajuda, presente inclusive no processo educativo formal. Essa é a
perspectiva de que “cuidar é ajudar o outro a crescer e a se realizar,
num processo de desenvolvimento, em que o outro ser humano é
respeitado como ser independente, assim como são respeitadas suas
necessidades, cujo atendimento é compromisso do cuidador”.

É importante trazemos abaixo uma dos amplificadores educativos trazidos no


documento Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil de 1998 em
torno do educar pelas relações interpessoais no fortalecimento da aprendizagem:

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados,


brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que
possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis
de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude
básica de aceitação, de respeito e de confiança, e o acesso, pelas
crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e
cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o
desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento
das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e
éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças
felizes e saudáveis (BRASIL, 1998, p. 23).

Dessa forma “o cuidado e a educação das crianças em creches vem sendo


apontados como dimensões indispensáveis e indissociáveis, as quais devem
complementar as ações da família e da comunidade” (GOMES e SILVA, 2003, p.05).
A comunidade escolar precisa confiar nesta parceria, na compreensão do
quanto é benéfica no desempenho escolar dos alunos, tendo a incumbência de
acompanhar o progresso deles e defendendo a instituição familiar.
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Desde o começo do ano letivo, deve se estabelecer uma frutífera relação


família/escola e nos últimos anos vem havendo uma preocupação de fortalecer e
inclusive por leis, que a família seja incentivada a participar da vida escolar dos
filhos, pois essa participação possibilita ótimos resultados.
A participação familiar quando entendida como um leque de possibilidades
numa educação mais fraterna proporciona mais sentido para que haja maior
visibilidade dos alunos quanto aos seus problemas e suas potencialidades.

6. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

2016/1 2016/2 2017/1 2017/2 2018/1 2018/2 2019/1


ATIVIDADES
2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Escolha do
X
tema
Levantamento
X X X X X X X
Bibliográfico
Construção do
Pré - Projeto de X
Pesquisa
Construção do
Projeto de X X
Pesquisa
Qualificação do
X
Projeto
Coleta de
X
Dados
Tabulação e
Sistematização X
dos Dados
Análise Final
X
Dos Dados
Defesa TCC
X

REFERÊNCIAS

AMAZONAS, M. C. L. A., DAMASCENO, P. R., TERTO, L.M. S., & SILVA, R. R.


Arranjos familiares de crianças de camadas populares. Psicologia em Estudo, 8
14

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