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ESCOLA DE HUMANIDADES
PEDAGOGIA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
Porto Alegre
2021
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE HUMANIDADES
PEDAGOGIA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
Porto Alegre
2021
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL - PUCRS
Porto Alegre
2021
SAMONE DA ROSA LUCENA DE OLIVEIRA
Porto Alegre
2021
SAMONE DA ROSA LUCENA DE OLIVEIRA
BANCA EXAMINADORA
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AGRADECIMENTO
Gostaria de agradecer a realização deste trabalho primeiramente a Deus por
ter me guiado a chegar até aqui, aos meus pais Simone e Paulo que
incondicionalmente estiveram ao meu lado me dando toda a base para concretizar
meus sonhos, a minha amada vó (em memória) Maria Madalena a estrela mais linda
que brilha no céu, a minha filha Maria Julia por ser meu bem maior, a força que me
segurou até aqui .
E gostaria de agradecer a mim mesma que mesmo com traumas fortes que
carreguei pensei positivo e acreditei no meu potencial, hoje sei que sou mais forte,
DEUS É FIEL.
“Professor não é o que ensina, mas o que
desperta no aluno a vontade de aprender’’.
Jean Piaget
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................10
1.1 Objetivo Geral .........................................................................................11
1.1.1 Objetivos Específicos ..............................................................................12
2 ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DO PEDAGOGO............................ 14
2.1 ESTADO DO CONHECIMENTO.............................................................14
2.2 O ACOLHIMENTO EM ABRIGOS – REFERENCIAL TEÓRICO............17
2.3 VULNERABILIDADE SOCIAL.................................................................18
2.4 ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL, EM PORTO ALEGRE.....................20
2.5 AS CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES ABRIGADOS..........................20
2.6 A PEDAGOGIA DENTRO DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL.........21
3 AS VOZES DOS ENTREVISTADOS .....................................................24
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................28
5 REFERÊNCIAS.......................................................................................29
6 APÊNDICE ............................................................................................31
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1 INTRODUÇÃO
Diniz et al. (2018) relatam que tal serviço busca melhorar e fortalecer as
relações familiares, enquanto a família está impossibilitada de ficar com essa criança
ou adolescente, com o intuito de garantir o retorno seguro ao lar, o mais breve
possível. Quando isso não ocorre, uma família substituta começa a ser viabilizada -
através de adoção, guarda ou tutela – para que a criança ou o adolescente possa
voltar a ter um convívio familiar e não fique institucionalizada (em um abrigo ou casa
lar).
Essa relevância é explicada por Diniz et al. (2018) quando afirma que o
afastamento provisório ou permanente da criança de seu contexto familiar; o
rompimento dos laços afetivos com a família de origem; a escassez de vínculos
afetivos alternativos na instituição; dentre outros aspectos, acarretam impactos
significativos para o desenvolvimento socioafetivo da criança abrigada. Então, entra
em cena o pedagogo.
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menos o que acontecerá com ela, como um futuro de incertezas, trazendo medos e
inseguranças.
Ainda de acordo com Rossetti-Ferreira et al (2012), é percebível que, por
dificuldade dos profissionais dos abrigos e dos pais adotivos e, também, na tentativa
de amenizar o sofrimento das crianças, o passado lhes é negado. O esforço é para
que sua história de vida seja esquecida. Neste movimento, no qual a conversa entre
adultos e crianças é quase inexistente, todos saem perdendo, principalmente a
criança. Como construir um futuro se não há passado?
O estudo “O direito à convivência familiar e comunitária: os abrigos para
crianças e adolescentes no Brasil”, conduzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), em parceria com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente – CONANDA, com o apoio da Subsecretaria de Promoção dos Direitos
da Criança e do Adolescente, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, apontou
que cerca de 33.000 crianças e adolescentes estão em abrigos em todo o Brasil. A
partir da análise de 589 instituições, concluiu-se que a maior parte das crianças
abrigadas é composta por negros provenientes de famílias de baixa renda. (IPEA,
2014, p. 67)
O estudo ainda aponta que o principal motivo de abrigamento da população
infanto-juvenil pesquisa é a carência de recursos materiais da família (24,1%),
seguido do abandono pelos pais ou responsáveis (18,8%). (IPEA, 2014, p. 67). E
apesar do senso comum que diz que a maioria dos abrigados são órfãos, 80% das
crianças e adolescentes institucionalizados têm família, sendo que 58% delas
mantêm vínculo com seus familiares. (IPEA, 2014, p. 67)
Assim sendo, os autores citados nesse subcapítulo evidenciam que as
atividades de acolhimento dos abrigos são fundamentais para a socialização,
formação, cuidados e o trabalho educacional com essas crianças abrigadas
fornecem o suporte pedagógico.
Desta forma Kaztman (2001) baliza que a vulnerabilidade social, entre várias
concepções, pode ser definida como a dificuldade ao acesso dos processos
estruturais que ocorrem na sociedade, como a falta de recursos econômicos e
culturais da pessoa em situação vulnerável.
A pobreza, os indicadores de renda abaixo da média, as insatisfações com as
necessidades básicas como alimentação, habitação, higiene, saneamento básico
também são fatores que indicam a vulnerabilidade que acarreta de certa forma em
desvantagens sociais.citação
Os que mais sofrem com a situação de vulnerabilidade são as crianças, em
que o desenvolvimento é prejudicado, como alude Souza et al. (2019):
De acordo com Ribeiro (2020, p. 64) dentro das instituições acolhedoras, seja
Casa Lar, Abrigo Residencial ou Acolhimento Familiar, as crianças e adolescentes
chegam após vivenciarem uma vulnerabilidade social, sendo por isso fundamental
que a Pedagogia atue com sensibilidade, através de um olhar atento, amoroso,
respeitoso e individual para ouvir e perceber as necessidades, os desejos, os medos
e o trabalho dos pedagogos é fundamental, que de forma interdisciplinar com os
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Para Leal (2017, p. 28) “os profissionais que atuam nesses espaços precisam
se apropriar das leis e dos demais documentos que reconhecem o direito à
educação como garantia fundamental”, conferindo que a pedagogia permite exercer
a atuação em vários âmbitos, entre eles em instituições de acolhimento, como
educação não-formal, definida fora dos espaços educacionais como escolas.
Nas instituições de acolhimentos a educação é presente não-formalmente, o
educador social subsidia em cuidados básicos dentro da instituição, principalmente
em acompanhamento de atividades escolares, necessitando ter formação para
tanto, como delibera as orientações e técnicas para acolhimento de crianças e
adolescentes (BRASIL, 2009, p. 66): “para atuar na instituição de acolhimento como
educador/cuidador, é necessário obter uma formação mínima, como nível médio e
capacitação específica, desejável experiência em atendimento a crianças e
adolescentes”.
Para a Instituição da Função Vigilância Socioassistencial, estabelecida pela
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social, visando atender
e minimizar essas vulnerabilidades, lembra que o profissional de Pedagogia vem
sendo requisitado nas instituições de acolhimento, mesmo que sua profissão não
seja obrigatória nas equipes técnicas, conforme as normativas que delineiam o
trabalho dessas instituições. (BRASIL, 2012)
Chesini (2015) ainda sobre esse aspecto dos pedagogos nas instituições de
acolhimento, enfatiza que o trabalho desenvolvido apresenta melhor qualidade no
atendimento:
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com a pesquisa, as instituições de acolhimento de crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade social demonstram importante função
na sociedade, com potencial não só acolhedor, mas de instrução educacional
também, visto o tempo que esses menores podem ficar abrigados.
Após a fundamentação da Constituição Federal (1988) e do Estatuto da
Criança e do Adolescente (1990) possibilitaram que as crianças e adolescentes
significassem e fossem entendidos como sujeitos de direitos, principalmente no que
tange à educação e socialização.
Vale ressaltar que as práticas pedagógicas realizadas em instituições de
abrigo no município de Porto Alegre tem contribuído para a formação pessoal e
social dessas crianças e adolescente abrigados.
As práticas pedagógicas visam não só o desenvolvimento cognitivo, mas
sobretudo os aspectos morais, sociais, afetivos, atendendo uma demanda não
apenas em Porto Alegre, mas no Brasil todo.
A temática é concluída com intensa repercussão na sociedade, com relevante
significado no preparo de espaços para tal finalidade de acolhimento.
As pesquisas realizadas leva à reflexão da relevância do papel do pedagogo
nas instituições, favorecendo o processo educacional, com acompanhamento do
rendimento das crianças em relação à escola, desenvolve o planejamento
pedagógico da instituição, elabora atividades tanto escolares quanto
interdisciplinarmente com os demais profissionais.
Conclui-se que o pedagogo desenvolve essencialmente, mesmo com desafios
e dificuldades, além das práticas pedagógicas, a valorização das experiências,
valorização e conscientização acerca da educação com proposta de mudanças na
formação educativa social.
5. REFERÊNCIAS
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APÊNDICE 1
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AO PROFISSIONAL DE PEDAGOGIA QUE
TRABALHA EM ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Sim, possui. Mas não é seguido. Geralmente as aulas são preparadas com o
material que a criança traz da escola, e a verificação da dificuldade de cada um,
tentando resolver o processo de ensino-aprendizagem.