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FACULDADE UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA

ALINE VIGILATO GOMES DE MORAIS

PROJETO DE ENSINO

A IMPORTÂNCIA DA APROXIMAÇÃO ENTRE OS PAIS E A ESCOLA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Goianésia - Go
2023
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ALINE VIGILATO GOMES DE MORAIS

PROJETO DE ENSINO

A IMPORTÂNCIA DA APROXIMAÇÃO ENTRE OS PAIS E A ESCOLA

Projeto de Ensino apresentado à Faculdade


Unopar, como requisito parcial à conclusão do
Curso de Pedagogia.
Tutor à Distância: Daniele PezentiCoordenador: Lilian Amaral Capegiane
Dias Tutor Presencial: da Silva Souza
Tutor à Distância: Roberta Guilhermina de Mello
Tutor Presencial: Lucélia

Goianésia - Go
2023
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................6
1 TEMA....................................................................................................................7
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................8
3 PARTICIPANTES.................................................................................................9
4 OBJETIVOS........................................................................................................10
5 PROBLEMATIZAÇÃO........................................................................................11
6 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................12
7 METODOLOGIA.................................................................................................17
8 CRONOGRAMA.................................................................................................18
9 RECURSOS....................................................................................................... 20
10 AVALIAÇÃO....................................................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................22
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 23
ANEXOS ...................................................................................................................24
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INTRODUÇÃO

A aproximação entre família e escola é extremamente importante


para o aperfeiçoamento do resultado dos alunos e na construção da qualidade e do
nome da instituição.
No presente trabalho será abordada a importância da
participação da família na vida escolar dos alunos, tanto para as crianças e os
jovens, quanto para a instituição educacional.
Este trabalho busca compreender a intervenção da relação entre a
escola e a família no aproveitamento escolar dos alunos, pois tem sido um aspecto
muito discutido entre os profissionais da área da educação e dentro do ambiente
escolar. O entendimento desta relação é substancial para iniciar uma argumentação
a fim de trazer melhorias para o ambiente escolar.
O envolvimento da família na vida escolar de um filho influencia de
maneira positiva o ensino aprendizagem. Percebe-se que quem atua na área da
educação já notou que, quando há participação direta da família, o aluno obtém
melhorias efetivas no seu desempenho escolar.
Nos dias atuais, já existem diversas pesquisas que relatam que a
performance escolar de um sujeito depende, em primeiro lugar, da relação
interfamiliar do aluno e, em seguida, da conexão entre professor e o sujeito que
aprende.
Normalmente, a participação dos responsáveis no cotidiano da
criança faz com que ela perceba o valor da educação e sinta-se mais motivada a
buscar resultados cada vez mais satisfatórios. E isso reflete positivamente na
imagem da instituição.
Entretanto, as várias tarefas do dia a dia de pais e responsáveis
podem ser um desafio para a aproximação das famílias e a escola. Dessa forma, é
imprescindível que as instituições busquem ações que consigam superar esse
empecilho e trazer os pais para mais perto do processo de ensino-aprendizagem
dos alunos.
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1 TEMA

A escola pelo tema: “ A importância da aproximação entre pais e


a escola” se deu através das observações e vivências que tenho na área da
educação e sabemos que a cada dia os pais se afastam mais da vida escolar
de seus filhos, e infelizmente a escola acaba sendo obrigada assumir um papel
que não é dela.
A participação dos pais na vida escolar de um filho influencia
positivamente a aprendizagem. Quem atua no segmento da educação já
percebeu que, quando há atuação direta da família, o aluno obtém melhorias
efetivas no seu desempenho.
Atualmente, já existem pesquisas relatando que a
performance escolar de um sujeito depende, em primeiro lugar, da relação
interfamiliar do estudante e, em seguida, da conexão entre professor e aluno.
Esse período é marcado por iniciar o contato da criança com
algumas características necessárias para obter sucesso no âmbito acadêmico,
profissional e pessoal:

 respeito;
 disciplina;
 paciência;
 socialização;
 responsabilidade.

Isso acontece porque a aprendizagem está diretamente ligada


às influências sociais. Quando se trata do aprendizado infantil, a proximidade na
relação entre família e escola torna esse processo mais natural, auxiliando no
desenvolvimento do indivíduo como pessoa e como estudante.
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2 JUSTIFICATIVA

As relações entre escolas e famílias constituem um tema que


vem ganhando importância e visibilidade crescentes na sociedade atual,
conquistando espaços nos meios de comunicação, nas políticas públicas, nos
projetos pedagógicos das escolas e na pesquisa científica sobre educação.
Nos últimos anos, tem-se discutido bastante sobre a relação
família e escola e suas responsabilidades na educação escolar de crianças.
Essas duas instituições têm papel relevante no processo educativo, pois é nelas
que se formam os primeiros grupos sociais dos quais os alunos fazem parte.
Nesse sentido, a educação se reveste de caráter formal e socializador, e tanto a
família como a escola são essenciais na vida dos sujeitos inseridos nesse
processo.
As discussões que envolvem as relações que a escola
estabelece com a família têm sido cada vez mais discutidas no meio
educacional. Desta forma é essencial compreender como elas acontecem e se
desenvolvem para que se inicie uma discussão com a finalidade de melhorar o
ambiente escolar, assim como as próprias relações entre os seus sujeitos. Este
trabalho tem como objetivo entender como são estabelecidas as relações dentro
do ambiente escolar no âmbito dos relacionamentos entre os pais e a escola, e
compreender quais são as expectativas assumidas por ambos os lados no
cotidiano escolar.
Geralmente, a presença dos responsáveis no cotidiano da
criança faz com que ela perceba o valor da educação e sinta-se mais motivada a
buscar resultados cada vez mais satisfatórios. E isso reflete positivamente na
imagem da instituição.
A construção de uma vida escolar pautada no conhecimento e,
como citamos no tópico anterior, em características pessoais importantes para o
crescimento pessoal e intelectual do aluno resultará em altos índices de
aprovação em um vestibular.
Já na fase adulta, grandes profissionais citarão a sua escola
como aquela que deu base para toda a instrução adquirida e, provavelmente,
será o local escolhido para, também, matricular seus filhos.
Isso é perceptível em entidades educacionais que estão em
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funcionamento há muitos anos: duas, três e até mais de quatro gerações já


passaram por aquele colégio.
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3 PARTICIPANTES

Como citei na introdução o tema desse projeto surgiu assim que


iniciei minha carreira na educação e comecei a observar a ausência dos pais na
vida escolar dos filhos ainda na Educação Infantil, e na medida que essas
crianças vão crescendo essa ausência só aumenta. Hoje é muito comum ouvir
de pais de crianças de 6, 7 e 8 anos que não sabem como lidar com seus filhos
e isso nos preocupa muito, pois se um pai não consegue lidar com seu filho
como que a escola poderá agir.
Então o projeto será entregue ao grupo gestor da instituição que
atuo como educadora e terá como público-alvo o grupo gestor, todas
professoras as crianças da instituição e em especial os pais.
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4 OBJETIVOS
Geral
 Integrar escola e família;
 Estimular a família a acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem do
aluno;
 Dotar a família de conhecimentos teórico-práticos capazes de subsidiar o
acompanhamento escolar do aluno;
Específico
 Envolver os pais em atividades de aprendizagem em casa;
 Levar a família a compreender melhor o desenvolvimento da criança e do
adolescente;
 Desenvolver afetividade;
 Conscientizar os pais de seu papel de educadores;
 Aproximar a família da escola.
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5 PROBLEMATIZAÇÃO

Esse projeto foi criado para tentarmos entender o por que os pais
estão cada dia mais distante da vida escolar de seus filhos?
Atualmente podemos observar com frequência a ausência dos pais
na vida escolar de seus filhos. A tendência sempre, à primeira vista, é de criticar
ou até mesmo utilizar a famosa frase: “Comigo isso não aconteceria!”. Na
verdade, quando se surge a necessidade de falar sobre algum assunto
relacionado à educação de filhos, tendemos a expressar uma falsa praticidade,
ou seja, o ato de encontrar culpados é bem mais fácil e interessante do que se
procurar compreender as complexidades relacionadas ao assunto.
O mundo capitalista no qual vivemos tem estimulado e
consequentemente influenciado diretamente nas relações familiares. A
necessidade de se obter o melhor para a família, a troca de valores baseada,
construída em torno de uma visão capitalista, infelizmente sugere que “coisas
são mais importantes do que pessoas”. Daí a situação frequente onde pais
tentam compensar o tempo não gasto com seus filhos através de presentes,
passeios etc. Enquanto sabemos muito bem que tudo isso nunca substituirá sua
presença que gradativamente vai se tornando rara.
A visão que os pais desenvolvem da escola, também deixa claro sua
escala de valores, ou seja, a escola muitas vezes não passa de uma empresa
disfarçada ou fantasiada de creche e isto está diariamente tornando-se comum.
Os filhos são lançados na escola e muitas vezes esquecidos por um transporte
escolar que chega com algum tempo de atraso quase todos os dias. Por essas e
outras razões, todos os dias são percebidas e diagnosticadas várias dificuldades
de aprendizagem em crianças aparentemente saudáveis e normais.
O crescente índice de pais ausentes na vida escolar de seus filhos
tem gerado sérios problemas que somente serão amenizados através de uma
conscientização progressiva, de um amor comprometido com a família e
respectivamente com a educação dos filhos. É bem-visto que em certos casos pode
ser caracterizado por um ciclo habitual, um modelo ímpar na criação desses pais.
Não podemos deixar de abordar as consequências na vida das crianças que passam
por tal dificuldade e como isso afeta na aprendizagem, a atenção, o emocional, o
psíquico e a interação com o meio.
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6 REFERENCIAL TEÓRICO

Ao longo do processo de aprendizagem, as crianças passam por


variadas fases, visto que o desenvolvimento acontece o tempo inteiro de forma
integral ao longo da vida, principalmente, em uma relação na qual se possibilita
saberes por meio de experiências as quais entramos em contato.

A presente pesquisa foi desenvolvida por meio de leituras que


tratam da importância da participação da família na escola, tendo em vista o
envolvimento de várias partes como a comunidade/equipe pedagógica da
escola, palestras, eventos socioculturais, atividades intra e extraclasse para pais
e alunos, gincanas, brincadeiras, oficinas, dramatizações, coreografias, dentre
outras, validando que essa parceria é muito benéfica no ensino aprendizagem
das crianças.

Ao desconhecer as pessoas, suas formas de vida, seus motivos, suas


concepções, a escola não percebem as diferenças que existem entre o eu e
o outro perdendo a chance de dialogar com quem a frequenta. Com base
em Todorov (1983) pode-se dizer que o que a escola faz, por meio de seus
professores, é uma projeção do sujeito enunciante sobre o universo, uma
identificação entre meus valores e os valores. A escola não fala diretamente
ao outro, mas para o outro, portanto, não reconhece nele uma qualidade de
sujeito. (GARCIA, 2006).

É notória que a relação família e escola é, sem dúvida alguma,


um dos temas mais discutidos na atualidade, seja por pesquisadores, ou
gestores dos sistemas e unidades de ensino em quase todo o mundo.

A família é o espaço essencial de referência, de socialização e


proteção dos indivíduos, independente da forma como se apresenta na
sociedade. A mesma realiza uma grande força na formação de valores culturais,
éticos, morais e espirituais, que vêm sendo transmitidos de geração em geração.

A família é a responsável pela educação, é responsável por


matricular os seus filhos em uma escola, e de prepará-los para uma vida em
sociedade, pois é junto de sua família, que o sujeito tem as suas primeiras
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experiências, que vão ser compreendidas na escola. Sobre a importância da


família, Pestalozzi (apud FREINET, 1974, p. 14) diz que:

Não há livros, não há métodos artificiais que possam substituir a educação em


família. A melhor história, o quadro mais emocionante visto num livro são
para a criança como a visão de um sonho sem vínculos, sem seguimento,
sem verdade interior. Pelo contrário, o que se passa em casa, sob os olhos
da criança, liga-se naturalmente, no seu espírito, a mil outras imagens
precedentes, pertencendo à mesma ordem de ideias e, portanto, têm para
ela uma verdade interior.

A família que pode ser chamada de uma instituição, deve ser a


maior cooperadora do trabalho que é realizado dentro das escolas, não se
esquecendo de sua obrigação, pois a família deve ser a maior interessada na
melhoria da educação escola, cooperando de forma ativa para a atuação das
atividades da escola.

A parceria entre família e escola deve se basear no auxílio à


realização de trabalhos pedagógicos, é notório que quanto maior a parceria
entre família e escola, maior é a chance de sucesso do aluno. É importante
ressaltar que a ausência dessa parceria pode afetar a educação da criança ao
longo de sua vida. Apesar de ser incontestável a importância dessas duas
instituições para a criança, se faz necessário diferenciar o papel de cada uma. A
escola tem o papel de transformar o conhecimento comum da criança em um
conhecimento sistematizado. Já o papel da família é o de educar, transmitir
valores.

Esses valores que são vividos no seio familiar auxiliam


significativamente para a formação do caráter da criança, para a sua
socialização e para o aprendizado escolar. Na sociedade atual, é cada vez mais
significativa a participação dos pais na formação e na educação de seus filhos.

Todavia, observa-se que nos últimos anos a família está


deixando para a escola a responsabilidade da educação das crianças, não está
havendo de fato, uma integração entre esses dois sistemas no que interessam
as tarefas relativas ao aprendizado das crianças.

A parceria entre a família e a escola é de suma importância para o sucesso no


desenvolvimento intelectual, moral e na formação do indivíduo na faixa
etária escolar. Afinal, por que até hoje em pleno século XXI a escola
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reclama da pouca ou insignificante participação da família na escola, na vida


escolar de seus filhos? Seria uma confusão de papéis? Onde estaria
escondido o ponto central desse dilema que se arrastam anos e anos?
(GARCIA, 2006, p. 12).

Para Garcia (apud Bianchinni, 2005, p.271). “O pensamento de


lançar fora todo o passado configura-se como uma solução mágica e ao mesmo
tempo assustadora”

Hoje há uma confusão de papéis, cobranças para as duas


instituições e novas atribuições profissionais. A escola, contudo, tem como
característica a obrigação de ensinar conteúdos específicos de ares de saber.

As escolas têm contado com a contribuição acadêmica da família de duas


maneiras: (a) construindo o currículo (e o sucesso escolar) implicitamente
com base no capital cultural similar herdado pelos alunos, isto é, com base
no habitus ou sistema de disposições cognitivas adquiridas na socialização
primária ou educação doméstica, o que supõe afinidade cultural entre
escola e família (1977, PASSERON apud CARVALHO, 2005, p. 05).

Entretanto, por ser considerado natural, expressão do amor e do


dever dos pais, o apoio da família ao sucesso escolar ainda permanece mais
implícito do que explícito.

Hoje em dia, é impossível imaginar qualquer projeto de inovação


e de mudança que não passe pelo investimento positivo dos poderes da família
e das comunidades. É necessário pensar a escola como um todo na sociedade,
pensar na democratização do sucesso dos alunos e de todos os sujeitos
envolvidos, que passa pela participação de todos os agentes sociais, dentre eles
os parceiros.

E levando em conta especialmente o protagonismo juvenil, tendo


o jovem como principal fonte de mobilização das ações da escola, conhecendo e
reconhecendo-se, saindo dos limites estreitos da sala de aula e indo além dos
muros escolares, eliminando os rótulos e preconceitos existentes, abrindo-se
para as novas possibilidades de ser do outro e de ser com o outro. A ideia
principal é fazer com que o jovem tenha uma legítima participação social,
contribuindo não somente à escola, como também com a comunidade em que
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está inserido. Assim, o protagonismo juvenil forma pessoas mais autônomas e


comprometidas socialmente, capazes de se solidarizar com o próximo.

Na presente pesquisa pode-se perceber que são poucas as


famílias que estão acompanhando seus filhos de forma a contribuir para o seu
aprendizado, pois um número significativo de famílias se omite em participar das
reuniões nas escolas, algumas não se interessam em saber como está o
desenvolvimento do filho, enfim, boa parte da família brasileira, sobretudo, das
camadas populares, de mais baixa renda estão ausentes da vida escolar das
crianças.

A família assim como a escola desempenha papéis


concludentes na educação da criança. Porém, para que a educação dada no lar,
pela família, aconteça de forma satisfatória, é indispensável haver uma
incorporação entre a escola, é a partir dessa parceria que a criança se torna um
adulto capaz de contribuir positivamente para a construção de uma sociedade
mais justa, portanto, mais igualitária.

A maioria dos pais acredita que a escola é a continuação do seu


lar e cobra dela o que é de sua função, é nesse período que acontece o
confronto, pois a partir da entrada do filho na escola, o sistema familiar tem seus
valores colocados à prova e são expostos.

O mundo está se transformando num lugar cada dia mais perigoso. A tendência
natural dos pais é procurar superproteger os filhos, mas esse é um erro
grave. É possível, no entanto, proporcionar a segurança desejada sem
sufocar o desenvolvimento da autonomia das crianças. (ARAUJO, 2005, p.
84).

Com as transformações contínuas da estrutura familiar moderna,


pais e mães por sua vez apresentam atitudes negativas na educação de seus
filhos; somente apontam defeitos e corrigem, são superprotetores, impedindo a
capacidade de autonomia, são pessimistas e desestimulam os filhos a sonhar
com a realização pessoal, e todos esses fatores influenciam na forma que a
criança aprende.

Na verdade, os tempos mudaram, mas não as relações


humanas que constituem as raízes da formação do caráter. Os filhos ainda
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precisam dos pais, porque as relações afetivas que mantém com eles desde o
nascimento permitem que adquiram padrões que tornarão seres normais. As
crianças precisam de direção, disciplina apoio e ânimo para crescer, amadurecer
e tornarem-se pessoas independentes da família, adultos autônomos.

A função da família é de complementar à formação do indivíduo,


pois são os responsáveis diretos. No entanto a função de educar, de fornecer à
educação formal é responsabilidade da escola, ou seja, ambas são
corresponsáveis pela formação cognitiva, afetiva, social e da personalidade das
crianças e adolescentes.

Se a família tem responsabilidade com a educação da criança


tanto quanto a escola, é necessário que as instituições família e escola
mantenham uma relação que possibilite a realização de uma educação de
qualidade. A troca de ideias entre educadores e parentes trará soluções mais
propicia e rápida aos problemas enfrentados pelas crianças, pois como afirma
Tiba (2002, p.3) “quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e tem
valores semelhantes, a criança aprende sem conflitos e não quer jogar a escola
os pais e vice-versa”.

Conforme uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação


juntamente com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB)
pode-se afirmar que uma das mais importantes dimensões explicativas do
desempenho de estudantes se encontra em sua origem familiar. Por isso, é
indispensável a importância de conhecer o capital cultural e econômico das
famílias dos alunos.

O cruzamento de dados do SAEB mostrou que a nota dos


alunos é melhor quando pais e professores se conhecem e tem parceria. Foi
comprovado que a nota dos alunos é mais alta quando os pais possuem maior
escolaridade ou são mais atuantes na vida escolar de seus filhos.

As discussões que permeiam as relações que a escola


determina com a família são cada vez mais abordadas no meio educacional.
Desta maneira é imprescindível entender como elas ocorrem e se desenvolvem
18

para que se inicie uma dialógica com a finalidade de melhorar o ambiente


escolar, assim como as próprias relações entre os envolvidos. Este trabalho tem
como objetivo compreender como são definidas as relações dentro da escolar
no âmbito dos relacionamentos entre os pais e a escola, e compreender quais
são as perspectivas assumidas por ambos os lados no dia a dia escolar.
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7 METODOLOGIA

A escola deverá promover atividades fora da sala de aula, que


envolvam a presença dos pais. Mais do que ir a reuniões para discutir a
disciplina de seus filhos ou saber como ‘andam’ as notas, os pais também
podem ficar mais próximos da rotina escolar, participando de projetos como
“Receitas em Família”, “Leitura com os pais” e “Pais almoçam com os filhos”. O
projeto têm o objetivo de aproximar os pais, fazendo-os conhecer mais o dia-a-
dia do filho na escola, não só nos estudos, mas nos relacionamentos e nas
atitudes.

Atividades a serem desenvolvidas durante o desenvolvimento


do projeto:

1º Momento: Convidar os pais para participarem de uma reunião junto com seus
filhos: Iniciar com um diálogo de qualidade entre famílias e escola começa na
reunião de pais, o ponto de partida para construir uma comunicação ativa e
constante entre as partes. Por isso, é fundamental que a reunião seja bem
preparada, trazendo reflexões e momentos que proporcionem a criação desse
vínculo fundamental para o bom acompanhamento e rendimento escolar dos
alunos.

2º Momento: Leitura do texto reflexivo: Pai, quanto você ganha em uma hora?

3º Momento: levantar uma reflexão com os pais sobre o texto lido;


4º Momento: Dinâmica: Dinâmica do nó

Para fomentar uma discussão sobre o trabalho em conjunto da


escola com a família na jornada educacional dos alunos, sugerimos a Dinâmica
do nó, uma atividade simples para trazer reflexões sobre trabalho em equipe.
Distribua pedaços de barbante para cada participante e, logo
após, todos devem tentar dar um nó utilizando apenas uma mão.
Provavelmente, poucas pessoas irão conseguir. Podemos, então, levantar o
questionamento: é mais fácil dar um nó utilizando uma ou duas mãos?
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Essa é a primeira pergunta da dinâmica para trazer reflexões


sobre trabalho em equipe, no qual, muitas vezes, precisamos pedir ajuda para
executar certas tarefas. Por exemplo, a jornada educacional de uma criança
pode ser vivida muito melhor se compartilhado o apoio ao aluno entre escola e
família. Fomente essa discussão e reflexão entre os participantes.
5º Momento: Promover encontros com os pais no mínimo 1 vez no mês.
6º Momento: Convidar um psicólogo para dar uma palestras para os pais durante
um encontro.
7º Momento: Promover oficinas para os pais participarem com os filhos nos finais
de semana
8º Momento: Exposições de fotos tiradas dos pais e os filhos durante todo o projeto.

8 CRONOGRAMA

Atividades 3º Bimestre 4º Bimestre


1º Momento: Convidar os pais para Inicio Inicio
02/08/2023 02/11/23
participarem de uma reunião junto com
seus filhos: Iniciar com um diálogo de
qualidade entre famílias e escola
começa na reunião de pais, o ponto de
Término Término
partida para construir uma
29/09/2023
comunicação ativa e constante entre 30/11/2023
as partes.

2º Momento: Leitura do texto


reflexivo: Pai, quanto você ganha em
uma hora?

3º Momento: levantar uma


reflexão com os pais sobre o texto
lido;
4º Momento: Dinâmica: Dinâmica do

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5º Momento: Promover encontros


com os pais no mínimo 1 vez no mês.
6º Momento: Convidar um psicólogo
para dar uma palestras para os pais
durante um encontro.
7º Momento: Promover oficinas para
os pais participarem com os filhos nos
finais de semana
8º Momento: Exposições de fotos
tiradas dos pais e os filhos durante
todo o projeto.

Tempo para cada atividade 10 á 20 minutos para todas as atividades


de acordo com o cronograma da
instituição.
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9 RECURSOS

 Microfones;
 Som;
 Retroprojetor;
 Novelo de lã;
 Xerox do texto: Pai, quanto você ganha em uma hora?
 Psicólogo;
 Fotos tiradas durante o desenvolvimento do projeto;
 Matérias recicláveis para o desenvolvimento das oficinas.
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AVALIAÇÃO

A avaliação será feita através de observações da participação


dos pais e das crianças nas atividades propostas. Levando os a entender que a
demonstração de interesse pela vida escolar dos filhos é parte fundamental em
seu processo de aprendizagem.
Ao perceber que pais e família se interessam por seus estudos e
por suas experiências escolares a criança sente-se valorizada, desenvolvendo-
se de forma segura e com boa autoestima.
Quando a criança entra na escola traz consigo experiências
adquiridas no convívio com meios anteriores o que lhe permitirá formar uma
determinada visão sobre si mesma.
O convívio na escola significa para ela, uma ampliação em sua
esfera de relações. Na escola a criança conhecerá outras crianças com as quais
deverá compartilhar uma parte de sua vida, além de estabelecer relações com
adultos que não pertencem a sua família.
Acompanhar o crescimento educacional dos filhos aumenta suas
habilidades sociais e diminui a chance de problemas comportamentais. Quanto
maior o envolvimento dos pais nas experiências escolares das crianças, mais
facilidade de fazer amigos elas terão!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação familiar é a base de todo cidadão, a escola sozinha não


ode fazer milagres, até porque a criança permanece na escola apenas por quatro
horas e as outras horas do dia com a família, desta forma é imprescindível uma
parceria entre ambas.
O que se percebe hoje, por conta da correria atual, é que as famílias
estão delegando a terceiros essa tarefa tão importante que é educar, sendo essa
tarefa responsabilidade exclusiva das famílias, e não da escola, babás, tias, avós,
sendo essas pessoas muito importantes, como apoio desse processo educativo
quando seguem a mesma linha de educação.
Para que haja uma parceria entre a família e a escola, é preciso que
cada saiba exatamente quais as suas atribuições, ou seja, o que é responsabilidade
da família e o que é de responsabilidade da escola. Nessa perspectiva é importante
que a família esteja em devida concordância com a escola em que a criança será
colocada e a partir daí caminhar juntos para o desenvolvimento do aluno.
A própria escola tem de mostrar coesão e transparência,
trabalhando em equipe, entre si, e em relação à família de seus alunos. É
extremamente importante que haja coerência entre o que os pais e a escola fazem
na educação de crianças e adolescentes, principalmente nas questões que podem
prejudicar a construção do cidadão ético, feliz e competente que vai assumir o Brasil
que estamos lhe deixando.
Sendo assim, cada uma das partes fazendo o seu papel, juntos
formaremos cidadãos conscientes e transformadores dessa sociedade, para um
futuro melhor e por isso, podemos afirmar com certeza que Família e Escola é sim, a
parceria que deu certo.
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REFERÊNCIAS

ALARCÃO, Isabel: Escola Reflexiva e Nova Racionalidade. Editora Artmed, Porto


Alegre, 2001.
ARANHA, M.L. DE A. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1989.
ARAÚJO, Ceres Alves de. Pais que educam – uma aventura inesquecível. São
Paulo: Gente, 2005.
CARVALHO, M. E. P. Relações entre família e escola e suas implicações de
gênero. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.110, p. 143-155, jul. 2000.
CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro:
Sextante, 2003.
GARCIA, E. G. Veiga, E.C. e (2006). Psicopedagogia e a teoria modular da
mente. São José dos Campos: Pulso.
LOPEZ, Jaume sarramona i: Educação na família e na escola; o que é e como se
faz. Ed. Loiola, São Paulo,1999.
MELLO, S. L. Família: perspectiva teórica e observação factual. In M. C. B.
Carvalho (Org.) A Família Contemporânea em Debate. São Paulo: EDUC, 1995.
TIBA, Içami. Quem ama educa. São Paulo: Gente, 2002.
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MENSAGEM DE UM DE MEUS ALUNOS!


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