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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA


CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORS DE CAXIAS – CESC
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO PEDAGOGIA

EMANUELLI CRISTINI DA CONCEIÇÃO VIEIRA


ISABELLA MÍRIAN PEREIRA ARAÚJO
MARIA EDUARDA DE SOUSA PEREIRA

RELAÇÃO ENTRE A FAMÍLIA E A ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO


HUMANA CRÍTICA

CAXIAS - MA
2022
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EMANUELLI CRISTINI DA CONCEIÇÃO VIEIRA


ISABELLA MÍRIAN PEREIRA ARAÚJO
MARIA EDUARDA DE SOUSA PEREIRA

RELAÇÃO ENTRE A FAMÍLIA E A ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO


HUMANA CRÍTICA

Pré-Projeto de Pesquisa apresentado ao


Departamento de Educação, Curso de Pedagogia do
Centro de Estudos Superiores de Caxias –
CESC/UEMA como requisito da disciplina Metodologia
Científica para fins do planejamento e organização e
elaboração de trabalhos científicos.

Orientadora: Profa. Dra. Franc-Lane Sousa Carvalho


do Nascimento

CAXIAS - MA
2022
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .....................................................................................4
1.1 Tema .................................................................................................4
1.2 Questões norteadoras ..........................................................................6
1.3 Ideias Científica ...................................................................................7

2. OBJETIVOS .............................................................................8
2.1 Objetivo Geral .................................................................................... 8
2.2 Objetivos Específicos ...........................................................................8

3. A RELAÇÃO ENTRE EVASÃO ESCOLAR E A FAMÍLIA ...........................9


3.1 A pandemia e um olhar mais apurados em relação a educação no Brasil .....10
3.2 A importância de uma metodologia criativa no processo de aprendizagem ..12
3.3 A influência da parceria entre a família e escola na vida do aluno. .................14

4. METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................16

4.1 Tipo de estudo ...................................................................................17

4.2 Locais de Realização da Pesquisa ........................................................17

4.3 Sujeitos da Pesquisa ..........................................................................17

4.4 Instrumentos e Procedimentos para Coleta de Dados .............................17

5. REFERÊNCIAS ..................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO

1.1. Tema
Família e Escola

A educação sempre foi motivo de diversos estudos e pesquisa, dado que é uma
ferramenta tão importante na formação do indivíduo e consolidação de uma sociedade
pautada no bem comum. De fato, a escola exerce um cargo muito importante no meio
social, pois é nela que se desenvolve o futuro da nação, onde as crianças aprendem
desde as cores até uma formação crítica do mundo. Consoante à Ribeiro (2015):

A escola enquanto instituição assume diferentes funções no que se


refere à formação humana e social dos sujeitos inseridos no processo
de ensino. Contudo pensar na escola como um espaço físico
destinado ao ensino e único lugar onde acontece a educação é um
erro, a educação ocorre em tempos e espaços distintos.

Atualmente, cada vez é mais comum ver as pessoas colocando a responsabilidade da


educação e de ensinar apenas para a escola, esse fato só faz aumentar a pressão que as
instituições sofrem. O papel da escola vai muito além de ensinar, e enquanto as famílias não
entenderem isso, os números de evasão escolar só irão aumentar, pois a desmotivação por
partes dos parentes implica diretamente na vida estudantil do filho.
Com a pandemia, a UNICEF (2021) apontou que os alunos entre 6 e 17 anos
que abandonaram a escola representam 3,8% dos estudantes, além disso, uma
pesquisa feita pelo IDEB – maior indicador da qualidade do ensino no país - aponta
que apenas o ensino fundamental conseguiu alcançar a meta de qualidade de ensino
estabelecida pelas pesquisas (RECANTO DA EDUCAÇÃO, 2020), um resultado muito
alarmante e perigoso, já que esses jovens do 6º e 3º ano do Ensino Médio que estão
no processo de construção de ideias e pensamentos crítico-reflexivos sobre o mundo
e as atitudes humanas.
Entretanto, as instituições educacionais não podem ser culpadas de forma
isolada por esse resultado, visto que já houve a desmistificação de que a escola é a
única responsável pela educação da criança, o apoio e incentivo familiar é de suma
importância para a evolução da sociedade.
A relação entre família e escola vem recebendo ainda mais atenção da
comunidade educacional, pois para a formação de um verdadeiro estudante – e não
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apenas um frequentador de aulas – é necessário o ensino escolar em um turno e um


acompanhamento pedagógico/familiar em outro.
Em uma outra época era comum o pai ir trabalhar e a mãe ficar com a parte de
acompanhar o filho em suas atividades escolares, felizmente, hoje a mulher está cada
vez mais conseguindo conquistar seu espaço no mercado de trabalho e a sua
independência financeira, mas à medida que esse problema vem se resolvendo, outro
se cria: quem vai auxiliar a criança?
Não se pode ignorar o fato de que, com a entrada da mulher no
mercado de trabalho e com a liberdade sexual por ela conquistada,
mudaram-se radicalmente as estruturas familiares. Entre essas
mudanças verificamos a ausência dos pais/responsáveis,
principalmente a mãe, na educação dos filhos. É possível notar que
essas mudanças sociais resultaram no afastamento da família, que
acabou delegando à escola, além da função que lhe é própria, uma
responsabilidade na formação humana que a eles pertencem,
comprometendo o trabalho educativo realizado pela escola, pois os
professores não têm condições de assumir um papel que não é o seu.
(SANTANA, 2022; p. 6)

Além da falta de acompanhamento familiar, apesar da ascensão da tecnologia


e das inovações que ela pode nos oferecer, o ensino nas séries iniciais continua
estagnado no tempo. O ser humano evolui de acordo com o contexto social que está
inserido, e as crianças também acompanham essas mudanças, ou seja, atualmente
temos crianças altamente tecnológicas, rápidas de entendimento e muito espertas,
mas que se cansam facilmente de métodos tradicionais do ensino, e esses métodos
podem atrapalhar a evolução dos estudantes.
Hoje em dia, em muitos jardins de infância, as crianças passam o
tempo preenchendo fichas de matemática e praticando com cartões
de aprendizagem fônica. O foco maior é dado às instruções de
alfabetização precoce, diminuindo o tempo para explorações lúdicas.
Algumas pessoas chamam os jardins de infância de hoje de campo de
treinamento de alfabetização. (RESNICK, 2020, p. 12)

É necessário a busca e o desenvolvimento de uma aprendizagem mais criativa


e eficaz para a juventude atual, Resnick em seu livro “Jardim de infância para a vida
toda”, faz uma critica aos modelos de ensino atuais que permitem pouco
desenvolvimento da capacidade criativa de cada jovem, e complementa mostrando
quanto a tecnologia pode auxiliar nesse desenvolvimento.

Porém, junto com os pontos positivos da internet, também existe os negativos,


pois muitos professores se sentem acomodados com o acervo de facilidades que ela
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também pode trazer, prejudicando a desenvoltura do aluno, que não está sendo
instigado a buscar e a estudar tanto, por isso é necessário que haja uma readaptação
no meio educacional, tanto em questões de materiais didáticos, como também na
metodologia e a didática dos professores.

Demo (2010), por combater fortemente o instrucionismo, que é uma


marca nos níveis de ensino da educação brasileira, afirma que ainda
é mantida uma visão ultrapassada de conhecimento, fato que assimila
a relação pedagógica ao que os alunos são competentes a reproduzir.
(apud Almeida, Carvalho, Meneghel, 2017, p. 56)

Portanto, com a readaptação do ensino e o acompanhamento familiar pode-se


finalmente alcançar uma sociedade igualitária, mas enquanto houver um empecilhos
que atrapalhem esse processo, a desigualdade social estará presente, pois é fato que
um jovem que sempre teve um bom ensino escolar e um incentivo familiar construiu
um pensamento crítico e uma visão de mundo superior ao jovem que não teve essas
mesmas oportunidades, e possivelmente terá um melhor desenvolvimento no
mercado de trabalho, enquanto o outro poderá sofrer com a desigualdade social.
Logo, está evidente a necessidade de uma atenção maior à relação de parceria
entre família e escola, e com uma melhor visão pedagógica da escola e um
acompanhamento familiar de qualidade, pode-se construir um futuro benéfico e uma
sociedade mais justa, igualitária e crítica.

1.2. Questões norteadoras

Por que a falta de uma aprendizagem criativa forma um ser humano sem opinião?

Como a dificuldade dos pais em auxiliar os filhos em atividades escolares podem


prejudicar os estudantes?

De que forma o aumento da desigualdade social está relacionado com a escassez de


acompanhamento familiar junto a escola?
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1.3. Ideia Científica

Promover reuniões com os familiares para demonstrar a necessidade e a


importância do acompanhamento familiar e pedagógico em vista de uma formação do
estudante crítico, reflexivo e questionador, favorecendo a sociedade como um todo.
Além disso, explicar e demonstrar aos familiares metodologias pedagógicas
simples e eficazes no processo de ensino em casa, que criará também um aluno mais
focado em sala de aula, criando materiais de faço acesso e entendimento tanto para
os pais quanto para os alunos. Pois com a didática adequada da escola atrelado com
o bom estudo em casa teremos futuramente jovens evoluídos intelectualmente e
socialmente.
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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Compreender a importância de um acompanhamento familiar de qualidade


mediado a uma metodologia escolar criativa que ajuda na formação de um estudante
mais questionador e humano.

2.2. Objetivos específicos

Refletir a importância da metodologia criativa na formação do estudante crítico.


Entender a importância da integração da família e escola para uma formação
mais humana do aluno.
Analisar os meios didáticos para o auxílio do acompanhamento da família na
escola.
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3. A RELAÇÃO ENTRE EVASÃO ESCOLAR E A FAMÍLIA

Nos dias atuais está cada vez mais preocupante as taxas de evasão escolar,
após um levantamento de dados, o IBGE (2020) apontou que 20% da população de
14 e 29 não concluíram alguma etapa da educação básica, a conclusão dessa
pesquisa é preocupante, não só para o meio educacional, mas também para o meio
social.
De fato, essa saída repentina do meio escolar é em decorrência de várias
questões, entre elas o abandono familiar na vida do próprio aluno. De acordo com
Ribeiro (2018) o relacionamento familiar é fundamental para o desenvolvimento
individual do educando no contexto escolar, o relacionamento com professores e
familiares, convivência com colegas, tudo contribui para seu desenvolvimento social.
A escola sempre foi um meio de formação humana, mas o primeiro contato
social que o ser humano tem é com a sua família, e sair dessa bolha nem sempre é
fácil. Muitas crianças demoram no seu processo de adaptação escolar por que sentem
falta dos seus pais. No começo é comum ver o acompanhamento da família nas
atividades, reuniões escolares e palestras educacionais, mas a medida em que os
filhos vão crescendo esse cenário muda.
E o cenário se intensifica quando as crianças se tornam adolescentes,
começam a criar uma maturidade e os pais passam a relaxar enquanto responsáveis,
também, pela educação dos filhos. De fato, nessa idade os jovens precisam
desenvolver seu senso de reponsabilidade, mas os pais de maneira alguma devem
deixar de se preocupar com a vida estudantil do seu filho, pois é na adolescência, fase
tão complicada, que a maioria perde o interesse pelos estudos.
A família tem a capacidade de impulsionar ou não o estudante, através da sua
participação, demonstração de interesse e até mesmo pela demonstração de
afetividade, mas quando a família não entende o seu grau de responsabilidade
enquanto educador, é a criança que sofre. Muitos pais tem a tendencia de impor toda
a responsabilidade de educar para a escola, que por sua vez realiza o trabalho, mas
não é suficientemente capaz de ensinar sozinha:

A família deve ser a maior responsável pela educação de seus


filhos, devido estar sempre em contato com a criança no lar
durante toda a fase de formação e desenvolvimento da
personalidade. Por isso, não deve transmitir as
responsabilidades para outra instituição, principalmente para a
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escola que tem como dever dar continuidade ao processo.


(RIBEIRO, CALDEIRA, ALVARENGA, et al, s.d, p. 79)

É com essa intenção de fazer o jovem se sentir estimulado para ir à escola que
a família deve se preocupar, principalmente nos dias atuais, em que o COVID-19 fez
a sociedade perceber a necessidade do ambiente escolar, da presença do professor
e a sua importância social.

3.1. A pandemia e um olhar mais apurados em relação a educação no Brasil

Nunca foi tão mencionado a necessidade de um acompanhamento familiar na


vida de um estudante em virtude da COVID-19 – onde se viu necessário que ocorresse
a substituição da escola pela casa e os professores pelos próprios pais.
Muitas crianças foram prejudicadas, seja pela dificuldade em se concentrar, ou,
até mesmo, por não terem o acesso necessário para conseguir assistir as aulas,
possibilitando a ascensão da desigualdade social, uma vez que a criança que não
estuda não possui as mesmas vantagens de uma que possui o material necessário
para o seu pleno desenvolvimento, como mostra na imagem:

FONTE: https://1.bp.blogspot.com/ enem300.png

Além da dificuldade no acesso, por conta do ocorrido, muitos pais também


tiveram dificuldades em ensinar seus filhos, seja pela inexperiência, complicações
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com os materiais didáticos e até mesmo por nunca ter acompanhado a vida estudantil
do próprio filho.
Entretanto, não é de hoje que vem batendo na tecla da importante relação entre
família e escola, já que “[...] a família é considerada como a primeira instituição da qual
o ser humano faz parte e o seu principal papel é a socialização, ou seja, a transmissão
da cultura, dos costumes e valores sociais.” (SANTANA, 2022, p. 11) e como primeira
instituição responsável pela socialização de uma pessoa, a família não pode
simplesmente deixar de lado a vida da criança após ela entrar na escola, como se
fosse dever unicamente da escola educar e ensinar.
Portanto se faz necessário o estudo do tema de forma mais aprofundada,
buscando em bases teóricas formas de melhorar a educação na sociedade como um
todo, pois a família e escola não devem ter uma relação extremista e sim intimista,
sempre focada no bem comum para ambos, que seria o bom desenvolvimento do
estudante. Ressaltando ainda que tanto a escola como a família devem educar e
ensinar a criança, claro que de formas diferentes, mas ambas são necessárias, pois o
jovem não consegue de forma isolada se desenvolver, e somente o apoio da escola
não é suficiente para ajudar um aluno a se tornar de fato um estudante.
De acordo com Santana (2022) aproximar a família da escola na tentativa de
fazer um trabalho de resgate do valor social da escola e o valor social da família
enquanto parceira no processo educativo pode vir a auxiliar e minimizar o desinteresse
dos alunos pela educação escolar, então percebesse que além de um fator familiar,
também entra o fator social, pois como uma criança que não recebeu todo o
acompanhamento necessário irá competir futuramente no mercado de trabalho com
outra que obteve esse benefício? Com certeza é injusto e tudo deve ser avaliado para
que, futuramente, tenhamos jovens formadores de opinião e não apenas
repassadores de informações, além de garantir uma igualdade em processos seletivos
e de admissões de trabalho.
O jovem que não possui acompanhamento familiar não consegue evoluir tão
bem quanto o colega que tem, pois além do incentivo que a família dá motivando o
aluno, também o instiga a buscar evoluir constantemente, enquanto o aluno que não
é cobrado por seus pais não consegue ter motivos para ir tão bem no colégio, e esse
é um dos motivos para o alto índice de evasão escolar nos anos de pandemia, muitas
crianças ficam frustradas e chegam a desistir do colégio.
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Por outro lado, muitos pais se viram na complicação de ensinar os seus filhos,
tanto por conta da falta de experiencia quanto pelos materiais fornecidos ou pelas
aulas remotas não terem tanta eficiência quanto na escola. Muitas escolas por não
terem o acesso à internet e até mesmo os alunos, foi necessário a criação de materiais
didáticos para o ensino em casa, entretanto, com a evolução tecnológica, hoje em dia
se tornou mais fácil a elaboração de aulas para os professores, que em muitos livros
já vem o passo a passo de como montar o plano de aula, porém, esse plano é muito
metódico e entedia as crianças, além de estar ultrapassado, as crianças evoluíram
junto com a tecnologia e necessitam de metodologias mais didáticas para que elas
possam aprender de fato.

3.2. A importância de uma metodologia criativa no processo de aprendizagem

A aprendizagem criativa é um método que consiste em transformar os alunos


em seres humanos mais críticos e autônomos, utilizando as suas experiencias
individuais para formar seus novos conhecimentos, assim, os tornando protagonistas
da sua própria história. Sua fundamentação foi feita pelo grupo de pesquisa do MIT
Lifelong Kindergarten, ligado ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts, tendo à
frente Mitchel Resnick. O conceito apresenta como base o construtivismo e ideias de
pesquisadores como Piaget, Montessori, Paulo Freire e outros expoentes da
educação.

Resumidamente, acreditamos que a melhor maneira de cultivar a


criatividade seja ajudando as pessoas trabalharem em projetos
baseados em suas paixões, em colaboração com pares e mantendo o
espirito do pensar brincando. (RESNICK, 2020, p.15).

Segundo essa proposta os alunos devem estar em ambientes que os instiguem


a ter pensamentos e atitudes mais autônomas e criativas, ele deve estar envolvido
ativamente na sua aprendizagem. A aprendizagem criativa compreende que as
relações pessoais e afetivas exercem impacto no desenvolvimento cognitivo do aluno.
De acordo com esse método de ensino os alunos aprendem com mais facilidade
quando estão envolvidos ativamente em projetos que sejam significativos para eles, o
professor deve sempre buscar metodologias ativas, como por exemplo projetos
interdisciplinares que estimulam o conhecimento de uma forma mais fluída.
13

Trabalhar com os interesses pessoais do aluno é de suma importância para


estimular os aspectos emocionais em prol do seu desenvolvimento cognitivo, pois a
forma como o aluno se sente quando está aprendendo, pode tornar esse aprendizado
muito mais fácil e significativo, fazendo com que o aluno seja capaz de persistir e
sustentar seus interesses na aprendizagem, mesmo com as dificuldades e os desafios
cotidianos.
Essa aprendizagem também buscar inserir as relações com outras pessoas,
com compartilhamento de ideias, desenvolvendo trabalhos coletivos para que por
meio das interações aprendam coisas novas e potencializem seu desenvolvimento.
Outra base para essa aprendizagem é a ludicidade: aprender brincando é
essencial nesse processo de desenvolvimento porque o brincar está diretamente
relacionado com a imaginação e a criatividade do aluno, os instigam a pensar mais, a
ter novas ideias.
Um exemplo de como funciona e se desenvolve essa aprendizagem é a Espiral
da aprendizagem criativa:

FONTE: livro Jardim de Infância para a vida toda, Mitchel Resnick, 2020, p.11

É o motor do pensamento criativo, pois quando as crianças percorrem a espiral


desenvolvem suas habilidades como pensadoras criativas, aprendem a desenvolver
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suas ideias, testa-las, experimentar alternativas, obter as opiniões de outras pessoas


e criar ideias baseadas em suas experiências.

3.3. A influência da parceria entre a família e escola na vida do aluno.

A relação entre família e escola se apresenta na sociedade trazendo inúmeros


questionamentos, e vem sem abordado por vários pesquisadores que revelam que
está relação é importante para a formação é desenvolvimento da criança. Escola e
família caminham lado a lado e tem um único objetivo de conduzir a criança
corretamente para que se torne um cidadão próspero, fortalecendo a formação de
valores. Rego (1996, p.86) afirma:

A vida em sociedade pressupõe a criação e o cumprimento de regras


e preceitos capazes de nortear as relações, possibilitar o diálogo, a
cooperação e a troca entre membros deste grupo social. A escola, por
sua vez, também precisa de regras e normas orientadoras do seu
funcionamento e da convivência entre os diferentes elementos que
nela atuam. Nesse sentido, as normas deixam de assumir a
característica de instrumentos de castração e, passam a ser
compreendidas como condição necessária ao convívio social. Neste
modelo, o disciplinador é aquele que educa, oferece parâmetros e
estabelece limites. (REGO, 1996 p.86 apud RIBEIRO, et al. 2015).

Neste sentido, é de fundamental importância a participação dos pais na vida


escolar dos filhos, pra que haja uma educação adequada, visto que a família tem um
papel significativo no sucesso ou insucesso do aluno em seu processo de
aprendizagem, já que o convívio da criança com a família é maior do que o convívio
com a escola. Prado (1981) nos conta que:

A família influencia positivamente quando transmite afetividade, apoio


e solidariedade e negativamente quando impõe normas através de
leis, dos usos e dos costumes. É no seio familiar, que a criança
aprende a socializar, dividir, compartilhar e conviver em grupo.
(PRADO, 1981 p.86 apud RIBEIRO, et al. 2015).

Diante dessa abordagem colocada podemos perceber ainda a missão da


família frente às necessidades básicas do aluno colaborando com o processo de
nortear. A escola junto a família contribui para fortalecer o pleno desenvolvimento
15

dessas crianças levando em questão a ação pedagógica frente suas buscas e


necessidades.
É necessário compreender que a Educação Infantil deve acontecer em casa,
cujo trabalho é educar a criança para uma participação ativa na sociedade, a educação
é um processo e leva tempo. A escola é um espaço de convivência e troca de
experiências, na qual pessoas com ideias diferentes se encontram, conversam e
interagem. O processo de construção dos saberes e conhecimentos não é tarefa
exclusiva da escola, a família surge no ambiente escolar como uma aliada necessária
em busca de aprendizagem.
A aprendizagem, no caso da escola, é um processo intencional, ou seja, tem
objetivos a serem alcançados. Nesse processo, é imprescindível que os alunos
consigam aprender o que se prepõe, diante disso a escola, tem uma especificação, e
a obrigação de ensinar bem, para garantir efetivamente a aprendizagem dos alunos.
Ressaltamos, que o ambiente familiar é importante para formação e
desenvolvimento da criança. Sendo assim, a escola necessita da presença dos pais
na vida escolar dos filhos, o papel da família é fundamental e essencial, pois é ela que
decide, desde tão cedo, o que seus filhos precisam aprender, o que é necessário
saberem para tomarem as melhores decisões para que assim tenta futuro próspero.
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4. METODOLOGIA CIENTÍFICA

A pesquisa que será realizada é uma pesquisa exploratória, que de acordo com
Gil (2002) têm o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema, com a
intenção de tornar mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas
pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de
intuições. A finalidade dessa pesquisa será observar o fato da importante relação de
interação entre família e escola, além de analisar como estão as didáticas atuais de
ensino.
De acordo com Nogueira (2005), foi feita uma observação através de estudos
na Inglaterra, Estados Unidos e França, e constatou-se que o rendimento escolar de
cada criança está intimamente ligado com a relação familiar, pois o estimulo que a
família oferecia para a criança a motivava. (apud TAVARES, NOGUEIRA, 2013, p. 46)
A pesquisa será bibliográfica e somada a ela será feito uma pesquisa de
campo. A pesquisa bibliográfica [...] “é desenvolvida com base no material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.” (GIL, 2002, p. 44)
e possuirá um embasamento teórico através de livros disponibilizados na biblioteca
da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, além de sites e revistas sobre
educação, para poder ter uma melhor aplicação na pesquisa de campo. Os principais
livros utilizados foram Escola e família: participação dos pais na escola, escrita por
(SANTANA, ROSSI, SILVA, et al, 2022) e Jardim de infância para a vida toda
(RESNICK, 2020), e será feito uma leitura exploratória acerca de cada um.
Além da pesquisa bibliográfica, a pesquisa de campo, que de acordo com Gil
(2002) busca ter mais profundidade em relação as questões propostas, será realizada
na Universidade Estadual do Maranhão, na cidade de Caxias, o período em que a
pesquisa será feita é de 2 semanas, de 02 a 15 de janeiro de 2023, pelas alunas
Emanuelli Cristini da Conceição Vieira, Isabella Mírian Pereira Araújo e Maria Eduarda
de Sousa Pereira, e com o auxílio da orientadora Profa. Dra. Franc-Lane Sousa
Carvalho do Nascimento
A pesquisa de campo será quantitativo-descritivo, e de acordo com Marconi e
Lakatos (2003, p.187) “consistem em investigações de pesquisa empírica cuja
principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou
fenômenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou
chave.”
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E vai ser realizada através de um questionário de 10 (dez) questões referentes


a relação entre família e escola, e outro de 5 (cinco) questões referentes ao grau de
ensino e metodologia escolar. Com o foco em uma pesquisa quantitativa
A quantitativa apoia em um modelo de conhecimento chamado
positivista, em que prevalece a preocupação estatístico-matemática e
tem a pretensão de ter acesso racional à essência dos objetos e
fenômenos examinados. Tem como característica a configuração
experimental. (MARCONI, LAKATOS, 2003, p. 31)

4.1 Tipo de estudo

Pesquisa bibliográfica e experimental

4.2 Locais de realização da pesquisa


Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

4.3 Sujeitos da pesquisa


Estudantes do curso de pedagogia do primeiro período

4.4 Instrumentos e procedimentos para a coleta de dados


Um questionário de 10 (dez) questões referentes a relação entre família e
escola, e outro de 5 (cinco) questões referentes ao grau de ensino e
metodologia escolar. Realizado em 2 semanas do mês de janeiro de 2023.
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5. REFERÊNCIAS

RESNICK, Mitchel. Jardim de infância para a vida toda: por uma aprendizagem
criativa, mão na massa e relevante para todos. Porto Alegre: Penso, 2020

RIBEIRO, Mônica. et al. Escola e Família: Uma aproximação necessária.


Espaço Acadêmico, v. 05, n. 01, p. 72-86

Brasil avança no Ideb, mas apenas ensino fundamental cumpre


meta. Agência Brasil, 2020. Disponível
em: https://catracalivre.com.br/educacao/brasil-avanca-no-ideb-mas-apenas-
ensino-fundamental-cumpre-meta/ acesso em: 02/12/2022

Pandemia aumenta evasão escolar, diz relatório do Unicef. Paula Forster,


2021. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/pandemia-aumenta-
evasao-escolar-diz-relatorio-do-unicef/. Acesso em: 29/11/22

ALMEIDA, Camila; CARVALHO, Jefferson; MENEGHEL, Júlia. Uma análise


sobre a estagnação da aprendizagem nos anos iniciais do ensino
fundamental no Brasil. Ensaios Pedagógicos, Sorocaba, vol. 1, n 2, p. 49-58,
maio/agosto, 2017.

SANTANA, Cláudia. et al. Escola e Família: Participação dos pais na escola.


Guarujá: Científica digital, 2022

TAVARES, Camila; NOGUEIRA, Marlice. Relação família - escola:


possibilidades e desafios para a construção de uma parceria. Formação @
Docente, Belo Horizonte, vol.5, n. 1, p.43/57, jan/jun, 2013.

MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. Fundamentos de metodologia científica.


São Paulo: Atlas S.A, 2003.

GIL, Antônio. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas S.A, 2002.

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