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FACULDADE DE CIÊNCIAS TEOLOGICAS LATINO AMERICANA

FACTEL

EDUCAÇÃO, FAMÍLIA, ESCOLA


importância da família em parceria com a escola para o desenvolvimento do
educando.

Por:

RUTE MOURA MELO

Monografia submetida ao Setor Técnico de Ensino


de Graduação da FACTEL, como parte dos
requisitos necessários para obtenção do Grau de
Licenciatura em Pedagogia no segundo semestre do
ano de 2015.

Mesquita/Rio de Janeiro/Brasil
Dezembro/2015
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DEDICATÓRIA

Em primeiro lugar dedico ao meu Deus na qual sem a sua permissão


nós não estaríamos aqui e está obra não estaria sendo realizada,
aos meu pais João e Olivia que mesmo analfabetos me educaram
de incentivaram a estudar, a minhas filhas Nalaine e Nara, a meu
esposo Natanael, a minha neta Isabella, a minha amiga Caroline e a
todo o corpo docente da FACTEL.
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AGRADECIMENTO

Agradeço ao meu bom Deus, porque sem a sua permissão eu não


existiria e não conseguiria produzir esta obra.
A meu pai João Joaquim de Moura e minha mãe Olivia Silva de
Moura que foram os meus primeiros educadores e condutores para
obter algumas realizações. Ao meu esposo que sempre me apoiou,
a minha filha Nalaine que esteve me encorajando no decorrer da
realização deste trabalho, a minha filha Nara que é minha
companheira indispensável, a minha amiga Caroline que me auxiliou
também no percurso da graduação, e a todo corpo docente desta
unidade de ensino.
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“Importante na escola não é só estudar,é


também criar laços de amizade e
convívio”(Paulo Freire)
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RUTE MOURA MELO

EDUCAÇÃO, FAMÍLIA, ESCOLA


Importancia Da Família Em Parceria Com A Escola Para o Desenvolvimento Do
Educando.

Monografia submetida ao Setor Técnico de


Ensino de Graduação da FACTEL, como parte
dos requisitos necessários para obtenção do
Grau de Licenciatura em Pedagogia no segundo
semestre do ano de 2015.

BANCA EXAMINADORA:

____________________________________________
Presidente da Banca Examinadora

_____________________________________________________
Segundo Examinador

_____________________________________________________
Terceiro Examinador

Mesquita, RJ, Dezembro/2015


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SUMÁRIO

i. Folha de Rosto...........................................................................................................I
ii. Dedicatória.................................................................................................................II
iii. Agradecimento..........................................................................................................III
iv. Epígrafe....................................................................................................................IV
v. Folha de aprovação...................................................................................................V
vi. Sumário....................................................................................................................VI
I. INTRODUÇÃO...............................................................................................................10
II. FAMÍLIA A PRIMEIRA MEDIADORA NA EDUCAÇÃO..............................................11
2.1- FAMÍLIA, A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO EDUCADORA...........................................11
2.2 - A EDUCAÇÃO ATRAVES DE EXPERIÊNCIAS E VALORES...............................13
2.3 - A EDUCAÇÃO E AS FASES DA VIDA..................................................................15

III. A EDUCAÇÃO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA.....................................................


3.1 - HORA DA MAMADA INTERAÇÃO COM O BEBÊ.................................................
3.2 - EDUCAÇÃO NA HORA DO SONO.........................................................................
3.3 - BEBÊS NA ESCOLA...............................................................................................
3.4 - BEBÊ EM LOCAIS QUE NÃO DEVERIAM ESTÁ.................................................

IV. PRESENÇA FAMILIAR UM EMPENHO NECESSÁRIO............................................


4.1 - MÃE E ESCOLA......................................................................................................
4.2 - PAIS CAMINHANDO JUNTO COM A ESCOLA.....................................................
4.3 - A PARCERIA COM OS APARELHOS NOS PREOCUPAM...................................

V. A ATUAÇÃO DA ESCOLA EM BENEFICIO DA APRENDIZAGEM..........................


5.1 - EDUCAÇÃO E O TRABALHO DA ESCOLA........................................................
5.2 - A ESCOLA E O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO EDUCATIVO................
5.3 - ESCOLA, PROFESSOR E O SUCESSO EM SALA DE AULA............................30
5.4 - A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO FÍSICO ENQUANTO EDUCAÇÃO E ESCOLA.31

VI. CONCLUSÃO..........................................................................................................33
VII. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................35
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RESUMO

Partindo da premissa de que a família e a educação devem caminhar juntas para o


pleno desenvolvimento do educando.
É dever das famílias, informar e ser o primeiro condutor da criança a uma
educação de sucesso, fazendo algumas observações, presenciamos famílias agindo com
contrariedade passando influencia pejorativa ao invés de contribuir para o exercício de
uma educação satisfatória.
Entende-se que, educação é o conjunto de ética e disciplina exercida por uma
pessoa que é moldada por uma informação que a estimula a distinguir qual será a
maneira mais correta em que se deve agir, comportar-se, e relacionar-se com outras
pessoas.
A partir desta compreensão e da afirmativa da LDB fica claro que é de suprema
importância a participação da família no que se refere ao desenvolvimento do aluno.
É preciso ressaltar ainda que, a escola está no lugar de condutora preparando os
alunos através das propostas pedagógicas, aplicando os conteúdos e trabalhando em
sala de aula com o objetivo de formar cidadãos para o exercício da cidadania em prol de
uma sociedade justa e produtiva.
Observando algumas reuniões, chamada reunião de professores e responsáveis ou
pais em nossas escolas, ainda de ensino fundamental que deveria ter a participação dos
dois representantes do lar, a atenção mais assídua nestas reuniões é da figura da mãe, e
em muitos casos com o famoso diálogo que é a provedora da sua família e tem que se
responsabilizar por todos os compromissos do seu lar. Será que obtemos nos dias atuais
uma relação família-escola satisfatória?
Palavras-chave: Educação. Família. Escola.
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I. INTRODUÇÃO

A orientação sobre regras e deveres é fundamental iniciar-se no seio da família. A


Criança deve conhecer regras, ouvir o sim, mas também ouvir o não, pois estas duas
palavrinhas mágicas, não vão deixar de ser utilizadas em todas as faixas etárias da vida
humana. É importante fazer saber, que em um diálogo deve haver discordância e
concordância, e que o diálogo só tem sentido se concordamos e discordarmos
naturalmente, com a intenção de acertar a conversa.
Quando os pais, depois de um dia exausto de trabalho, se esforçam para atender
sua família, preparando suas refeições, organizando as roupas, observando se foram
realizadas as atividades pedagógicas, e conversando com a criança, percebe-se que há
interesse por parte dos responsáveis o que contribui positivamente para o
desenvolvimento da criança em todos os aspectos.
O que é preocupante cada vez mais, é, a não participação assídua das nossas
famílias em quanto relação família e escola.
É de extrema necessidade que as famílias cumpram o seu dever, quando se trata
da educação de seus filhos, conforme disposto no artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases –
LDB:
A educação dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e
nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento
do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. (BRASIL, 1996, p.1)

É importante ressaltar, que cada responsável, tanto o pai quanto a mãe, exerce
papel de alta importância para a formação dos seus filhos. Cada um de nós, possui
valores, regras e vivências distintas que levam a construção de nossa identidade; desse
modo, é fundamental que exista uma boa relação entre os pais com a criança, baseada
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na conversa e no respeito, havendo assim, a contribuição positiva para a formação da


identidade da criança.

II. FAMÍLIA A PRIMEIRA MEDIADORA NA EDUCAÇÃO

Enquanto educadores, focamos na participação e na parceria significativa da


relação família e escola. É de extrema necessidade que as famílias cumpram o seu papel.
É importante ressaltar que as famílias são intimadas pela LDB, a se, responsabilizar pela
educação e formação de seus filhos.

2.1. FAMÍLIA, A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO EDUCADORA

Os primeiros escritos deixados pelos homens dos primeiros séculos já nos leva a
acreditar que a família é a primeira instituição do nosso planeta capaz de direcionar os
seus descendentes a educação.
Partindo deste relato, e baseado no primeiro livro que relata a história da Criação
Humana – Bíblia –, família é composta de: um homem e uma mulher. “Por isso, deixa o
homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois um só carne” (Gn 2.24). O
local onde se reúnem e vivem denomina-se lar. Assim está registrado a existência da
formação da primeira família. Desta união nasceria filhos e assim iniciou a família.
Ora um ambiente onde tem criança, entendemos que necessita de um mediador
para orientar ao exercício de um viver bem-sucedido; esse mediador deveria vir do seio
da família como já citamos no inicio desta obra, pois a família é a responsável pela
formação e a existência da criança.
Considerando que a família é composta de pai “homem”, mãe “mulher” é
importante ressaltar que cada um tanto pai quanto a mãe são responsáveis pelos filhos
sem nenhuma restrição. A mãe, entendemos que tem a missão de carregar no ventre e
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de alimentar e cuidar dos seus filhos carinhosamente nos primeiros dias de vida e com o
passar dos anos conduzi-lo para que possa ser bem sucedido em suas conquistas e
realizações ao longo da sua vida.
O pai, a princípio entendemos que é o provedor dos recursos necessários para
uma família viver sem passar por momentos que venha ferir sua integridade, assim como
se alimentar, vestir-se e ter onde se abrigar.
Como o avanço da ciência e a substituição da mão de obra do homem pelas
máquinas houve uma queda de recursos financeiros; com o passar do tempo as famílias
precisaram unir as forças e dobrarem a atenção quanto a educação dos filhos, pois
saberiam que todos os membros da família precisariam produzir de algum modo para a
manutenção da casa.
Mesmo sabendo que nos séculos passados a presença do homem no lar era vista
como rígida e grosseira quanto a educação dos filhos, não nos compete julgar, pois de um
modo ou do outro a educação transmitida pela família sempre contribui para a moldagem
da sociedade, pois tendo bons filhos logo temos bons membros da sociedade. Não se
pode ter sociedade moldada e produtiva sem famílias moldadas e produtivas. É através
da família que é formada uma sociedade.
Vivenciamos constates conflitos, a violência tem se multiplicado, mas olha nossas
famílias! Como tem se transformado, ou seja, se separado, se espalham, não tem mais
tempo para o diálogo, para as horas de lazer em conjunto, por mais simples que seja. É
preocupante, pois enquanto nossas famílias vão mal, nossa sociedade também vai mal.
Se as nossas famílias enquanto primeiro órgão educador falhar, nossa sociedade
também falha. Já paramos para pensar nesta questão? O que estamos fazendo enquanto
educadores para restaurar as famílias e não deixá-las morrer socialmente?
Família, esta instituição educadora não pode falir, nem perder o alvo da conquista e
de ser destaque, porque se assim for, toda uma sociedade perderá o foco da conquista do
progresso.
Entendemos que os responsáveis pela família sejam acolhedores usando de
sabedoria ao instruir seus filhos ao exercício da educação. Não é pertinente que os pais
sejam partidários na resolução de conflitos que envolvem seus filhos, sempre agindo a
favor dos mesmos sem observar a real situação ocorrida e os seus atos. Pai e mãe não
pode se dividir, quando o assunto é educação os filhos podem precisar da intervenção
dos pais para uma reflexão quanto ao que é certo ou errado, vivido pelos seus filhos.
Quando a criança demonstra alterações no seu comportamento deve haver atenção
e discernimento dos pais quanto ao suposto pedido de socorro feito naquele momento,
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uma ação indispensável tomada pelos responsáveis, chamando a atenção com a palavra,
pois filhos se espelham em pai e mãe, esperam deles a proteção chegando no momento
necessário. É bem certo, que os filhos buscam por um bom tempo a proteção dos pais,
não importa se eles estão praticando bons atos ou não, o pedido de socorro deve ser
atendido e entendido em tempo recuperável, pois entendemos que as dificuldades são
para serem vencidas e não ser vencida por elas.
A mãe e o pai trabalhando fora e não tendo com quem deixar seus filhos
pequenos colocam-nos em atividades babás que ocupam as crianças enquanto os
pais trabalham. Eles preferem que essas atividades tomem conta dos filhos em
vez de pessoas despreparadas como empregadas, funcionários e/ou parentes
desocupados. Realmente, a atividade-babá pode ser uma boa opção, desde que
os pais fiquem sabendo o que aconteceu nesse período e as crianças, mesmo
“aprendendo alguma coisa útil ”, não sejam soterradas de compromissos a ponto
de não ter mais tempo para brincar. (TIBA, 1996, p.104)

2.2 A EDUCAÇÃO ATRAVES DE EXPERIÊNCIAS E VALORES

Gostamos muito de viajar, conhecer novas pessoas, e em uma destas viagens,


recebi um grande presente, conhecendo a aldeia dos índios Terrena em Lagoinha Mato
grosso do Sul. Percebemos entre esses índios o valor da palavra e da família, onde se
percebe o apresso para atender o ensinamento dos mais velhos na tribo. Mantendo na
lembrança e na pratica seus costumes, crendices e o amor pelo cultivo da terra onde
muitos ainda tiram seu sustento. Entende-se que há uma moldagem a fim de preservar
sua cultura seus costumes. É fácil perceber que meninas bem novas já aprendem
artesanatos: confecção de colares enfeites de cabelos e o preparo do delicioso chá
Tererê, os meninos praticam seus esportes, aprendem a arte da caça e da guerra, entre
outras, observar os mais velhos e ficar atento aos seus ensinamentos é costume de toda
a tribo.
A educação existe onde não há a escola e por toda parte podem haver redes e
estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda
não foi sequer criada a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado.
Porque a educação aprende com o homem a continuar o trabalho da vida. A vida
que transporta de uma espécie para a outra, dentro da história da natureza, e de
uma geração a outra de viventes, dentro da história da natureza, e de uma
geração a outra de viventes, dentro da história da espécie, os princípios através
dos quais a própria vida aprende e ensina a sobreviver e a evoluir em cada tipo de
ser. (BRANDÃO, 2009,P.13)

Observa-se ainda, que a importância dos ensinamentos familiares é notória em


qualquer comunidade. Os filhos bem pequenos sempre querem se espelhar na rotina e na
vivenciados pais incluindo-as em suas brincadeiras de faz-de-conta. É comum ver as
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crianças freqüentemente utilizando os pertences dos pais e até mesmo comportando-se e


falando como adulto, tamanha a observação do filho para os atos de deus pais. A primeira
imagem que a criança tem de ser humano é o contato com a família por isso cada lar
adquire conceitos de cultura e valores diversos como respeito, amor ao próximo, verdade,
conduta moral, entre outros. Por isso a importância de não mentir na frente dos filhos, não
usar palavras de baixo calão e interferir diretamente todas as vezes que a criança
apresentar um comportamento inadequado.
Educar não é deixar a criança fazer o que quer (buscar saciedade). Isso dá mais
trabalho do que simplesmente cuidar porque equivale a incutir na crianças critérios
de valor.
A criança é regida pela vontade de brincar, de fazer. A cada movimento, está
descobrindo coisas, num processo natural de aprendizagem. Junto entram os
valores. (TIBA, 2002,p.131)

A ideologia educacional do grande educador Paulo Freire nos conduz a


grandiosidade do tramite educacional. Ele nos faz entender que a educação não é neutra
e própria dos educadores, mais um conjunto de experiência que contribui para um
enriquecimento e desenvolvimento educacional. O individualismo não colabora para o
reconhecimento dos valores. É pertinente citar que o trabalho educativo necessita de
união e sabedoria tendo a certeza que nosso alvo é o crescimento do educando, levando-
o para o caminho de um pensamento correto.
Educadores com mente saudável defendem a verdade e a disciplina e certamente
excluem a mentira. Não é bom para nosso progresso a lentidão, mais incessantemente a
pratica da ação com um pensar unido e refletidor.
A nossa intenção ao expor nosso pensamento é contribuir para uma boa formação.
Está ciente e fazer ciente a outro é um compromisso daquele que chamamos de educador
e entendemos que a educação não se limita em um livro, lápis e uma folha de papel nas
mãos, mais é um conjunto de materiais do mecanismo humano capaz de criar, formar e
transformar pessoas para um caminhar mais feliz.
Uma das qualidades mais importantes do homem novo e da mulher nova é a
certeza que tem de que não podem parar de caminhar e a certeza de que cedo o
novo fica velho se não se renovar. A educação das crianças, dos jovens e dos
adultos tem uma importância muito grande na formação do homem novo e da
mulher nova. Ela tem de ser uma educação nova também, que estamos
procurando pôr em prática de acordo com as nossas possibilidades. Uma
educação completamente diferente da educação colonial. Uma educação pelo
trabalho, que estimule a colaboração e não a competição. Uma educação que dê
valor a ajuda mútua e não ao individualismo, que desenvolva o espírito crítico e a
criatividade, e não a passividade. Uma educação que se fundamente na unidade
entre a prática e a teoria, entre o trabalho manual e o trabalho intelectual e que,por
isso, incentive os educandos a pensar certo. (FREIRE, 2001,p.86)
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Entendemos que na educação é preciso valorizar o novo; o trabalho educativo tem


como objetivo informar e formar o indivíduo visando capacitá-lo para que o mesmo possa
ser elemento também capaz de apresentar-se como um agente constribuidor para o
exercício da cidadania, não como opressor, mas um crítico construtivo, fundamentado em
uma única prática, aquela que os conduz ao progresso.

2.3 A EDUCAÇÃO E AS FASES DA VIDA

As plantas criam raízes, tronco, folhas e algumas, frutas.


Seres humanos nascem e tem no decorrer do seu desenvolvimento físico até
atingir a idade adulta, passa por cinco fases que todas elas vai registrar em memória,
lembranças que pode colaborar para o seu conhecimento intelectual e físico.
Inicialmente o bebê só tem um bom desenvolvimento se é alimentado pela mãe,
assistido regulamento pelo pediatra que a mãe escolheu, e assim, passando por esta
primeira fase de vida, ao completar os seis anos de idade, a criança já frequentando a
escola, começa a observar o comportamento das outras da mesma idade que ela,
algumas ações, brincadeiras, objetos, adereços usados pelos colegas. A criança vai se
interessando por alguns desses objetos, e assim vai passando pela segunda fase da vida.
Aos doze anos de idade consideramos que essa é a fase do experimento, ao
mesmo tempo esses doze anos vividos foram normalmente controlado pela família, e
muitos adolescentes_ assim podemos chamá-los nessa fase_ querem experimentar algo
que já vem nesse período observando algumas pessoas fazerem, pois o contato com o
mundo vai despertar a reflexão, e ai a pergunta: será que posso? O que a família deve
pensar com carinho, é nas respostas. Ora se um adolescente pergunta, eu posso?, é
porque ele não tem a mínima certeza do que pode; antes da pergunta, tem a dúvida, será
que eu fazendo isso, serei bem sucedido?
Pensamos que esta é a etapa mais perigosa da vida de todas as pessoas, é triste,
ver meninas trocando as bonecas pela sua boneca real, trocando fraldas e dando
mamadeiras; já não pode mais após as aulas, parar na esquina para comer pipoca com
as amiguinhas, porque tem em casa um bebê a esperando para ser cuidado por ela.
Meninas entre quatorze e quinze anos, trocando a sala de aula pelo trabalho
pesado para sustentar filhos. Isso quando a família sem reconhecer suas falhas, transfere
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toda a responsabilidade para aqueles pais prematuros que ainda adolescentes colocaram
inconsequentemente filhos no mundo.
É preciso que haja um trabalho de conscientização realizado pelas famílias para
que os sonhos dos nossos adolescentes não sejam interrompidos e eles não venham a
ser adultos frustrados, que por muita das vezes, nunca mais irão recuperar tudo aquilo
que eles poderiam ter feito melhor enquanto adolescentes.
É importante que as famílias ouçam com atenção as perguntas dos nossos
meninos e meninas. Não entendemos que qualquer ser humano, entre doze e dezoito
anos estão preparados para ter vida ativa sexual. As consequências na maioria das vezes
são bem conflituosas e infelizes.
Quando há dúvida entre crianças, adolescentes e jovens imaturos quanto ao não
sei se posso, ou se devo, no que diz respeito a vida sexual, percebe-se que não estão
preparados para algo. Neste caso, não estão preparados para ter vida sexual. Segundo
avaliação da medicina, o organismo da mulher está preparado para ser mãe, aos vinte
anos de idade. Naturalmente, os órgãos reprodutores da mulher, precisam estar
preparados para reproduzir. É comum ver meninas internadas em maternidades, correndo
risco de morte, ou até mesmo morrendo, por não estarem preparadas para serem mães, e
é por falha ou por falta de uma família presente e responsável pela formação dos seus
filhos.
Falar sobre sexo, com seus filhos, não tem hora certa, mas sim momento certo. Por
mais que o filho ouça falar sobre o assunto na roda de amigos, na escola ou nos
barzinhos, eles também querem ouvir a opinião dos pais. É melhor você, enquanto pai e
mãe, esclarecer as dúvidas do seu filho, do que ele receber informação maliciosa que irá
incentivá-lo a cometer ações que o trará arrependimento no futuro.
Jovens! Não vejo fase mais linda do que esta por toda a trajetória da vida. Este é o
período das realizações: estudar, fazer cursos profissionalizantes, concluir ensino superior
e outras. As roupas são as mais bem escolhidas, passeios? estão em todos, já estão
prontos para fazer o que quer sem opinião de ninguém. Porém, não é pertinente que
pense assim, porque enxergamos essa fase como a fase da emoção, e não da razão. É
importante a interferência da família, com o olhar de águia, que possui um alto alcance,
porque uma decisão precipitada neste período da vida, poderá os trazer consequências
amargas, irreparáveis como: o ingresso no mundo do crime, a paternidade ou
maternidade precoce, o abandono dos estudos, o não preparo profissionalmente e outras
não realizações.
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É indispensável a interferência de um condutor nesta faixa etária que é muito curta


e passa muito rápido, mas ao mesmo tempo é necessário que o preparo para o longo de
uma vida seja construído neste momento.
Quando chegar a fase adulta, é bom que estejamos realizados, preparados para
administrar com sabedoria, tudo aquilo que conquistamos nessa grande caminhada, pois
se inicia a colheita dos frutos humanos que são as conquistas e realizações.
Observamos algo estarrecedor no decorrer da nossa pesquisa: pessoas de
cinquenta, sessenta e setenta anos, que não conseguiram ser grata com os tantos dias já
vividos, não conquistaram sequer o amor próprio, será que quem não se ama tem
condição de amar alguém? Se citarmos o financeiro, em muitos casos, percebe-se que a
ausência de planejamento ocasionou na falta de condições do cidadão conseguir manter-
se em sua velhice, dependendo da ajuda de terceiros para sobreviver, pois as
oportunidades que desinteressadamente foram deixadas para trás, com certeza não tem
mais como recuperar.
Ressaltamos que é pertinente valorizarmos com todo carinho e dedicação à todas
as fases da vida para que possa contar para todos que os cercam uma boa história do
que viveu.
A liberdade traz implícita a responsabilidade. É muito prejudicial tolher a liberdade
saudável de quem realmente a conhece. Mais colocar limites nos desejos
instintivos é educar. A educação saudável é um dos melhores ingredientes da
felicidade. (TIBA, 2002, p. 294 )
18
19

III. A EDUCAÇÃO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA

3.1. HORA DA MAMADA INTERAÇÃO COM O BEBÊ

Desde os primeiros dias de vida é preciso instruir e educar o bebê, quanto aos
horários das mamadas, hora do colo da mãe, hora de ficar um pouquinho no berço ou em
um lugar reservado ao descanso do bebê. Já nesta fase a mãe pode observar se o bebê
está fazendo o peito de chupeta, dai inicia-se a imposição de limites ao bebê. Fazendo
intervalos mais ou menos de três horas entre uma mamada e outra, estabelecendo um
ritmo biológico, o bebê vai aprender a lidar com a fome e o entretenimento, entendendo
que não deve fazer os seios da mãe de chupeta. “As crianças precisam ser protegidas e
cobradas de acordo com as suas necessidades e capacidades.”(TIBA, 2002, p.39)
Quando a mãe amamenta uma criança, no momento da amamentação deve–se
mexer nos seus pezinhos, em uma peça de roupa, o que vai despertar para a atenção do
que ele está fazendo naquele momento e para um contato de identificação com a mãe.
O critério de despertar o bebê nas horas das mamadas, beneficia a mãe,
protegendo–a das rachaduras nos seios, quando estimula o bebê a sugar corretamente
os seios da mãe.
De acordo com o psiquiatra e psicodramatísta Içamí Tiba no livro Quem Ama
Educa: “Felicidade não é fazer tudo o que se tem vontade, mas ficar feliz com o que se
está fazendo.” (TIBA, 2002, p.123)
Os pais tem por obrigação, entender a comunicação do seu bebê, ou seja, a sua
linguagem. Pois, bem cedo precisamos compreender cada gesto, olhar, bocejos, choros e
risos para interagirmos de maneira produtiva com a criança.
Certamente se seguirmos uma linha de controle educacional desde quando
recebemos essa herança. Partindo desta ideologia devemos cuidar da melhor forma,
conduzindo-a em todas as etapas da vida, fazendo assim conhecer seus direitos e
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deveres, para que alcance sucesso no longo caminho que irá trilhar construindo e
conquistando, algo que trará benefícios para o seu caminhar feliz.
O mundo se conhece testando, experimentando e fazendo. Um bebê satisfeito
demonstra estar saciado; dorme por um bom tempo. A Criança que dorme bem é mais
feliz, não fica irritada por não dormir.

3.2 EDUCAÇÃO NA HORA DO SONO

Bebê gosta de aninhar-se aos pais, percebemos a importância de que bem cedo,
os bebês tenham o seu lugar para dormir.
Na hora de colocar o bebê para dormir, os pais devem fazer com que a criança
durma em um lugar separado deles. Ao acordar é preciso chegar a beira do berço, e
conversar com a criança. Ela vai fazer aqueles movimentos com os pezinhos e as mãos
mas deve permanecer no mesmo lugar por alguns instantes, não devendo os pais
pegarem logo no colo, pois essa atitude inspira a paciência da criança, fazendo com que
ela aprende a esperar.
Por essa razão é importante que aprenda desde criança a gostar do seu
cantinho. O berço deve ser um lugar no qual ele aprecia ficar, e não o lugar onde
“sempre me deixam sozinho”. Os pais podem deixar o filho no berço e brincar com
ele ali mesmo ensinando que aquele é um lugar gostoso de estar. Quando o bebe
acorda, não deve ser tirado imediatamente dali. Muitas vezes acorda numa boa,
sem choro, e os pais, por puro hábito, tiram-no logo do berço. Essa atitude acaba
ensinando ao filho que o berço é um lugar apenas para dormir, portanto, quando
ele acorda começa a chorar para sair imediatamente dali.
Quando o bebê acorda, aproxime-se, fale e brinque com ele, deixe-o
movimentar-se dentro do berço, e só então pegue-o no colo. Dessa maneira você
esta ensinando seu filho a ser paciente quando acorda e a esperar quando não há
ninguém por perto para pegá-lo naquele exato momento. (TIBA, 2002, p.115 e
116)

É interessante que o bebê seja embalado. Mas devemos ressaltar que bebê não é
garrafa de suco natural, que se sacode até dissolver as partículas de açúcar e do néctar
natural da fruta. Ao embalar o bebê, é necessário que se embale com carinho e nunca
sacudindo.
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3.3 BEBÊS NA ESCOLA

É comum recebemos crianças em nossas escolas cada vez mais cedo. Aos dois
anos de idade, para receber as primeiras orientações pedagógicas em nossas escolas de
educação infantil e creches. Antes de contratar os serviços de uma creche, deve-se
informar sobre o tratamento que as crianças recebem dos profissionais que atuam nestas
instituições. Pois estes locais têm que dar continuidade ao carinho, a educação e a
socialização desenvolvida pelos pais.
Pois necessitam de deixar seus filhos, na creche. Creche não é um deposito de
crianças, e sim um local onde vai substituir por algumas horas o seu lar. Neste lugar o seu
filho tem que se sentir bem e ser bem tratado.

3.4 BEBÊ EM LOCAIS QUE NÃO DEVERIAM ESTÁ

Não podemos a todo custo transferir o nosso ritmo as nossas crianças, fazer delas
nossas companheiras de viagens, levá-las para: festas, farras, restaurantes e passar
horas nos divertindo, e nossos pequenos juntos sem entender nada. Existem
determinados lugares que são prejudiciais a criança pois estarão expostas a barulho,
cheiros fortes, entre outros fatores.
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23

IV PRESENÇA FAMILIAR UM EMPENHO NECESSÁRIO

4.1 MÃE E ESCOLA

Esta relação tem como objetivo priorizar o desenvolver do educando. Precisamos


que as informações recebidas pelo aluno através do professor sejam recebidas com
conformidade pela família. A rotina da escola deve ser respeitada cumprindo
cuidadosamente horário de entrada e saída, incentivando o aluno a participar das
atividades pedagógicas, projetos, culminâncias, passeios, realizando os trabalhos
propostos pela comunidade escolar.
A criança desde a educação infantil até o ensino médio passa por uma trajetória
educativa que é indispensável a parceria da escola e mãe, tendo que caminhar juntas na
formação intelectual e social do aluno.
A eficácia de uma boa formação se dá com a primeira intervenção para o
progresso do educando, e o sucesso da família é este trabalho feito em conjunto,
buscando obter resultados mais satisfatórios. Estivemos observando a relação com
algumas mães, considerando que os pais de alunos portadores de deficiência intelectual
possuam cuidados maiores para que esse aluno venha ter progresso na área educativa,
mantendo tratamentos com médicos, terapeutas e mantendo medicamentos regulares,
certamente haverá o progresso gradativo dessa criança por mais comprometida que ela
seja. Enquanto outras, com filho na mesma situação que não buscam orientação e
tratamento adequado não conseguem ver este avanço em seus filhos. Com este exemplo,
há entendimento de que não se deve transferir a responsabilidade materna para a escola,
é certo que a escola tem tarefas educativas a cumprir e os pais a de cuidadosamente
observar a necessidade do seu filho e supri-la com eficiência mesmo que tenha que
enfrentar alguns desafios. O desenvolvimento e a introdução do indivíduo na sociedade
ocorrem por que os primeiros instrutores são os pais, existem responsabilidades paternas
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que não podem ser transferidas para ninguém são únicas, de pai e mãe os produtores do
sujeito.
Entende-se que no período da formação de uma pessoa a vivencia escolar deve
ser acompanhada pelos pais buscando não perder a intimidade com o filho na parceria
com a escola para alcançar um desenvolvimento satisfatório tanto nas disciplinas
pedagógicas quanto na vida social.
Ser educado é diferente de ter estudado o suficiente para alcançar a conclusão do
ensino médio ou ensino universitário, ser educado é aquele que tem a capacidade de se
relacionar de forma agradável com o outro, vencendo obstáculos e superando os
problemas que podem vir atingir no cotidiano e ferir a sua autoestima. Quando os pais
querem ver o progresso dos seus filhos eles têm por dever vir trabalhando a questão da
autoestima para que cada obstáculo vencido o filho possa estar preparado para vencer os
próximos que possam vir a ocorrer.

4.2 PAIS CAMINHANDO JUNTO COM A ESCOLA

Seguir os passos do filho junto a escola é promover para ele saúde social. A escola
através de seus profissionais de educação: professores ensinam os conteúdos
pedagógicos, orientam quanto a rotina da escola mais observamos que quando há
acompanhamento assíduo da família, o aluno tem um desenvolvimento bem melhor do
que aquele aluno que só tem a escola como medidora da educação.
Quando há um trabalho em conjunto entre a escola e a família, ambos executando
o seu dever, há uma colaboração para o bom andamento da educação. Conhecemos o
trabalho da escola através do desenvolvimento do aluno. O orientador educacional está
atento à frequência da criança e do adolescente. Na hora da recreação, o educador é o
inspetor de alunos para manter a ordem e a disciplina entre o corpo discente. A amizade e
o respeito é algo indispensável na hora da execução das atividades livres.
25

4.3 A PARCERIA COM OS APARELHOS NOS PREOCUPAM

Precisamos tomar cuidado com a maneira que nossas crianças utilizam os


aparelhos eletrônicos, percebemos que desde pequenas as crianças ficam na frente da
televisão sozinhas, prestando atenção em programações alegres e comerciais cheios de
cores, fato que é cômodo para muitos responsáveis que querem manter seus filhos
quietos e não querem ser incomodados por algumas horas.
A partir daí, observamos a importância de uma atenção maior quanto a isso, pois, é
assustador ver crianças pequenas ainda na fralda, imitando os rebolados sensuais e
atitudes incorretas que absorvem ao assistirem programas inadequados para sua faixa
etária.
Dentre outros aparelhos, podemos destacar também o aparelho celular e o vídeo
game que desempenham a mesma função para as crianças (usam apenas para jogos) e
atualmente tem sido alvo de grandes discussões midiáticas, por fazerem parte da vida
dos pequenos cada vez mais cedo contendo jogos altamente viciantes. A preocupação se
dá devido ao grande número de horas jogando que essas crianças passam jogando sem
a supervisão e o limite dado por um adulto.
Crianças devem ser assistidas por pais ou por babá, e não por aparelhos. Percebe-
se que criança não sabe distinguir entre o certo e o errado. Essa correção quem as deve
fazer é o adulto, em primeiro lugar o pai e a mãe ou responsável pelo qual tem a sua
tutela.
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27

V. A ATUAÇÃO DA ESCOLA EM BENEFICIO DA APRENDIZAGEM

5.1. EDUCAÇÃO E O TRABALHO DA ESCOLA

Entende-se que a escola é a primeira mediadora para o educando, no papel de


transmitir conhecimentos pedagógicos através de uma ideologia determinante em relação
ao conhecimento inovador do ensino.
A escola é uma unidade comprometida em fornecer ao educando o seu melhor, o
ato de ensinar não se limita em apenas apresentar conteúdos programados, mais sim,
contribuir visando o crescimento do educando. A transmissão do mecanismo para
alfabetização do aluno é de responsabilidade do professor, o educador com sua visão de
mundo direcionará tudo aquilo que ficará em memória dos seus alunos na sua trajetória
de uma vida escolar.
É importante ressaltar que um dos objetivos da escola é oferecer um ambiente
agradável e prazeroso para a transmissão dos conteúdos.
O preparo para o exercício da cidadania necessita do trabalho da escola com
aplicação de conteúdos dando oportunidade a comunidade escolar de ouvir mais também
colocar suas ideias e pensamentos em prática.
A educação é a ação exercida pelas gerações de adulto sobre as gerações que
não se encontram ainda preparadas para a vida social: tem por objetivo suscitar e
desenvolver na criança certo número de estado físico intelectual e moral
reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a
criança particularmente se destina. (DURKHEIM,)

A escola tem o dever de transmitir a seus alunos o conhecimento e apresentar-lhes


o caminho facilitador para desenvolver a aprendizagem. Nos primeiros anos da séries
iniciais a escola já apresenta projetos, e passa aos seus alunos informações que os leva a
entender q o homem através de suas ações transmitem ás gerações posteriores o
despertar para um novo caminha.
As series iniciais tem como objetivo priorizar a apresentação dos conteúdos para
alfabetização. O letramento é priorizado para que o aluno seja alfabetizado na idade
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certa, nesse caso os métodos são utilizados para que haja uma compreensão com mais
eficácia para o avanço do conhecimento que se inicia nesse período.
Entendemos que a educação apresentada enquanto escola, não pode ser isolada
com a direção e o corpo docente, é necessária a participação dos membros
compromissados em apresentar uma política que venha colaborar para a realização das
propostas pedagógicas membros estes que compõem a comunidade escolar.
Ainda entendemos que, a escola é a principal colaboradora na prática e na visão
reconhecedora dos valores adquiridos naturalmente de um aluno. A confiança no diálogo
é a maior oportunidade para que o corpo discente venha mostrar sua contribuição nas
propostas apresentadas pela direção de uma escola.
Ouvir é um ato sábio daquele que tem em mãos a responsabilidade de ensinar, o
ouvir é a peça principal para a democracia e não pode se falar em democracia sem
conseguir ouvir, embora não vivemos em uma país exatamente democrata, temos uma
constituição que nos diz o contrário, e em uma escola democrata não se silencia o
individuo sem ouvi-lo e está sempre aberta para o diálogo. Falar de democracia e sufocar
nossos alunos enquanto ouvintes, estamos contrariando o direito de expressão, quando
temos como objetivo contribuir para a prática educativa dos alunos, estamos contribuindo
também para a educação de uma nação. Nossos alunos de hoje, serão nosso professores
de amanha e a sua formação enquanto cidadão deve se dar com todo cuidado e respeito.
Que as escolas através de seus gestores possam empenhar-se em transmitir uma
educação comprometida com uma formação saudável para todo um corpo discente,
nunca permitindo os mesmos se calarem diante das dificuldades mais que sejam
executores de suas responsabilidades, justos e que saibam exercer o seu direito de
expressão e ações ordeiramente, e não se silencie diante das dificuldades.
Falar, por exemplo, em democracia e silenciar o povo é uma farsa. Falar em
humanismo e negar os homens é mentira.
Não existe, tampouco, diálogo sem esperança. A esperança está na própria
essência da imperfeição dos homens levando-os a uma eterna busca, como já
vimos, não se faz no isolamento, mais na comunicação entre os homens – o que é
impraticável numa situação de agressão.
O desespero é uma espécie de silencio, de recusa do mundo, de fuga. No
entanto a desumanização que resulta da ordem injusta não deveria ser uma razão
da perda da esperança, mais ao contrário, uma razão de desejar ainda mais, e de
procurar sem descanso, restaurar a humanidade esmagada pela injustiça.
(FREIRE, 2009, p.94 e95)

Segundo o pensamento exposto acima do educador Paulo Freire não se deve


tratar o individuo com indiferença sem prestar a devida atenção em suas colocações,
podemos dizer que temos hoje uma sociedade esmagada pelo descaso dos poderosos
que defendem uma política educacional opressora e interesseira, por isso nossa
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sociedade tem muito o que buscar, pensar e caminhar incessantemente rumo a


conquistas que favoreça seus direitos e realizações, só assim iremos adquirir uma
dimensão onde faremos a diferença, pois somos os únicos seres capazes de superar
expectativas através do cognitivo, da capacidade de memória e do pensamento. O valor
do trabalho escolar nos enriquece através da busca pelo conhecimento, a alguns anos
atrás o homem rico era aquele que tinha muitas propriedades e dinheiro, hoje podemos
dizer que riqueza tem, quem busca conhecimento e utiliza os seus benefícios.
É importante conscientizar as crianças e os jovens do valor do estudar, para que se
desenvolvam enquanto membros de uma sociedade.
O estudo realizado no dia-dia das salas de aula direciona a criança e o adolescente
a interação no convívio em grupo, proporciona a oportunidade de conhecer outras famílias
e tem como objetivo principal transmitir conhecimento que irá beneficia-lo no estudo das
séries seguintes.
A busca pelo conhecimento é algo que vem abrilhantar o educando em todas as
etapas dos seus estudos.

5.2 A ESCOLA E O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO EDUCATIVO

Entre as realizações do trabalho escolar, levamos em conta as necessidades de


inovar e utilizar novas tecnologias para incrementar o trabalho pedagógico. Um dos
recursos utilizados em todas as séries com muito sucesso nos últimos dias é a utilização
dos jogos didáticos, que abrangem a todas as séries do ensino fundamental. Esses jogos
são adaptados para se trabalhar com todas as disciplinas facilitando o trabalho do
professor e a aprendizagem dos alunos, dentre eles podemos citar alguns recursos
aplicados com os jogos como: xadrez (para se trabalhar o raciocínio lógico), alfabeto
móvel (na produção de novas palavras), adivinhação de figuras (pode se reconhecer
animais, objetos e pessoas), com o quebra cabeça podemos trabalhar as localizações e
mapas e com o quiz de perguntas e respostas conhecemos mais da história do Brasil e
geral de uma forma mais divertida.
É importante que o coordenador e o professor a cada dia inovem suas aulas para
melhorar a qualidade do ensino e a aprendizagem deste público alvo que todos os dias
esperam conhecer novos horizontes a fim de crescer e conquistar nesse vasto campo que
é o caminhar educativo.
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Percebemos que, a rotina escolar inovadora tem como objetivo estimular os


educandos através dos materiais que conquistem o interesse e a aptidão para aprender
cada vez mais. Passa a ser interessante quando os alunos chegam no ambiente escolar e
encontram algo novo, para isso, a equipe pedagógica e seus professores procuram incluir
instrumentos que inovam o trabalho pedagógico tornando agradável e impactante aos
olhos dos alunos e de fácil entendimento em suas perspectivas.

5.3 ESCOLA, PROFESSOR E O SUCESSO EM SALA DE AULA

O sucesso da aprendizagem subsiste mediante a influencia conduzente


dominadora apresentada pelo professor ter como objetivo realizar um trabalho com
eficácia o que é o compromisso do professor e que tem como alvo, transmitir a seus
alunos uma boa aprendizagem.
Bem sabemos que na sala de aula, encontramos alunos com muitas dificuldades e
é nesse momento que é preciso com sabedoria e estratégia, atender a essas
particularidades. O professor certamente convicto dos problemas que possam enfrentar
ao longo dos anos, se prepara para exercer com eficiência a função que lhe foi ortogada.
Com a transformação e as mudanças que a sociedade vem apresentando, não é
surpreendente dia após dia surgir situações adversas e embaraçosas, que poderá atingir
ou mudar, a rotina das salas de aula.
O professor que possui uma boa liderança ao se deparar com situações
conflituosas irá demonstrar firmeza diante de seus alunos, podendo até reverter ações
constrangedoras, interferindo e influenciando diretamente com propostas que levam os
alunos em questão a uma reflexão considerável.
A importante tarefa de ensinar entendemos que, não está somente no trabalho
realizado pela meta que foi traçada através do planejamento que foi elaborado para o
longo do curso, mas está em uma planejamento diferenciado e abrangente para atender
as necessidades que podem surgir e interferir no trabalho realizado pelo professor e na
rotina escolar.
Estamos cientes que o professor é uma das peças principais em uma escola, pois
sem a presença do mesmo não existe escola, entretanto não se pode construir ou formar
sem o sujeito receptivo que é o educando. Mais a figura do educador é para fazer a
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diferença, organizando e buscando oportunidades que levam a mudança de conduta do


publico por ele conduzido.
A utilização de métodos que inspira a confiança nos alunos é fundamental para
uma liderança com progresso.
O líder da sala de aula é o professor e precisa passar para os seus liderados a
confiança para que seu trabalho seja produtivo.
A educação escolar leva os alunos a pensar em mudança de caráter, promovendo
oportunidade para desenvolver habilidades que não compete ser instruídas em outro
órgão se não a escola e suas inovações.
É na escola que se aplica metodologias transformadoras que capacitam pessoas
para uma jornada prospera ao longo de uma vida.
As técnicas, métodos e conteúdos utilizados pela moderna pedagogia priorizam
nos alunos as perspectivas futuras, e põe em violência a credibilidade na administração
exercida pela escola.
A escola prioriza o empenho de política educacional inovadora envolvente que
traga aos alunos aptidão pelo ato de aprender.
Ao se falar de Liderança em sala de aula, tem-se sempre que buscar o
significado da palavra liderar e, acima de tudo meditar sobre a importância e a
função de um líder. Para a educação, o líder é a pessoa que é capaz de
transformar, influenciar e conduzir pessoas para que possam atingir seus
objetivos.
Sempre que, na vida se participa de um processo educativo, deve-se ter
presente a figura do líder transformador. Portanto, liderar para transformar é uma
missão que está presente na vida daqueles que transformam predestinados a
conduzir um grupo de educandos ao seu objetivo. Em se tratando do professor,
seu sacerdócio será conduzir serem humanos que lhes são confiadospela
sociedade, para muito mais que alcançarem a transformação através do
conhecimento e da aprendizagem. (Rodrigues, 2015, p.123)

Ao terminar de cada aula o professor comprometido com a aprendizagem dos


alunos tem a certeza que cumpriu o seu dever, e está certo de que terá como resultado
alunos moldados e convictos do valor do estudar.

5.4 A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO FÍSICO ENQUANTO EDUCAÇÃO E ESCOLA

Não podemos falar de escola sem falar de espoco físico. A insuficiência do espaço
interfere diretamente na aprendizagem dos alunos, haja visto que, alunos ribeirinhos e do
interior do nosso país enfrentam em muitos casos, dificuldades para se locomover de
32

suas residências para a escola, e chegando lá enfrentam outro problema, as salas


desconfortáveis, com clima quente, não comportam a quantidade e alunos matriculados.
Essa insuficiência estrutural gera uma série de implicações na aprendizagem dos alunos,
por que entendemos que onde não há uma boa acomodação, dispersa a atenção do
educando atrapalhando assim todo um processo educativo.
Percebe-se ainda que, onde há investimento em infraestrutura o trabalho escolar
também possui um desenvolvimento considerável, pois, onde há conforto entende-se que
a aprendizagem irá fluir com maior eficiência.
Haverá maior produtividade também, quando se planeja a quantidade de alunos
exata para a realização do trabalho a ser desenvolvido em cada sala de aula com: salas
arejadas, quadra, refeitório, auditório, biblioteca e todos os locais onde se adéquam as
necessidades dos alunos de cada região para o aproveitamento pleno das atividades
pedagógicas.
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CONCLUSÃO

Na realização este trabalho, buscamos conduzir uma reflexão sobre a importância


da prática da educação exercida pela família e pela escola através de seus responsáveis
em beneficio da formação da criança e do adolescente.

Destacamos a essência e o valor das primeiras orientações educativas extraídas


do relacionamento familiar para o desenvolvimento afetivo, social e cultural da pessoa
enquanto ser humano.

É pertinente ressaltar, qual grande valor excede o zelo da família em interessar-se


primordialmente pelo desenvolvimento do educando. É de tal importância, que até a lei de
diretrizes e bases da educação (LDB) responsabiliza as famílias a serem participativas em
tudo que diz respeito ao desenvolvimento do educando.

Ressalta-se ainda, no início desta obra que reconhecemos por educação o


conjunto de ética e disciplina exercida por uma pessoa que é moldada por uma
informação que a estimula a distinguir, qual será a maneira mais correta em que se deve
agir, comportar-se e relacionar-se com outras pessoas. Com respaldo nessa afirmação,
reconhecemos que sem exercitar a educação, não conseguiremos sucesso em todas as
áreas do caminhar humano.

A escola é uma instituição social que contribui para moldagem das pessoas
enquanto ser social, todo trabalho realizado pela escola é voltado para o crescimento
social e intelectual do educando, buscando conscientiza-lo do valor de cada conquista
alcançada por ele.

Entendemos que a educação necessita de uma aprendizagem para adaptar-se as


normas e valores vivenciados na sociedade e sua cultura. Que haja respeito e tolerância
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para com as diferenças formando pessoas capazes de viver em grupo com harmonia
mesmo sendo defensor de uma ideologia diferenciada.

Se todos se fizerem cumpridores de seus deverem teremos sim, uma educação


satisfatória e de qualidade, onde nossos alunos colocam em prática tudo que lhes foi
informado ao longo de seus estudos propostos pela rotina da escola e pelo convívio
harmônico com a família.
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