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FACULDADE XV DE AGOSTO
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS FAMILIARES NA VIDA


ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Márcia de Paula Emídio


Orientadora: Profª Banedito Augusto da Silva

Socorro
2019
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FACULDADE XV DE AGOSTO
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A importância da participação dos familiares na vida escolar no


ensino fundamental

Artigo apresentado em cumprimento às


exigências para término do Curso de Pós
graduação em Neuropsicopedagogia sob
orientação da Profº Benedito Augusto da
Silva

Socorro
2019
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FACULDADE XV DE AGOSTO
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO NEUROPSICOPEDAGOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MÁRCIA DE PAULA EMÍDIO

A importância da participação dos familiares na vida escolar no


ensino fundamental

Artigo apresentado em cumprimento às


exigências para término do Curso de Pós
Graduação em neuropsicopedagogia sob
orientação da Profº Benedito Augusto da
Silva

Avaliado em ______ / _____ / _____

Nota Final: ( ) _____________

________________________________________
Professor- Orientador

Socorro
2019
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RESUMO

Neste trabalho ressaltei, a importância da escola trabalhar em conjunto com a


comunidade e o porquê os pais deve acompanhar o cotidiano dos seus filhos. O
objetivo em tratar desse tema é levantar o quanto é importante à participação dos
pais na escola e a interação entre escola e pais, e seus benefícios.

Palavras-chave: Escola; Pais; Professores; Alunos; Educação.


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ABSTRACT

In this work we stress the importance of school work together with the community
and the parents why should follow the daily lives of their children. Our goal in dealing
with this issue is to raise how important the involvement of parents in school and the
interaction between school and parents, and their benefits.

Key-words: School; Parents; Teachers; Students ; Education


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................07
CAPÍTULO I
IMPORTANTE PAPEL ESCOLA X FAMÍLIA..........................................................08
CAPÍTULO II
FAMÍLIA COMO CONTEXTO DE EVOLUÇÃO.........................................................11
2.1. DO CONVÍVIO A UNIÃO ENTRE AMBAS ........................................................12
CAPÍTULO III
DIÁLOGO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA......................................................15
3.1. ESCOLA UM DIREITO DA CRIANÇA E RESPONSABILIDADE COLETIVA 17
CONCLUSÃO.............................................................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................19
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INTRODUÇÃO

Neste trabalho irei abordar sobre a importância da escola trabalhar em conjunto


com a comunidade. O porquê os pais devem acompanhar o cotidiano dos seus
filhos. Este trabalho está focado no ensino fundamental, é uma idade em que as
crianças já são um pouco mais rebeldes e precisam ter um adulto para auxiliá-las,
no caso os pais e professores que estão sempre por perto incentivando e
conduzindo-os para o melhor caminho e este caminho é a educação.
Escolhi falar sobre o Ensino Fundamental pelo fato dos alunos estarem
iniciando uma nova fase dos estágios e por compreenderem melhor sobre tudo o
que acontece ao seu redor nesta fase, quero mostrar a importância da participação
dos pais neste período e o porque da escola, professores e pais trabalharem
juntos, também quero mostrar que o estímulo nesta fase é importante e entra no
que Skinner diz sobre o reforço positivo e negativo.
Martins relata que quando a família se interessa pelo processo escolar, os
interesses entre escola e família se tornam comuns, o primeiro passo para a
interação positiva entre a escola e os pais é, sem dúvida, o conhecimento entre
eles, tantos os pais conhecerem o professor e vice versa, como cita Oliveira
Marinho Araújo, a interação e participação se da pelo vínculo, se não há essa
interação, pode acontecer interpretação equivocada de ambas as partes, e essa
interação fica comprometida, prejudicando o desenvolvimento do educando.
A escola necessita fazer com que os pais tenham interesse, devendo
favorecer uma relação de confiança e respeito. Uma das funções da escola é
buscar aproximação com as famílias do educandos, pois enquanto instituição
educacional ,pode promover atividades como: interação e apoio com diversos
profissionais como psicólogos, visitas aos familiares, reuniões de pais e mestres
com maior frequência e exigir a presença bem como a realização de trabalhos
técnicos com a participação dos familiares para que estes possam conhecer os
conteúdos que seus filhos estão desenvolvendo nas diversas atividades
curriculares, e proporcionando ligação entre escola, família, e professores. Bhering
Siraj Blatch Ford relata em sua obra que a participação por completo dos pais na
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escola não só ajuda no processo escolar, como também melhora o ambiente


familiar, aborda também cinco tipos de envolvimento no contexto família e escola.

CAPÍTULO I

IMPORTANTE PAPEL ESCOLA X FAMÍLIA

A participação dos pais na vida escolar dos filhos é um aspecto decisivo para
o desenvolvimento do educando no processo de formação, o que torna a família
uma instituição indispensável no desenvolvimento de ensino aprendizagem.  
Bhering e Siraj-Blatchford (1999) destacam que a participação de pais na
escola não só colabora com o processo escolar, como também na melhoria do
ambiente familiar, provocando uma melhor compreensão do processo de
crescimento e aprimoramento das reações.
A união entre escola e família é fundamental para o crescimento do indivíduo,
pois são elas as responsáveis por preparar o educando a viver em sociedade.
De acordo com Rocha e Macedo (2002), o envolvimento dos pais nas
escolas gera efeitos positivos nos pais e nos professores, nas escolas e na
sociedade.
Os pais que procuram contribuir constantemente com a instituição, são bem
mais motivados a irem mais a fundo no processo de atualização profissional e com
isso aprimoram sua autoestima como pais.
.A família tem o papel principal na mudança de conduta de seus filhos no meio
social, pois é no meio social que a criança ganha conhecimentos para adaptar-se
em lugares e meios diferentes do que está acostumada, mesmo a cultura sendo
algo que ela nunca viu, e as regras sendo impostas, pois a família é responsável na
educação do indivíduo para que possa conviver em sociedade..
Segundo Guzzo e Tizzei (2007, p. 42), "A família representa um ambiente
extremamente importante para o desenvolvimento da criança, porque é o primeiro
sistema em que o ser humano se insere na sociedade, por meio do qual começa a
estabelecer seu vínculo com o mundo". 
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Conforme Rubinstein (2003), a aprendizagem proporcionada pela escola não


compreende apenas o conhecimento social, mas também valores e ideais.
A escola é o ambiente onde se da à continuidade dos princípios familiares,
assim ela se encarrega de receber o educando para orienta-lo e complementar a
educação dada pela família, para que a criança consiga acomodar-se na sociedade
da melhor maneira.
De acordo com Cardoso (2009), o papel da escola encontra-se alicerçado
nas questões relacionais, sociais, nas capacidades cognitivas, na habilidade de lidar
com o novo. No entanto compete a instituição fazer com que o educando consiga
por si só exercer sua cidadania, e saber quais são os seus direitos e deveres, e
junto a família, devem trabalhar como equipe para um bem em comum, a educação
do indivíduo, proporcionando-lhes maior segurança para que consigam enfrentar as
dificuldades impostas pela sociedade.
Deste modo entende-se que a família acompanhando e desenvolvimento do
educando complementará o seu rendimento escolar, e a escola auxiliando a família
complementa na formação educacional e social.
O mesmo autor coloca que "o sucesso escolar depende em grande parte, do
apoio direto e sistemático da família, que investe nos filhos, compensando tanto
dificuldades individuais quanto deficiências escolares". (CARVALHO, 2000, p.144).
Avaliando, o desempenho do indivíduo é dependente em grande parte, mas
não somente da participação e ajuda dos pais, as escolas tem em seu papel o
dever de buscar e inovar maneiras de parceria com a família dos alunos, para que
lado a lado possam trabalhar na evolução da educação do aluno, tornando-a
proveitosa e de muita qualidade. Para Ribeiro e Lomônaco (2002), uma das formas
mais eficazes de ganhar a confiança dos pais, é abordar assuntos relacionados à
vida escolar de seus filhos, escutar e debater propostas que visem esclarecer
assuntos conflituosos para ambas as partes. 
A parceria entre as duas instituições responsáveis pela educação e formação
do indivíduo na sociedade, deve ser muito colaborativa, para que as duas juntas
possam criar e recriar estratégias na busca de uma educação de qualidade e
confiança.
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CAPÍTULO II

FAMÍLIA COMO CONTEXTO DE EVOLUÇÃO

O educador em seu papel colabora e contribui para que os alunos


construam uma postura crítica sobre o mundo, e se tornem cidadãos responsáveis e
com autonomia, mas para que aconteça de forma correta é extremamente
fundamental a relação entre educador e educando. Para a escola em si o seu papel
social tem como objetivo de transformar os educandos em cidadãos totalmente
aptos em conviver com a sociedade e com suas diferenças, sabendo respeita-las, e
sabendo respeitar o espaço e o direito de cada um. Conforme Paro: “A divulgação
de valores positivos com relação ao saber e ao estudo junto aos pais, para que
estes trabalhem esses valores com seus filhos em casa, depende de uma
comunicação muito eficiente entre escola e pais. Parece haver, por um lado, uma
incapacidade de compreensão, por parte dos pais, daquilo que é transmitido pela
escola; por outro, uma falta de habilidade dos professores para promoverem essa
comunicação.” (2000, p.68). 
Para entender mais a fundo a relação família escola (conforme citado por
Bhering & Siraj-Blatchford, 1999; Marques, 2002) engloba cinco tipos de
envolvimento entre os contextos familiar e escolar
TIPO 1. OBRIGAÇÕES ESSENCIAIS DOS PAIS.
Reflete as ações e atitudes das famílias ligados ao desenvolvimento integral
da criança e a promoção da saúde, proteção e repertórios evolutivos. Além da
capacidade de atender ás demandas da criança, considerando sua etapa de
desenvolvimento para inserção na escolarização formal, é tarefa da família criar um
ambiente propício para a aprendizagem escolar, incluído a comportamento
sistemático e orientações contínuas em relação aos hábitos de estudos e as tarefas
escolares.
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TIPO2. OBRIGAÇÕES ESSENCIAIS DA ESCOLA.


Retrata as diferentes formas e estratégias adotadas pela escola com intuito
de apresentar e discutir os tipos de programas existente na escola e evidenciar os
progressos da criança, em diferentes níveis, para os pais ou responsáveis, a
explicitação das normas adotadas, do funcionamento geral da escola, dos métodos
de ensino e de avaliação e abertura de espaços, onde os pais possam participara
ativamente e dar suas opções sobre estes tema é estratégico.

TIPO 3 ENVOLVIMENTO DOS PAIS EM ATIVIDADES DE COLABORAÇÃO


NA ESCOLA. 
Refere-se como os pais trabalham com a equipe da direção no que concerne
ao funcionamento da escola com um todo, isto é, em programações , reuniões,
eventos culturais, atividades extracurriculares e etc. este tipo de envolvimento viso
auxiliar, professores, orientadores, coordenadores e apoio pedagógico em suas
atividades especificas, que mediante ajuda direta, em sala de aula, que na
preparação de atividades ligadas às festa.

TIPO 4 ENVOLVIMENTO DOS PAIS EM ATIVIDADES QUE AFETAM A


APRENDIZAGEM E A APROVEITAMENTO ESCOAR, EM CASA.
Caracteriza-se pelo emprego de mecanismo e estratégia que os pais utilizam para
acompanhar as tarefas escolares, agendo como tutores, monitores e/ou mediadores,
atuando de forma independente ou sob a orientação do professor.

TIPO 5 ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO PROJETO POLITICO DA ESCOLA.


Reflete a participação afetiva dos pais na tomada de decisão quanto às metas e aos
projetos da escola. Retrata os diferentes tipos de organização, desde o
estabelecimento do colegiado e da associação de pais e mestres até intervenções
na política local e regional.
Assim ao se construir uma conexão de cooperação e parceria entre família e
escola a repercussão do educando será com prestígio e satisfação em relação a sua
formação escolar acadêmica e social.
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2.1 DO CONVÍVIO A UNIÃO ENTRE AMBAS

É uma relação complicada, pois há a urgência da família e da escola


aderirem condutas adequadas nas atividades educativa das crianças, quanto a
atuação, as atividades elaboradas e aos princípios morais que lhe são transmitidos
e ensinados.
Como consequência disso, Martins (2005) defende que é preciso que haja
também uma relação de coerência interna entre as referidas instituições, o que
exige uma análise do modo como se dá a relação família-escola. Segundo Martins
(2005) entre escola e família se estabelece uma relação importante, mas delicada.
Essa é uma relação fundamental para as duas, sabendo que a escola precisa
da família e vice versa, pois ambos os lados tem um interesse em comum, uma
educação de qualidade para as crianças.
Pais e professores devem trabalhar lado a lado formando um conjunto único,
onde cada qual possam expressar suas opiniões sem receios e nesta parceria
construir um melhor planejamento educacional. “Um diálogo verdadeiro entre pais e
professores é indispensável, porque o desenvolvimento harmonioso das crianças
implica uma complementaridade entre educação escolar e educação familiar”
(DELORS, 1998, p 111). A escola assume a tarefa de educar, por meio da
transmissão e apropriação do conhecimento clássico. Para Oliveira (apud Alves ,
2012, p.28), a escola é: [...] uma instituição social com objetivos e metas
determinadas que emprega e reelabora os conhecimentos socialmente produzidos,
como intuito de promover a aprendizagem e efetivar o desenvolvimento das funções
psicológicas superiores: memória seletiva, criatividade, associação de ideias,
organização e sequência de conhecimentos, dentre outros.
A educação escolar tem um objetivo específico o ensino do conhecimento
científico, ela se organiza pelo PP (Projeto Pedagógico), a fim de desempenhar
melhor sua maneira de educar. É preciso que tanto a escola como a família
compreendam que a natureza do trabalho educativo escolar na educação infantil é
distinta daquele realizado no âmbito doméstico (MARTINS, 2005), porque ele se
especifica por uma atividade seriada e intencional do professor junto da pequena
criança.
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As crianças que têm o acompanhamento familiar boa convivência,


relacionamento, regras, limites, entre outros têm bom rendimento escolar, tanto
quantitativa, quanto qualitativa, não apresentando dificuldades quanto ás normas e
rotinas escolares. O acompanhamento familiar pode evitar uma possível reprovação
e possibilitar o verdadeiro aprendizado do educando. Se houvesse a parceria entre
pais e escola, possivelmente, ocorreria o alcance de bons resultados em relação ao
aluno (filho).Muitas famílias delegam à escola toda a educação dos filhos, desde o
ensino das disciplinas específicas até a educação de valores, a formação do
caráter, além da carência afetiva que muitas crianças trazem de casa, esperando
que o professor supra essa necessidade. Por outro lado, algumas “famílias sentem-
se desautorizadas pelo professor, que toma para si tarefas que são da competência
da família.” (Szymanski, 2003, p. 74). Portanto por isso é fundamental que  família e
escola procurem sempre trabalhar em conjunto. Para  que ocorra a construção
de um elo  entre escola e família é primordial a  compreensão das práticas sociais,
a escola cabe uma educação com intensão , estabelecida em conhecimentos
científicos; já para os familiares a educação fica ao bom sonso de cada um, visto
que, envolve diversos conceitos, dependendo da cultura de cada indivíduo. O
investimento na construção do elo deve ser iniciado pela instituição e, em alguns
casos, precisam de mudanças na conduta em relação aos familiares.
Além disso, é preciso que os integrantes da escola tenham clareza no que
diz respeito à participação da família na escola, ao que realmente se almeja com
essa participação da família, tendo consciência que participar é fazer parte de algo,
é compartilhar (MARTINS, 2005). 
Em outras palavras, é necessário que haja entre os integrantes da escola
uma postura e uma conscientização das expectativas e responsabilidades a serem
compartilhadas, esclarecendo assim os objetivos a serem alcançados com a
participação da família na escola (MARTINS, 2005)
O segredo para que escola, professor, família e alunos se deem bem está na
comunicação e o vínculo entre este conjunto, pois se tem liberdade entre ambas,
podem abordar vários assuntos sem ter problema em ocorrer uma interpretação
equivocada. O relacionamento é limitado à sala de aula e aos portões, então torna a
interação professor-família ficar comprometida (OLIVEIRA; MARINHO ARAÚJO,
2010). As famílias não são enxergadas como aliados pelos professores, como
deveriam ser, mesmo quando interesse é demonstrado por elas acontecem o
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inverso, ela é vista como ameaça, alguns professores sentem sua competência  e
seu papel de ensina julgados.
A família e escola são pontos de apoio e sustentação ao ser humano, marcos
de referência existencial. Quanto maior a parceria entre ambas, mais positivos e
significativos serão os resultados na formação do sujeito. A participação dos pais na
educação dos filhos deve ser constante e consciente, pois não devem ajudá-los
somente por obrigação na condição de pais e sim porque é de fundamental
importância como seres humanos. Parolin (2005. p, 53) afirma que:
A participação da família na vida escolar da criança é fundamental, pois
quando há um incentivo, acompanhamento escolar, dá a criança o sentimento de
segurança, de se sentir importante, de criar expectativas em relação ao futuro social
da criança.
Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças
para o mundo; no entanto; a família tem suas particularidades que a diferenciam da
escola, e suas necessidades que a aproximam dessa instituição. A escola tem sua
metodologia, filosofia, no entanto, ela necessita da família para concretizar seu
projeto educativo.

CAPÍTULO III
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DIÁLOGO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

Um aspecto abordado por Martins (2011)fala sobre a precisão de estarmos atentos


ao modo que acontece a comunicação entre família-escola. Comunicar significa
compartilhar com o outro informações de qualquer espécie, o que permite a ambos
terem algo em comum, estabelecerem um vínculo (FERNANDES apud MARTINS,
2005, p.11). São pelas interações que se constroem os vínculos, e assim as duas
andam juntas com a comunicação que tanto necessitam.
A comunicação carrega uma função de suma relevância nas relações, por
que o que pode não ser dito, pode vir a ser interpretado de maneira privada,
portanto a qualidade da comunicação dependerá de como será passada, como,
quando e sob que contexto, ressaltando que a ausência destes cuidados provocam
ângulos e compreensões erradas.
Estudos sobre a relação Família escola relatam que o diálogo entre ambas
frequentemente acontecem pelo educando, um diálogo monólogo onde só a esola
tem voz ativa, a cooperação e a participação ativa dos familiares ficam limitadas, e
acontece conforme a instituição planeja, sem intervenções.
O relacionamento é limitado à sala de aula e aos portões, e devido a esses
locais de encontro, a interação professor-família fica comprometida (OLIVEIRA;
MARINHO ARAÚJO, 2010).
Muitas vezes as Famílias não são consideradas para os educadores como
aliados como deveriam parecer, mesmo quando os familiares demostram uma
preocupação, acontece o oposto, pois ao invés de ser considerados como uma
ajuda, um respaldo para os professores, é vista como uma “ameaça”, e alguns
sentem-se julgados pela sua capacidade de ensinar.
Sabendo a responsabilidade da escola, da família, e também professores,
percebemos que ambos têm a preocupação e zelam a educação de seus
filhos e alunos, sendo assim com visões diferentes. Apesar de compartilharem essa
preocupação com o desempenho escolar não compartilham as mesmas ideias
sobre como podem contribuir para superar ou ao menos amenizar os problemas
referentes à educação.
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Algumas escolas jogam a responsabilidade de educar para os pais e família,


sendo que algumas famílias jogam essa função de educar e ensinar valores para a
escola, a família renunciou às suas responsabilidades no âmbito educativo,
passando a exigir que a escola ocupe o vazio que eles não podem preencher.
Sendo assim, o que se vê hoje são crianças chegando à escola e desenvolvendo
suas atividades escolares sem qualquer apoio familiar, vale ressaltar a importância
da parceria e o diálogo entre ambos para que ocorram uma melhor interação e
esclarecimento de vários assuntos e assim o rendimento escolar dos alunos seja
muito melhore.
A alegação expressa pelos professores mostra a complexidade de superar,
concepções preconceituosas e internalizados pelos profissionais da educação,
empacando ainda mais essa relação família-escola. (TANCREDI & REALI apud
OLIVEIRA MARINHO, 2010).
Muitos pais tem aquela visão de que a aproximação família – escola, deveria
proceder- se da escola, conforme estudos de Bhering e Siraj-Blatchford (1999) e
Bhering (2003), e que o papel da família seria complementar as metas educacionais
da escola (OLIVEIRA; MARINHO ARAÚJO, 2010). Para alguns pais, envolver
significa participar das atividades pedagógicas, tanto no espaço escolar como no
espaço familiar, contribuir usando diversas formas para a aprendizagem, entre eles:
tarefas de casa e atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo, e
participativo ativo no âmbito escolar.
A função dos pais, consequentemente, é continuar o trabalho da escola,
criando condições para seus filhos obterem êxito tanto na sala de aula e na vida.
Sendo assim, a escola tem como papel principal a democratização dos
conhecimentos e a formação dos cidadãos participativos e influentes.
A educação para os cidadãos para viver uma sociedade tem que ser aberto
ao conhecimento, e também a formar indivíduos que vivam em sociedade tendo
consciência do que faz, e é muito relevante e indispensável o trabalho dos
educadores para que tenha esse vínculo  e enfatizar o quanto é importante a
influência do professor para que se crie esse vínculo.

3.1 ESCOLA UM DIREITO DA CRIANÇA E RESPONSABILIDADE COLETIVA


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A escola confia que o sucesso no processo educativo da criança depende


muito da participação ativa da família, que por sua vez tem que ter atenção aos
conceitos do desenvolvimento do aluno, de maneira que contribuam para a sua
capacitação intelectual. Falam do compromisso que lhes foi transferido pela parte
dos pais no processo de formação do aluno, e acrescentam que a missão de passar
os conteúdos curriculares teve certo desvio no meio do caminho, sobretudo de
categoria intelectual.. Com isso, ao invés de ter os familiares como parceiros da
escola, acaba afastando-os ainda mais do período escolar.
Di Santo, (2007). Para Tiba (1998), não adianta os pais exigirem da escola a
função de educar os filhos e nem a escola atribuir aos pais tal função. O quadro é
de conflito, é preciso de fato achar soluções para que todos sejam beneficiados.
Quando o assunto é educação e formação parece que as responsabilidades são
jogadas entre a família e a escola, a escola alega que a educação vem de berço, e
a família cobra da escola a educação de seus filhos, sem pensarem qual é o papel
de cada uma, nesse contexto, a escola ao passar conteúdos pode sim vir educar, e
a família ao educar transmite certo conteúdo na formação de seu filho, a escola
estando do lado dos familiares a educação se estabelece, e a instituição se firma
como um ambiente de formação e educação. 

Para Tiba (1998, p.15) “existe um descompasso entre essa capacitação e a


solicitação dos pais em relação à educação dos filhos”.  Tiba nos convida a refletir
do que deve ser ensinado aos educandos, sobre o método que pode vir a ser mais
coesa a ação docente, sendo esse ato um meio de auxiliar a escola a achar
soluções autênticas para superar questões morais e éticas que enfrentam no dia-
dia, uma vez que a instituição não é única urgência de formação e cidadania,
nesse contexto a família tem seu dever principal.
O avanço do educando e da sociedade é dependente cada dia mais da qualidade
e de oportunidades iguais de educação, o desafio de instituição é buscar a
valorização da informação e da formação, tanto no professor quanto no aluno, tanto
os mecanismos, como os conhecimentos acumulados, resgatando a relevância do
conjunto na edificação de princípios e valores. 
CONCLUSÃO
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Na introdução apresentei a proposta deste trabalho e o objetivo, na qual


foram apresentados os principais conceitos que contemplam o objetivo de estudo
como participação e como acontece e qual seu objetivo para a partir de então,
observar se há participação dos pais na educação dos filhos e se de fato acontece a
parceria entre escola e família.
Notei que a participação da família é fundamental para a criança alcançar o
sucesso em sua trajetória na vida escolar. A família deve compreender que tem
papel imprescindível na educação dos filhos, participar, dar carinho, dialogar e
acabar com o distanciamento entre escola e família que ainda existe nos dias
atuais, pois é por meio da interação, comunicação, amizade e afinidade que há uma
conexão entre pais, alunos e professores. Os educadores devem conhecer melhor
seus alunos, suas dificuldades e objetivos, convidar os pais a interagir com eles
dentro da escola, com o objetivo de fazer algo melhor, é a melhor forma de se obter
bons resultados.
De acordo com a pesquisa cheguei a conclusão de que os alunos cuja
família é presente na escola são mais prestativos, atenciosos, tem mais motivação
e se interessam mais em estudar. Por outro lado, os alunos que têm a família
ausente do espaço escolar, seus rendimentos, interesse e a motivação são
inferiores aos demais.
Algumas escolas tentam envolver a família nas ações escolares convidando-
as para reuniões, festas comemorativas, apresentações de teatro, porém a
participação ainda é baixa, por isso a importância da equipe gestora estar sempre
atenta e tentar fazer o possível para que a comunidade possa participar.  
Compreendeu-se com essa pesquisa, que a participação da família na escola
é de fundamental importância para o sucesso escolar do discente não só no Ensino
Fundamental, e sim desde a Educação Infantil ao Ensino médio, não podendo se
ausentar de sua responsabilidade de educar, participando e ajudando os filhos, a
família contribui para uma boa aprendizagem e consequentemente, contribuindo
com a melhora da qualidade da educação brasileira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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educação infantil em uma escola privada de Sinop. 2009.
BHERING, E. SIRAJ-BLATCHFORD I. A relação escola-pais: um modelo de
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