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Trabalho de Psicologia da Educação

Turma F

Diana da Silva Barbosa, up202204250


Felipe Mercini Rocha, up202201896
Gabrielle Larisse Nunes Soares, up202104398
Guilherme dos Santos Barbosa, up202210634
Regina Pacheco Duro, up202204866

Ano letivo 2023/2024


Docentes: Joana Dias Cadima; Ana Camacho de Carvalho Carneiro de Sousa
Índice
Introdução ................................................................................................................................ 3
Perspetiva ecológico-sistémica ................................................................................................ 3
Riscos e Oportunidades ........................................................................................................... 4
Fatores Organizacionais, Interpessoais e Curriculares ....................................................... 6
Programa de intervenção ........................................................................................................ 7
Relevância da “Estante Mágica” e Fundamentação teórica ............................................... 9
Conclusão ................................................................................................................................ 11
Referências.............................................................................................................................. 12

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Introdução

O presente ensaio propõe-se abordar os desafios enfrentados pelo agrupamento de


escolas apresentado, com foco no 2º Ciclo do Ensino Básico, onde questões como a
desmotivação para a leitura e escrita, conflitos nos processos diádicos e a baixa participação
familiar são proeminentes. Esta reflexão procura analisar esses desafios e sugerir um programa
de intervenção centrado no projeto "Estante Mágica", com o objetivo de promover a motivação
e gosto pela leitura e escrita, desenvolver competências socioemocionais e estabelecer relações
eficazes entre a escola, os alunos e as famílias.

O programa de intervenção procura não apenas abordar os desafios identificados, mas


também proporcionar soluções tangíveis cujo resultado será uma melhoria significativa do
ambiente educacional e do desempenho dos alunos. Ao adotar uma abordagem holística, que
engloba aspetos pedagógicos, socioemocionais e de envolvimento comunitário, procura-se a
criação de um ambiente propício para o desenvolvimento integral dos estudantes. A
implementação do projeto em questão surge como uma oportunidade para estimular a
criatividade, a autoestima e a interação entre os alunos, além de fortalecer os laços entre a
escola, as famílias e a comunidade. Este trabalho visa contribuir para a construção de uma
educação mais motivadora e significativa para todos os envolvidos no processo educacional.

Perspetiva ecológico-sistémica

O agrupamento de escolas enfrenta uma série de desafios que impactam a aprendizagem


do 5º e 6º ano do 2º ciclo, em particular, nos processos diários, no ambiente de sala de aula, na
estrutura escolar, nas relações familiares-escolares, na interação com a comunidade e com a
sociedade em geral.

Ao nível da aprendizagem, é notável uma desmotivação crescente na leitura e escrita nos


alunos. A iniciativa para ler em casa é limitada, o que causa implicações diretas na dificuldade
de interpretação de textos e produção escrita. Além disso, a imaturidade dos alunos é uma
característica que prevalece nestes anos.

Os processos diários são marcados por conflitos nos corredores e pelo uso frequente de
telemóveis durante os intervalos, em oposição à interação saudável entre os alunos. As relações

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entre professores e a diretora também não parecem positivas, visto que a mesma tenta propor
medidas que visam solucionar problemas do 2°ciclo, e os professores opõem-se.

Os processos na sala são marcados por desmotivação e dificuldades. Os métodos de


ensino utilizados pelos professores são muito tradicionais e parecem não ser os mais adequados
dadas as necessidades específicas e as faixas etárias. O ênfase no trabalho individual e em
grande grupo não ajuda a favorecer os relacionamentos interpessoais, que já são marcados
negativamente.

No âmbito da escola, a escassez de assistentes operacionais, a presença de professores


novos sem muita orientação e a limitação de verbas comprometem a eficácia das tarefas diárias
(ensino e serviços da escola). A existência de poucos psicólogos educacionais é um problema
que dificulta o apoio direto ao aluno, ao agrupamento e aos professores.

A relação família-escola encontra-se desafiada devido à baixa participação e intervenção


dos pais, atribuída a fatores externos como trabalho e horários. A escolaridade da maioria
resume-se a habilitações ao nível do ensino básico, o que faz com que muitos trabalhem em
fábricas e, por isso, disponham de horários pouco flexíveis para conseguir acompanhar os filhos
no percurso escolar e ajudá-los a estudar em casa.

A nível da comunidade, esta é influenciada pela parcial disponibilidade de recursos por


parte da Câmara Municipal, limitada ao pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico. A procura por
parcerias e atividades delineadas pelos psicólogos educacionais tem como objetivo promover
uma abordagem mais holística e eficaz no processo educacional.

No que diz respeito à sociedade, a recém-saída de uma situação mundial de pandemia


impede o investimento no agrupamento. Este está localizado numa zona semi urbana, onde a
maioria dos pais dispõe de habilitações ao nível do ensino básico, o que tende a aumentar a
probabilidade de reprodução social.

Riscos e Oportunidades

Ao analisar os diferentes níveis desenvolvimentais, podemos apontar alguns riscos a nível


familiar. A baixa escolaridade da maioria dos pais do agrupamento e ausência de um

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envolvimento ativo nas atividades que podem ocorrer ao longo do processo de aprendizagem
da criança afetam o seu desempenho escolar, o interesse pela aprendizagem e a sua motivação.

Ao observar a interação entre os métodos tradicionais didáticos e os processos na sala,


podemos concluir que estes são marcados por uma dificuldade de relações interpessoais dos
alunos e professores, neste caso a falta de uma vinculação ad-hoc com os professores poderá
ser um fator imperativo desta relação. Por consequência disto, esta distância reflete-se nas
dinâmicas de sala de aula e na desmotivação dos alunos. Isto demonstra um problema numa
eventual implementação de um projeto de intervenção. Os professores precisam de formações
para conseguirem ajudar os alunos nas suas dificuldades.

As relações entre os alunos e o uso excessivo da tecnologia consideram-se também fatores


de risco que podem comprometer o desempenho em sala de aula e as dinâmicas na mesma.
Estes dois fatores também são um entrave (possível de ser melhorado) na implementação de
um programa de intervenção - os alunos têm de conseguir cooperar e estabelecer relações
positivas entre si e o uso da tecnologia tem de ser mediado e utilizado de forma inovadora.

Em relação aos riscos associados à comunidade, a falta de recursos monetários interfere


no acesso a materiais mais didáticos e atualizados. Para além de que, limita também a
disponibilidade de profissionais que possam contribuir para a promoção de um ambiente mais
estimulante para os alunos.

Em análise às oportunidades é possível ver que, embora sejam menores que os riscos,
podem contribuir para a promoção de um ambiente mais estimulante face aos desafios que o
2° CEB está a enfrentar. O agrupamento dispõe de um empenho ativo da Diretora, que visa
garantir uma gestão eficaz dos recursos que possui, em consonância com os dois Psicólogos
Educacionais disponíveis. Este compromisso tem como objetivo delinear parcerias, atividades
e equipamentos que permitam um bom ensino e diversidade de estratégias para serem
implementadas em sala de aula.

Diante dos diferentes desafios escolares e características deste agrupamento,


selecionamos a desmotivação para a leitura e escrita do 2° ciclo de estudos, como a
problemática deste projeto.

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Propomos um programa de intervenção com o objetivo da promoção do gosto pela
leitura e escrita, que consiga ainda desenvolver a autonomia e outras competências
socioemocionais envolvidas.

Fatores Organizacionais, Interpessoais e Curriculares

Para combater os riscos deste agrupamento e enfatizar as oportunidades, é necessário


assegurar alguns fatores organizacionais, interpessoais e curriculares/ensino. Só assim a
implementação de um eventual programa de intervenção poderá ser possível e eficaz.

No âmbito dos processos organizacionais, a missão do agrupamento, focalizado no


problema do 2º CEB escolhido, é promover a motivação intrínseca de todos os alunos para a
leitura e para a escrita. Desta forma, existem alguns pormenores que, resolvidos, fariam a
diferença neste processo.

Em primeiro lugar, torna-se imprescindível estabelecer momentos de formação pelos


psicólogos educacionais aos docentes, abordando não apenas questões de dinâmica e métodos
de ensino em sala de aula, mas também questões da importância do estabelecimento de relações
significativas com os alunos, uma vez que essas relações contribuem diretamente para o bom
desempenho e promoção de um bom ambiente escolar.

Em segundo lugar, o papel dos psicólogos será importante também porque são os
principais responsáveis por procurar parcerias e programas eficazes tendo em consideração a
falta de verbas e recursos do agrupamento.

Para além do mencionado, o programa que será implementado deve ainda incluir a
participação dos encarregados de educação visando a melhoria e a proximidade desta relação
com o agrupamento.

A escola tem de assumir papeis que vão para além do ensino de competências analíticas.
É um contexto desenvolvimental que deve promover o bem-estar e relações positivas entre os
todos. Dessa forma, no que se refere aos processos interpessoais, é crucial que os psicólogos

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escolares trabalhem as relações entre os alunos, nos contextos de sala de aula (autonomia,
diálogo, dinâmicas) e fora dela (cooperação, respeito, diversão, reciprocidade).

Deve também ser insistida e assegurada a relação mais próxima entre os pais e o
agrupamento/professores, de forma que estes estejam mais envolvidos no processo de
aprendizagem dos filhos e que consigam acompanhar e estimular os mesmos fora do contexto
escolar.

É importante trabalhar nas relações entre professores e o trabalho cooperativo e entre


os professores e a diretora, visto que um bom trabalho em equipa facilitará a implementação
de medidas, gerará um ambiente escolar positivo e a interajuda.

Para além das relações interpessoais, a implementação do programa deve promover


maiores níveis de autonomia e autodeterminação, isso irá aumentar os níveis de autoestima dos
alunos.

Nos processos curriculares e de ensino, é expectável que o projeto ajude na melhoria


dos resultados escolares, bem como na motivação intrínseca para a escrita e leitura. O projeto
terá de estar adaptado à faixa etária, aos interesses dos alunos e ao plano curricular. Para isso,
é necessário criar o devido apoio e as estruturas necessárias para que os psicólogos e
professores se sintam apoiados para implementar os programas de intervenção.

É importante planificar ao pormenor o programa e assegurar que o mesmo seja


apropriado. Posteriormente, é necessário deixar explícito para os professores o que é esperado
deles, nomeadamente, quando e como será a planificação e implementação do programa. O
mesmo deve acontecer com os alunos, nomeadamente, deixar claro o que se vai realizar, o que
se espera dos mesmos, como e quando vão participar do projeto.

Assegurando estes fatores, a implementação do eventual programa será mais eficaz e


os problemas do agrupamento serão mais facilmente resolvidos.

Programa de intervenção

Para a promoção da leitura e da escrita nas crianças, é proposto a implementação e


execução do projeto “Estante Mágica”. Esta é uma empresa de impacto social que surgiu em

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2009. O seu propósito é contribuir para uma educação transformadora, dar voz e incentivos às
crianças, desenvolver a sua autoestima e competências socioemocionais, e desenvolver a leitura
e escrita.

O projeto começa com os alunos a criar as suas próprias histórias, e a desenhar os


personagens das mesmas. No final deste processo, os desenhos são fotografados e os textos são
enviados através do computador, ou pela aplicação que a empresa possui, para a equipa da
“Estante Mágica”. Esta transforma as histórias das crianças em livros ilustrados, sendo as
ilustrações os próprios desenhos que elas criaram. De seguida, as ilustrações são
implementadas num jogo eletrónico que está disponível na aplicação da “Estante Mágica”.
Assim as crianças sentem que estão a jogar um jogo que elas mesmo criaram. No final do
projeto, ocorre um evento de autógrafos, em que as crianças assinam os próprios livros. Para
este evento estão convidados os encarregados de educação das crianças, as famílias,
professores, etc. O acesso ao produto final não é gratuito, sendo que outro objetivo deste evento
é a venda dos livros que as crianças produziram.

Todo o projeto é gratuito na sua execução, desde os materiais de apoio aos professores
e guiões para a implementação do projeto até aos livros digitais de cada criança. Este fator é
uma mais-valia para o agrupamento, visto que não são necessários recursos monetários para
participar deste projeto. Embora a “Estante Mágica” disponibilize todo o material informativo
gratuitamente, somente o livro físico das crianças possui um custo, sendo opcional a sua
compra. Todo o montante é revertido para o projeto, ou seja, o mesmo é financiado pela compra
dos livros, e não pela escola.

A implementação da “Estante Mágica” no agrupamento será assegurada e promovida


pelos Psicólogos Educacionais, para além de gerirem as dinâmicas de formação aos professores
(como funciona o programa, como se aplica, o que se espera, quais as competências a
adquirir...).

É também da responsabilidade dos Psicólogos manter e promover o maior


envolvimento e contacto dos encarregados de educação neste programa - estimularem os filhos
a partilharem as histórias, os desenhos, e mais importante, estarem presentes na sessão final de
autógrafos – a presença e envolvimentos dos pais nesta atividade fará toda a diferença. Tudo
isto vai implicar a necessidade de encontrar horários mais flexíveis ou de mudar a modalidade

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das reuniões (sugestão do online) para que se possa realizar reuniões com os pais para os
envolver no projeto.

As Psicólogas, juntamente com o corpo docente, definem a planificação do projeto:


quando desejam começar e terminar o projeto e estipulam os prazos de cada etapa da construção
das histórias. Todas essas informações estão disponíveis na aplicação, a fim de parametrizar o
desenvolvimento das atividades, sem prejudicar o desempenho dos conteúdos regulares.

Os recursos necessários para o desenvolvimento eficaz do projeto são materiais comuns


da escola como papeis, canetas, lápis de cor e o acesso à internet para que os professores
consigam aceder ao projeto e o demonstrar para as crianças em sala de aula.

Relevância da “Estante Mágica” & Fundamentação Teórica

A teoria da autodeterminação (Deci & Ryan, 2017), de forma reduzida e simplista, foca-
se na compreensão das razões intrínsecas e extrínsecas que motivam o comportamento humano.
Enfatizando as três necessidades básicas psicológicas: competência, necessidade de
autoeficácia, de ser capaz de fazer e de ser bem sucedido; a autonomia, necessidade de ter o
controlo e a escolha sobre as próprias ações e o seu curso; relacionamento, necessidade de
pertença e de relação com os outros. Diferencia ainda a motivação intrínseca (motivação por
prazer genuíno e interesse pessoal) e extrínseca (motivação por recompensas externas e/ou
pressões). Além disso, demonstra a importância do suporte à autonomia, através dos feedbacks
e dos ambientes que os proporcionam.

Com base nesta teoria e algumas evidências científicas relacionadas com o tema,
consideramos a relevância da implementação deste programa de intervenção no agrupamento
por diversas razões que serão explicitadas.

O projeto é focado precisamente na problemática selecionada, oferecendo uma


abordagem inovadora de forma a incentivar os alunos a lerem as histórias, a utilizarem a
imaginação, a refletirem, expressarem-se de forma criativa e a produzirem por si próprios.

Neste sentido, a “Estante Mágica” facilita a promoção da motivação já que, incentiva


à autonomia e ao sentido de competência que, como a teoria da autodeterminação (Deci &

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Ryan, 2017) defende, é crucial que exista espaço para a promoção dessas competências para o
envolvimento ativo e participação motivada do indivíduo nas atividades.

Todo o processo terá como resultado um maior desempenho na leitura e escrita,


persistência face às dificuldades, promoção de um espaço propício para a criatividade e bem-
estar e maiores níveis de autoestima. O projeto conseguirá aproximar, de uma maneira lúdica
e criativa, a motivação extrínseca, para a leitura e escrita, da intrínseca, ou seja, transformar os
objetivos escolares e valores externos em algo interno e pessoal para a criança.

De acordo com a teoria da autodeterminação (Deci & Ryan, 2017) um indivíduo que
sente que tem controlo sobre as suas próprias escolhas e ações (autonomia) que é bem-sucedido
por isso (competência) e que, no processo, experiencia relações positivas e significativas com
os outros (relacionamento) consegue sentir e ter maiores níveis de motivação intrínseca para
se envolver e realizar as atividades.

Podemos afirmar também que, a ideia da criação de um jogo eletrónico, proporcionado


pelo projeto, irá melhorar as relações interpessoais, já que a tecnologia é fator dominante
comum entre todos. Será uma forma de os aproximar e ajudar na convivência pacífica.
Acrescentando ainda que, como os jogos serão personalizados com os desenhos das
personagens de cada aluno, permite que partilhem entre si e joguem em conjunto.

A sessão de autógrafos também irá impulsionar essa partilha, uma vez que as crianças
serão incentivadas a explicar as próprias histórias e personagens. Assim como Santin (2001, p.
523) ressalta, brincar: “é o principal meio de aprendizagem da criança, pois os pequenos
desenvolvem gradualmente conceitos de relacionamentos causais, o poder de discriminar, de
fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular”, pelo que, usar jogos,
brincadeiras, músicas com gestos, teatros, parlendas e contação de história faz com que as
crianças criem afinidade e, consequentemente, gerem hábitos para a leitura, assim se
desenvolvendo em diferentes aspetos, seja motor, cognitivo ou psicológico. “Projetos literários
como uma feira de livros, estante mágica, troca de livro, e maleta viajante, são algumas
didáticas que levam as crianças para o mundo da imaginação, e deixam as aulas dos professores
mais produtivas, prazerosas e interessantes”. Quanto mais variadas as atividades lúdicas
propostas pelo projeto, maior a probabilidade de a criança encontrar motivação intrínseca em
alguma delas.

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A sessão de autógrafos, com todo o agrupamento e pais presentes, vai ainda
proporcionar maior proximidade entre os alunos e os pais, estando os encarregados de educação
mais envolvidos e com mais conhecimento sobre o que o seu filho faz na escola e as suas
evoluções em termos de aprendizagens. Surgirá uma maior proximidade entre professores-
alunos já que, a implementação do programa requer o auxílio dos mesmos, e isso terá impactos
diretos e positivos nas relações e dinâmicas na sala de aula.

O projeto “Estante Mágica” destaca-se como relevante para o agrupamento pela sua
adaptabilidade e inclusividade para todos os alunos, independentemente de suas habilidades,
necessidades individuais ou até disparidades sociais. Isto permite que todos os alunos consigam
participar do programa e se divirtam com as tarefas. A escola deve ser um contexto respeitador
das diferenças individuais e promotor de atividades que assim o enfatizam, por isso, o projeto
“Estante Mágica” é uma mais-valia para este agrupamento.

Conclusão

Este trabalho delineou os desafios significativos enfrentados pelo agrupamento de


escolas, especialmente no 2º Ciclo do Ensino Básico, que incluem desmotivação para leitura e
escrita, conflitos interpessoais e baixa participação familiar e em resposta a esses desafios, foi
proposto o programa de intervenção baseado no projeto "Estante Mágica".

Este programa não só visa abordar os problemas identificados, mas também procura
criar um ambiente educacional mais estimulante e inclusivo. Ao adotar uma abordagem
holística, focada no desenvolvimento de competências socioemocionais e no fortalecimento
das relações entre escola, alunos e famílias, o projeto procura promover uma educação mais
significativa e motivadora.

A implementação do projeto "Estante Mágica" não procura apenas escrita e a leitura,


mas também promove o desenvolvimento social dos alunos. A sua adaptabilidade e capacidade
de envolver todos os alunos, independentemente de suas circunstâncias individuais, destacam
a sua importância como uma ferramenta valiosa para a transformação do ambiente educacional.

O programa proposto representa uma oportunidade significativa para enfrentar os


desafios existentes e promover uma educação mais inclusiva, motivadora e centrada no aluno.

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Ao implementar o projeto "Estante Mágica", o agrupamento de escolas pode criar um ambiente
onde todos os alunos possam prosperar e alcançar o seu potencial escolar e pessoal.

Referências

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Silva , L. F., Souza , L. F., Dias, L. A., & dos Santos, R. S. (n.d.). MOTIVAÇÃO: um artifício

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