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POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Polo Jundiaí-centro
2020
Flávia Dei Santi Zorzi Barros RA 1825407
Gabrielle Bianne Ximenes Nascimento RA 1826172
Michely Barros de Oliveira RA 1825403
Jundiai
2020
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LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
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1 TEMA .............................................................................................................. 5
2 SITUAÇÃO-PROBLEMA ................................................................................ 5
3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO ............................................ 6
4 PÚBLICO ALVO ........................................................................................... 13
5 OBJETIVOS .................................................................................................. 13
6 PERCURSO METODOLÓGICO ................................................................... 14
7 RECURSOS....................................................................................................16
8 CRONOGRAMA ............................................................................................17
9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL ............................................................... 19
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 21
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1 TEMA
2 SITUAÇÃO-PROBLEMA
5
3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO
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critérios adotados para identificar um comportamento indisciplinado se
transformam ao longo do tempo e se diferenciam dentro da dinâmica social.
Ao verificarmos os sentidos que a língua portuguesa dá para o conceito
indisciplina encontraremos definições como ato contrário a disciplina que leva a
desordem, desobediência. A disciplina define-se como regime de ordem imposta
ou consentida que convém ao funcionamento de uma organização, implicando
na observância das normas estabelecidas. E violência, por sua vez, seria ato
violento que provocaria, pelo uso da força, um constrangimento físico ou moral
(Aquino, 1996). Já a disciplina escolar está relacionada ao conjunto de regras
que devem ser obedecidas para o sucesso escolar. Ela se constitui uma
qualidade no relacionamento entre aluno e professor na sala de aula e na escola
(Tiba, 1996 apud Santos, 2016). Pensando nestas definições, quais seriam as
consequências para a indisciplina escolar?
Uma das consequências, conforme Silva (2017), seria o baixo rendimento
escolar devido as constantes interrupções durante a aula. O barulho de
conversas paralelas e fora do contexto transformam a sala de aula em um
ambiente desconfortável, desagradável e desfavorável para o aprendizado.
Outro fator de risco resultante da indisciplina seria a violência que pode ocorrer
entre os alunos ou entre alunos e funcionários. A disciplina é um pilar para a
realização pessoal e profissional e na sua ausência, surgem o desrespeito,
agressões físicas e verbais, o bullying, atitudes violentas e outras como xingar,
apelidar, bater, ferir, roubar, etc. Essas atitudes não podem ser consideradas
como mera imaturidade ou brincadeira, pois ferem o direito do outro.
Silva (2017) também relaciona indisciplina escolar e violência social ao
analisar os dados dos altos índices de apreensões de menores infratores. Para
ela atitudes de expulsão ou suspensão não contribuem, pois, o lugar de criança
é na escola. Quando este direito é negado, a criança ou adolescente fica exposto
a diversos problemas sociais.
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Mais quais seriam então as causas da indisciplina? E porque os alunos
estão cada vez mais bagunceiros? Para o portal PROESC.com (2020), não é a
indisciplina dos estudantes o grande problema, uma vez que ela é o resultado
de uma rotina desatualizada e falta de adequação dos processos de
aprendizagem.
Segundo Silva (2017) os professores gastam 20% do tempo de aula
combatendo a indisciplina. Isso demonstra que a falta de formação continuada
para ensiná-los a lidar com as situações de conflito é um fator desencadeador
da indisciplina e que também contribui para desmotivação dos educadores,
levando-os a problemas psicológicos e até depressão. Outro fator apontado seria
a falta de estrutura familiar. Antes de qualquer julgamento, faz-se necessário
avaliar o contexto em que a criança está exposta. Quando incomodado, o aluno
reage com maus comportamentos. Isso ocorre, porque ele está desenvolvendo
sua personalidade através da expressão de suas escolhas, contestando regras
e limites impostos pelos adultos.
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relação, os alunos enfrentam seus mestres, afirmando que não lhe devem
obediência, pois pagam seus salários (Taille, 1996 apud Santos, 2016).
Outro motivo para a indisciplina seria a desvalorização social da escola e
queda do mito da ascensão social por meio do ensino. Entender que os estudos
não contribuirão para um crescimento social faz com que os alunos não se
sintam motivados a prestar atenção nas aulas e a escola vira uma obrigação.
Assim, a figura do professor tem sido banalizada e seu papel de agente
transformador da realidade, descaracterizado. Outras situações como criação
autoritária, falta de limites, lares desestruturados, pais separados, pais
permissivos e desinteresse dos pais na vida escolar dos filhos são destacadas
por pesquisadores. Porém, as adversidades familiares podem ser superadas se
o aluno tiver oportunidade de vivenciar contextos e modelos educacionais até
então não vivenciados. Por fim, outra causa apontada por estudiosos seria a
defasagem existente entre série/idade dos alunos repetentes que convivem com
alunos mais novos em um ambiente que parece não lhes pertencer
(Vasconcellos, 1995; Sganzella, 2012; Tiba, 1996; 2011; Baú; Ruiz, 2010; Rego,
1996; Aguiar, 2008 apud Santos, 2016).
Não basta, porém, identificar as causas mais comuns da indisciplina;
torna-se primordial identificar meios de preveni-la e formas de enfrenta-la para
alcançar o ensino e aprendizagem de qualidade na escola.
Segundo Aquino (1996) a solução estaria no coração da relação
professor-aluno, ou seja, nos vínculos cotidianos e na maneira como nos
posicionamos diante do nosso outro complementar, pois ambos são parceiros
de um mesmo jogo. Em primeiro lugar deve-se investir nos vínculos concretos
abdicando dos modelos idealizados de aluno e professor para potencializar a
afetividade. Em segundo lugar deve-se manter a fidelidade ao contrato
pedagógico que deve ser claro para ambas as partes, restrito ao campo do
conhecimento acumulado e tendo necessidade, suas clausulas devem ser
relembradas todos os dias em todas as aulas. Para o autor vale mais a pena a
exaustão do que a ambiguidade. Em último lugar, ele cita a flexibilidade para a
mudança e para a invenção. O Professor deve reinventar seu campo de
conhecimento a cada encontro.
Aquino (1996) também trata da questão de que a aula deve ser realmente
interessante para manter o aluno envolvido, não dando espaço para a
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indisciplina, pois “o aluno é obrigado, assim, a fazer funcionar esta grande
engrenagem que é o pensamento lógico, independentemente do campo
específico de determinada matéria ou disciplina (...)”. Neste caso o barulho,
agitação e movimentação passam a ser catalisadores do conhecimento tornando
a indisciplina, paradoxalmente, um movimento organizado que denota
tenacidade, perseverança, obstinação e vontade de aprender.
Para Silva (2017) o professor que prepara bem suas aulas sofre menos
com o mau comportamento dos alunos. Uma prática docente voltada para a
improvisação desestimula o interesse pelo aprendizado. A autora também
entende que o estabelecimento de regras dentro da sala de aula também pode
ajudar a diminuir a indisciplina. Para isso, deve-se elaborar um contrato didático
com a ajuda dos alunos, visto que, ao estimular que eles mesmos elaborem as
regras, o professor estará desenvolvendo neles o senso de responsabilidade,
tornando-os responsáveis pelo cumprimento das regras e manutenção do
contrato. Quando as regras não forem respeitadas o professor tem de dosar as
medidas de conscientização conforme a gravidade das ações com o cuidado
para que não sejam adotadas medidas injustas ou excessivas.
Silva (2017) nos traz outras sugestões para lidar com a indisciplina como
o controle emocional do professor mesmo durante os momentos de conflito.
Manter um tom de voz calmo fará com que no momento em que ele aumentar o
tom, certamente conseguirá a atenção dos alunos. Ela também explica que o
envolvimento das famílias através de palestras e ações educativas pode ajudar
a descobrir a raiz dos problemas que motivam a indisciplina e violência escolar.
A construção de uma relação de afeto e respeito entre aluno e escola e aluno e
família é fundamental nesse processo.
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aprendizado (Tiba 2012 apud Santos, 2016). A família pode contribuir ajudando
o filho a construir uma postura crítica e a pensar no sentido da vida, sem
acobertar falhas, acreditando em suas possibilidades, participando das
atividades escolares, valorizando a escola, professor e estudo (Vasconcellos
1995 apud Santos, 2016).
O professor deve trabalhar conteúdos relacionados às questões morais,
convívio social, cooperação mútua. Consequentemente o aluno se sentirá
valorizado e pertencente ao processo de ensino aprendizagem, o que inibirá
manifestações de indisciplina (Moço 2009 apud Santos, 2016). O professor deve
também exercer autoridade de cunho intelectual, ético, profissional e humano
sendo capaz de refletir, rever pontos de vista, demonstrar sabedoria no trato com
a realidade, ter firmeza de caráter, compromisso com o bem comum, ter princípio
e sendo de justiça. Ele precisa assumir a realidade da sala de aula, aceitar e
respeitar o aluno e só depois tentar muda-lo, se necessário. Ao se sentir aceito
o aluno se abre à interação. A crença na possibilidade da mudança do outro é
uma aliada no combate a indisciplina, mas o professor precisa conquistar a
confiança e respeito do aluno com clareza, convicção de ideias e postura. Ele
não deve vincular notas à indisciplina (Vasconcellos 1995 apud Santos, 2016).
A sociedade, por sua vez, deve desenvolver um resgate ao compromisso,
à solidariedade, à valorização dos profissionais de educação e participar de
movimentos em prol da educação. A escola deve construir uma postura comum
entre seus atores que definirão o que se pode ou não fazer, o que é grave ou
não. As normas devem ser bem definidas para evitar comportamentos diferentes
para uma mesma situação, pois isto cria desconfiança e indisciplina nos alunos
(Vasconcellos 1995 apud Santos, 2016).
Para o portal PROESC (2020) é importante o conhecimento claro sobre
as regras, inclusive as morais baseadas em princípios éticos como respeitar o
próximo, não bater, não xingar, etc. A escola precisa ter regras de convício bem
definidas e devem ser estipulados os deveres da escola e da família. Esta
precisa ser conscientizada sobre seus direitos e deveres e os do aluno.
O educador deve manter o equilíbrio e a calma em cada situação. Para
isso, o diálogo ainda é o melhor caminho. Portanto, ele tem de elaborar
dinâmicas para trabalhar a indisciplina em sala e conversar com os alunos para
saber o que os levou a este tipo de comportamento ruim, deixando claro que a
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atitude tomada foi inadequada e feriu as regras da escola. Em casos de
persistência, o professor deve comunicar aos pais e ao coordenador pedagógico
(PROESC, 2020).
Outra forma de enfrentar a indisciplina é não cair no erro da
culpabilização. É preciso parar de achar um culpado e analisar cada situação
individualmente evitando que o aluno continue sendo a maior vítima dessa
situação. A busca pelo culpado é desgastante e provoca no aluno reações de
ataque e defesa (Vasconcellos 1995 apud Santos, 2016).
Por fim, a Psicopedagogia pode ser uma aliada no combate a indisciplina,
afinal, tem uma relação direta com o processo de aprendizagem. A
Psicopedagogia permite uma visão sistêmica que busca a compreensão das
múltiplas formas de aprender, além de possuir ferramentas, posturas e
procedimentos mais indicados para trabalhar com a indisciplina na escola.
Compreender as questões que envolvem a indisciplina passa pelo conhecimento
da realidade escolar e o contexto das práticas educacionais (Santos e Silveria
2011; Passos 1996 apud Santos, 2016).
Santos (2016) afirma que o tema indisciplina é muito vasto com uma
diversidade de entendimentos sobre sua ocorrência, mas é possível constatar
que este fenômeno não é provocado apenas por questões pedagógicas. Existe
uma série de outros motivos como ausência moral, permissividade dos pais e
ausência de limites, desmotivação, desvalorização da escola e do estudo, etc.
Para o autor, identificar as causas mais comuns desse fenômeno em
determinado grupo ou mesmo partindo de um só aluno favorece a escolha mais
adequada para resolvê-lo.
Cabe aos pais dedicar mais tempo aos estudos dos filhos com um olhar
mais atento para a escola, os deveres, as provas, as notas ou
quaisquer atividades e ocorrências diretamente ligadas ao
desenvolvimento educacional dos filhos. À escola cabe identificar os
maiores e mais repetitivos problemas de indisciplina e por meio de uma
equipe multidisciplinar buscar meios para combater esse mal, evitar
novas ocorrências e resgatar uma autoridade saudável perante seus
alunos. Ao professor cabe o papel mais difícil na eliminação ou
diminuição do fenômeno estudado uma vez que, além de auxiliar a
escola na identificação das causas, combate e prevenção da
indisciplina, ao professor cabe manter o interesse do aluno em sala de
aula buscando motivá-lo a ter um comportamento respeitoso e
adequado que possibilite a um melhor e eficaz aprendizado (SANTOS,
2016).
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4 PÚBLICO ALVO
5 OBJETIVOS
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6 PERCURSO METODOLÓGICO
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código de conduta e regras para o ambiente escolar e formalização de
sansões e punições aos que não cumprirem o combinado.
• Deixar claro aos pais que a família é exemplo central para as crianças,
através de palestras e reuniões coletivas.
• Elaborar atividades com filmes, para que possam levar a uma aula de
conscientização sobre indisciplina.
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7 RECURSOS
• Microfone;
• Caixa de som;
• Datashow;
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8 CRONOGRAMA
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9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL
9.1 AVALIAÇÃO
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Figura 3: Exemplos de painel a serem trabalhados
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1599/mural-de-boas-praticas-uma-
acao-que-faz-diferenca
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REFERÊNCIAS
Figura 3: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1599/mural-de-boas-praticas-uma-
acao-que-faz-diferenca
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