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INDISCIPLINA ESCOLAR E SUAS CONSEQÜÊNCIAS PARA A

PRÁTICA DOCENTE
Ana Claudia Gonzaga1
Gleycy Oliveira de Araujo2
Bruno Marones3
Resumo
O objetivo central deste artigo científico é analisar a Indisciplina Escolar e suas
consequências para a prática docente, os desafios que professores têm enfrentado
em sala de aula no Ensino Fundamental l. O trabalho foi organizado na sequencia a
seguir: Introdução, Percurso Metodológico, Conceituando Indisciplina, As Causas e
Consequências da Indisciplina para o Aprendizado, Estratégias que os Professores
Utilizam para Minimizar a Indisciplina Escolar, Resultados e Análises e
Considerações Finais. A metodologia utilizada foi uma pesquisa de cunho
qualitativo. O instrumento de coletas de dados foi um questionário semi estruturado.
Os resultados indicaram que as professoras sabem identificar a indisciplina. Mas
demonstraram não saber como estimular a interação social e a aprendizagem com
uma aula expositiva, para nós isso é um indício da necessidade de maior formação
continuada para esses educadores.
Palavras-chave: Escola, Indisciplina e Prática Docente.

Abstract
The central objective of this scientific article is to analyze the School Indiscipline and
its consequences for the teaching practice, the challenges that teachers have faced
in the classroom in Elementary School. The work was organized as follows:
Introduction, Methodological Course, Conceptualizing Indiscipline, The Causes and
Consequences of Indiscipline for Learning, Strategy Teachers Use to Minimize
School Discipline, Results and Analysis and Final Considerations. The methodology
used was a qualitative research. The instrument of data collection was a semi
structured questionnaire. The results indicated that the teachers know how to identify
the indiscipline. But they have shown that they do not know how to stimulate social
interaction and learning with an expositive class. For us, this is an indication of the
need for further education for these educators.

Key words: School, Indiscipline and Teaching Practice.

INTRODUÇÃO

1
Graduanda do curso de pedagogia da faculdade Joaquim Nabuco campos recife
2
Graduanda do curso de pedagogia da faculdade Joaquim Nabuco campos recife
3
Docente na Faculdade Joaquim Nabuco e Mestre em Educação pela UFPE
2

Nosso trabalho busca entender como a indisciplina tem interferido no trabalho


do professor e como tem se apropriado de conhecimentos para conseguir combater
a indisciplina na sala de aula com seus alunos. E que ações podem ser tomadas
pelo professor, já que a indisciplina é um dos fatores que mais chamam atenção no
contexto escolar nos dias atuais.
Na atualidade a escola tem culpado a família que por sua vez culpa a escola ou
a sociedade e enquanto não se chega a um consenso acabam prejudicando quem
está no centro, já que é o aluno quem é o mais prejudicado nesse contexto, pois tem
sua formação comprometida. Nessa perspectiva construímos a seguinte
problemática: Que desafios o docente tem enfrentado em sala de aulas devido à
indisciplina escolar?
A indisciplina tem tomado grandes proporções nos dias atuais, interferindo o
processo de ensino e aprendizagem dos alunos em salas. Muitos professores têm
buscado meios para dar aulas sem ser interrompidos pela indisciplina. Os
professores precisam refletir sobre sua postura para não transferir a culpa do
fracasso escolar para o aluno e acabar rotulando-o, pois nós sabemos que os
professores lidam com crianças e adolescentes que naturalmente tem dificuldades
em compreender o que sentem e não tem maturidade para resolver seus conflitos. A
indisciplina não é resultados de fatores isolados, mas de fatores diversos que
influenciam o desenvolvimento de criança e adolescente em sala de aula. Segundo
Vasconcelos.
Muitos problemas de indisciplina têm origem na questão do desrespeito,
expressados por parte dos alunos que entram e saem da sala sem pedir
licença, que conversam diversos assuntos paralelos, que são violentos
contra colegas, que não fazem os exercícios propostos e ignoram a
autoridade do professor; e dissimulado por parte dos professores, que ao
rotular seus alunos acabam inviabilizando o processo de ensino-
aprendizagem. Então a indisciplina parece também surgir da confrontação
entre discente e docente. Saberes que deveriam ser integrados enfrentam-
se, impedindo que ocorra o processo de aprendizagem. Uma disputa de
poderes em que quem sabe mais nem sempre sai ganhando e quem sabe
menos não se importa de perder ou ganhar, quer mesmo é provocar o
confronto. (1997, p. 245).

Para que possamos responder nosso problema de pesquisa elencamos os


seguintes objetivos específicos: Conceituar a Indisciplina; Apontar as Causas e
consequências da indisciplina para o aprendizado; Descrever estratégias que os
professores utilizam para minimizar a indisciplina escolar.
Assim nosso trabalho se justifica, pois buscará refletir como o professor pode
lidar com a indisciplina para que seu trabalho possa ser facilitado e com isso os
alunos possam de fato aprender.
Para embasar nosso artigo foram utilizados os principais autores, Celso
Antunes, Celso dos Santos Vasconcellos e Silvia Parrat-Dayn.
Nosso percurso metodológico parte de uma abordagem qualitativa. Segundo
Minayo (2001,p.14). Pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da
realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e
explicação da dinâmica das relações sociais.
Para embasar teoricamente este artigo utilizamos a pesquisa bibliográfica.
Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) A pesquisa bibliográfica trata-se do
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levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicado sobre o


assunto que está sendo pesquisados, em livros, revistas, jornais, boletins,
monografias, teses, dissertações, material cartográficos, com o objetivo de colocar o
pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo.
Após construir nosso aporte teórico, realizamos nossa pesquisa de campo.
Na perspectiva de Gonçalves pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que pretende
buscar a informação diretamente com a população pesquisada. Exige do
pesquisador um encontro mais direto. O pesquisador precisa ir ao espaço onde o
fenômeno ocorre, ou ocorreu e reunir um conjunto de informações a serem
documentadas [...].(2001,p.67). Enquanto instrumento de coletas de dados,
recorremos aos questionários. Para Gil (1999, p.128) questionário pode ser definido
“como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado
de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o
conhecimento de opiniões [...]”.
Nosso lócus foi uma instituição de ensino fundamental localizada no Recife,
esta possui o ensino em dois turnos manhã e tarde. Realizamos a coleta de dados
com a aplicação de questionário, aplicamos para cinco professoras do gênero
feminino.

CONCEITUANDO A INDISCIPLINA

Indisciplina significa transgressão de regras que visam o bem


comum. Podemos compreender que a indisciplina pode ser relacionada a todo
comportamento da criança em sala que não esteja dentro do padrão de um bom
relacionamento com os alunos e com professor na educação formal, ou seja, tudo
que venha interferir na sua  aprendizagem, podendo ser definida como uma falta de 
limites, desrespeito, até mesmo por uma falta de interesse pelo conteúdo. Em uma
visão geral podemos definir que a indisciplina é uma falta de regras  imposta aos
indivíduos dentro da sociedade, que por sua vez não foi e não esta sendo trabalhada
essa indisciplina dentro da escola ou qualquer meio social. Para Parrat-Dayan.

O Conceito de indisciplina é definido em relação ao conceito de


disciplina, que na linguagem corrente significa regra de conduta
comum a uma coletividade para manter a boa ordem e por extensão,
a obediência a regra [...}. Assim, o conceito de disciplina está
relacionado com a existência de regras, e o de indisciplina, com
desobediência a essas regras (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008. P.18) 

O conceito de indisciplina muda de acordo com o ambiente, cultural, social e


época, quando questionarmos a indisciplina temos que pensar em um âmbito geral,
não existe um modelo de indisciplina são distintas direções, assim entendemos que
o problema não é o aluno mais todo um contexto em que ele está inserido, podendo
variar de acordo com a visão do professor, para alguns indisciplina pode ser
conversas, falta de atenção, para outros isso não caracteriza uma ação de
indisciplina. Para Parrat-Dayan

Como toda criação cultural, o conceito de indisciplina não é estático,


nem uniforme, nem universal. A indisciplina relaciona-se com um
conjunto de valores e expectativas que variam ao longo da história,
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entre culturas diferentes, nas diferentes classes sociais. No plano


individual, a palavra disciplina pode ter significados diferentes, e se,
para um professor, indisciplina é não ter caderno organizado; para
outro, uma turma será caracterizada como indisciplinada se não fizer
silêncio absoluto e, já para um terceiro, a indisciplina até poderá ser
vista de maneira positiva, considerada sinal de criatividade de
construção de conhecimentos. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008.
p.19) 

Entendemos que a indisciplina é um problema mundial desde décadas


passadas, tudo está relacionado numa ação de construção no meio social, quando
falamos no ambiente escolar, essa relação professor e aluno, existem outras causas
que entendemos como indisciplina, podendo estar relacionada à falta de recursos da
escola ou professor ou falta de comportamento do aluno, quando não ocorre esse
interação da escola e professor ou aluno, podemos entender que a indisciplina é de
fato um problema interno.
As causas internas podem ser vistas no ambiente escolar e nas
condições de ensino-aprendizagem, na relação professo/aluno, no
perfil dos alunos e na capacidade que eles têm de se adaptar aos
esquemas da escola[..] (2008. P.56) 

Quando falamos da indisciplina escolar, pensamos por que ela ocorre, pode
ser por causa da educação da família, da escola ou do professor. Sabemos que a
família é o princípio de toda a formação da criança onde se constrói toda a educação
inicial, mas vivenciamos famílias desestruturadas, família que terceiriza a educação,
repassando a responsabilidade para a escola e para indivíduos que são apenas
coadjuvantes nesse processo de formação, o professor que por sua vez
desempenha um importante papel como mediadora numa sociedade que é
modificada constantemente, o professor precisa desenvolver habilidades durante
sua formação para que sua atuação ocorra de maneira segura e eficaz
principalmente no que se refere à indisciplina para Vasconcellos

Percebemos muitas famílias desestruturadas, desorientadas, com


hierarquia de valores invertida em relação à escola, transferindo
responsabilidades suas para a escola [...], a família não está
cumprindo sua tarefa de fazer a iniciação civilizatória: estabelecer
limites, desenvolver hábitos básicos (CELSO VASCONCELLOS,
1995, p.22). 

Entendemos que a realidade educacional tem uma grande defasagem onde


há escolas despreparadas, falta de mobilidade, falta de professores qualificados,
falta de recursos, salas lotadas entre outras.
 A escola é um sistema com intenção formal de ensino, onde precisa
incentivar planejar e desenvolver um bom projeto e métodos, práticas pedagógicas
para o corpo docente, sempre busca em conversações, reuniões, encontros
semanais, projetos que possa envolver dinamizar o professor em sala, assim
levando sua prática, métodos, para seus alunos, conseguindo identificar o momento
correto para trabalhar sua prática e métodos com alunos que tenham realidade
indisciplinares.

O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a


previsão das atividades em termos de organização e
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coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua


revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.
(Libâneo. 1994).

Causas e Consequências da Indisciplina para o Aprendizado


Não existe uma única causa para a indisciplina são vários os fatores. Como já
dissemos a indisciplina está associada aos não cumprimentos das regras. A
sociedade mudou não vivemos como no século passado onde as escolas tinham
padrões militares, onde os alunos não podiam sequer formular seus próprios
argumentos. As causas da indisciplina podem ser de fora da escola ou de dentro
dela.
As causas de fora quando existe influência da cultura, da mídia, da violência
ou ainda vinda do contexto familiar como brigas, divórcio, desentendimentos
diversos e há ainda alguns pais que simplesmente não educam seus filhos e os
criam de forma que eles crescem sem saber que existem limites e regras que
precisam ser cumpridas.
As causas para a indisciplina pode ter origem externa ou interna à escola.
As causas externas podem ser vistas na relativa influencia dos meios de
comunicação, na violência social e também no ambiente familiar o divorcio,
a droga, o desemprego, a pobreza, a moradia inadequada, a ausência de
valores, a autonomia familiar, a desistência por parte de alguns pais de
educar seus filhos, a permissividade sem limites, a violência domestica e a
agressividade de alguns pais com os professores podem estar na raiz do
problema. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008. P.55)

As crianças estão a todo o momento sendo influenciadas pela internet,


televisão e celular que competem diretamente com a educação escolar e familiar,
cabendo a pais e educadores direcioná-los para aproveitar os recursos tecnológicos
de forma a contribuir para seu desenvolvimento como cidadãos.
(...) crianças precisam sim aderir a regras e estas somente podem vir de
seus educadores, pais ou professores. Os ‘limites’ implicados por estas
regras não devem ser apenas interpretados no seu sentido negativo: o que
não poderia ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no
seu sentindo positivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada
dentro de algum espaço social – a família, a escola, e a sociedade como um
todo. (LA TAILLE, 1996, p.9)

As causas internas são as que acontecem dentro da escola onde existem


conflitos entre professores e alunos, e falta de regras claras e objetivas dentro da
instituição onde geralmente não possuem um diálogo que o gerem cooperação dos
seus alunos para que possam se sentir respeitados como individuo que também
possam ajudar a formular algumas regras. A sociedade mudou seus hábitos, seus
costumes, mas continuamos a achar que os alunos estão na escola somente para
ouvir e cumprir com as regras estabelecidas.
Passou-se bruscamente de um regime baseado em proibições e sanções
para um sistema de conveniência, no qual se privilegia o contrato entre os
membros do sistema educativo mais não se aprendeu ainda como aplicar
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esse novo sistema. Voltar para autoritarismo não é a formula de voltar para
indisciplina. Fomentar o diálogo, as atitudes de cooperação e integração de
valores pode ser um caminho. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008. P.58) 

Estamos entediando nossas crianças e jovens trabalhando no século XXI com


modelos de docência do século IX.
Muitas são as crianças que não gostam da escola. São crianças
indisciplinadas porque ficam entediadas, porque são obrigadas a
permanece nas escolas e não compreendem nada do que fazem; são
alunos agressivos às vezes por serem rejeitados por um sistema que não se
adapta aos seus desejos, alunos em transito entre uma família desunida em
sociedade em crise, alunos desrespeitosos para com o professor e para
com o saber, sem encontrar interesse nenhum em aprender, alunos que
estão em rupturas de sentidos. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008. P.59).

Consequências para aprendizagem relacionados a indisciplina são


recorrentes, muitos professores se queixam de ter que parar a aula para conter atos
indisciplinados que atrapalham o bom andamento da aula. O aluno indisciplinado
além de não se manter atento ao conteúdo proposto acaba tirando a atenção dos
demais. Ninguém consegue aprender em meio a bagunça, as conversas e
brincadeiras e descumprindo regras. Mas como sabemos a indisciplina faz parte do
contexto sócio educacional.

A disciplina e a indisciplina são inerentes à escola. O professor atua na


construção nas ferramentas que permitam pensa, refletir e analisar todos os
aspectos desse tema que preocupa não apenas o professor, mas também o
aluno. Se a classe é um caos não se pode ensina nem aprender. (SILVIA
PARRAT-DAYAN, 2008. P.130) 

Esse tipo de situação nas escolas sem vão existir por tanto cabe ao professor
e a escola buscar meios de atuação para que de alguma forma a indisciplina possa
até ser parte importante na educação dos seus alunos.

Estratégia que os professores utilizam para minimizar a indisciplina escolar

A escolar precisa desenvolver uma relação com o professor para que possa
ser refletida e assim encontrar ideias significativas que some no desenvolvimento e
organização, mantendo uma postura em sala.
Estabelecer regras é de fundamental importância logo no primeiro dia de aula.
Regras de boa convivência haverá em todos os lugares e no ambiente escolar não
pode ser diferente, pois a convivência em grupo precisa ser estabelecida para existir
reciprocidade em os mesmo. 
Segundo Parrat Dayan (2008). As regras podem ser elaboradas pensando
que o ideal escolar se alicerça sobre quatro valores fundamentais: respeito por si
mesmo, pelo outro, pelos meios, pelo trabalho.
Lembrando que sempre que as regras forem cumpridas é preciso elogiá-los,
pois é mais importante do que os punir por não as cumprir.
O professor precisa entender que indisciplina na sala de aula será sempre um
dos desafios da sua carreira como educador ele terá que buscar meios, estratégias

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e principalmente o diálogo aberto com os alunos, terá que trabalhar isso diariamente


da mesma forma como ele trabalha seu plano de aula, sempre antecipadamente.

Preparação das aulas

Preparar as aulas de forma antecipada, ter seu plano de aula atualizado de


forma cuidadosa e interessante, de forma que prenda a atenção deles com
exemplos do dia a dia da rotina dele.

Postura

Ter uma postura firme com bastante expressividade na voz, não fique sentado olhe
nos olhos, aproxime-se, questione, peça a opinião deles. Não fique parado num
canto da sala mexa-se.

Atenção para o desinteresse 

Fique sempre atento ao que mais aguça o interesse deles pela aula, da mesma
forma tenha atenção ao que tira o interesse para que não se repita.

Pedir a cooperação deles

Valorizá-los pedindo a ajuda deles no andamento da aula, como ajudantes do dia,


ou mesmo distribuindo uma função para cada um de acordo com suas habilidades e
interesses. Assim eles aprendem regras de cooperação além de ensinar ao mesmo
tempo em que aprendem.

Ouça seus alunos 

Eles necessitam que você dê atenção ao que falam ficar só ouvindo é cansativo
deixe-os interagir de acordo com o que sabem. Quando se sentem respeitados a
tendência é respeitar. 

Mantenha uma rotina e uma boa organização da sala de aula

A sala precisa estar sempre em ordem, para que provoque conforto aos olhos.
Manter uma rotina em turmas com menos idade é de grande importância como: o
dia da leitura, dia de aula externa etc.

Apresentação pessoal

Cuide-se de forma que esteja sempre bem apresentado aos seus alunos
demonstrando respeito, da mesma forma cuide dos seus materiais e tudo que lhe
pertence e para que de exemplo de ser um bom profissional, não deixando com isso
de ser descontraído com eles.

Calma

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Procure sempre manter a calma por mais difícil que pareça em algumas situações é
você quem deve estar no controle por isso demonstre serenidade.

Observá-los

O que gostam, que música ouvem, o tipo do programa que assistem quais seus
interesses culturais e políticos, para que dessa forma a interação com eles seja
facilitada.

Autoestima

Trabalhe a autoestimar suas dos seus alunos, elogiando-os e dando oportunidade


deles se descobrirem e de serem descobertos nas suas respectivas habilidades.
isso demonstra respeito para com eles e esse respeito será retribuído;

Aulas demonstrativas

Planeje as aulas de forma que você possa utilizar outros recursos que saia da rotina
livro, quadro e caderno. Mostrar como funciona a respiração das plantas com um
saquinho de supermercado, um desenho do Chico Bento para falar sobre a zona
rural. Não falta opção basta pesquisar e planejar suas aulas.

Cumpra as promessas

Sempre que prometer algo para turma cumpra não espere ser cobrado, isso gera
confiança dos alunos em você e cria respeito mútuo.

Tenha bom humor

A rotina cansativa de todos os dias sentar por mais de quatro horas numa cadeira e
ainda ter que enfrentar o mau humor do professor não é nada fácil. Tenha bom
humor além de ser mais prazeroso para você será sem dúvida para os alunos.

Objetivos

Deixe claro qual o objetivo da aula, assim sabendo onde devem chegar ficará mais
fácil saber de que ferramentas precisam para alcançar o que estão procurando.

Renove-se

Determinadas técnicas não funcionaram para todas as turmas e faixas etárias é


preciso um aprofundamento e um olhar voltado sempre para entender a dinâmica da
turma que você está lecionando no momento. Conhecer novas técnicas e se manter
atualizado aos novos métodos pedagógicos.

O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a


intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio
e não cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque
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acompanham as idas e vidas de seu pensamento, surpreendem suas


pausas, duvidas, suas incertezas.(FREIRE,1996:p.96).

O professor e seu oficio na atualidade

Muito se cobra do professor na atualidade sua função mudou, ele não é mais
o detentor do saber e suas funções atuais vão além do conteúdo proposto nos livros
didáticos. Sua nova função tem muito a contribuir com a sociedade que espera mais
dos seus cidadãos, então cabe a esse novo profissional se capacitar para além dos
conteúdos, lidar com seres em formação social, moral, ética, e que em sua
complexidade gerará conflitos quando questionados ou quando questionarem o
sistema, a política, a educação etc. O atual profissional da educação terá que mediar
esses conflitos ressaltando sempre que a ética precisa prevalecer. Esse educador
ensinará aos seus alunos além dos conhecimentos do saber pedagógicos,
conhecimentos para sua formação como cidadãos.

Trata-se de um educador ator e não executor. Esse novo educador deve ser
especialista da aprendizagem e adotar uma pedagogia do tipo construtivista
e diferenciada; em outras palavras: o educador, além de transmitir o saber
também ensina o seus alunos a serem atores de suas respectivas
formações e, dessa forma, conseguem ajudá-los a se construírem como
sujeitos.( SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008. P.111)

É diferente a atuação do professor de hoje e o professor de 30 ou 40 anos


atrás, pois os alunos são de gerações muito distintas, há 30 anos não era permitido
os alunos falarem na sala de aula, não podiam questionar, nada era sentar e
obedecer as regras. Os alunos de hoje são cercado por conhecimentos de diversas
áreas não só na escola, mas através de aplicativos da era digital. Eles questionam
tudo e hoje eles têm mais autonomia para pensar e discutir ideias e conceitos. Cabe
ao professor entender que hoje sua função é mais complexa e muito mais
importante por isso precisa buscar o diálogo constante e trazer para sala de aula a
realidade desse aluno que tem interesse em tecnologia, que gosta de ser ouvido, e
quer ter uma participação ativa. O educador atual deve buscar atividades
diferenciadas e incentivá-los a trabalhar em equipe.

O educador não mais, simplesmente, transmitir o conhecimento; ele


também deve saber o que fazer para ajudar as crianças na construção, por
elas próprias, de seus conhecimentos. Enfim, existem uma forte indicação
para que o educador desenvolva atividades multidisciplinares e que
trabalhem em equipe com seus alunos. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008.
P.107)

O novo profissional da educação precisa ser inovador, se utilizar das


tecnologias, ser um entusiasta de seus alunos e conseguir extrair o melhor deles.
Esse profissional deve saber que sua profissão inclui está atento aos problemas que
surgirem e procurar a melhor solução para esses problemas que são comuns na sua
profissão, pois o seu trabalho é com pessoas distintas e complexas.

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O educador devera, como profissional, reunir um conjunto de competências


que o leve a elaborar conceitos e aplicá-los. O novo profissional deverá
saber identificar um problema, apresentá-lo e encontrar uma solução.
(SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008. P.113)

Resultado e Análise de dados

As professoras que participaram desta pesquisa são formadas ambas com


graduação no curso de pedagogia, suas idades variam entre vinte e cinco e
cinquenta anos. As professoras P.A, P.B, P.C, P.D e P.E, atuam a mais de 5 anos
na área lecionando, na instituição atual as mesmas lecionam a mais de 3anos, elas
dizem que enfrentou dificuldades enormes no primeiro ano em que iniciou sua
carreira como educadora, na escola atual não foi diferente.
Após a coleta, realizamos a análise a partir da leitura dos dados, onde
podemos observar que as professoras conseguem entender que a indisciplina é uma
falta de limites o não cumprimento das regras, quando partimos para o contexto
educacional onde abordamos em nosso questionário de forma precisa, nos
embasamos nos questionamentos mais influentes de acordo com cada dado
coletado, chegamos a três importantes indicadores: A atribuição da responsabilidade
pela indisciplina do aluno, A indisciplina prejudica a aprendizagem dos alunos e O
que é preciso fazer para evitar atos de indisciplina.

A atribuição da responsabilidade pela indisciplina do aluno.

Nesta questão as professoras PA, PC, PD e PE entram em um consenso nas


respostas, pois responderam que a responsabilidade e da família que se omite que
não impõe limites e não tem controle sobre as crianças. De acordo com as escrita
percebemos que elas conseguem entender que a indisciplina é realmente um não
cumprimento dessas regras que se iniciam na família, que a escola tem o papel de
desenvolver quanto uma educação formal, então as mesmas deixam claro que a
responsabilidade inicial seria da família. abaixo temos o que dizem em sua escrita.

(P.A) Atribuio a familia a que ele convive e parte do professor quando


faltalhedominio.
(P.C) Aos familiares pela omissão pela educação dos filho, onde
limites não existem.
(P.D) Aos responsaveis pela educação e criação dos alunos.
(P.E) Indisciplina tem inicio na família como a divergência de valores
mas pode agravar-se na escola devido ao não acato de regras pelo
aluno .

Sabemos que a indisciplina não acontece apenas em sala mais sim em todo
meio social, tanto na família quanto na escola e professor, todos precisam estar
preparados para lidar com crianças.

[...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar


as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas
particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades
que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua
metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela

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necessita da família para concretizar o seu projeto educativo.


(PAROLIM, 2003, p. 99)

Entendemos que a família da inicio a criação cultural aos valores no


desenvolver inicial da criança, nesse momento é que elas terão noção de
desenvolvimento às regras em suas relações, com diálogo, colaboração no convívio
familiar.
A escola esta responsável para uma educação formal que é desenvolver o
conhecimento e relações no convívio social, isso sendo desenvolvidos junto ao
corpo docente da escola.
Os professores desenvolvendo sempre um bom planejamento, em uma
perspectiva de desenvolvimento integral do aluno, tendo boa didática, um bom
relacionamento, sabendo que essas características são de grande importância para
o processo da aprendizagem de alunos participativos, aprendendo a desenvolver e
respeitar as regras imposta pela escola e os professores. A escola precisa utilizar
maneiras possíveis para sempre estar com a interação com a família e a
comunidade, para desenvolver papeis fundamentais no desenvolvimento da
interação da criança no grupo social.

A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade


educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a
relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola,
pais e filhos. (REIS, 2007, p. 6)

A indisciplina prejudica a aprendizagem dos alunos.

Neste ponto percebemos que ambas também responderam que sim, que a
prejudica todos os alunos, tanto os indisciplinado e demais colegas que perdem
atenção, interesse em sala, por esse atos, de acordo com as leituras entendemos
que todas as professoras não possuem estratégia para evitar atos de indisciplina,
como a conversação, sair da sala frequentemente entre outros atos de indisciplina,
elas precisam de renova suas aulas, fugindo das aulas padrão, com atividades
lúdicas, expositivas que os tire da cadeira e do quadro negro, vejamos as falas das
professoras abaixo.

(P.A) sim tirando atenção dos demais prejudicando o aprendizado da


turma e a motivação do professor.
(P.B) Sim.através da falta de interesse pelo aprendizado, causando
assim, alguns problemas que levam ao aluno a fadiga e a
irresponsabilidade diante do aprendizado. A pessoa indisciplina leva
tempo para ser corrigida.
(P.C) Sim, por falta de atenção conversações fora de hora na sala de
aula mal comportamento e também pela falta de respeito as regras.
(P.D) Claro. Muita vezes os colegas pedem pra ele se calarem-se
comportarem. Torna-se dificil o rendimento escolar.
(P.E) Sim a indisciplina prejudica o aprendizado, pois o próprio
comportamento do aluno impedem . Trabalhos produtivos em sala de
aula.

Quando falamos no âmbito educacional temos que aprender a desenvolver


métodos de trabalhar com o conhecimento prévio da criança. O professor é o agente
principal nesse momento, deverá buscar maneira de ensinar, desenvolvendo
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práticas educacionais de forma dinâmica, despertando o interesse do aluno,


respeitando o desenvolvimento, a interação, cooperação, trazendo atrativos e
interesse da criança no conteúdo em sala em diversas formas, planejando suas
aulas, fazendo com que as crianças participem, assim acabando conversações,
maus comportamentos em sala, falta interesse entre outros.

Trata-se de respeitar o aluno, de desenvolver sua personalidade, de


estimular o espírito de criatividade e de formar seu caráter; além de
possibilitar a abertura para interesses intelectuais, artísticos e sociais. Trata-
se, também de favorecer o espírito de cooperação de preparar a criança
para torna-se cidadão, ou seja, dar a ela uma formação integral. (SILVIA
PARRAT-DAYAN, 2008. P.110)

O que é preciso fazer para evitar atos de indisciplina.

No ultimo ponto entendemos que todos entram em consenso, dizendo que


ambas as professoras precisam elaborar atividades lúdicas, atrativas para os alunos.
Isso de acordo com sua fala abaixa podemos observar.

(P.B) Elaborar mais atividades e que o aluno não tenha tempo para
realizar coisas desagradáveis que seja prejudiciais a elee seus
companheiros. Ensina-los a trabalhar com tempo, mostra-lhes que ele
possui grandes competências.
(P.C) Ter compromisso, se preocupar com a disciplina, ter respeito,
responsabilidades, ter comportamento com o grupo, criando contrato
e regras claras e que precisarão ser cumpridas.
(P.D) Conquista-lo com elogios tentando mostra-lo que está não é a
melhor maneira para o seu aprendizado, pois eles podem se
prejudicarem.
(P.E) Depois de identificar os atos de indisciplina, vale conhecer a
realidade familiar do aluno assim a escola e família podem trabalhar
juntos para amenizar e resolver os casos de indisciplina.

Entendemos que todas as professoras não possuem estratégia para evitar


atos de indisciplinas, tais como: fugindo das aulas padrão, com atividades lúdicas,
expositivas que os tire da cadeira e do quadro negro, o interesse maior dos
professores é aplicação dos conteúdos diários, onde possa assim entregar seus
matérias todos atualizados, ou melhor, desenvolver de acordo com o planejamento.
Sem se preocupar com a formal integral da criança, são práticas que é de praxe da
educação na atualidade, o professor que é o responsável pela aula, então ele
precisa manter uma boa relação e ter alguns hábitos para que possa evitar tais
transtornos, na formação de seus alunos, também serve para “combater” a
indisciplina, buscar ser pontual nas aulas, buscando dicas entre o corpo docente,
aulas alternativas onde a criança possa interagir e aprender tendo interesse pelo
conteúdo.

Considerações Finais

O resultado do trabalho tratou de um tema amplo, não só em nosso campo de


pesquisa, mais em todas as escolas ocorre esse problema, entendemos que as
professoras que participaram da nossa pesquisa, parecem não estar preparadas
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para lidar com o que esta enfrentando atualmente um problema do qual,


demonstram não ter habilidade para enfrentar a Indisciplina na sala e suas
conseqüências, sabendo que precisam desenvolver estratégias para resolvê-la em
sala. O professor hoje em dia não pode ser mais apenas um transmissor de
conhecimentos, precisa exercer com sucesso sua obrigação de construtor de
conhecimentos, trazerem responsabilidade para as suas aulas, o que percebemos é
que elas não têm preparo necessário em sua prática, existindo também uma
defasagem nas escolas, quanto à sua formação.
Assim continuamos vendo as mesmas práticas sendo aplicadas na escola, e
o professor sem um preparo adequado para lidar com esse contexto, quando se
refere a educação formal, apenas estão preocupados em repassar os conteúdos.
Percebemos na realidade que os alunos em sala continuam com os mesmo
problemas falta de atenção, conversação, falta de interesse entre outros, não foi
diferente com as professoras que participaram da pesquisa.
Atribuindo a família a culpa pela indisciplina que o impede de exercer seu
trabalho, porém não busca ações para que ele mesmo possa se torna o protagonista
na resolução desse problema.
O que percebemos que na atualidade a formação dos professores ainda é
precária, desfragmentadas, onde é exposto uma realidade ultrapassada da
atualidade, são propostas para trabalhar desenvolver em sala com alunos
completamente diferente de sua formação, são métodos, e propostas que para
nossa atualidade educacional esta muito distante da realidade formação do docente.
O estado tem culpa, a família também tem sua parcela de culpa, porém no
que cabe ao professor fazer ele não tem feito, que é buscar métodos e ações para
minimizar indisciplina por fim exercer o seu trabalho com mais tranquilidade e
qualidade no desenvolvimento dos alunos como cidadãos .

Referências

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São Paulo: Paz e Terra, 1996

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,
1999.

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PAROLIM, Isabel. As dificuldades de aprendizagem e as relações familiares.


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Libâneo , José Carlos . Didática . São Paulo : Cortez, 1994

LAKATOS, Eva Marina; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho


Científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987. 198 p.

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MINAYO, M. C. de S. (Org.) et al. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 19. ed.
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REIS, Risolene Pereira. In. Mundo Jovem, nº. 373. Fev. 2007, p.6.

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interativa em sala de aula e na escola. 14ª ed. São Paulo: Libertad, 2000.

WEIL, P. G. A Criança, o lar e a escola – guia prático de relações humanas e


psicológicas para pais e professores. Petrópolis: Vozes, 1984.

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