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Resumo
INTRODUÇÃO
Metodologia é um estudo que visa os meios pelos quais conhecimentos são transferidos ou
adquiridos. (Alves, s.d.)
É de conhecimento geral que a educação vem de uma base tradicional e que muito foi
aplicada e replicada no campo. Observando o cenário da educação e suas evoluções durante o
tempo, analisaremos às diferenças de métodos utilizados pelos professores para o repasse de
conteúdo.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A metodologia tradicional utilizada nas escolas é focada através do professor, que transmite
seu conhecimento através de exercícios e atividades que fixam uma relação autoritária onde o
aluno possa se disciplinar com atenção, cumprir seu dever.
O educador deve conhecer como cada criança reage, e modifica sua forma de pensar e sentir,
falar construir suas ideias e pensamentos, mais também seu potencial de aprendizagem
presente em suas atividades realizadas na sala de aula.
As crianças antes de terem contato com a escrita, ou com aquelas letrinhas escritas nos livros
que elas escolhem para levar para casa para que seus pais possam ler, ou até mesmo na escola
quando a professora conta uma história, desperta a curiosidade nelas.
“Aceitar a realidade dos processos de assimilação implica também aceitar que a aprendizagem
alguma começa do zero; o estudo pormenorizando do que a criança traz consigo – sua
bagagem de esquemas interpretativos” [...] (FERREIRO, 2011, p.65).
A partir disso, elas vão tentar interpretar cada história, cada desenho, quadrinhos, pois elas
vão querer entender o que conta ali, ou tentar criar sua própria história em cima daqueles
próprios desenhos. Com o passar do tempo à criança vai desenvolvendo sua criatividade e sua
interpretação das coisas, ela vai começar a observar mais ao seu redor, desenvolvendo assim
sua imaginação.
A escola está saindo de um conceito de educação a caminho de outro modelo. O fato é que o
mundo está mudando com uma velocidade assustadora. Hoje, o simples acúmulo de
conhecimentos não é garantia de sucesso profissional.
É preciso saber lidar com a informação, para construir uma visão crítica da realidade e
desenvolver habilidade para a reciclagem permanente. É competente quem sabe aprender. A
escola deve ensinar o aluno a buscar a informação. Nesse processo, apesar de não termos
respostas prontas, conhecer os princípios pedagógicos que norteiam a arte de educar é parte
importante no processo de escolha da escola do seu filho.
Criado em 1907, pela médica italiana Maria Montessori, o Método Montessoriano tem como
objetivo garantir máxima autonomia ao aluno no processo de aprendizado. A criança é
verdadeiramente o elemento central no processo.
Método Waldorf Criada em 1919, pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, esse modelo
pedagógico foca na educação total da criança, valorizando sua imaginação. O estudante é
estimulado a criar seus brinquedos com materiais simples, como madeira, argila e retalhos.
Método Tradicionalista Você, assim como eu, provavelmente, teve aula em uma escola adepta
do estilo tradicional de ensino, pois é o mais comumente utilizado no país. Consiste,
basicamente, no ensino centrado na figura do professor, em uma relação vertical de exposição
de conhecimentos e cobrança de conteúdo.
Por ser um sistema centralizado na figura do professor, cabe a ele a função de transmitir
conhecimento aos alunos e, por isso, a disciplina é muito importante. Dessa forma, os alunos
que não respeitam as regras são punidos.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 Métodos
Em relação aos métodos, utilizamos características de uma pesquisa explicativa,
bibliográfica, qualitativa e documental, pois para Gil (2008, p. 14)
Em síntese, a finalidade de cada uma das investigações era impulsionar os alunos para
que eles descobrissem que poderiam utilizar diferentes estratégias de escrita, mas que
deveriam utilizar o contexto para cada situação seja oral ou escrita.
Após a coleta dos dados das produções textuais, iniciamos a investigação dos desvios
ortográficos. Neste momento, foi feita anotação de cada desvio encontrado nas redações em
folhas separadas e organizamos por categorias (fonético, morfológico e sintático).
3.2 Características gerais da escola
Os dados da pesquisa foram coletados na Escola Municipal de Ensino Fundamental São
João Batista (imagem 02), situada no Centro da cidade. Foi fundada em de Janeiro de 1980,
pelo Pe. Raimundo Mocbel.
Concordância nominal
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre os desvios fonológicos identificados, os mais recorrentes foram os relacionados
à substituição. Considera-se a hipótese de que os alunos, por estarem na fase de transição para
o 6º ano, já apresentam um arcabouço linguístico das convenções da escrita adquiridas
durante as séries anteriores, o que os leva a monitorar o comportamento linguístico,
demonstrando, portanto, uma preocupação com a norma-padrão.
Visto que, todos os dados são significativos para a análise e merecem destaque pelas
informações que podem revelar, levando em consideração a série em estudo. Além disso, é
preciso considerar que na tessitura textual, muitos aspectos cognitivos são acionados
concomitantemente, exigindo múltiplas competências e habilidades do indivíduo. Esses dados
indicam, com clareza, que os tipos de desvios encontrados nos textos dos alunos pesquisados
ocorrem com frequências variadas, principalmente nas últimas sílabas das palavras escritas, o
que pode indicar que eles escrevem como falam.
Além disso, percebe-se que a ortografia é um dos aspectos da língua com diferentes
graus de complexidade, por isso pode causar mais erros e confusões a quem aprende e precisa
apropriar-se das regras ortográficas, mas não tem interesse pela leitura e escrita fora do
ambiente escolar, como ocorre com muitos desses alunos que não leem ou escrevem em casa.
Pode-se observar que, em relação ao que tange o resultado quantitativo, nos textos dos
alunos foram encontrados os seguintes desvios: Substituição 18, supressão ou omissão de
fonemas – 12, acréscimo – 05, grafia inadequada do morfema – 02; juntura intervocabular e
grafia inadequada do morfema – 03 , grafia inadequada do morfema - 02 , concordância
verbal – 02, concordância nominal – 02, uso inadequado de pontuação – 04, colocação
pronominal inadequada – 01, colocação inadequada de morfema modificando o sentido da
oração.
Uma análise comparativa mostra que os maiores problemas enfrentados pelos
estudantes de 7º ano dessa escola, incidem no mau uso de formas dicionarizadas, constatando
54 ocorrências do total de desvios de escrita nos textos.
Além destes resultados, pudemos também encontrar além dos desvios fonológicos,
morfológicos e sintáticos, a presença de um desvio que pode ser caraterizado como
morfossintático, uma vez que observamos haver o desvio na grafia da flexão do verbo “ver”:
“quando o menino foi vela novamente”, que interferiu, de forma geral, no significado da
oração, pois essa inadequação na colocação do morfema sufixal, transformou a palavra
adequada à oração em outra (vê-la > vela).
A medida que fizemos as categorizações dos desvios, pudemos diagnostigar e chegar
ao resultado de que todos os desvios resultantes desta pesquisa (de cunho fonológico,
morfológico e sintático), independente da categoria, podem ocorrer mediante a influência da
oralidade na escrita.
Em suma, durante as categorizações tivemos um aluno que não conseguiu desenvolver
um texto, pois sua produção se encontrava significativamente sem coerência e com muitas
palavras grafadas impossíveis de compreender, fato este que nos levou a outras reflexões
pertinentes sobre o ensino e aprendizagem de língua materna, pois estamos diante de alunos
do 7º ano, o que se subentende já apresentarem certo domínio de produção textual.
Pudemos entender também que fenômenos sintáticos de concordância nominal e
verbal podem ser motivados por vários fatores, dentre os quais destacamos, por limitações de
espaço, apenas a saliência fônica. Quanto maior a saliência, isto é, a percepção da diferença
singular e plural entre as formas, menor a probabilidade de desvios.
Conforme palavras de Cardoso e Cobucci, (2014, p. 82)
Diante do exposto, é possível dizer que nos apoiamos em investigar dois desvios:
concordância nominal e verbal, e desta forma encontramos nos exemplos tais como: “quando
ele se alegram”, “grande diversões”. Salientamos a necessidade do saber organizar o texto e
também usar os verbos concordando com o sujeito, para que possa ser coeso e coerente, e
para que então possa repassar uma ideia de entendimento do que se escreve.
Outro desvio que se destacou nas análises foi a junção intervocabular. Ao se referir a
esse aspecto, Oliveira (2005, p. 38) considera que essa é uma questão ligada ao plano
gramatical, e esse fato ocorre porque, nesse caso, os alunos estão escrevendo em termos de
unidade de acento, que é o que ocorre na fala, e não em termos de unidade de sentido. E como
exemplos encontrados durante as análises de características tais como: Juntura de palavras
“soqueria” e “agenti”. O autor lembra que muitos desses desvios podem ser vistos como
fenômenos relacionados ao dialeto do falante e não como erros.
As ocorrências identificadas nesta seção são, em sua maioria, comuns mesmo nas
séries finais do ensino fundamental, considerando que estas constituem uma etapa
intermediária do ensino básico e de transição para o ensino médio. Outras são hipóteses
esporádicas e eventuais, que aparecem somente uma vez. Estes constituem dados relevantes
para a análise, já que se trata de fenômenos raros e idiossincráticos decorrentes, por exemplo,
da falta de atenção ou lapso mental.
Além das dificuldades próprias da aquisição do processo de escrita, acredita-se que a
falta de acompanhamento em casa é um fator que contribui para a grande incidência de
desvios ortográficos nessa turma, inclusive dificuldades que já deveriam ter sido superadas,
como a troca de surda por sonoras, já que se trata de uma turma de 7º ano.
A maioria desses estudantes não tem um acompanhamento domiciliar que lhe ofereça
suporte para minimizar as dificuldades de aprendizagem, visto que a escolaridade de seus pais
ou responsáveis não é suficiente para auxiliar na realização das atividades. As tarefas
extraclasse solicitadas raramente são realizadas, e apenas um pequeno número de alunos as
cumpre.
A estrutura do ambiente escolar, tais como: a sala de aula e o bebedouro que estava
com defeito, foram alguns dos fatores que interferiram diretamente no rendimento dos alunos,
porque percebemos a falta de concentração nas atividades de classe e extraclasse. Também, a
falta de uso da biblioteca não possibilitou o contato maior com a leitura, pois eram somente
utilizados os livros didáticos.
Em suma, acreditamos que os desvios podem ser minimizados a partir do uso de
metodologias que ajudem a desenvolver ainda mais um ensino básico, mostrando assim que
todos os alunos possuem capacidade de superar as próprias dificuldades. Ressaltasse também,
a necessidades de projetos como o Residência Pedagógica, justamente por possibilitar um
contato maior e específico com cada aluno.
6.CONCLUSÃO
Este trabalho se propôs a fazer uma análise dos métodos utilizados nas escolas, tanto nos
tempos passados como no atual, fazendo uma reflexão crítico-comparativa entre elas. Assim
como refletir sobre a educação atual, os alunos e os métodos utilizados pelos professores em
sala de aula, apresentando alguns dos métodos mais conhecidos hoje em dia: Montessoriano,
Waldorf, Tradicionalista e Construtivista. No fim trouxemos uma análise sobre a relação e a
influência da linguagem oral na escrita, baseado em estudos feitos em uma turma do 5° ano da
Escola São João Batista.
Buscamos reforçar a atenção e o cuidado que os professores devem ter com seus alunos na
suas individualidades, tanto psíquicas e mentais como históricas e sociais, para que a
aprendizagem se dê de formal integral em cada um deles.
Destacamos a importância de se está sempre em busca de informação, atrás de métodos que
melhor atendam às turmas a quais nos tornamos responsáveis, pois é um dever nosso, um
comprometimento entre professor e aluno.
Proporcionar o melhor as crianças não é uma obrigação mas um ato de amor, ato este que faz
muita diferença tanto na aprendizagem como na vida do educando. Estar disposto a agir por
eles nos mais variados aspectos é ter consciência do verdadeiro papel do educador.
Acreditamos fortemente que o hábito da leitura possa ser uma medida bastante eficaz para
diminuir ou talvez até mesmo evitar eventuais dificuldades que possam vir a surgir
futuramente no processo de criação escrita da criança. Pois sabemos: haverá desafios nesse
processo. E estes serão ainda mais acentuados se este contato constante não existir. Cabe aos
educadores o desafio de reforçar sempre esse pensamento, torná-lo real, mas também aos pais
se comprometerem com ele e mais importante, com a educação de seus filhos, para além de
apenas colocá-los na escola, mas se tornar parte desse processo formador.
O caminho que percorremos ao tomar essa direção possui dificuldades, assim como qualquer
outro que nos ponha a serviço de outrem, mas para além delas devem ser observadas as vidas
as quais nos comprometemos em guiar nesse início do processo de aquisição de
conhecimento. E como guias devemos ser os primeiros a estar abertos a recebê-lo e acima de
tudo, procurá-lo.
Nossa tarefa como educadores, observadores e pessoa que faz a diferença na vida de alguém,
é fazer com que essa diferença seja a melhor possível, por isso se torna uma busca constante,
e uma que devemos está dispostos a fazer em cada momento de nossas vidas. De certa forma
é o futuro de alguém que foi colocado em nossas mãos, não podemos tratá-lo de qualquer
maneira.
Referências
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VEIGA , Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico.
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