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Fabiano dos Santos

Deliane de Souza Amaral


Cléssia Carolaine Maciel da Silva
Adriane Machado Teles
Juliane De Cássia Corrêa Moraes
Rosane Nascimento

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo apresentar as metodologias utilizados na educação


infantil, de forma comparativa, desde o método Tradicional assim também como o Método
Construtivista e o Método Waldorf. Tendo também como objeto de comparação quantitativa e
qualitativa as produções textuais de alunos do 5º e 7º ano, assim sendo analisado os desvios
da escrita. Por conseguinte, os resultados obtidos foram o que de maneira geral esperava-se
porquê nesta fase costumasse ter confusões mentais em relação há fala e a maneira como se
escreve. As referências na construção e na fundamentação desde presente trabalho baseasse
por tanto de forma qualitativa em pesquisas de sites de educação, livros, artigos científicos e
de revistas, que falam sobre os métodos de ensino e suas características. Em vista disso temos
o compromisso de estar atuando e em total dedicação ao trabalho de ensino usando o mais
adequado método para que possamos combater esses desvios e outras defasagens.
Palavras-chave: Metodologia. Inovações. Vivencias. Escrita.

INTRODUÇÃO

Metodologia é um estudo que visa os meios pelos quais conhecimentos são transferidos ou
adquiridos. (Alves, s.d.)

É de conhecimento geral que a educação vem de uma base tradicional e que muito foi
aplicada e replicada no campo. Observando o cenário da educação e suas evoluções durante o
tempo, analisaremos às diferenças de métodos utilizados pelos professores para o repasse de
conteúdo.

Os métodos atuais que contemplam inovações e adaptações na transferência de conhecimento,


pretendem que o aluno encontre significado no seu processo de aprendizagem, pois ele deve
se sentir motivado a querer aprender.
As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que
os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se
envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar
decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que
sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de
mostrar sua iniciativa. (Moran, 2018)

Acima de tudo o objetivo da pesquisa, é promover um pensamento critico comparativo em


relação aos métodos utilizados no passado e no contemporâneo, também refletir sobre as
inovações, tecnologias e o individualismo de cada aluno com suas dificuldades e facilidades,
de que maneira elas são adaptadas ou compreendidas para educação e como faz parte desses
métodos para melhor entendimento do aluno.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A metodologia tradicional utilizada nas escolas é focada através do professor, que transmite
seu conhecimento através de exercícios e atividades que fixam uma relação autoritária onde o
aluno possa se disciplinar com atenção, cumprir seu dever.

Na formação da educação e na construção do conhecimento, tem que haver um grande


cuidado, pois o conhecimento da criança é algo de grande importância na sua construção de
caráter e sua formação como pessoa, pois é a partir deles que elas vão criar sua personalidade.

A atenção do professor é de extrema importância para notar coisas do cotidiano da criança


que pode passar despercebida, pois ele passa um bom tempo do seu dia com os professores e
podem acabar demonstrando uma falta de informação, que pode não ter sido familiarizada
ainda, através do seu desenvolvimento. Em que pese a exigência legal, por refletir a realidade
da instituição escolar, situada em um contexto, o qual a influencia e que pode ser influenciada
por ele, conforme destaca Veiga ( 1998)

O educador deve conhecer como cada criança reage, e modifica sua forma de pensar e sentir,
falar construir suas ideias e pensamentos, mais também seu potencial de aprendizagem
presente em suas atividades realizadas na sala de aula.

As crianças antes de terem contato com a escrita, ou com aquelas letrinhas escritas nos livros
que elas escolhem para levar para casa para que seus pais possam ler, ou até mesmo na escola
quando a professora conta uma história, desperta a curiosidade nelas.
“Aceitar a realidade dos processos de assimilação implica também aceitar que a aprendizagem
alguma começa do zero; o estudo pormenorizando do que a criança traz consigo – sua
bagagem de esquemas interpretativos” [...] (FERREIRO, 2011, p.65).

A partir disso, elas vão tentar interpretar cada história, cada desenho, quadrinhos, pois elas
vão querer entender o que conta ali, ou tentar criar sua própria história em cima daqueles
próprios desenhos. Com o passar do tempo à criança vai desenvolvendo sua criatividade e sua
interpretação das coisas, ela vai começar a observar mais ao seu redor, desenvolvendo assim
sua imaginação.

A escola está saindo de um conceito de educação a caminho de outro modelo. O fato é que o
mundo está mudando com uma velocidade assustadora. Hoje, o simples acúmulo de
conhecimentos não é garantia de sucesso profissional.

O professor deve considerar em suas práticas os conhecimentos prévios das crianças,


o que implica utilizar alguns instrumentos metodológicos que favorecem essa
investigação, iniciando pela observação cuidadosa delas, sendo que, quanto menores
forem, mais atento deve estar o professor, visto que não se comunicam verbalmente
(SALGADO, SOUZA, 2012, p.23)

É preciso saber lidar com a informação, para construir uma visão crítica da realidade e
desenvolver habilidade para a reciclagem permanente. É competente quem sabe aprender. A
escola deve ensinar o aluno a buscar a informação. Nesse processo, apesar de não termos
respostas prontas, conhecer os princípios pedagógicos que norteiam a arte de educar é parte
importante no processo de escolha da escola do seu filho.

Criado em 1907, pela médica italiana Maria Montessori, o Método Montessoriano tem como
objetivo garantir máxima autonomia ao aluno no processo de aprendizado. A criança é
verdadeiramente o elemento central no processo. 

Método Waldorf Criada em 1919, pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, esse modelo
pedagógico foca na educação total da criança, valorizando sua imaginação. O estudante é
estimulado a criar seus brinquedos com materiais simples, como madeira, argila e retalhos.
Método Tradicionalista Você, assim como eu, provavelmente, teve aula em uma escola adepta
do estilo tradicional de ensino, pois é o mais comumente utilizado no país. Consiste,
basicamente, no ensino centrado na figura do professor, em uma relação vertical de exposição
de conhecimentos e cobrança de conteúdo.

Por ser um sistema centralizado na figura do professor, cabe a ele a função de transmitir
conhecimento aos alunos e, por isso, a disciplina é muito importante. Dessa forma, os alunos
que não respeitam as regras são punidos.

Método Construtivista Assim como no Método Montessoriano, o método


construtivista coloca o aluno no centro do processo de aprendizado, desempenhando um papel
ativo ao buscar conhecimento na medida em que interesses e questionamentos surgem.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 Métodos
Em relação aos métodos, utilizamos características de uma pesquisa explicativa,
bibliográfica, qualitativa e documental, pois para Gil (2008, p. 14)

A pesquisa explicativa tem como o objetivo primordial identificar fatores que


determinam ou que contribuem para a ocorrência de fenômenos. Este tipo de
pesquisa é a mais profunda o conhecimento da realidade, e por isso mesmo, está
fortemente calcada em métodos experimentais. É uma pesquisa muita sujeita a erros
(por que dependem de interpretação, o que acarreta subjetividade) mas de grande
utilidade, pois geralmente possui aplicação prática.

Diante do exposto, propusemo-nos a verificar quais os possíveis desvios na modalidade


escrita de cunho fonológico, morfológico e sintático existentes nas produções de alunos do 5º
ano da escola São João Batista, no intuito de também explicá-los, uma vez que, empenhamo-
nos em averiguar o porquê da frequência constantes de tais desvios.
Para, então, apropriarmo-nos dessas respostas, foi preciso buscar um levantamento
biográfico de forma qualitativa, a fim de justificar tais ocorrências e para isso, recorremos a
Gil (2008) que também explica que a pesquisa qualitativa-bibliográfica consiste em fazer uma
leitura/revisão e análise das reflexões produzidas por outros autores a respeito da temática
abordada.
Devemos ressaltar também que estamos diante de uma análise de documentos, pois,
segundo Gil (2008, p. 230), “A análise documental consiste em uma série de operações que
visam estudar e analisar um ou vários documentos para descobrir as circunstâncias socias e
econômicas com os quais podem estar relacionados”.
Neste momento, vale frisar que a coleta desses textos ocorreu através das regências
feitas pelos residentes, no ano de 2018. Foi, portanto, desta forma que adquirimos os
documentos (as produções textuais dos alunos) que conseguimos analisar, levando em
consideração também fatores sociais e econômicos.
3.2 Metodologia
Já em relação à metodologia da oficina esta ocorreu através da apresentação do gênero
discursivo poema distribuído em quatro momentos, o que se torna equivalente à quatro aulas:
apresentar o gênero (estrutura, características, forma); a produção individual escrita e, por
fim, a entrega das produções para correção.
Neste estudo, participaram alunos de uma turma e a amostragem total foi constituída por
24 alunos, dos quais 10 pertenciam ao sexo feminino e 14 ao sexo masculino, com idades
mínimas de 10 a 16, logo, obtivemos 24 produções.
Para mais, durante as orientações sentimos a necessidade de também indicar as
diversidades de livros de poemas para que eles pudessem criar o hábito de leitura. O método
adotado nas aulas foram àqueles que, além de facilitar o aprendizado do conteúdo, teve
aceitamento por parte dos alunos, por se tratar de uma produção expressiva e livre para
escrever.
O empréstimo de livros foi um recurso muito positivo, pois houve maior interesse,
houve também interação com os colegas e, aos poucos, essa aula “diferente” conquistou a
maioria.
O objetivo desse momento era detectar as produções textuais dos alunos do 7º ano para
identificar as diferenças linguísticas que apresentam entre a variedade da língua oral e escrita
e para também investigar que aspectos relacionados ao domínio do código escrito precisavam.
Conhecer o ambiente escolar e o aluno foi crucial para desenvolver um bom trabalho
pedagógico. Usamos técnicas para a ajudá-los a melhorar a escrita e o primeiro passo a ser
dado foi para verificar quais as maiores dificuldades que os alunos apresentavam durante
prática de resolução das atividades.
A partir disso, partimos da análise de textos produzidos de forma espontânea, ou seja,
sem interferência da professora, quando afirmamos, que é preciso conhecer o aluno e suas
dificuldades, evidencia-se a intenção de aproximação com sua realidade, a partir da análise da
Minayo (1992, p. 23) ao afirmar que

É uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsicamente


inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade de
que nunca se gosta, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados.

Em síntese, a finalidade de cada uma das investigações era impulsionar os alunos para
que eles descobrissem que poderiam utilizar diferentes estratégias de escrita, mas que
deveriam utilizar o contexto para cada situação seja oral ou escrita.
Após a coleta dos dados das produções textuais, iniciamos a investigação dos desvios
ortográficos. Neste momento, foi feita anotação de cada desvio encontrado nas redações em
folhas separadas e organizamos por categorias (fonético, morfológico e sintático).
3.2 Características gerais da escola
Os dados da pesquisa foram coletados na Escola Municipal de Ensino Fundamental São
João Batista (imagem 02), situada no Centro da cidade. Foi fundada em de Janeiro de 1980,
pelo Pe. Raimundo Mocbel.

O presente estudo constituiu-se


pela realização do Programa
Residência Pedagógica que foi
realizado na Escola Municipal de
Ensino Fundamental São João
Batista, na cidade de Cametá/PA.
Trata-se de uma instituição Pública
da rede municipal de ensino que
oferta o Ensino Fundamental II. A prática se deu no ano de 2018 a partir das participações
como regentes do Programa Residência Pedagógica com a turma do 5º ano B.
Segundo as informações da diretora da instituição, a Escola funciona em regime de
convênio com a pareceria da prefeitura Municipal de Cametá/Pará. O objetivo da Escola é
possibilitar a reflexão crítica incessantemente garantir a qualidade de Ensino oferecido à
comunidade, desenvolvendo ações pedagógica para a formação do sujeito ético e crítico
transformador de sua realidade social.
Essa instituição é considerada de médio porte e recebe aluno de classe baixa e média,
sendo que uma quantidade expressiva de alunos é beneficiada com o programa de governo
Federal com a bolsa família. A escola vem trabalhando com a modalidade de ensino regular
atendendo as turmas do 1º ano do ensino Fundamental ao 9º ano e EJA, de acordo com a LDB
9394/96. Atualmente a escola conta com 920 alunos, 1 diretora, 1 vice, 1 coordenador
pedagógico, totalizando 86 funcionários. As turmas estão organizadas em: Manhã, tarde e
noite.

4. DADOS E OS TIPOS DE DESVIOS


Neste momento, dividimos os desvios em fonológico, morfológico, sintático e seus
tipos elencados por nós. A partir da compreensão de fenômenos linguísticos desviantes na
escrita padrão nesta seção, são analisadas as formas linguísticas não convencionais mais
recorrentes no corpus organizado. Salienta-se que este texto não abarca todos os fenômenos
linguísticos observados e que, diante das várias ocorrências identificadas, foram selecionados
apenas os exemplos mais representativos para cada uma das subcategorias consideradas.
As ocorrências foram, incialmente, agrupadas como fenômenos fonológicos,
morfológicos e sintáticos, posteriormente, tipificadas, como demonstrado no Quadro 1, 2, 3 e
4. Após a apresentação destes, passa-se a discorrer sobre cada uma das subcategorias.
Quadro–01: Desvios fonológicos
TIPO OCORRÊNCIAS

Substituição Faca (faça), cracre (craque), min (mim),


enfermidade (infermidade), teraa (terra) sen
(sem), emconto (encontro), paisis (países), tornol
(tornou), menhor (melhor), envade (invade), sinho
(zinho), achan (acham), mi (me), levesa, (leveza),
tristesa, (tristeza), espertesa, (esperteza),
burracha (borracha).

Supressão ou omissão de flo (flor), fica (ficar), jogado (jogador), vedade


fonema (verdade), chase (chance), vedadeiro (verdadeiro),
ama (amar), amor (amou), apoxonado
(apaixonado), apoxonei (apaixonei) , joga (jogar),
troxe (trouxe).

Acréscimo de fonema Pombre (pobre), muinto (muito), arportunidade


(oportunidade), tinlham (tinham), acabaudo
(acabado).

Quadro 02: Desvios morfológicos


TIPIFICAÇÃO OCORRÊNCIAS

Juntura intervocabular e grafia Se uma vez eu meperdeçe... (me


inadequada do morfema perdesse)

Soqueria que restasse... (Só queria)

Lendo agenti vai pro park (a gente).

Grafia inadequada do morfema Quando o menino foi vela novamente...


(vê-la)
Quadro 03 - Desvios sintáticos
TIPIFICAÇÃO OCORRÊNCIAS

Concordância verbal Quando ele se alegram (eles se alegram)

Concordância nominal

Grande diversões (grandes diversões)

jogava melhor que os outro (os outros)

Uso inadequado de pontuação A caixa misteriosa, é uma caixa que...


(virgula)
No país lá fora, e foi contratado..

Por que poeta pensa muito, e eu só penso


em você..

Uma estrela bem pequena dessa que,


quando apagam.

Colocação pronominal inadequada Para min escutar

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre os desvios fonológicos identificados, os mais recorrentes foram os relacionados
à substituição. Considera-se a hipótese de que os alunos, por estarem na fase de transição para
o 6º ano, já apresentam um arcabouço linguístico das convenções da escrita adquiridas
durante as séries anteriores, o que os leva a monitorar o comportamento linguístico,
demonstrando, portanto, uma preocupação com a norma-padrão.
Visto que, todos os dados são significativos para a análise e merecem destaque pelas
informações que podem revelar, levando em consideração a série em estudo. Além disso, é
preciso considerar que na tessitura textual, muitos aspectos cognitivos são acionados
concomitantemente, exigindo múltiplas competências e habilidades do indivíduo. Esses dados
indicam, com clareza, que os tipos de desvios encontrados nos textos dos alunos pesquisados
ocorrem com frequências variadas, principalmente nas últimas sílabas das palavras escritas, o
que pode indicar que eles escrevem como falam.
Além disso, percebe-se que a ortografia é um dos aspectos da língua com diferentes
graus de complexidade, por isso pode causar mais erros e confusões a quem aprende e precisa
apropriar-se das regras ortográficas, mas não tem interesse pela leitura e escrita fora do
ambiente escolar, como ocorre com muitos desses alunos que não leem ou escrevem em casa.
Pode-se observar que, em relação ao que tange o resultado quantitativo, nos textos dos
alunos foram encontrados os seguintes desvios: Substituição 18, supressão ou omissão de
fonemas – 12, acréscimo – 05, grafia inadequada do morfema – 02; juntura intervocabular e
grafia inadequada do morfema – 03 , grafia inadequada do morfema - 02 , concordância
verbal – 02, concordância nominal – 02, uso inadequado de pontuação – 04, colocação
pronominal inadequada – 01, colocação inadequada de morfema modificando o sentido da
oração.
Uma análise comparativa mostra que os maiores problemas enfrentados pelos
estudantes de 7º ano dessa escola, incidem no mau uso de formas dicionarizadas, constatando
54 ocorrências do total de desvios de escrita nos textos.
Além destes resultados, pudemos também encontrar além dos desvios fonológicos,
morfológicos e sintáticos, a presença de um desvio que pode ser caraterizado como
morfossintático, uma vez que observamos haver o desvio na grafia da flexão do verbo “ver”:
“quando o menino foi vela novamente”, que interferiu, de forma geral, no significado da
oração, pois essa inadequação na colocação do morfema sufixal, transformou a palavra
adequada à oração em outra (vê-la > vela).
A medida que fizemos as categorizações dos desvios, pudemos diagnostigar e chegar
ao resultado de que todos os desvios resultantes desta pesquisa (de cunho fonológico,
morfológico e sintático), independente da categoria, podem ocorrer mediante a influência da
oralidade na escrita.
Em suma, durante as categorizações tivemos um aluno que não conseguiu desenvolver
um texto, pois sua produção se encontrava significativamente sem coerência e com muitas
palavras grafadas impossíveis de compreender, fato este que nos levou a outras reflexões
pertinentes sobre o ensino e aprendizagem de língua materna, pois estamos diante de alunos
do 7º ano, o que se subentende já apresentarem certo domínio de produção textual.
Pudemos entender também que fenômenos sintáticos de concordância nominal e
verbal podem ser motivados por vários fatores, dentre os quais destacamos, por limitações de
espaço, apenas a saliência fônica. Quanto maior a saliência, isto é, a percepção da diferença
singular e plural entre as formas, menor a probabilidade de desvios.
Conforme palavras de Cardoso e Cobucci, (2014, p. 82)

As pesquisas sociolinguísticas têm demonstrado que os aspectos linguísticos mais


importantes para que ocorra a variação da concordância são a saliência fônica e a
posição dos elementos no sintagma. Com relação aos aspectos sociais, um dos mais
importantes para entender a variação da concordância de número no PB é a
escolaridade dos falantes.

Diante do exposto, é possível dizer que nos apoiamos em investigar dois desvios:
concordância nominal e verbal, e desta forma encontramos nos exemplos tais como: “quando
ele se alegram”, “grande diversões”. Salientamos a necessidade do saber organizar o texto e
também usar os verbos concordando com o sujeito, para que possa ser coeso e coerente, e
para que então possa repassar uma ideia de entendimento do que se escreve.
Outro desvio que se destacou nas análises foi a junção intervocabular. Ao se referir a
esse aspecto, Oliveira (2005, p. 38) considera que essa é uma questão ligada ao plano
gramatical, e esse fato ocorre porque, nesse caso, os alunos estão escrevendo em termos de
unidade de acento, que é o que ocorre na fala, e não em termos de unidade de sentido. E como
exemplos encontrados durante as análises de características tais como: Juntura de palavras
“soqueria” e “agenti”. O autor lembra que muitos desses desvios podem ser vistos como
fenômenos relacionados ao dialeto do falante e não como erros.
As ocorrências identificadas nesta seção são, em sua maioria, comuns mesmo nas
séries finais do ensino fundamental, considerando que estas constituem uma etapa
intermediária do ensino básico e de transição para o ensino médio. Outras são hipóteses
esporádicas e eventuais, que aparecem somente uma vez. Estes constituem dados relevantes
para a análise, já que se trata de fenômenos raros e idiossincráticos decorrentes, por exemplo,
da falta de atenção ou lapso mental.
Além das dificuldades próprias da aquisição do processo de escrita, acredita-se que a
falta de acompanhamento em casa é um fator que contribui para a grande incidência de
desvios ortográficos nessa turma, inclusive dificuldades que já deveriam ter sido superadas,
como a troca de surda por sonoras, já que se trata de uma turma de 7º ano.
A maioria desses estudantes não tem um acompanhamento domiciliar que lhe ofereça
suporte para minimizar as dificuldades de aprendizagem, visto que a escolaridade de seus pais
ou responsáveis não é suficiente para auxiliar na realização das atividades. As tarefas
extraclasse solicitadas raramente são realizadas, e apenas um pequeno número de alunos as
cumpre.
A estrutura do ambiente escolar, tais como: a sala de aula e o bebedouro que estava
com defeito, foram alguns dos fatores que interferiram diretamente no rendimento dos alunos,
porque percebemos a falta de concentração nas atividades de classe e extraclasse. Também, a
falta de uso da biblioteca não possibilitou o contato maior com a leitura, pois eram somente
utilizados os livros didáticos.
Em suma, acreditamos que os desvios podem ser minimizados a partir do uso de
metodologias que ajudem a desenvolver ainda mais um ensino básico, mostrando assim que
todos os alunos possuem capacidade de superar as próprias dificuldades. Ressaltasse também,
a necessidades de projetos como o Residência Pedagógica, justamente por possibilitar um
contato maior e específico com cada aluno.

6.CONCLUSÃO
Este trabalho se propôs a fazer uma análise dos métodos utilizados nas escolas, tanto nos
tempos passados como no atual, fazendo uma reflexão crítico-comparativa entre elas. Assim
como refletir sobre a educação atual, os alunos e os métodos utilizados pelos professores em
sala de aula, apresentando alguns dos métodos mais conhecidos hoje em dia: Montessoriano,
Waldorf, Tradicionalista e Construtivista. No fim trouxemos uma análise sobre a relação e a
influência da linguagem oral na escrita, baseado em estudos feitos em uma turma do 5° ano da
Escola São João Batista.

Buscamos reforçar a atenção e o cuidado que os professores devem ter com seus alunos na
suas individualidades, tanto psíquicas e mentais como históricas e sociais, para que a
aprendizagem se dê de formal integral em cada um deles.
Destacamos a importância de se está sempre em busca de informação, atrás de métodos que
melhor atendam às turmas a quais nos tornamos responsáveis, pois é um dever nosso, um
comprometimento entre professor e aluno.
Proporcionar o melhor as crianças não é uma obrigação mas um ato de amor, ato este que faz
muita diferença tanto na aprendizagem como na vida do educando. Estar disposto a agir por
eles nos mais variados aspectos é ter consciência do verdadeiro papel do educador.

No que se refere ao desenvolvimento da escrita, ressaltamos a importância de apresentar e


trabalhar os textos escritos com as crianças, desenvolvendo nelas a curiosidade pela
linguagem textual desde de pequenas. Como sabemos é uma realidade que muitas poucas
crianças tem contato com livros fora da escola e o hábito da leitura é pouco disseminado das
paredes para fora, este certamente sendo um dos grande impasses para a alfabetização, um
problema que se torna ainda maior quando adquirimos a consciência de que muitas escolas
também não possuem estrutura para fornecer livros aos alunos. Aqui elucidamos que ao
falarmos de livros não estamos nos referindo aos livros didáticos, mas aqueles que realmente
chamam a atenção da criança: os contos, fábulas, poemas etc.

Acreditamos fortemente que o hábito da leitura possa ser uma medida bastante eficaz para
diminuir ou talvez até mesmo evitar eventuais dificuldades que possam vir a surgir
futuramente no processo de criação escrita da criança. Pois sabemos: haverá desafios nesse
processo. E estes serão ainda mais acentuados se este contato constante não existir. Cabe aos
educadores o desafio de reforçar sempre esse pensamento, torná-lo real, mas também aos pais
se comprometerem com ele e mais importante, com a educação de seus filhos, para além de
apenas colocá-los na escola, mas se tornar parte desse processo formador.

Ao analisarmos os textos produzidos pelos alunos em nossa pesquisa, salientamos a


importância da escrita correta para que possamos também nos comunicar devidamente, sem
dúvidas ou mal entendidos e pretendemos acima de tudo clarear a mente para a necessidade
de buscar metodologias que verdadeiramente saciem a necessidade de cada aluno.

O caminho que percorremos ao tomar essa direção possui dificuldades, assim como qualquer
outro que nos ponha a serviço de outrem, mas para além delas devem ser observadas as vidas
as quais nos comprometemos em guiar nesse início do processo de aquisição de
conhecimento. E como guias devemos ser os primeiros a estar abertos a recebê-lo e acima de
tudo, procurá-lo.

Nossa tarefa como educadores, observadores e pessoa que faz a diferença na vida de alguém,
é fazer com que essa diferença seja a melhor possível, por isso se torna uma busca constante,
e uma que devemos está dispostos a fazer em cada momento de nossas vidas. De certa forma
é o futuro de alguém que foi colocado em nossas mãos, não podemos tratá-lo de qualquer
maneira.

Referências

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