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CAPÍTULO XXII Educação e Cultura

Preliminares - Professores do distrito e da vila - Primeiros


professores públicos de Barra do Corda - Francisco de Melo
Albuquerque - Fr. José Maria de Lóro - Educadores pioneiros
Escolas Históricas - Mestres Bacharéis - Otávio Bandeira e
Safira - Fr. Adriano de Zânica - Ir. Helena de Acaraú -
Educadores de 1940 a 1956 - Ginásio Nossa Senhora de Fátima
- Fr. Marcelino de Milão - Diretoria Regional de Educação -
Outras escolas -A CENEC -Maranata – Cultura -Jornais - "Os
Simples" "A Arte e os Óculos" - O Pássaro - Outros Jornais –
Teatro -A música Metodologia - Folclore - Artesanato. -
Símbolos Barra-cordenses.

Em 1835, o predomínio dos Jesuítas, no setor de educação, já fazia parte da


História da colonização de um modo geral. Poucos erram os Internatos de reprodução dos
quadros religiosos e difusão da Fé.
Várias legislações definiram os rumos da educação brasileira, de tal sorte que, 3
anos após a chegada de Melo Uchôa à Barra do Corda, fundara-se na Capital da Província (em
1838) a exemplo do que se fazia em todo o país, o Liceu Maranhense, uma espécie de Colégio
Pedro II do Rio de Janeiro, que nascia nas capitais das Províncias.
Esta situação arrastou-se por longos anos, agravada pela falta de mão-de-obra
especializada do magistério e fatores de ordem econômica. A implantação de escolas públicas
e particulares, na capital e no interior, tornou-se raridade.
A mestra Maria do Socorro Coelho Cabral, do Departamento de História e
Geociências, da Universidade Federal do Maranhão, em seu memorável trabalho - Política e
Educação no Maranhão - estuda o processo, no período de 1834 a 1889, espaço em que
floresceu nossa cultura.
Dali, concluímos que, em 1832, não haviam escolas primárias públicas no
Maranhão; em 1854 existiam apenas 48, com 2.139 alunos; em 1888, ao tempo da Abolição, o
Maranhão contava com 148 escolas públicas primárias mas, no ano de 1860, quando Barra do
Corda já havia se promovido à categoria de vila, o Estado contava com 157 unidades escolares,
sob sua responsabilidade.
Faltavam professores; em seus lugares, guiando os homens, as mulheres e as
crianças, estavam os que faziam as entradas, não somente nas regiões litorâneas, como nos
médios e altos sertões.
Os nossos primeiros educadores, foram, indiscutivelmente, aqueles que fundaram
e dirigiram o povoamento. Eram todos autodidatas, cujos conhecimentos haviam sido
conseguidos através de enormes esforços pessoais.
Não constituíam a figura do chamado professor; aquele ser adestrado a misturar
disciplinas; principalmente os conhecimentos indispensáveis a que os mais novos aprendessem
a ler e a escrever. Todavia, cuidavam do desenvolvimento social de tal sorte que, cedo
surgiram, já ao tempo de povoado, depois distrito e finalmente vila, os personagens que
vieram a ser os nossos primeiros professores distritais.
Após criada a Capela Curada do 2º distrito da vila da Chapada (1849) surgiram
naturalmente os primeiros alfabetizadores, que lecionavam as crianças no distrito do Rio da
Corda, em suas próprias residências e recebiam, da parte dos pais, pagamentos pelos serviços
prestados.
No ano de 1854, com a Freguesia, o fundador Melo Uchôa e seu amigo Manoel
Raimundo Maciel Parente, lideraram o movimento no sentido de exigir da Assembleia
Provincial a criação do que chamaram de Cadeira de Instrução Primária, para a nova unidade
que surgia no centro da Província e, anos após, vieram as Leis de nº 409, de 18 de Julho de
1856, e 418 do mesmo ano, criando duas cadeiras de ensino para meninos e meninas, na vila.
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Primeiros atos públicos de ensino em Barra do Corda, embora nas duas décadas anteriores,
muitas pessoas tenham aprendido a ler e escrever, decorrentes do ensinamento particular.
Criadas as cadeiras, a partir dos anos de 1856, surgiram os primeiros professores;
o exercício das suas atividades exigia muita renúncia e tolerância, vez que recebiam seus
ordenados uma vez por ano, através de procuração passada perante o "Thezouro
Provincial". As suas residências eram transformadas em escolas públicas, compromisso tácito
assumido antes da designação de cada um, pois não haviam prédios escolares.
O primeiro professor público da Vila de Santa Cruz da Barra do Corda foi João
Batista Gonçalves de Queiroz, designado ao ano de 1856. Em seguida, viera o escrivão Pedro
Alexandrino Gualberto de Macedo Leão, acumulando as funções de Professor às de Escrivão
interino do Cartório de lº Ofício.

Francisco de Melo Albuquerque


Merece destaque, como grande educador de Barra do Corda, o professor
Francisco de Melo Albuquerque, figura de autodidata que ajudara na construção da sociedade
da vila.
Sua atividade, atingira o período Republicano, onde independente de se projetar
no seio da Justiça, com escrivão. Juiz de Paz e de Órfãos, tornara-se líder ao tempo da Abolição
e da República.
Dunshee de Abranches31 o conheceu de perto e com ele privou nos momentos
difíceis da Iconfidência Republicana em Barra do Corda. Dele, disse: "Melo Albuquerque é
profundo conhecer da vida epsódica dos sertões; venerando mestre barra-cordense que
encantava os que ouviam pela sua dedicação escorreita32, erudita e elegante"; lembrava
Abranches, que Albuquerque começara a sua vida no Magistério Primário, e se transformara
em abastado homem de negócios.
Sucederam aos primeiros professores inúmeros outros, tão dignos e notáveis
quanto àqueles.
No período compreendido entre os anos 1870 e a Abolição da Escravatura,
dezenas de professores públicos estaduais continuaram no exercício das atividades do ensino
primário em nossa vila, citando os primeiros: Raimundo Aires de Sousa - 1886 (egresso de
Carolina): famoso mestre de jovens; João Praxedes de Montalvão, 1886, de Pastos Bons;
Silvina de Sousa Soares Santos, 1886; Maria Raymunda da Silva Sousa, 1886, e Ricardo Leão
Pires, 1890 - do clã dos Pires, já descrito em outro capítulo deste Livro.
Entre as escolas que serviam na formação de nossa juventude dos primeiros
tempos, estão: Colégio de Santa Cruz, (1887) fundado e dirigido por Dr. Isaac Martins dos Reis.
Teve, em seus quadros, as figuras do Dr. Dunshee de Abranches, Manoel Tavares, Frederico
Pereira de Sá Figueira e Francisco de Melo Albuquerque; Instituto de Barra do Corda (1895),
onde pontificavam os frades Capuchinhos e Instituto do Alto Alegre, no qual, mais tarde,
frades e irmãs Franciscanos lecionaram a índios e civilizados.
A Escola Pública José do Patrocínio Martins Jorge, (1903) primeira Escola Pública
do Município, sob a direção de José do Patrocínio, que sucedera a Aristides Ferreira;
Externato Maranhense, do Célebre Prof. Ozório Anchieta, (1904), que deixara sua terra Natal e
viera aos altos sertões dedicar-se ao Magistério, tendo aqui sofrido grandes revezes da saúde
de seus familiares.
Atheneu Maranhense, (1907), dirigido por Euclides Maranhão; Externato
Frederico Figueira (1908), Praça da Matriz, que deu origem à atual Unidade do mesmo nome,

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João Dunshee de Abranches Moura, mais conhecido como Dunshee de Abranches (São Luís, 02 de
setembro de 1867 - Petrópolis, 11 de março de 1941) foi um poeta, um dos precursores do Clube de
Regatas do Flamengo, romancista, jornalista, político e professor brasileiro. É patrono da cadeira nº 40
da Academia Maranhense de Letras.(Wikipedia)
32
Que apresenta elegância ou tem bom aspecto.

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fundado e dirigido pelo Prof. Antônio Ribeiro Fialho; Colégio São José da Providência (1910),
destinado a meninos e moças, fundado e dirigido pelas irmãs da Ordem Terceira Capuchinha.
Esta escola funcionara 58 anos interruptos e foi um exemplo de casa de ensino na
formação intelectual, cristã e moral das nossas moças; Escola Paroquial Pio XI, a partir dos
anos 1912, fundada e dirigida pelos frades Capuchinhos, depois sob a responsabilidade da
memorável professora de gerações de barra-cordense, Ir. Helena Maria Ácaraú.
O Colégio São José da Providência, a Escola Paroquial PIO XI e o Grupo Escolar
Frederico Figueira, após o ano de 1910, sustentaram como casa de ensino a formação dos
nossos jovens, neste século, até os anos de 1956.
Após a revolução de 30, foram criadas cadeiras de ensino público também na
área rural, lembrando as atuações dos professores Honório Braga (1934), em Igarapé;
Francisco Manoel do Bomfim (1934), em São Joaquim dos Meios; Manoel Rodrigues Nava,
(1937), em Leandro; Rita de Cássia Sousa (1938) e Olímpio Martins Cruz, (1938), em Naru.
O Grupo Escolar Frederico Figueira, após o Estado Novo (1937), fora reforçado em
seu Corpo Docente de Professores, entre eles Leolinda de Castro Henrique (1937), Maria
Nazaré da Cunha Soares; Francisco de Oliveira Ferres (1938); Elda Nova Figueira Muniz (1939)
e Edelves Maranhão Pinto (1939), esta, lotada no distrito de Curador.
Independente dos promotores e Juízes que serviam na Comarca e ministraram
aulas, já aqui citados, é injusto não registrar, com destaque, outros lentes inesquecíveis pelos
benefícios que prestaram à nossa gente, ao Pôr-do-Sol do século XIX e na Alvorada do século
XX.
O Ex-Desembargador Nicolau Dino de Castro Costa33, do Instituto Histórico e
Geográfico do Maranhão, faz ura estudo primoroso quanto aos bacharéis, mestres escolares,
que segundo eles distribuíam Justiça na Magistratura, ora espargindo a luz do saber pela
Juventude sedenta de instrução. "Não lhes bastava fazer a pura e simples alfabetização.
Queriam mais; transmitir os conhecimentos elementares de uma formação humanística, que
mais adiante fora denominada de ginasial".

Figura 4: Nicolau Dino, 1955

Complementa o mestre Nicolau Dinô: "Os bacharéis do Mato tinham fome de


ensinar". (IHGM). Cita: — "Dr. Isaac Martins dos Reis — Dr. Arão Araruama do Rêgo Brito e
Dr. Raimundo Bona, de 1901 a 1904; Dr. Orestes Mourão - Dr. Isaac Gomes Ferreira de 1927 a
1930; Dr. João da Costa Gomes, até os anos de 1922 e Dr. Sousa Bispo".
Dois dos nossos maiores educadores, nos albores34 deste século, foram o emérito
professor Luiz Gonzaga Roland, pioneiro do Processo de Inspeção de Ensino Público no
Maranhão, e o Dr. Olímpio Ribeiro Fialho, cuja competência, austeridade e dedicação ao
estudo e à pesquisa, o levara ao Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

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NICOLAU DINO DE CASTRO E COSTA nasceu no Amazonas. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
pela Escola de Direito do Pará. Promotor Público na Comarca de Grajaú. Juiz de Direito nas Comarcas de
Grajaú e São Luís. Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão em 1950. No Tribunal de Justiça
do Maranhão foi Corregedor, Vice-Presidente e Presidente. Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do
Maranhão em 1955.
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alvor, começo, princípio

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Em toda cidade, principalmente no interior, onde as pessoas se conhecem pelo


nome, há sempre alguém encarregado de ensinar as lições, tarefas ou exercícios que são
passados aos alunos, nas escolas regulares onde estudam. Na linguagem comum dos anos 30,
se dizia que tais professores serviam para desasnar os meninos e meninas, que tinham
dificuldades no processo de aprendizagem. Sim, a escola de primeiras letras.
Entre os notáveis destas escolas, registramos as senhoras professoras Eulina
Moreira — Otávia Bandeira — Rua Frederico Figueira, e Maria Saphira, — Rua Fortunato
Fialho.. Caracterizavam-se pela austeridade e rigor da metodologia que punham em prática,
incluindo saudosos puxavões de orelhas e algumas reguadas nas canelas! ...
O autor deste livro foi aluno da Profª Otávia Bandeira. Guarda com carinho as
suas lições, dentro da postura que a caracterizava. Com certeza, de quando em vez, põe em
dúvidas de que os caminhos que ela adotava para ensinar, possam, um dia, servir de padrão
para as gerações do século XX, ante a fragilidade do processo de educação em evidência
atualmente.
A professora Saphira, descendente de escravos, metia o bolo sem pena na
negrada. Famosa na comunidade. Representava o negro no processo de desenvolvimento da
sociedade. A pedido do Vereador Edésio Arruda Salomão — "In memorian", obteve uma
pensão vitalícia da Prefeitura para, seus últimos dias de vida.
Estudando alguns dos seres humanos e suas vidas, chega-se a admitir — dentro
do plano de DEUS — que somos instrumentos do alto, destinados ao bem. Nem sempre
atuamos de modo a servir aos povos entre os quais nascemos. Ás vezes, passamos a conviver
com pessoas que falam outras línguas; que têm diferenças, costumes e crenças.

Frei Adriano de Zânica


A História de Barra do Corda é feita de esforços de muitos homens que, partindo
de longe, até do além-mar, às vezes, se integram na nossa vida e meio, para ajudar-nos no
crescimento em todos os aspectos.
Fr. Adriano é um destes vultos inesquecíveis, a quem muito devemos. Trocou o
seu dialeto toscano medieval pelo português, misturando-o logo de início com o Tupy-Guarani
dos Guajajaras e os Jês das aldeias por onde missionou.

Figura 5: Frei Adriano de Zânica

Nasceu Fr. Adriano a 4 de março de 1897. Italiano de Zânica; 6 quilômetros


apenas de Bérgamo, grande centro naqueles idos. Em decorrência de prestação obrigatória de
serviço militar em sua pátria, retardou a sua ordenação sacerdotal, que somente se processara
no ano de 1928.
Deixou sua Itália no ano de 1929 e, em 1930, já se encontrava no Brasil. Aqui, em
Barra do Corda, chegara pela primeira vez em outubro do ano de 1930. (vide Cap. II de seu
Livro Dal Impossibile ai incredibile 28 a 31), onde se vê a peregrinação que começava como
padre, desobrigante da nossa Paróquia.
Entre a catequese dos Índios e a desobriga dos paroquianos, demorou-se,
radicando-se na comunidade. Foi um expoente máximo da juventude de Barra do Corda, a
partir dos anos de 1930, na medida em que soube transmitir coletivamente à sociedade um
desenvolvimento aprimorado, no campo das artes e das letras.

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Para tanto, realizou grandes projetos, concretizando uns e deixando outros


devidamente estabelecidos para que seus sucessores os concluíssem.
Escola Paroquial PIO XI (Anexo nº 11), Igreja de Nossa Senhora das Dores (Anexo
n°10), em o Calvário, e a célebre Banda de Música São Francisco (Anexo n° 12). São alguns
exemplos de seus trabalhos.

Figura 6: Escola Paroquial PIO XI

Figura 7: Desenho do projeto original da Igreja Matriz - Nossa Senhora das Dores

Figura 8: Igreja do Calvário

Entre os músicos da primeira Escola, quando do ato de sua Inaugurarão Oficial,


constam os nomes de: MOISÉS DA PROVIDÊNCIA ARAÚJO35, o inolvidável Mestre (Soprano)
Antonio Araújo (Baixo) — Raimundo Nonato Ferreira (12 Trombone), Antonio Ribeiro (1º
Piston), José Ribeiro (Bombardino), Lourival Marinho de Sousa (Requinta), Floro Austregésilo
Brandes (2º Pistom), Francisco Leda (Flautim), José da Providência Araújo (Clarinete Solista),
Ivan Ribeiro (2º Clarinete), Raimundo Ferreira Sobrinho (3º Clarinete), Manoel Bernardo da
Silva (Barítono), Carlos Augusto Araújo Franco (Trompa), Antonio César de Miranda (Bugre),
Eduardo Evaristo (Bombo), José Pequeno (Pratos) e Carlos Alberto Leda (Caixa).
A Banda de Música São Francisco fez excursões importantes, entre elas, à vizinha
Grajaú, quando de lançamento da Pedra Fundamental da Catedral da Prelazia.

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MOISÉS DA PROVIDÊNCIA ARAÚJO - Maestro - Instrumentalizou o Hino de Imperatriz, cuja letra e
música são de José de Ribamar Fiquene. Fundou a Escola de Música Carlos Gomes em 1959, Foi
professor de música da Escola Normal Regional Santa Teresinha, na decada de 1960. (Fonte:
Enciclopédia de Imperatriz, Edmilson Sanches) .

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Houve afastamento de alguns de seus componentes, em decorrência da disciplina rigorosa a


que eram submetidos; troca de maestro também ensejou a nova fase da Banda de Música
mais importante dos sertões, neste século. As mudanças não lhe diminuíram, os valores. Tanto
assim, que grandes músicos, como Gustavo Barbosa, Antonio Mário Teixeira, Stênio e outros,
surgiram das novas oficinas de artistas cordinos. O autor deste livro foi aluno desta banda
histórica.
Em todos os tempos, ressalte-se a figura indelével da Matriz Musical de Barra do
Corda, o mestre dos mestres Moisés da Providência Araújo; Louvando-se a Fr. Adriano, a
iniciativa feliz que grandes resultados promoveu a sociedade brasileira no campo da Cultura
Musical.

Figura 9: Moises da Providência Araújo.


Fotografia: Arquivos da Biblioteca da Escola Santa Teresinha.

Professora Irmã Helena


Ir. Helena, minha professora. No Jornal O Pássaro (de 22 de Maio de 1976),
registramos o seu passamento, ocorrido a 14 daquele mês, no convento de Mecejana, no
estado onde nasceu — CE.
Foi das primeiras freiras ordenadas pela Congregação das Irs. Terceiras
Capuchinhas; Natural do Vale do Acaraú, ao tempo, uma exceção quando a ser rio do mesmo
nome, perene, contrastando-se com as grandes regiões secas cearenses. Ela soube ser, entre
milhares de crianças que educou, durante 47 anos de atividade no magistério entre nós.
Mestra dos mestres cordinos. Tipo incomum de educadora, resistiu as
contundentes modificações porque há se passado o processo de educação, neste século,
conduzindo quatro das nossas gerações ao caminho de ensino e aprendizagem. Significava
dizer, que, no final de sua carreira, ensinava aos netos de seus primeiros alunos.
Tributamos a Ir. Helena, a homenagem eterna que bem merece — os professores
são sempre esquecidos ... — mas seu nome vence séculos e pode desafiar o próprio tempo!

Professores no Inicio da Década de 40


No início dos anos 40, Barra do Corda Já contava com regular número de
professores, incluindo pessoas habilitadas. Eram 11 escolas municipais e 3 as Unidades
Estaduais, assim distribuídas;

Municipal — a partir dos anos 40


N° DE NOME LOCAL DE TRABALHO
ORDEM
01 Virgínia Pereira da Silva B. do Corda
02 Maria do Carmo Ribeiro B. do Corda
03 Iracema Sousa Amorim Leandro
04 Maria Thomasia F. Mendes B. Esperança
05 Maria D. M. Milhomem S. Joaquim
06 Joana Lima Macêdo Curador
07 Edelves Maranhão Curador

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08 Raimundo Alves S. José dos Bazilos


09 Francisco Manoel Bomfim Tumtum

Estadual — a partir dos anos 40


Nº DE NOME LOCAL DE TRABALHO
ORDEM
01 Brígida Rosa do Lago (Diretora) Grupo. Escolar Fred. Fig.
02 Francisca Ribeiro Professora
03 Melosina Pereira Professora
04 Maria Rita Schoenhere Professora
05 Creuza Couto Carvalho Professora
06 Olímpio Cruz Professor-Lotado em NARU

Particulares — a partir dos anos 40


N° DE NOME LOCAL DE TRABALHO
ORDEM
01 Ir. Sophia Maria de Guaramiranga —
Diretora
02 Ir. Helena Maria de Acaraú
03 Ir. Tomásia Maria de Marabá
Col. S. José de Provid. PIO XI
04 Ir. Otávia Maria de Cabedelo
05 Ir. Jesuína Maria de Maranguape
06 Agrimensor Professor Édison Falcão da
Costa Gomes

Já após a Constituição de 1946, passavam a Ilustrar os Corpos docentes de nossas


escolas, os professores:
01 — Guilnar Salomão Monsalem e Zenóbia Freitas e Silva, pelo Grupo Escolar
"Frederico Figueira.".
02 — Dora Varão Silva e Raimunda Nascimento Machado.
03 — Ir. Rafaela Maria, John F. Canfleld, Eva Mills e Antônia Nascimento Santos.

O Decreto nº 11 de 22 de Julho de 1931, no calor da vitória da Revolução de 30,


dividiu os municípios Maranhenses em distritos, delimitando suas áreas e Barra do Corda,
tinha por fim, avaliada sua área e definidos os seus limites, tendo 24.535 Km2, envolvendo
regiões hoje independentes como Joselândla, antiga São José das Canas. Esperantinópolís,
outrora Boa Esperança: Presidente Dutra, antes Curador; Tuntum e parte do Município de
Dom Pedro, naqueles anos. Mata do Nascimento.
A Prefeitura de Barra do Corda, mantinha escolas nos lugares:
01— Escola Maranhão Sobrinho — Curador
02 — Escola Magalhães de Almeida — Curador
03 — Escola Sete de Setembro — Boa Esperança
04 — Escola José de Patrocínio — São Bento
05 — Escola Isaac Martins — Tuntum
06 — Escola Manoel Salomão — São Joaquim
07 — Escola 13 de Maio — Igarapé

Registrou-se que, no governo do coronel Sebastião Archer da Silva, enquanto


Barra do Corda não conseguiria eleger nenhum representante para a Assembleia Legislativa do
Estado, orgulhou-se de ter nos Quadros Administrativos Públicos, no 1º Escalão do Governo,
nada menos que três barra-cordense: Dr. José Falcão como Secretário de Educação e Saúde;

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Dr. Pedro Braga Filho, como Diretor do Departamento de Maternidade e Infância e Dr.
Clodoaldo Cardoso, como Secretário da Fazenda Estadual.
Ainda dos reflexos desta representação, muitos benefícios à educação foram
concedidos, com alocação de subvenções às escolas privadas e ampliação do corpo docente
das Unidades do Sistema Público.
O Dr. Pedro Braga Filho, eleito deputado federal, viria, com legitimidade e fôlego,
apoiar as iniciativas dos frades Capuchinhos e da comunidade, que poria em prática o
acalentado sonho de fundar um Ginásio — esta era a linguagem — curso que correspondia aos
4 últimos anos do Ensino atual de 1º Grau ou denominado, na oportunidade, como 1º Ciclo do
Ensino Secundário, na forma da Portaria de nº 501 de MEC, que regulamentava a matéria.

Figura 10: Pedro Braga Filho

Assim, povo e autoridades, sob a liderança do então Vigário da Paróquia, Fr.


Slmeão de Levate, fizeram funcionar o Ginásio Nossa Senhora de Fátima, com o seguinte
resumo histórico.

Figura 11: Ginásio Nossa Senhora de Fátima: Praça Melo Uchôa : Barra do Corda, MA

Aberto precariamente, a 1/2/1956, com sede provisória no prédio do Estado, na


Praça "Melo Uchôa, da cidade de Barra do Corda, onde funcionava o Grupo Escolar Frederico
Figueira, teve como primeiro diretor o Pe. Frei Lamberto de Boltiere.
Os trabalhos de Incentivos à abertura do colégio, foram a nível da Paróquia
dirigidos pelo então vigário frei Simeão de Levate.
As autoridades da época, na esfera Municipal, Estadual e Federal, deram
escolhida à iniciativa missionária e tornou-se realidade aquilo que para muitos parecia um
sonho.
A tarefa de constituição do corpo docente não se afigurou das mais sérias, face
existir, na comunidade, com título e disposição para o Magistério, inúmeras pessoas
graduadas.
O 1º corpo docente do estabelecimento fora assim constituído:
01 — Fr. Lamberto de Boltiere
02 — Fr. Inocêncio de Pacoty
03 — Dr. Edem Arruda Salomão
04 — Dr. Euclides Rodrigues
05 — Sr. Galeno Edgar Brandes
06 — Sr. Leonardo Silva
07 — Ir. Consolata Maria

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08 — Sr. Edison Costa Gomes


09 — Sr. José Americano Gomes
10 — Sra. Aguida Santos

Já um processo de seleção de conteúdo mostrará, com detalhes a origem, as


modificações de cada uma das nossas instituições escolares em todos os tempos, analisando a
vida e a obra de seus docentes, fundadores e dirigentes, bem assim as transições que cadê
uma teve de enfrentar, face às mudanças que se processara diante do próprio dinamismo da
vida social.
Registre-se de antemão, que nenhuma obra, na segunda metade do século XX,
fora mais profunda na contribuição ao desenvolvimento de Barra do Corda, no cenário
cultural, científico e econômico, que o Ginásio "Nossa Senhora de Fátima". Basta assegurar,
mesmo a priori, que milhares de profissionais espalhados por este gigante "continente" que é
o Brasil, beberam os primeiros ensinamentos nos bancos do Ginásio Nossa Senhora de Fátima,
de Barra do Corda.

Figura 12: Atualmente o Colégio Nossa Senhora de Fatima, funciona a Escola e a Faculdade Unicentro com vários
cursos, como direito, enfermagem, administração e outros.

Não só a história, mas a nossa própria vida, não se desliga da mão missionária e
educadora do capuchinho.
Alguns dados sucintos sobre o aspecto Jurídico do Ginásio de Barra do Corda: A
25.12.1955 — Fundação; 10.10.1960—Fundação da Escola Normal; 27.04.1970 — Curso
Científico; 03.04.1987 Curso de Contabilidade; 08.04.1992, Curso 4° Ano Adicional.36
Centenas de professores ilustraram, no correr dos anos, o Corpo Docente do
Ginásio Nossa Senhora de Fátima; a foto do anexo n° 23, documenta o corpo docente no ano
de 1973, fase em que dirigia o Estabelecimento o Vigário Frei Paulino de Cellere.

Figura 13: Galeno Brandes entre os professores do Diocesano

O Ginásio, teve os seguintes Diretores:


01 — Fr. Simeão de Levate
02 — Fr. Lamberto de Boltiere

36
A Unidade de Ensino Superior do Centro do Maranhense (Unicentro) é uma instituição legitimamente
barracordense que está em funcionamento na cidade desde o mês de agosto de 2017. E oferece os
cursos de Administração, Educação Física, Enfermagem, Pedagogia, Serviço Social e sua mais nova
graduação, Direito.

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03 — Fr. Paulino de Cellere


04 — Fr. Marcellno de Milão
05 — Fr. Arialdo de Lavrange
06 — Fr. Paulino de Cellere
07 — Fr. Lamberto de Boltiere
08 — Prof. Galeno Edgar Brandes — Substituto
09 — Fr. Paulino de Cellçre
10 — Fr. Jesualdo Lázzari
11 — Fr. Lauro Crivellero

A Ordem teve necessidade de designar, para substituir a Fr. Lamberto, primeiro


Diretor do Ginásio de Barra do Corda, um frade com experiência de ensino. Assim, a 18 de
maio de 1957, chega a Barra do Corda Fr. Marcelino de Milão, Italiano, com muito trânsito e
profundo conhecimento na área da Educação, assume a direção do Ginásio, a 20 de maio de
1957, acumulando as funções de Vigário da Paróquia, ninguém poderia prever, que, naquela
data, Barra do Corda estivesse recebendo de DEUS, para seu progresso científico, espiritual e
cultural, uma figura de tão inolvidável porte. Seu trabalho, seus exemplos de vida, estampados
numa dedicação incansável na defesa dos humildes, se acentuaram, levando-o a ser o
escolhido pela Santa Sé, para Administrador Apostólico da então Prelazia de Carolína.
Antes, reformou o Colégio Nossa Senhora de Fátima. Fundou a Escola Normal
Pedagógica e o Curso Científico. Construiu a Sede própria da Entidade.

Figura 14: Dom Marcelino, já como Bispo, ao lado de alguns seus ex-alunos, em Barra do Corda, 1971.

Hoje, decorridos quase 36 anos da chegada de Fr. Marcelino a Barra do Corda, Já


se pode começar a dimensionar, com mais segurança, o quanto ele foi útil pelo seu trabalho e
vida entre nós.
Sacerdote fiel aos ideais de Membro da Igreja; avançando, porém, nas
necessidades de adaptação do ensino e da doutrina da Igreja, aos sofrimentos da sociedade
dos dias em que vivemos. Falando, gritando bem alto contra os demandos e as tiranias dos
fortes contra os fracos. Apaixonado dos pobres e doentes; das crianças e da mulher desvalida
e discriminada.

Figura 15: Dom Marcelino em Barra do Corda, 1971.

Tinha capacidade incomensurável para ouvir e dialogar, invadindo o universo das


Igrejas Cristãs espalhadas pela área, de modo a ser um doutrinador eclético, vez que, amado e
respeitado pelos Católicos, era também estimado pelos Evangélicos das demais Igrejas de

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Barra do Corda, fato que se comprovara quando de sua enfermidade física, que despontara em
Barra do Corda e mesmo por ocasião de sua promoção a Administrador Apostólico.
A 1º de março de 1971, publicada no Jornal O Pássaro n° 282 de 05.01.1980 sob o
título de Eterna Mensagem, prestamos ao grande educador, nossa homenagem.
Fr. Marcelino37, entre nós, mostrou profundas qualidades humanas e grandes
intuições da vida, numa perseverança inquebrantável. Teve a delicadeza peregrina dos
grandes, numa abnegação valente de despreendimento pessoal sem limites. Deu amparo de
ensino com mãos normas de amor, embora os frutos verdadeiros estejam por ser colhidos,
não se podendo afirmar, a curto prazo ter sido boa a sementeira onde plantou.
Asilou, alimentou e procurou construir e instruir no bem, pobres crianças,
tentando extirpar, na origem, os males da nossa sociedade. Grandes foram as suas virtudes
sacerdotais e não menores os sentimentos humanos que o caracterizaram. Unindo-os, eis o
perfil do santo homem D. Fr. Marcelino de Milão.
Historicamente, as Inspetorias de Ensino do Sistema Público foram os primeiros
órgãos encarregados da Fiscalização das Escolas pelo interior do Maranhão.
O professor Luís Gonzaga Roland, foi o pioneiro das inspeções nas escolas
públicas, ainda na primeira metade deste século.
Após a Constituição de 1946, se implantava o Serviço de Supervisão de Ensino,
que tratava mais objetivamente o lado do planejamento escolar.
Até que, a 12 de maio de 1970, no governo José Sarney, se instalava na Secretaria
de Educação do Estado, o setor descentralizado do órgão, denominado Administração
Regional da Secretaria de Educação do Estado. Barra do Corda foi a semente deste processo
novo, então, onde as ações de planejamento, fiscalização e administração passavam a ser
dirigidas por um órgão regional.
O autor deste livro foi, então, nomeado por Decreto Governamental de 12.05.70
para as funções de Administrador Regional da Secretaria de Educação do Estado, com sede em
Barra do Corda e Circunscrição que envolvia os Municípios de Grajaú, São Domingos,
Presidente Dutra, Graça Aranha, Gonçalves Dias, Esperantinópolis e Barra do Corda.
Posteriormente, o órgão passa a denominar-se de Diretoria Regional de
Educação.
Após encontros, cursos, seminários e uma série de treinamentos, a Diretoria
Regional de Barra do Corda ampliou o número de professores dos quadros oficiais, para que
fosse possível atender aos cursos que se iam definindo de acordo com o crescimento das
populações em Idade escolar, tais como; Ginásio Bandeirante, que se transformara em
Unidade Dom Marcelino de Milão.
Ampliação da Unidade Frederico Figueira ao nível de 5ª a 8ª série, da Unidade Pio
XI, ao nível também de 5ª a 8ª série. Implantação do Centro de Ensino de 2º Grau de Barra do
Corda e outras atividades correlatas, foram resultados dos trabalhos da Secretaria de
Educação do Estado em Barra do Corda, nestes últimos 20 anos.
Avaliação Justa dos benefícios decorrentes da implantação da Diretoria Regional
de Educação em Barra do Corda, deve ser feita no futuro, abrindo-se um leque em torno do
aproveitamento da mão-de-obra local na área do Magistério; do oferecimento de escolas, às
populações que não têm condições de pagar a escola privada; do quanto a comunidade se
beneficiou, também, na qualidade de ensine oferecido aos nossos Jovens, muito embora se

37
Atualmente Marcelino de Milão empresta seu nome a um dos colégios de BDC na Altamira e é um dos
patronos da Academia Barra-cordense de Letras. De 1957 a 1970, quando frei Marcelino de Milão
morou em Barra do Corda, deixou obras como o colégio Nossa Senhora de Fátima, o Diocesano, e
construiu a igreja São Francisco na Tresidela. Poliglota e médico, foi professor do colégio Diocesano e
conta-se que cultivava a humildade e com frequência, às 5h da manhã, estava frei Marcelino varrendo a
igreja Matriz. A história de BDC não pode ser contada sem o legado de frei Marcelino.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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saiba da luta existente entre a se oferecer mais vagas nas escolas e a qualidade de ensino que
elas estão oferecendo ao nosso povo.
A partir dos anos 1964, a Legislação, de um modo geral, acordara para a
necessidade não apenas da obrigatoriedade do ensino, mas da indispensável aplicação dos
recursos públicos nesta área.
Os mecanismos, que levariam ao fiel cumprimento da lei neste sentido,
demoraram, mas terminaram por definir punições aos governos em todos os níveis, na
hipótese do descumprimento da aplicação dos recursos para tanto preestabelecidos.
Assim, não há, hoje, município maranhense que não tenha Escolas de 1º Grau de
1ª a 8ª série e em quase todos eles já funcionam, também, as Escolas de 2º Grau.
Em 1969, a Prefeitura Municipal de Barra do Corda iniciara a construção de uma
Escola de 1º Grau de 1ª a 5ª série, localizada na Trezidela, que florescia naquela data. A
Câmara Municipal de então, através de lei. denominou-a de Escola Municipal Prof. Galeno
Edgar Brandes, autor deste Livro, que concluía ao tempo, o seu mandato de Prefeito
Municipal. Por uma questão de ética, a Lei foi devolvida com muito respeito ao Poder
Legislativo, sem a Sanção devida, muito embora o então Presidente da Câmara, vereador Luiz
Rodrigues, a tenha sancionado.
Esta unidade funcionou normalmente durante o mandato do prefeito Lourival
Pachêco. Na Gestão do prefeito Fernando Falcão, o prédio dera lugar à implantação da Escola
CENEC, do Sistema Campanha Centro Educacional de Escolas da Comunidade. Hoje, é um
grande Centro de Educação de nossa cidade. A sòma de esforços com vistas ao bem público,
tem se verificado em nossa terra, graças ao bom senso e ao equilíbrio de nossos líderes.

Figura 16: Inauguração do CNEC 1973

A sementeira que deu origem à Escola Maranata foi o Instituto Bíblico do


Maranhão, que, em Barra do Corda, tivera início a 20 de abril de 1936. Os primeiros
professores do Instituto foram George Thomas, George Stears e Humberto Miranda.

Figura 17: Instituto Maranata: Barra do Corda, MA

Como Unidade de Ensino, a Escola Maranata, teve início no ano de 1953, — antiga
Escola Primária de 1ª a 5ª série.
Prestou relevantes serviços à instrução, mantendo internato para estudantes do
interior do município.
Redefinida a entidade e ampliada a sua área de ação, mantivera o Curso de
Formação de Professores, na forma da legislação então vigente.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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Ao longo dos anos, foram seus diretores, entre outros: Eva Willes, Jeorge Doepp,
Worvel Wontes e Jaime Vance, com ação direta sobre a administração do internato e Zélia
Reis Maria Justa, Marilene Ferreira, Valdemir Oliveira Menezes, Ribamar Mendes Puça, Rocilda
Oliveira Barros, Wolphgang Oliveira Mendes Filho e Eliezer Ferreira Santos, na parte legal.

Figura 18: Wolphgang Oliveira Mendes Filho

Assim como o Ginásio Nossa Senhora de Fátima, guardadas a extensão dos cursos
e benefícios dispostos na programação de cada unidade, a Escola Maranata tem sido um órgão
respeitável na História de Barra do Corda.
Vimos de examinar os processos e as entidades encarregados do desenvolvimento
da nossa gente, de 1835 para cá, sob a égide da educação.
Analisemos os resultados destes esforços espelhados nos padrões de
comportamento dos homens, nas habilidades e práticas no campo das artes e das letras, cujo
zelo e trato, por parte dos nossos antepassados, terminaram por formar aquilo que constituiu
a nossa cultura.
É provável que, antes de 1888, qualquer tipo de Jornal haja circulado pela Vila de
Barra do Corda. Contudo, deve ter sido manuscrito, vez que os próprios panfletos utilizados na
inconfidência Republicana foram redigidos e editados por este processo.
O primeiro Jornal de Barra do Corda, com sede própria e estrutura Jurídica
definida foi, Indiscutivelmente. O Norte38, Antônio Rocha Lima, Dr. Isaac Martins dos Reis e
Dunshee de Abranches, a 7 de setembro de 1888, acertaram a fundação de um Jornal,
durante reunião solene no Colégio Santa Cruz, fundado pelo Dr. Isaac Martins dos Reis.

Figura 19: Jornal o Norte

A sua inauguração se processara ainda no decorrer daquele ano e nesta primeira


fase contara em seus quadros com: Dr. Isaac Martins dos Reis, Diretor — Frederico Figueira —
Redator-Chefe — Rocha Lima, Diretor Financeiro — Deoclides F. Sousa: Lino Leal: Francisco
Câmara; José Florêncio Moreira; a poetisa Mariana Luz; Melquíades Ferraz; João Bento
Moreira Ferraz: Alfredo de Assis Castro, este, mais tarde, membro da Academia Maranhense
de Letras.
A segunda fase do Jornal O Norte, é caracterizada pela direção de Frederico
Figueira se prolongara até os anos de 1924, quando de seu passamento.
A terceira fase tem como responsáveis o Dr. Walfredo Lyra e Leônidas Leda, o
primeiro ex-Juiz de Direito da Comarca, cunhado do segundo.

38
É o primeiro jornal do Norte do país, fundado em 1888, por Dr. Isaac Martins. Funcionou até 1940.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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A quarta fase foi patrocinada pelo professor Luís Gonzaga Roland, Almir Silva e os
Drs. Costa Gomes, ex-Juiz de Direito da Comarca e Isaac Ferreira, mais tarde, membros da
Academia Maranhense de Letras.
Na quinta fase, lutaram por O Norte os cidadãos José Bandeira de Melo e Natal
Teixeira Mendes, ex-prefeito de Barra do Corda.
Posteriormente, surgem os Irmãos Salomão contando com a participação
redacional do Prof. Oliveira Y. Ferres.
Por razões financeiras, O Norte cerra suas pálpebras e deixa de respirar pelas
liberdades e defesa dos humildes, tendo funcionado quase meio século.
Nos anos 60, o deputado Pedro Braga Filho reacende as turbinas do órgão e o
reedita em Brasília. Voltava a calar-se mais uma vez, até que, em 1992, sob a responsabilidade
do Jornalista conterrâneo Dr. Nonato Cruz. volta O Norte a circular em Barra do Corda,
conservando em tudo a linha de independência e fidelidade aos princípios éticos que o fizeram
nascer no último quartel do século passado.
Os Simples, a Arte e os Óculos, foram de Inspiração e responsabilidade de Sousa
Bispo. Minha saudosa mamãe, falava-me com muito carinho de Sousa Bispo. Dizia-me que foi
menino pobre, que nasceu no município de Grajaú, mas, além de estudar em Barra do Corda,
teve grande parte de sua vida ligada aos nossos folguedos e atividades literárias. A partir dos
anos 1931, assumira a Promotoria de Barra do Corda. Foi um homem de letras, valorizado nos
meios sociais e culturais do Estado, especialmente nos sertões, onde nascera.
Os pequenos periódicos Os Simples e a Arte e os Óculos, foram efêmeros mas de
muita significação, pelo conteúdo crítico, folclórico e profundo de suas mensagens.
A partir do ano de 1956, o Ginásio Nossa Senhora de Fátima passara a ser o
referencial da cultura de Barra do Corda. Lá estavam, como professores, alguns dos elementos
intelectuais da terra, além de possuir a entidade uma invejável biblioteca, formada do antigo
acervo de doações feitas por Fr. Adriano, Fr. Honório, Fr. Marcelino de Milão — O grande
Orador Sacro, Fr. Heliodoro e tantos outros benfeitores da nossa cultura.
Ainda com o primeiro diretor e Fr. Lamberto, surgiu o Jornalzinho interno A
Juventude. Com a substituição de Fr. Lamberto por Fr. Marcelino e a transferência da sede do
colégio para o novo prédio, surgiu um grupo de alunos, liderados por Antônio Carlos Gomes
Lima, Milton Nava Filho, Denis Arruda e outros, que procuraram o autor deste livro,
manifestando o desejo de fundar um Jornalzinho. Lembro de que estranhei o nome: O
Pássaro. Um deles explicou-me que o órgão queria liberdade de expressão para todos.
Desejava ir longe, voar pelos caminhos do progresso e do desenvolvimento.
Este Jornal, após O Norte, foi o mais importante órgão de imprensa de Barra do
Corda. Não somente pelo seu longo período de circulação, como pela maneira simples de
interpretar os sentimentos da comunidade, ávida de notícias e de comunicação, finalmente.
O Pássaro prestou grandes serviços a Barra do Corda. Seus fundadores, redatores
e colaboradores, nele encontraram uma oficina de preparação do homem para a vida. O
grande líder de O Pássaro foi Antônio Carlos Gomes Lima, atual Secretário de Comunicação do
Governo do Estado do Maranhão, pessoa de larga penetração nos meios de comunicação do
País e um dos principais elementos do Jornal O Estado do Maranhão. Entre os seus
companheiros de redação — o Jornal tinha como sede de redação O Castelo de Giz —
encontramos os Drs. Denis Arruda, Raul Nava, Milton Nava e o comerciante Edilton Ferreira de
Miranda.
Independentes do hebdomadários aqui registrados, outros circularam em Barra
do Corda, como O Progresso, dos estudantes da Escola Técnica de São Luís: O Lumiar, do
Grêmio Cultural Maranhão Sobrinho, O Farol, de um grupo de professores de Barra do Corda.
Dom Marcelino, de estudantes conservadores e tantos outros.
Os recitais, a encenação de Comédias e Dramas foram, incontestavelmente, os
primeiros passos culturais dos nossos jovens, desde o século passado, quando os recursos da
Ciência, com o surgimento da energia e seu aproveitamento, constituíam matéria de ficção,

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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para aqueles que não se tinham desembaraçado dos problemas da Escravidão nem se
acostumado de fato aos cantos iniciais da República.
Nas letras e nas fontes de pesquisa, encontramos que os nossos primeiros palcos
e cenários artísticos culturais, pela ordem dos acontecimentos, foram o Salão Nobre do
Colégio Santa Cruz, fundado pelo Dr. Isaac Martins, mais tarde, o palco das dependências do
Magistral Prédio do Catete, construído por Deco Falcão, que ainda hoje desafia, desprotegido,
o próprio tempo e por último, Já no final do século, após a inauguração do Paço Municipal, o
Salão Nobre da Prefeitura Municipal de Barra do Corda.
Mais tarde, viera o Teatro Pio XI, construído com lugar de destaque para
representação teatral e sala de ensaios reservada à Banda de Música São Francisco. O Colégio
São José da Providência tinha, internamente, o seu pequeno teatro. Lá desfilaram nossos
Jovens e rapazes no primeiro quartel deste século, (vide capítulo Efemérides).
O mais importante, todavia, existia. Foram os recursos humanos: rapazes e
moças, sem inibição para o palco e o teatro. Dedicavam suas horas de lazer, para o
aperfeiçoamento da representação e da arte.
Comédias. Diálogos, Dramas, dos mais importantes autores nacionais e
internacionais, eram levados à cenas sob a responsabilidade dos frades e das freiras, em datas
significativas para a vida nacional e para a Igreja.
Função educativa das maiores, exerceu a música grande influência na vida do
povo barra-cordense, de tal sorte que tem página de ouro na nossa história.
Repita-se que, independente dos valores artísticos próprios da arte de Mozart, a
música contribuiu decisivamente para a formação de mão-de-obra especializada da Juventude,
principalmente, no espaço que antecedeu aos implementos eletrônicos, proporcionados pelo
século da energia.
O homem fazia, com seu esforço físico, sua técnica específica manual, aos
dispensáveis argumentos do sopro, esboçados sobre o comando mental, o produto lídimo da
arte. Era a valorização do homem músico, pela execução de seus instrumentos. Viria após, com
vantagens e desvantagens, o tempo do Sistema Eletrônico, das fitas e dos discos
extravagantes.
De que maneira se comportaram os nossos primeiros músicos?
Não há registro de que fale dos músicos e das bandas de música de Barra do
Corda, antes da Abolição da Escravatura.
Examinando o memorialista Abranches, lá encontramos que, a 7 de setembro de
1888, a banda de música denominada Pandorga, abrilhantava os festejos dos 66 anos da
Independência do Brasil, comemorados então, no Salão do Colégio de Santa Cruz. fundado e
dirigido por Isaac Martins. O nome da nossa primeira banda de música, era então hilariante,
vez que a palavra pandorga se refere a música desafinada e sem compasso ... Mesmo assim,
seu maestro Jeremias, satiricamente, lá estava de batuta nas mãos, a executar músicas cívicas
e solenes, esquecido de "pregão" que tinha de fazer ouvir sob as ordens do Dr. João Lobão e
do Juiz Municipal lsaac Martins. É que além de músico, era oficial de Justiça.
Já em 1903, pontificavam duas bandas de música importantes: A banda de música
Raimundo Gomes, do célebre maestro Raimundo Nonato Gomes dos Santos e a do Instituto
dos Capuchinhos.
Segundo o Jornal O Norte, fazia-se, aos domingos, retretas solenes no lugar
denominado Morro da Cruz — hoje Calvário — e para lá se deslocavam as moças de então!...
A partir dos anos de 1913, existiam: a escola do maestro Euterpe, que foi um 3º
Sargento da Milícia Estadual, que ficou em Barra do Corda após a hecatombe do Alto Alegre.
Era músico; casara-se no local e aqui permanecera durante longos anos. O mestre Rafael, a
fonte onde Moisés da Providência Araújo fora buscar os conhecimentos elementares para se
tornar o maior musicista barra-cordense...
Poucos anos após, surgia a banda de música Guarani, de propriedade de Ismael
Salomão, líder então, da geração de destaque na vida social e econômica de Barra do Corda. O

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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seu maestro chamava-se Edison Cardoso. Do confronto destas duas bandas de música da
antiguidade, surgiram figuras de destaque no cenário artístico de Barra do Corda, e o mais
importante, nascia ali, a verdadeira Escola de Música de Barra do Corda, no remanescente
Moisés da Providência Araújo.
Quando estudamos a vida de Fr. Adriano, falamos da banda de música São
Francisco. Aqui, na parte cultural, analisamos as razões pelas quais aquela Organização, se
tornara tão importante.
O primeiro passo do aluno, ao entrar para a Escola de Música, era se conscientizar
de que, antes de tomar conhecimento — aprender de fato — toda a teoria, não lhe era
permitido tocar nos instrumentos. Em seguida, os exercícios de solfejos eram indispensáveis
ao preparo do aluno para o uso dos Instrumentos. Ainda mais, todos indistintamente, tocavam
os instrumentos de percussão, tais como: bumbo, pratos e caixa.
Diante de tais procedimentos, os músicos recebiam o arcabouço necessário à
introdução de ensaios de peças rigorosamente selecionadas para o perfeito encaminhamento
do músico aos domínios de ensaios coletivos.
O maestro Moisés da Providência Araújo, mais tarde seu substituto e ex-aluno,
maestro Gustavo Barbosa, terminaram por dirigir, cada um em seu tempo, verdadeiras
Bandas de Música nos altos sertões. Abrilhantavam as solenidades da Pátria; participavam de
funerais da comunidade; brilhavam nos festejos tradicionais religiosos, de Santo Antônio,
Santa Terezinha e Nossa Senhora da Conceição.
A Banda de Música São Francisco, de início, não executava músicas consideradas
profanas — as músicas populares brasileiras — . Seu repertório, considerado, ítalo-brasileiro,
se compunha de dobrados, marchas militares, músicas meso-clássicas e clássicas propriamente
ditas, como: O Guarani de Carlos Gomes; Aída de Vérdi; Dom Pasquale de Donizzeti; Norma
de Bellini; Barbiere de Siviglia, de Rossini; Carmem de Bizet e muitas outras.
Os ensaios alongados: a persistência invulgar do maestro Moisés e de seus
discípulos, proporcionaram à comunidade de Barra do Corda, entre os anos de 1937 a 1944,
verdadeiros saraus da nossa música.
Como consequência, surgiram grandes solistas e maestros, tais como: José da
Providência Araújo, Antônio Mario Teixeira, Ananias Araújo, mais tarde, Stênio Santos, Fr.
Sigismundo, Gustavo Barbosa e outros como o remanescente Joaquim Bilio39.

Figura 20: Maestro Joaquim Bilio

A Barra do Corda tem muito das tradições nordestinas. Os cantos e as canções dos
boiadeiros; das vaquejadas que os cearenses, piauienses e pernambucanos trouxeram, ainda
no século passado e plantaram pelos nossos sertões.
Danças como a mangaba, o boi trocado; os festejos dos Santos Reis, são
lembranças deixadas pelos primeiros habitantes que regaram os campos, as chapadas,
trazendo para nós os hábitos de seus ancestrais.
O negro, que marcou com sua contribuição no progresso de desenvolvimento da
nossa economia, contribuiu para o folclore. O Tambor de Mina, o Tambor de Crioula, o

39
O maestro Joaquim Bílio, morre aos 91 anos de idade, era filho Isabela Santos Moraes e Martin Bílio.

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Candomblé, são algumas das tradições que incorporamos aos nossos hábitos, à partir dos anos
1800.
O bumba-meu-boi, ou bumba-boi, constituiu a linha maior da tradição e a que
mais se prolonga e se pratica nos dias atuais. Aliás, faz parte da cultura maranhense quase
como símbolo das nossas atividades e recreações.
Nos últimos quatro anos, a administração municipal exercitou, com certa
profundidade, a prática e o cultivo do folclore barra-cordense quase como meta prioritária de
governo, em decorrência do que muito se desenvolveu a atividade cultural neste aspecto.
A considerar as estórias, as lendas, os cantos e as crendices dos aborígenes,
notadamente do índio canela, como folclore, admitindo o índio como integrante da nossa
sociedade, nenhuma região maranhense tem mais rico folclore que a Barra do Corda.
Registre-se também as estórias dos tropeiros que vazaram os sertões, as
aventuras dos embarcadiços que varejaram canoas, conduzindo rio acima, nossos primeiros
homens desobstruidores de rios, canais e furos. Junte essas lembranças que terá reunidos os
lances memoriais das gerações que nos antecederam e abriram caminhos para o nosso
progresso.
A habilidade específica que um indivíduo exerce numa atividade artística,
sobretudo manual, constitui em si o artesanato.
O artesanato em Barra do Corda precede aos anos de 1835, vez que admite-se a
sua prática pelos índios, em datas imemoriais. Entre eles, isto ainda é prática predominante e,
de certo modo, constitui um traço de sua economia, notadamente da Tribo Canela.
Houve épocas em que o SPI e outras pessoas da comunidade, chegaram a prática
do comércio com base em produtos artesanais dos índios.
Alguns artefatos e objetos de uso caseiro, como, peneiras, quibanes, esteiras,
pilões, colher de pau, jacás e outros, constituem trabalhos artesanais indígenas ou civilizados.
O artesanato ganharia fama, estilo e projeção nacional, com o trabalho de
Domingos Augusto de Moura Carvalho. Domingos Augusto é internacionalmente conhecido.
Brilhou e venceu em Gramado — Rio Grande do Sul —, quando recebeu convite e apoio para lá
permanecer.

Figura 21: Domingos Augusto

Seus sentimentos todavia, nasceram e são nordestinos, como nordestinos foram


os seus avós e bisavós. De tradicional família de Barra do Corda, tanto no aspecto político —
na mensagem do inconfidente Euclides Maranhão como no campo do Belo — na expressão
maior de Maranhão Sobrinho.
Artista plástico. Escultor emérito, tanto no uso da madeira como no manuseio do
Barro. Nós, observadores, sabemos que sua grande paixão se situa no campo do barro. Parece
que as mãos deslizam sobre a escolha da melhor forma, sobre tudo aquela que termina por
definir a dor e o sofrimento humano.
Domingos Augusto é novo e poderá ainda se constituir na grande fonte da
escultura em nosso meio.
Apenas a partir de 1967, o município passara a ter os seus símbolos: a Bandeira,
seu Escudo e o Hino.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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Figura 22: Símbolos de Barra do Corda

Criados, através de duas leis regularmente votadas pelo Legislativo e sancionadas


pelo autor deste livro, então Prefeito Municipal.
Antecipando, decreto especial fora baixado, constituindo comissão de alto nível
para projetar e escolher as nossas insígnias.
A histórica comissão, reunida no gabinete da Prefeitura Municipal, se compunha
das seguintes lideranças: Almir Silva, representante da velha guarda; José Nogueira Arruda,
memorialista; José Maria de Miranda Uchôa, remanescente do fundador do povoado Missões;
João Pedro Freitas da Silva, líder perante o Poder Legislativo; Idaspe Perdigão Freire,
Presidente da Câmara de Vereadores; Moisés da Providência Araújo, — autor da Música do
Hino Oficial e da Canção Cordina —; Olímpio Martins Cruz — Autor das Letras do Hino Oficial e
da Canção Cordina —; Fr. Marcelino de Milão, expressão maior da educação e cultura
naqueles anos; Dr. Clovis de Castro Carvalho, Juiz de Direito da Comarca; Senhora Alda Lopes
Brandes, fundadora do Clube das Mães de Barra do Corda; Senhora Zenóbia Silva Queiroz,
diretora do Grupo Escolar Frederico Figueira e Galeno Edgar Brandes, então Prefeito
Municipal.
Na parte iconográfica, Does. Nº. 26 e 27, encontram-se fotos e cópias dos
diplomas instituidores dos Símbolos Barra-cordenses.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado

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