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Educação

no Brasil
Império
Contexto
Brasil Império

Independência Fim do Período Abolição da


do Brasil Regencial escravidão

1822 1831 1840 1870 1888 1889

Abdicação de D. Pedro I Fim da Guerra Proclamação


para assumir a coroa em Portugal; do Paraguai da República
Início do Período Regencial;
1. Período Joanino

Imprensa Régia (1808);


Biblioteca (1810);
Jardim Botânico do Rio (1810);
Museu Real (1818);
Missão Cultural Francesa (1816);
Academia Real da Marinha (1808);
Academia Real Militar (1810);
Cursos médico-cirúrgicos;
Cursos avulsos de economia, química, agricultura;
2. Império: os três
níveis de ensino
O ensino elementar
“A situação era bastante caótica no ensino elementar” (ARANHA, 2006, p. 222).
1827: determina a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades,
vilas e lugarejos (art. 1º) e, no art. XI, ‘escolas de meninas nas cidades e vilas
mais populosas’” (ARANHA, 2006, p. 222).
“Sem a exigência de conclusão do curso primário para o acesso a outros níveis,
a elite educava seus filhos em casa, com preceptores. Outras vezes, os pais se
reuniam para contratar professores que dessem aulas em conjunto para seus
filhos em algum lugar escolhido. Portanto, sem vínculo com o Estado”
(ARANHA, 2006, p. 223).
Ensino monitorial mútuo

Método copiado do pedagogo inglês Lancaster, visando instruir o maior


número de alunos com o menor gasto possível.
As iniciativas de implementação do método se iniciaram em 1819. No entanto,
decretado, o método durou até aproximadamente 1854, sem muito sucesso.
Fracasso do método: falta de sala ampla; falta de materiais; professores
descontentes e mal preparados.

“Pela reforma de 1834, o ensino elementar, o secundário e o de formação


de professores foram descentralizados, passando para a iniciativa e a
responsabilidade das províncias. Só o curso superior ficaria a encargo do
poder central” (ARANHA, 2006, p. 223).
Ensino - século XIX

Sala de aula, 1811.


Ensino múto (Método Lancaster).
Fonte: História da Educação

https://historiadaeducacaobrasileira.wordpress.com/
modelos-de-organizacao-escolar/
O Ensino Secundário
Existência de pouca articulação entre o ensino primário e o secundário.
Sistema de ensino marcado pelo precário sistema de tributação, professores
improvisados, inoperantes, e que tinham que se dedicar a diferentes atividades
devido ao mau pagamento.
O que estabelecia o que seria ou não ensinado eram os conteúdos do ensino
superior. Eram os parâmetros do ensino superior que delimitavam o que seriam
ensinado no secundário.
Ato adicional de 1834: descentralização do ensino, atribuindo à Coroa a função
de promover e regulamentar o ensino superior, cabendo às províncias organizar
o ensino elementar e secundário.

Pseudodescentralização: decreto de 1837, com a fundação,


no Rio de Janeiro, do Colégio Pedro II.
Em resumo

Desrticulado do sistema de escolas isoladas


Precário sistema de tributação
Não havia prédios escolares;
Professores sem formação;
Baixos salários
Escolha aleatórias de disciplinas
1890 = 67% de analfabetos
1920 = 60% de analfabetos
Exceção a regra: Seminário de Olinda - 1798
Fundado pelo Bispo Azeredo Coutinho;
Primeiro colégio para Educar Mulheres da colônia.
Pregava ideias iluministas de caráter liberal
Foi considerada o germe para propagar as ideias da revolução Pernambucana.
O Ensino
Superior
“Apenas depois da Independência é que foram criados os dois cursos
jurídicos” (p. 226). Existiam cursos superiores isolados, surgindo faculdades
somente no século XX. “Os cursos jurídicos eram os que mais atraíam os jovens
na segunda metade do século XIX, época de ouro do bacharel, cujo prestígio
vinha sobretudo do uso da tribuna” (ARANHA, 2006, p. 226).
3. A Formação
de professores
As Escolas Normais foram criadas para a formação de mestres, sendo a primeira,
fundada em 1835, no Rio de Janeiro, a Escola Normal de Niterói.
Outras escolas foram criadas em Minas Gerais, Bahia, São Paulo. Inicialmente, as
Escolas Normais eram voltadas para rapazes.
Feminização: deveu-se em parte à lenta entrada da mulher na esfera pública, e
porque a profissão do magistério era um das poucas que permitiam conciliar
com as obrigações domésticas.
Na década de 1860 começa a despertar a necessidade de formação
de professores.
Escola Normal de São Paulo
Inauguração – 1894

fonte: brasildelonge.wordpress.com. Publicado em março 2, 2013


1948,Colégio São José em
Antonio Prado/RS
4. Outros Cursos
Profissionalizantes
“Nossa tradição humanística, retórica e literária, distanciada da realidade
concreta vivida, não valorizava a educação atenta aos problemas práticos e
econômicos” (ARANHA, 2006, p. 228).
“Como os homens livres desprezassem esses ofícios, o governo usou de
subterfúgios para conseguir formar artífices, confinando desocupados e
miseráveis para a aprendizagem compulsória nas guarnições militares e
navais” (aranha, 2006, p. 229).
Colégios das Fábricas: 1809;

Casa dos educandos artífices: 1840 – 1856.

- Ensino profissionalizante de
caráter assistencialista;
Grupo de meninos recolhido pela polícia nas ruas da cidade e entregue à
Escola De educandos Artífices Quinze de Novembro, em 1913 (Foto: Garcia)
Debatespara tornar a educação
Liberal 1879 -Reforma Leôncio
de Carvalho
Normas para o Ensino secundário;
Liberdade de Ensino;
Não católicos ficavam desobrigados de assistir aulas de religião;
Criação de escolas normais
Finalizar a proibição dos negros de frequentarem a escola. 1854 – 1879;
Escolas
religiosas
Século XIX.
Incentivo entre 1860 – 1890
Jesuítas retornam 80 anos depois.
5. A Educação
da Mulher
As mulheres estavam em situação de dependência e inferioridade em
relação aos homens e à sociedade.

Quando tinham acesso ao ensino: “O objetivo era sempre prepará-las


para o casamento e, quando muito, procurava-se dar um ‘verniz’ para
o convívio social, daí o empenho em lhes ensinar piano e línguas
estrangeiras, sobretudo o francês” (ARANHA, 2006, p. 229).

Apenas em 1827 criam-se aulas regulares para meninas.


Referências

ARANHA, Maria Lúcia Arruda. História da Educação e da Pedagogia:


geral e Brasil. São Paulo: Moderna, 2006.
Material produzido por
Tecnologia Educacional - TI corporativa

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