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LEGISLAÇÃO DEFESA
Em 1837, na cidade do Rio de Janeiro, é fundado o Colégio Pedro II, que, sob as
bençãos da Coroa, deveria ser o padrão de escola secundária. Tal intenção, porém, não
se materializou, uma vez que as suas condições de funcionamento eram bem melhores
que as dos colégios das províncias, que careciam, dentre outras coisas, de professores
qualificados. Para diminuir tal deficiência, foram instaladas as escolas normais em
Niterói (1835), Bahia (1836), Ceará (1845) e São Paulo (1846), o que não atendia a
grande demanda. Na República, o Colégio Pedro II continuou a ser referência
educacional a nível secundário para ginásios estaduais e escolas privadas.
Entre 1832 e 1850, vários relatórios foram escritos sobre a educação, tendo em
comum os seguintes pontos:
Quanto mais o café gerava riqueza para os fazendeiros paulistas, mais decaía a
importância do açúcar na economia nacional.
É interessante lembrar que essa aristocracia tradicional estava profundamente
ligada à Monarquia, enquanto a emergente aristocracia não tinha vínculos tão profundos
com tal regime, o que contribuiu para que paulatinamente essa desejasse maior
participação nas decisões do Governo, o que levou à fundação do Partido Republicano,
em 1870.
É nesse contexto de mudança que as novas ideias ganham cada vez mais espaço,
notadamente as relacionadas ao Positivismo, cujo maior expoente foi Augusto Comte
(1798-1857). Refutando o pensamento católico conservador, os republicanos defendiam
a posição de que a Ciência deveria guiar os passos da sociedade, imprimindo-lhe o
progresso tão almejado em todos os recantos do País.
Estima-se que, em 1867, apenas 10% da população tinha acesso à escola primária. O
analfabetismo, em 1890, atingia a marca de 67,2%, revelando a falta de zelo do Poder
Público nesse período pela Educação.(ARANHA, 2002, p. 154-155)
Assistiu-se, portanto, desde o final do século XVIII e boa parte do século XIX até a
Proclamação da República, a uma série de medidas isoladas – instituição das aulas
régias, criação das escolas de primeiras letras e escolas normais, reformas
educacionais... – as quais foram insuficientes para elaborar um sistema educacional
nacional.
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