Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
S intersaberes
Sociologia
SOCIAs
CIÊNCIAS da juventude
Analisa Zorai eFrancsco dos Santos eling "Nilson Welsheimer oRochele Felini Fachinetto
DAS
DENTRO
POR
SERIE
(9)
Movimentos juvenis
Analisa Zorzt
Rochee elln Iachinetto
A
tanto pação.
peculiar ção Como ristica detude,mentar mobiliza tão mente
eprocesso dos que, tância temjuvenil entreou"desvio",
que juvenil, Dentrede
movimentos
Sociais
nos
de
defende
autor O
relativamente genero, Quando fatos, (9.1)
pois, saber, aceleração
é historicamente, Conforme de seja, ele
emEles uma mais invocada do
mobilização os participaçojovemdo
pel o pela esses social movimento
e por não da como uma
nome estão
categoria de de segundo tornando-se
fato transitória,especiicidade se problemas umameio visto é"fase infinidade
demais etnia), todosindivíduos. fala da brasileiro,
em aponta a
de curta questão
interesses
apresentarem história.
em nossa de
relaçãosomente de
abertos que de os o a e
movimentos uma sua juvenil de transição,
mobilização e ligada aquele é autor,
movimento Márcio sociais:
os com Com história eatuação transformação da
à jovens que que
importante "associações"
próprios quem que como
delinquência,
mobilização data àque base
idade, carrega a Nuno a entre
maior juventude
como ultrapassou deve
têm para apresenta (em social, capacidade um
quanto é nisso, está
passageira, ou ser Rabat outras,
propenso umaacabar.
seja, favor envolvido a fator força politica aspecto
o feitas
social ressaltada(2002),comportamento
decaracteristica
categoria ele primeira a
foi
da
auma de passa simbólica
de a há
interesse e juventude questões mudança dimens£o e
que"negativo", rebeldia. ao
polithcd. a constante social. uma universo
de caracte
juven a o e impor- a o
part dura é jovem
arg que ques
no a em
de do
maisgerais. Da mesma torma, também estão numa situação
peculiarem decorrência do momento de transição na vida
pessoale assim, mais abertos a várias possibilidades. Epor
ae existe uma tendencia histórica da participação dos 163
Movitentos
juvenis
Jovensem movimentos que contestem as normas estabele-
cidas. Nas palavras de Rabat (2002, p. 4): "Talvez por isso a
observação da história indique que os movimentos de rup-
às estruturas sociais que começam a mos-
tura em relação
condições de vida e de
trar-se incompativeis com novas
convivência atraem particularmente a participação juvenil".
muitos casos, é o fato de
Oque também ocorre, em
e lutaram por algu
jovens que militaram em movimentos
acabarem, posteriormente, sendo absorvidos
mas causas
passam a ocupar posi
pelas hierarquias sociais, nas quais tanto no
renovada. Isso ocorre
Ções de relevo na sociedade
atingirem os objetivosdo movimento no qual luta
casode movimento não teve
casos em que o
vam ou mesm0 em
maneira passam a fazer parte
Sucesso, isto é, de qualquer consequência da
uma importante
desses postos. Isso mostra movimentos, pois onde
juvenis nos
atuação de segmentos
participação ocorre também momentos privilegia
hà maior vidafutura da
sociedade,
a
dos na formação de quadros para. mas tambempro-
limitam apenas à ação,
Ou seja, eles não se sociedade.
maneira na
Curam intervir de alguma
(9.2)
Aparticipação juvenil
104
Soiologia
da
juoentude na história brasileira
Nesta seçào, apresentaremos algumas das
mobilizações sociais e politicas que marcaramprincipais
momen
tos históricos importantes do Brasil. Aideia é
mostrar a
participação juvenil nesses acontecimentos para destacar s
importância que os jovens tiveram (e ainda tênm) na conc
trução da história do nosso país.
eelrlacao0
de1ope estudantes eram seus escritos, as conferências e os
debates
produzidos com o objetivo de levantar bandeira em favor
da abolição da escravatura e da proclamação da
República.
Conforme Poerner (1995), apÓS a morte de Castro Alves
em 1871, ajuventude militar aderiu àcampanha pela abo
liço após a fundaço, pelos cadetes da Escola Militar, de
uma sociedade denominada Libertadora.
Nesse sentido, além de os jovens universitários con
tarem com o apoio dos jovens militares, a bandeira da
abolição se desenvolveu juntamente com a campanha
republicana. Inclusive, muitos estudantes enfatizavam
mais a questão da República considerando que a abolição
seria uma consequência lógica daquela.
Após isso, salienta o autor, surgiram vários clubes
republicanos acadêmicos reunindo várias personalidades
que ficaram marcadas na história, comoJúlio de Castilhos,
Borges de Medeiros, entre outros.
Como curiosidade, oautor aponta a afirmaçao que
relaciona diretamente a atuação das juventudes militares
e universitárias com a decisão de Marechal
Deodoro da
Fonseca de proclamar a República aos gritos de "Viva a
Republica" pondo fim à Monarquia.
Antes disso, 0s jovens militares que faziam propaganda a
favor da República eram vistos como rebeldes. Há uma situa-
çao emblemática envolvendo Euclides da Cunha nesse pro-
cesso, relatado por Andrade, citado por Poerner (1995, p. 664):
muito conhre udo depots do d1scurso de Afrano
foocpisódio
Prixoto, do SUCeder na Academia Brasilera de ietras aquele
rebelde. Dando uns passos a frente daSua companha, em con
Iménca, n0 momento, do ministro de Guerra, atirou o sabr
00ch£o, proferindo palaoras que reforçavam ogesto de desa
alo sensacional, deixando estupefatos os próproscompanher
de armas que,. àhora, nûo tiveran coragem para cumprir o
combinado, em beneficio da propaganda republcana
Nota-se, então, aimportäncia que os jovens tiveram,
hnto nos meios academicos quanto nos meios militares,
participando decisivamente do0s movimentos abolicionista
erepublicanoe na própria efetivaçãodesses processos.
Os jovens n0 século XX
Outro contexto fundamental para analisar a atuaçào dos
jovens ligados a movimentos sOciais foi o inicio do seculo
XX, mais precisamente a década de 1920. )De acordo com
Rabat (2002), nesse momento havia um sentimento de insa
tistação por parte de umaclasse média urbana, prisioneira
da estrutura social na qual os postos de comando esta
vam nas mãos das elites agrárias e de seus representan
tes politicos. Diante disso, alguns jovens como Eduardo
Gomes, Luiz Carlos Prestes, Antônio de Siqueira Campos,
entre outros (todos com menos de 20 anos), colegas na
Escola Militar do Realengo, viam-se diante da necessidade
de transformar aquela situação. Eles estavam dispostos a
criar um "mundo novo".
Várias ações do Movimento Tenentista foram funda
mentais na história brasileira, como o levante contra os
BOvernos oligárquicos da Primeira República, em 1922. Em
1924, houye outro expressivolevante em São Paulo e outro
ainda no Rio Grande do Sul, de onde partiria, de acordo
com o autor, a marcha que reuniria
maiores
tes do Tenentismo, que culminou na
Coluna rPrestes
epresentlide.an-
rada, principalmente, por jovens oficiais.) Esse foi,
168
}ltCnttile
loloÇa
da
o autor, um momento decisivo da segundo
história brasileira, até
porque, após essa marcha, surgiram
lideranças,
próprio Luiz Carlos Prestes, que marcaram o séculocomo
XY
o
se
colocavam contrários ao regime politico e àintervenção
externaao pais no sistema de ensino brasileiro. Nas pala-
204-206):
vrasde Poerner (1995,p. 171
Movimentos
juvenis
Os jovens ea aberturadeniocrática
Os anos de 1980 a 1985 marcaram o processo de abertura
democrática do regime militar, quando se instituiu a Lei
n° 6.683/1979, conhecida como Lei da Anistia, e outras
medidas que conduziriam à redemocratização do pais.
Nesse período de maior liberdade, surgiram os novos
movimentos sociais. Entre estes, ressurgiram os movimen
tos da juventude. Um marco nesse processo, e na história
do movimento juvenil brasileiro, foi a fundação da União
da Juventude Socialista (UJS) em setembro de 1984.
Essa organização foi criada com a participação de jovens
lideranças do movimento estudantil, como é ocaso do 1° coor
denador-geral nacionalda UJS, Aldo Rebelo, entãoegresso da
presidência da UNE. AUJSse apresentaria àjuventude como
uma alternativa de militância com base em uma plataforma
de mobilização tipicamente juvenil, em cujo foco encontra
vam-se os direitos da juventude, a independência do pais e
osocialismo. Em pouco tempo se tornou uma organizaçao
Os "caras-pintadas"
Após as manifestações realizadas ao longo da década de
I980, como as Diretas Jáe aConstituinte de 1988, entre
outras, os jovens voltaram às ruas, em 1992, exigindo o
mpeachnent do então prresidente da República Fernando
Collor de Mello. Conforme Poerner (1995, p. SI9):
Ante a gravidade das denúncias e revelações que se sucediam,
eles {os jovens| foram os primeiros a"sacar" que os níveis
cOrrupção, enquadrillhamento e banditismo n0 alto esca
ldo governamental haviam gerado um daqueles momentos
decisivos da nação, emn que não há justificativas
ou omisso de qualquer brasileiro.
para apatia
indicações culturais
ESTUDANIENET. Portal oficial UNE e Ubes. Disponivel
http://www.une.org.br Acessoem: 26 jan. 2012.
NAÇÁO HIP HOP BRASIL. Disponivel em:
nacaohiphopbrasil.com.br. Acesso em: 3out. 2008
POERNER, Arthur José. Opoder jovem:
htplwww.
180
IHDentude pação politica dos estudantes
brasileiros. hiSãostória da partici-
de Memória da Juventude, 1995. Paulo: Centro
SoiolQia
da
UNIÄO DA JUVENTUDE SOCIALISTA.
<http:/www.ujs.org br,Acesso em: 26 jan. 2012 Disponivel em:
Atividades
1 Nocontexto da Abolição da Escravatura e da Proclamacàn
da Republica, as mobilizações juvenis tinham como prin
cipal caracteristica:
a a ligaç£ocom a literatura e as artes, especialmente a poe
sia social, na qual os jovens poetas manifestavam suas
discordâncias em relação à situação daquele momento.
b amaneira violenta com que expressavam sua indigna
ção, por meio da depredação de espaços públicos.
c aclandestinidade, já que o controle
sobre essas manifes
tações era intenso.
que pudessem taci
d a criação de organizações próprias
diversas partes do
litar a articulação entre os jovens de
país.
relevância atribuidaà
2 De acordo com o texto, a expressiva
criação da UNE deve-se ao seguinte aspecto:
motivadas pelos jovens
J Apos à sua criação, as açöes
efeitosde transtor-
começaram etetivamente a produzir
mação na realidade do pais.
Significou.oingresso de recursos estatais que passaram
financiar as mobilizações juvenis.
Atendeu apenas aos interesses dos jovens, sanando os
problemas que atingiam essa faixa da populaço. 18:
Movinentos
juVENiS
Representou uma articulação nacional unificada do
d
movimento estudantil, que vinha sanar as dificuldades
adyindas da fragmentação das suas ações.